sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Índices das Bolsas de NY têm seu pior janeiro

por Agência ESTADO
30 de Janeiro de 2009 20:20

O mercado norte-americano de ações voltou a fechar em queda. O índice Dow Jones fechou no nível mais baixo desde 20 de janeiro. Tanto no caso do Dow Jones como no do S&P-500, este foi o pior mês de janeiro de todos os tempos. No caso do Nasdaq, este foi o segundo pior janeiro da história, superado apenas pelo de 2008, quando o índice caiu 7,4%.
O índice Dow Jones fechou o dia em queda de 148,15 pontos, ou 1,82%, em 8.000,86 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 31,42 pontos, ou 2,08%, em 1.476,42 pontos. O S&P-500 caiu 19,26 pontos, ou 2,28%, para fechar em 825,88 pontos. O NYSE Composite caiu 105,11 pontos, ou 1,98%, para 5.195,79 pontos. Na semana, o Dow Jones acumulou uma queda de 0,95%, o Nasdaq, um recuo de 0,06% e o S&P-500, uma baixa de 0,73%. No mês de janeiro, o Dow caiu 8,84%, o Nasdaq perdeu 6,24% e o S&P-500 recuou 8,49%.
Os indicadores econômicos negativos e a onda de anúncios de demissões nos EUA alimentam o sentimento de que a recessão será profunda e prolongada. À tarde, um informe de um respeitado colunista da CNBC jogou água fria na expectativa de que um novo pacote de medidas de ajuda às instituições financeiras viria na forma da criação de um "banco ruim", que compraria os ativos "podres" dos bancos.
Das 30 componentes do Dow Jones, 27 ações fecharam em queda. O destaque negativo foi Citigroup, com queda de 8,97%; também no setor financeiro, as ações do Bank of America caíram 2,95% e as do JPMorgan Chase subiram 0,31%. Depois da divulgação de informes de resultados, as ações da Procter & Gamble caíram 6,39%, as da ExxonMobil recuaram 0,68% e as da Chevron perderam 0,14%. Em reação aos dados do PIB dos EUA no quarto trimestre, as ações da General Motors caíram 5,35% e as da general Electric recuaram 4,64%. As da Alcoa caíram 7,70%, depois de analistas do JPMorgan Chase rebaixarem sua previsão de lucro. As da Caterpillar perderam 3,14%, depois de a empresa anunciar mais 2.110 demissões (além das 20 mil anunciadas durante a semana).
As ações dos bancos regionais também caíram, depois de os analistas da Sanford Bernstein dizerem que eles estão em "situação precária" (Fifth Third perdeu 21,64% e Regions Financial recuou 16,43%). No setor de tecnologia, as ações da Amazon.com, que havia divulgado resultados do quarto trimestre ontem depois do fechamento, subiram 17,64%. As informações são da Dow Jones.

