quinta-feira, 12 de junho de 2008

IBOV...após 12/06...reverteu metade da alta conquistada e agora pode perder os 67 mil pontos...


O Ibovespa abriu em alta nos 66.797 pontos (mínima do dia) e impulsionado pelos mercados futuros, retomou o patamar dos 67 mil pontos, indo buscar sua máxima em 67.958 pontos, onde ficou aguardando o desempenho favorável de DJI para tentar romper os 68 mil pontos. Com DJI perdendo mais da metade da alta conquistada, o IBOV refluiu até perder novamente os 67 mil pontos, se situando próximo da mínima. Na última hora de pregão esboçou leve reação para fechar em 67.319 pontos (alta de 0,78%).

Análise: O IBOV não está conseguindo romper a resistência nos 68 mil pontos. Mantido o cenário atual, provavelmente deverá buscar um patamar de negociações abaixo dos 67 mil pontos. Nessa hipótese, o Ibovespa deverá testar importante suporte em 65.200 pontos, junto à LTA iniciada na mínima do pregão de 16/08/07. A perda definitiva desse suporte poderá levar o Ibovespa à casa do 60/62 mil pontos. A análise gráfica está sem tendência definida em seus principais indicadores. Os índices futuros do Ibovespa e dos mercados americanos, antes da abertura do pregão, poderão sinalizar a direção do pregão.

Suportes em 66.200, 65.900, 65.700, 65.200(na LTA) e 63.900 pontos.
Resistências em 67.350, 68.000, 68.400 e 69.000 pontos.

DJI...após 12/06...sendo empurrado para negociar abaixo dos 12 mil pontos...



DJI abriu em alta nos 12.089 pontos e influenciado pelos índices futuros em forte alta, rompeu novamente o patamar dos 12.200 pontos indo buscar sua máxima na resistência em 12.270 pontos. A partir daí, uma forte pressão vendedora, empurrou o índice novamente para um patamar abaixo dos 12.100 pontos, encontrando suporte em 12076 pontos (mínima dos dia). Finalizou em 12.141 pontos (alta de + 0,47%).

Análise: DJI continua em seu "canal de baixa", não conseguindo se sustentar acima dos 12.270 pontos e com dificuldades em se manter no suporte dos 12.100 pontos. Provavelmente deverá buscar novo patamar de negociações, abaixo dos 12 mil pontos, onde deverá testar o suporte em 11.930 pontos na LTA . Caso perca esse importante suporte, deverá mergulhar em direção à casa dos 11.500 pontos. Resistindo nesse suporte poderá tentar retomar negociações entre os 12.000 e 12.500 pontos. Os indicadores gráficos, mesmo após a pequena recuperação, se mantêm indefinidos. Os índices futuros antes da abertura, poderão sinalizar uma tendência para DJI.

Suportes imediatos em 12.000, 11.975, 11.930 (LTA), e 11.750 pontos.
Resistências em 12.200, 12.270 e 12.330 pontos.

Política de alta de juros vai durar " enquanto for necessário " para conter inflação, diz Copom

