quinta-feira, 20 de março de 2008

IBOVESPA...após 20/03...recuperou o fibo de 38,2% ao recuperar os 58.200 pontos..


O IBOVESPA operou descolado de Dow Jones, vindo a buscar no início dos negócios a mínima do dia nos 57.824 pontos.Durante a maior parte do pregão operou em território negativo, mesmo enquanto DJI já exibia alta acima de 1%. Na primeira metade do pregão recuperou o importante fibo de 38,2% nos 58.200 pontos. Somente quando Dow Jones começou a exibir uma recuperação maior com alta superior 2%, nas últimas horas de pregão, o Ibovespa veio a buscar a máxima intraday nos 59.170 pontos. Fechou praticamente estável nos 58.987 pontos. Suportes imediatos em 58.850 e 58.200 pontos e resistências imediatas em 59.170 e 59.500 pontos.

DOW JONES...após 20/03...formou um "candle" de indefinição no gráfico diário...


DOW JONES estava se movimentando nesses últimos dois meses, dentro de um "retângulo" de fundo nos 12 mil pontos e topo nos 12.750 pontos. Recentemente construiu novo fundo nos 11.750 pontos, mas não conseguiu retomar o topo anterior nos 12.750 pontos, parecendo estar formando um "novo retângulo" de topo nos 12.500 e fundo nos 11.750 pontos. A recuperação realizada intraday, praticamente anulando a queda do dia anterior, gerou um "candle" de indefinição, confirmando a tendência de "laterização" de DJI, que poderá ser a tônica desta próxima semana. Suportes imediatos em 12.250, 12.090 e 11.970 pontos.Resistências imediatas no máximo intraday em 12.380 e 12.500.

Opinião: Entendendo a crise americana

Como distinguir as grandes crises mundiais das pequenas
por Marcos Elias
20/03/2008

A atual crise americana é pequena. É uma crise de crédito, e não de liquidez, e que custará algo entre US$ 500 bilhões e US$ 1 trilhão. Não são números grandes para a economia americana que, voluntariamente, decide gastar algo parecido no Iraque.
E o que é uma crise grande? Uma bem grande funcionaria mais ou menos assim: hoje, como lá a maré não está para peixe, a família compensa a inflação de commodities com uma deflação nos preços de alguns serviços. É simples de entender. John abastece (sozinho) o tanque de seu Plymouth Belvedere 5.0 V8 e gasta US$ 80,00. Coça a cabeça e pensa: "A a gasolina aumentou de US$ 2,00 para US$ 3,00 o galão". Volta para casa e diz para Mary que não jantarão no Wendy's mais naquela noite porque gastou sua cota diária com a gasolina. Na verdade, William, o franqueado da Wendy's tem sentido seu restaurante esvaziar e já há algumas semanas pediu ao franqueador que bolasse combos mais baratos.
A inflação do preço do petróleo tem induzido uma deflação nos preços dos hambúrgueres. Além disso, a China ainda funciona como uma espécie de "Volta Redonda" ou de "Cubatão" dos americanos. Produzem e exportam muito, controlando os preços dos produtos nos EUA e refinanciando com os ganhos da exportação seus déficits magníficos. Essa "racionalidade" na economia familiar americana só não funciona no Natal e no Dia de Ação de Graças: aí, John não quer nem saber, e gasta tendo ou não dinheiro. É como se Deus avalizasse seu comportamento...
Mas chega um dia, digamos, daqui a cinco anos (porque somos otimistas), a economia americana volta a se aquecer. E o coitado do William, que passou por maus bocados, não quer nem saber: aumenta os preços. Volta o poder de barganha da indústria de consumo e com ela a inflação. Mas o planeta Terra não são apenas os EUA (embora eles consumam e sujem como se fossem): somos 7 bilhões de pessoas hoje (não daqui a cinco anos). Então, os chineses também querem consumir: beber água de vez em quando, ganhar mais de US$ 100,00 por mês, etc. Ressaltemos que hoje a China e Índia apresentam padrões de consumo per capita "africanos".
Com o aquecimento interno do consumo, vem a inflação na China. O petróleo (como já exploramos mais de 50% das reservas existentes no planeta) não cai mais de preço. O carvão virou ouro. A Vale a maior companhia do mundo. A Antártida vira um imenso campo de peladas. O mundo entra em convulsão. O que estará em disputa? Alimentos e água. Quem será o salvador do planeta do Armagedom? O Brasil. E isso não será porque ressuscitaremos nosso herói nacional, Macunaíma, o "herói sem nenhum caráter". Será porque temos terra fértil, muita água, clima bom e mão-de-obra desqualificada. Esse quarteto nos consagrará como líderes mundiais. E todos estes fatores deverão vir juntos. Porque, por exemplo, água não é um problema se faltar, o preço aumenta, e dessalinizaremos os oceanos.
Todos quererão comer em 2013. Hoje, poucos comem. Um boi precisa beber muita água durante sua vida: quando pesa 500 quilos, terá consumido 20 mil litros de água. Me ajudem nessa conta: em alguns países, cobre-se o boi com cobertor térmico, mas aqui não precisamos disso. E quem já visitou um frigorífico sabe que é muito intensivo de mão-de-obra, e não há como automatizar esse processo. Cada boi é diferente de outro e todas as partes são aproveitadas. Então, em uma linha frigorífica pequena, alinham-se 100 homens e mulheres, ombro encostado no ombro, a descascar o boi que passa. Então, o alimento - não estou me referindo aos alimentos prontos para comer: não imagino que a linha Miss Daisy poderá acabar com a fome mundial -, será disputadíssimo e o Brasil o grande provedor.
Exportar carne é exportar água concentrada. E, nessa linha de raciocínio, pergunto-me se não será uma Friboi a nossa próxima Vale. Produzimos carne hoje ao menor custo do mundo (US$ 2,5/kg) e, por questões meramente políticas, somos grandes exportadores de carne para o Egito, Bulgária, Irã, etc. Há alguma coisa errada nisso. O maior rebanho do planeta, 200 milhões de cabeças, tem como grande cliente o Egito? Vale lembrar que há quem diga que temos 160 milhões apenas porque temos matado muita vaca por conta do preço ruim.
Então, teremos a próxima grande crise mundial quando a capitalização de mercado de Friboi for parecida com a da Vale!