Bovespa recua 0,85%, mas sobe 4,66% em janeiro

por Agência ESTADO
30 de Janeiro de 2009 18:39

Em um dia de muita volatilidade nos negócios, a Bovespa teve um desempenho melhor do que as bolsas norte-americanas (pelo menos até o horário de fechamento doméstico) graças ao comportamento dos papéis da Petrobras. Os balanços favoráveis de empresas do setor petrolífero no mercado externo, a alta do petróleo e as compras de investidores estrangeiros favoreceram ganhos destes papéis que, por serem os mais líquidos, deram sustentação ao principal índice na maior parte da sessão. A Bolsa, no entanto, não conseguiu ignorar totalmente o desempenho das bolsas norte-americanas e acabou acompanhando no final.
O Ibovespa terminou o dia em baixa de 0,85%, aos 39.300,79 pontos. Na mínima, atingiu 39.185 pontos (-1,14%) e, na máxima, 40.273 pontos (+1,60%). Em janeiro, pelo segundo mês seguido, a Bolsa terminou em elevação, de 4,66%. O giro financeiro totalizou R$ 3,248 bilhões.
O evento mais aguardado do dia era a divulgação da primeira prévia do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano do quarto trimestre. E o indicador acabou surpreendendo por ter sido menos ruim do que era esperado. Assim, a reação imediata dos investidores foi ir às compras. A maior economia do mundo recuou 3,8% de outubro a dezembro, enquanto as previsões eram de -5,5%.
Mas, na releitura, os investidores preferiram enxergar a informação de que o resultado foi o pior desde o primeiro trimestre de 1982. Juntaram os indicadores ruins e passaram às vendas. Além disso, as expectativas em torno da constituição de um "banco ruim" para compra de ativos podres das instituições financeiras nos EUA sofreram um abalo no meio da tarde, quando o colunista da rede CNBC Charlie Gasparino informou que o plano pode ser congelado ou mesmo abandonado.
Às 18h26 (de Brasília), nas Bolsas de Nova York, o índice de ações Dow Jones caía 1,67%, o S&P perdia 2,06% e o Nasdaq recuava 1,68%. Da leva de indicadores, o índice de atividade industrial dos gerentes de compra de Chicago (PMI) caiu para 33,3 em janeiro, o menor nível desde março de 1982. O índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan subiu para 61,2 em janeiro, de 60,1 em dezembro, mas o número, que saiu hoje na versão final, é menor do que o dado preliminar de 61,9.
Do setor corporativo, os dados não foram assim tão nefastos. A Procter & Gamble anunciou aumento de 53% no lucro líquido no quarto trimestre, de US$ 1,58 por ação, em linha com a previsão de analistas; e a Honeywell informou alta de 2,6% no lucro líquido do período (US$ 0,97 por ação).
No setor petrolífero, os dados até agradaram. A ExxonMobil, maior petroleira do mundo, registrou queda de 33% de seu lucro líquido no quarto trimestre do ano passado, para US$ 7,82 bilhões, resultado veio melhor do que o esperado por analistas. A Chevron, por sua vez, anunciou que obteve lucro líquido US$ 4,9 bilhões no intervalo.
Estes dados estimularam compras em Petrobras durante o dia, mas os ganhos diminuíram no final e apenas a ação ON sustentou a alta, de 1,17%. A PN fechou estável. Os investidores estrangeiros estiveram na compra do papel, que também foi impulsionado pela valorização do petróleo. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo fechou com elevação de 0,58%, a R$ 41,68 por barril.
Vale, outra empresa de peso na Bolsa doméstica, manteve hoje a realização de lucros iniciada na véspera, embora estivesse presente no noticiário. A empresa anunciou a compra de ativos de minério de ferro e potássio da mineradora anglo australiana Rio Tinto, por US$ 1,6 bilhão, pagos à vista. Vale ON caiu 1,60% e PNA perdeu 1,72%.
No setor siderúrgico, que teve uma semana de movimentação técnica, o sinal predominante hoje foi negativo. Gerdau PN caiu 1,05%; Usiminas PNA, 1,16%; CSN ON, 2,60%. Metalúrgica Gerdau PN subiu 0,25%.

IBOV...após 29/01...suportes e resistências


Após 4 pregões consecutivos em alta, o Ibovespa realizou devolvendo boa parte dos ganhos do pregão anterior. Apesar da boa reação na segunda metade do pregão, não conseguiu reverter totalmente essas perdas, induzido pela forte realização de DJI. O gráfico diário ainda mostra alguns indicadores sinalizando a tendência de alta, mas o atrelamento do Ibovespa aos mercados externos e principalmente aos indicadores da economia americana, poderá reverter essa tendência. A recuperação do patamar dos 40 mil pontos é fundamental para o Ibovespa buscar seus próximos objetivos acima dos 41 mil pontos. A perda do suporte nos 39.100 pontos, provocará o retorno do Ibovespa à região de congestão anterior.

Os suportes imediatos estão em 40.250, 39.900, 39.450, 39.100 e 38.800 pontos.
Resistências imediatas em 40.320, 40.500, 40.800, 41.200 e 41.500 pontos.

DJI...após 29/01...suportes e resistências


Realização forte de DJI, devolveu todo ganho da véspera. O "candle" do gráfico diário é um "marubozu" cheio após o "marubozu" vazio da véspera que produzira uma ruptura na LTB de curto prazo, sugerindo a continuidade da alta. A soma desses dois "candles" porém, resulta em um "doji" de indefinição. Alguns indicadores do gráfico diário sinalizam possibilidade da retomada da alta, mas a facilidade como DJI reverteu toda alta anterior não permite assegurar essa possibilidade. Mantendo-se acima do patamar dos 8.000 pontos, poderá recuperar os 8.300 pontos. Abaixo desse patamar, retorna ao sub-canal de queda anterior.

Suportes imediatos em 8.100, 8.035, 8.000 e 7.800 pontos.
Resistências imediatas em 8.160, 8.200, 8.240, 8.300 e 8.350 pontos.