por Paula Cleto de Valor Online
12/06/2008 09:27

SÃO PAULO - O avanço de índices de preços em reflexo da economia aquecida e a deterioração nas expectativas do mercado para a inflação futura foram os argumentos citados pelo Comitê de Política Monetária (Copom) para explicar o aumento de 0,5 ponto na taxa básica de juros neste mês, que passou a valer 12,25% anuais. O Banco Central (BC) afirma estar trabalhando para garantir o crescimento sustentado e afirma que a atual postura de política monetária será " mantida enquanto for necessário " para assegurar " a convergência da inflação para a trajetória das metas " .
A ata da reunião do Copom de 3 e 4 de junho menciona que o aquecimento da economia já provoca o aumento de preços no atacado e dos núcleos dos índices de inflação. Ao observar esse quadro, os agentes de mercado pioram suas expectativas para os índices de preços, o que, por si só, já é outra fonte de pressão inflacionária. Na pesquisa realizada pelo próprio BC com analistas financeiros, a previsão para o IPCA de 2008 passou de 4,66% em abril para 5,48% no começo de junho. Quanto maiores as expectativas da sociedade para a inflação, explica o BC, mais fácil é repassar o aumento de custos para os preços finais.
O Copom também reitera a preocupação quanto ao descompasso entre demanda e oferta e ainda com as repercussões da inflação em escala global, cujas pressões inicialmente específicas o comitê não quer ver se generalizar pelos preços. " O Copom considera que se mantém elevada a probabilidade de que pressões inflacionárias inicialmente localizadas venham a apresentar riscos para a trajetória da inflação, uma vez que o aquecimento da demanda doméstica e do mercado de fatores, bem como a possibilidade do surgimento de restrições de oferta setoriais, podem estar ensejando aumento no repasse de pressões sobre preços no atacado para os preços ao consumidor " , diz o documento.
Essa conjuntura, porém, já afetou os prognósticos futuros. Sem revelar os números exatos, a ata informa que no cenário de referência do BC (taxa de câmbio em R$ 1,65 e Selic em 11,75%), aumentou a projeção para o IPCA de 2008, que ficaria acima do centro da meta para o ano, de 4,5%. No cenário de mercado (com mobilidade nas taxas de câmbio e juros), ocorreu o mesmo. Em ambos os casos, a projeção do IPCA de 2009 também superou 4,5%.
" São relevantes os riscos para a concretização de um cenário inflacionário benigno, no qual o IPCA seguiria evoluindo de forma consistente com a trajetória das metas " , resume o documento. Nesse contexto, diz a ata, o BC deve elevar os juros para " contribuir para a convergência entre o ritmo de expansão da demanda e oferta " e para impedir a deterioração das expectativas de inflação futura.
" Ao atuar enquanto o balanço dos riscos para a dinâmica inflacionária assim o requerer, o Comitê entende que estará, de fato, contribuindo para a sustentação do crescimento, o que requer estabilidade, previsibilidade e a conseqüente extensão do horizonte de planejamento das empresas e famílias, bem como para resguardar os importantes incrementos na renda real dos assalariados observados nos últimos anos. "

Atual upside das ações já não remunera custo de oportunidade

por Gabriel Ignatti Casonato de InfoMoney
12/06/08 08h47



SÃO PAULO - Refletindo as incertezas que rondam o ambiente macroeconômico doméstico, principalmente devido às pressões inflacionárias e ao rumo da política monetária do País, a área de Wealth Management Research do UBS fechou seu call de compra do mercado brasileiro de ações.

Embora ainda identifiquem espaço para alguma valorização adicional da renda variável doméstica, os analistas acreditam que o atual upside já não remunera o custo de oportunidade do capital.
Os analistas da instituição lembram que, quando sugeriram a estratégia, em setembro do ano passado, uma das premissas adotadas para sustentar as boas perspectivas era a forte valorização do real frente ao dólar, movimento que, na opinião do banco, deve estar próximo do seu fim.

Selic preocupa; Fundo Soberano não
Depois de duas altas consecutivas de 50 pontos-base na taxa Selic, a equipe do banco acredita que a pergunta a ser feita no momento é quanto o juro básico brasileiro ainda terá de subir para conter as pressões inflacionárias.
E caso este seja o único instrumento utilizado pelo Banco Central na luta contra o avanço dos preços, a perspectiva da instituição é de que a taxa suba consideravelmente nas próximas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária), deixando um cenário incerto para os próximos meses.
Já a boa notícia que vem da política fiscal brasileira é o recente anúncio do Ministério da Fazenda de que o Governo irá fazer um superávit primário adicional de 0,5% do PIB ( Produto Interno Bruto) para a criação do Fundo Soberano.

Potencial limitado
Por fim, outro ponto que influenciou a decisão dos analistas foi a forte performance do mercado doméstico desde o início da cobertura, que acabou limitando o potencial de valorização no curto prazo, avaliam.
Desde meados de setembro de 2007, o MSCI Brazil (índice que seleciona os principais papéis do mercado brasileiro) acumula valorização de cerca de 45%, acima da previsão do banco de alta de 35% no período.
Contudo, vale lembrar que, para o médio prazo, as expectativas do UBS para as ações brasileiras permanecem otimistas.

