quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Bovespa fecha em baixa de 3,95% com bancos e Vale

por Agência ESTADO
14 de Janeiro de 2009 18:32

Notícias fracas no setor corporativo, sobretudo sobre bancos, e indicadores frágeis sobre as economias norte-americana e europeia arrastaram as bolsas no velho continente, Wall Street e também a Bovespa para baixo. Os dados conhecidos hoje ampliaram os temores de desaceleração da demanda, com impacto direto sobre as matérias-primas, e com a saúde das instituições financeiras. Assim, papéis de bancos, Petrobras, Vale e siderúrgicas levaram a Bovespa ao menor fechamento em pontos desde o início de 2009.
O Ibovespa recuou 3,95%, aos 37.981,77 pontos - menor pontuação desde 30 de dezembro. Na mínima, atingiu 37.658 pontos (-4,77%) e, na máxima, 39.570 pontos (+0,06%). Por pouco os ganhos de janeiro não foram completamente apagados: +1,15%. Com saída de estrangeiros, o giro financeiro somou R$ 4,413 bilhões.
O investidor pôde, hoje, escolher qual notícia do setor financeiro repercutir nos negócios. O Deutsche Bank alertou para prejuízo no quarto trimestre, o Morgan Stanley previu que o HSBC precisará levantar capital, enquanto o Citigroup acertou a venda da unidade de corretagem para o Morgan Stanley. Dentre os indicadores, houve pressão da leitura fraca sobre a produção industrial na zona do euro e de um declínio mais acentuado do que a expectativa do mercado nas vendas do varejo norte-americano em dezembro.
A Bolsa de Londres caiu 4,97%, a de Paris perdeu 4,56% e a de Frankfurt teve declínio de 4,63%. A produção industrial da zona do euro caiu 1,6% em novembro ante outubro, e 7,7% ante o mesmo período em 2007. E o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha cresceu 1,3% no ano passado, bem abaixo da expansão de 2,5% obtida em 2007.
Nos Estados Unidos, o catalisador da nova onda de mau humor foi o dado de vendas no varejo em dezembro, que mostrou queda de 2,7%, o sexto declínio consecutivo. Os recuos registrados em novembro e outubro também foram revisados para pior.
No final da tarde, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) divulgou o Livro Bege, que reúne as condições da economia norte-americana e que serve de base para a decisão sobre a taxa de juros do país. O documento destacou que a economia continuou a enfraquecer no começo de 2009 e que as vendas do varejo e a atividade de crédito recuaram, sendo que a qualidade dos empréstimos continua a preocupar. Ainda segundo o documento, as dispensas continuam na maioria dos distritos e o relatório do mercado de trabalho ainda não está mostrando muitos cortes nos bancos.
Nas Bolsas de Nova York, às 18h14 (de Brasília), o índice Dow Jones perdia 3,28%, o S&P caía 3,70% e o Nasdaq recuava 3,68%. As ações do Citigroup derreteram depois que o banco confirmou acordo para a venda para o Morgan Stanley de sua unidade de corretagem Smith Barney e das unidades no Reino Unido e Austrália.
Os dados semanais de estoque de petróleo também pressionaram as bolsas dos EUA ao subirem 1,144 milhão de barris na semana encerrada em 9 de janeiro. Os estoques de gasolina cresceram 2,068 milhões de barris e os de destilados aumentaram 6,346 milhões de barris.
O preço do petróleo passou a cair fortemente após os números de estoques, e isso afetou as ações do setor energético, lá e cá. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo terminou o dia em queda de 1,32%, a US$ 37,28 por barril. No Brasil, as ações da Petrobras fecharam em baixa de 3,69% as ON e 2,71% as PN.
Tombos mais fortes foram registrados por bancos, acompanhando seus pares lá fora, Vale e siderúrgicas, com a queda dos metais básicos. Bradesco PN fechou em queda de 6,04%; Itaú PN, de 7,52%; Unibanco unit, 7,74%; BB ON, 6,74%; Vale ON, 4,65%; Vale PNA, 3,93%; Gerdau PN, 4,48%; Metalúrgica Gerdau PN, 4,38%; Usiminas PNA, 4,40%; e CSN ON, 2,06%.

IBOV...apos 13/01...suportes e resistências


A realização até os 38.620 pontos seguida de forte recuperação até a máxima nos 40.320 pontos no pregão de ontem, para depois refluir até os 39.200 pontos, não foi suficiente para garantir a possibilidade de reversão de tendência, fazendo com que o Ibovespa finalizasse nos 39.540 pontos, com ligeira recuperação no final do pregão. A atual tendência, ainda de baixa, poderá levar o Ibovespa aos objetivos de queda em 38.000, 37.000 e 36.525 pontos. Reversão desta tendência, somente com fechamento acima dos 41 mil pontos, novamente.

Os suportes imediatos estão em 39.000, 38.750, 38.000, 37.500 e 37.150 pontos.

As resistências imediatas estão em 39.700, 39.800, 40.000 e 41.200 pontos.

DJI...após 13/01...suportes e resistências


DJI ainda reluta para tentar recuperar os 8.500 pontos. A perda definitiva desse suporte levará DJI a testar novo intervalo de negociações, provavelmente entre os 8.500 e os 8 mil pontos. Os objetivos de queda, estão nos 8.250 e nos 7.800 pontos.

As resistências imediatas se encontram em 8.460, 8.500, 8.550, 8.600 e 8.700 pontos.

Os suportes imediatos estão em 8.400, 8.300, 8.250, 8.200 e 8.100 pontos.