PETR4...após 19/03...pode realizar ainda mais...


PETR4 abriu nos 74,90 e rapidamente atingiu a máxima do dia em 75,62. A partir daí influenciada pelo mau humor dos mercados futuros de petróleo em Nova York (queda de quase 5% no dia) veio ladeira abaixo, numa queda constante, praticamente sem oferecer resistência típica de um processo de realização de lucros, e derrubou todos os suportes criados nos últimos pregões, vindo a fechar na mínima do dia, no suporte de 69,50 (queda de mais de 7%, uma das maiores em um único dia). Promete também muita volatilidade no dia de hoje. Suportes imediatos em 69,50 e 67,00. Resistências imediatas em 70,90 e 71,90.

VALE5...após 19/03... pode ainda realizar mais...


VALE 5 abriu em queda e com grande volume de continuadas vendas, perdeu todos os suportes gerados nas últimas semanas. Reflexo da acentuada queda nos mercados futuros de comodities em Nova York, acabou fechando na mínima do dia nos 44,23 com queda de mais de 7%, uma das maiores ocorridas em um único dia. Promete apresentar grande volatilidade durante o pregão de hoje. Suportes imediatos: 44,20; 43,40 e 42,50 (forte suporte). Resistências em 45,00, 46,00 (forte resistência) e 47,70.

IBOVESPA...após 19/03...perdeu o suporte dos 60 mil...


O IBOVESPA abriu com ligeira alta atingindo na máxima do dia em 62.372. Porém inflenciado pelas perdas de suas principais "blue chips" VALE e PETRO, perdeu o forte suporte dos 60 mil pontos, vindo atingir na mínima do dia 58.805 e fechando praticamente em cima do suporte de 58.820 pontos (queda de 5%). Promete muita volatilidade no pregão de hoje. Fortes suportes em 58.200 (fibo de 38,2%) e 57.890 pontos. Resistências em 60 mil e 61.400 pontos.

DOW JONES...após 19/03...não conseguiu romper a LTB no canal de baixa...


Dow Jones mesmo se mantendo acima dos 12 mil pontos não conseguiu romper os 12.450 pontos na LTB quando poderia sinalizar alguma reversão. Agora tem um forte obstáculo nessa resistência que está fortemente delineando o canal de baixa. Resistência intermediária nos 12.250 pontos. Suportes em 11980 e 11750, que se perdido sinalizará queda maior para patamares em torno de 11 mil/11.250 pontos.

Petrobras arremata 22 blocos no Golfo do México

Petrobras arremata 22 blocos no Golfo do México
19.03.2008 21h09

por Nicola Pamplona da Agência Estado

A Petrobras arrematou hoje 22 blocos exploratórios no Golfo do México, em leilão promovido pelo Minerals Management Service (MMS), o órgão regulador do setor de petróleo nos Estados Unidos. A companhia ficou com 100% de participação em 11 áreas. No restante, entrou em parceria com a americana Devon. A estatal brasileira investiu US$ 178,9 milhões no leilão, chamado Lease Sale 206, no qual deu prosseguimento à estratégia de apostar nas águas profundas e ultraprofundas da região.

Após a confirmação dos resultados do leilão, a Petrobras terá 221 blocos exploratórios no Golfo do México, informou, em nota a companhia. "A participação no Lease Sale 206 está alinhada às demandas do Plano Estratégico da Petrobras, que prevê um crescimento internacional com investimentos em áreas prioritárias, entre as quais o setor americano do Golfo do México", diz o texto. O leilão contou com a participação de 78 empresas.

A empresa tem quatro importantes descobertas na região, batizadas de Cascade, Chinook, Saint Malo e Stones. Os dois primeiros devem entrar em operação já em 2010, inaugurando, no Golfo do México, o uso de navios-plataforma, tecnologia amplamente utilizada pela empresa no Brasil. A estatal prevê investimentos de US$ 4,9 bilhões nos Estados Unidos até 2012, destinados aos segmentos de exploração e produção e refino.