Análise: Inflação assusta e BC pode reforçar aperto

por Luiz Sérgio Guimarães de Valor Econômico)
12/06/2008 08:29

SÃO PAULO - A ata do Copom que será divulgada hoje pelo Banco Central se refere à reunião ocorrida na quarta-feira da semana passada, antes, portanto, de conhecido o alarmante repique inflacionário detectado pelos três principais índices do país. O susto vindo tanto do IPCA fechado de maio quanto das primeiras prévias de junho do IPC Fipe e do IGP-M desencadearam ontem fortes altas dos juros futuros, a ponto de o mercado passar a temer a aceleração da velocidade de alta da taxa Selic.
Os participantes do pregão de DI futuro já começam a acreditar que o Copom não irá, em sua reunião de 23 de julho, manter o ritmo de avanço de 0,50 ponto aplicado à taxa básica nos encontros de abril e junho. A tendência é de que aumente a dose para 0,75 ponto. Mesmo se referindo a evento anterior à divulgação dos índices mais recentes de inflação, a ata não irá, em seu cenário prospectivo, ignorar as pressões mais recentes. Isso não significa, porém, que o BC irá ser preciso sobre quando pretende encerrar o atual ciclo de aperto. A autoconfiança demonstrada no comunicado da reunião de abril revelou-se excessiva e danosa à credibilidade da autoridade.
Em abril, o Copom garantiu que, com a alta de 0,50 ponto (acima das previsões) com a qual estava iniciando a série de aumentos da Selic, estava procedendo a " parte relevante " do arrocho planejado. No comunicado da reunião da semana passada, a certeza foi substituída pelo laconismo. " O documento irá frustrar aqueles que aguardam sinalizações sobre a extensão do ciclo de aperto monetário " , diz relatório da LCA Consultores. O tom da ata será inegavelmente duro e conservador, o BC irá enfatizar sua preocupação com as pressões de custos num ambiente econômico ainda aquecido, mas sem trazer comentários prospectivos sobre a velocidade e a duração do ajuste da Selic. Para a LCA, o termo " preventivo " usado anteriormente para qualificar o aperto monetário deverá ser suprimido da ata.
Não se trata mais de agir preventivamente sobre a inflação. Os índices divulgados ontem são inquietantes. Se forem o ápice do movimento de alta, talvez não se justifique um reaperto monetário por meio da aceleração da alta. Mas se não for o teto? O IPCA do mês passado acusou alta de 0,79%, para uma mediana das expectativas de 0,65%. Nos últimos doze meses, o indicador acumula evolução de 5,58%, ou seja, já superou levemente o meio do intervalo superior (entre 4,5% e 6,5%) da banda de flutuação da meta de inflação.
As primeiras prévias de junho do IPC Fipe e do IGP-M também vieram acima das previsões dos analistas. O primeiro avançou 1,3% e o segundo saltou 1,97%. O IPCA de maio reforça o prognóstico da Austin Rating segundo o qual o teto da banda está sob ameaça. No cenário básico da agência, o IPCA fecharia 2008 em 7,16%, acima, portanto, do teto da meta de inflação, de 6,5%. " Essa projeção considera a dinâmica histórica dos preços a partir de junho deste ano e incorpora nossas expectativas de inflação dos alimentos e dos preços monitorados de energia elétrica e telefonia fixa. As chances desse cenário se concretizar são de 60% " , diz seu economista-chefe, Alex Agostini.
O Copom tende a não se comprometer inteiramente com o futuro porque os próximos índices de inflação - os quais irão condicionar a duração e a extensão do aperto total - dependerão da força da onda de alta das commodities agrícolas e do petróleo. As informações mais recentes provindas da Opep são de que o cartel está empenhado em esvaziar a bolha que inflou o barril para cima dos US$ 130,00. Esse preço viabiliza a entrada no jogo de novos participantes e o cartel quer manter a concorrência fora de campo. A sua meta é derrubar o preço a US$ 70,00, um patamar lucrativo para os seus membros, mas que inviabiliza a incursão de novos competidores. Pelo menos ontem, as ameaças da Opep não desencorajaram os especuladores. O barril saltou 3,86% na Nymex, para US$ 136,38. Já a bolha das commodities agrícolas depende do dólar. Os EUA parecem dispostos a defender a sua moeda intransigentemente.
O mercado futuro de juros da BM & F não quis, ontem, conhecer argumentos em favor de uma atenuação do aperto monetário. Os " doadores " de dinheiro - os players que aceitam correr o risco da aplicação prefixada - se mostraram muito arredios ontem, e os juros dispararam. A taxa para a virada do ano avançou de 13,17% para 13,28%. O contrato mais negociado, para janeiro de 2010, saltou de 14,76% para 14,81%. A taxa do swap de 360 dias passou de 14,11% para 14,20%. A perspectiva de intensificação do aperto monetário fez o dólar cair na contramão das bolsas de valores. A moeda cedeu 0,36% no interbancário, cotada a R$ 1,6410.