quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Wall St recua por tecnologia e receio com retomada

por Ellis Mnyandu de Reuters
19 de Novembro de 2009 19:58


NOVA YORK (Reuters) - O mau desempenho das ações de tecnologia levou a uma queda generalizada nos principais índices de ações dos Estados Unidos nesta quinta-feira. Uma avaliação pessimista de uma corretora sobre as perspectivas de demanda para o setor de semicondutores e dados ressaltando a fragilidade da recuperação motivaram as vendas.

O Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,90 por cento, para 10.332 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 1,66 por cento, para 2.156 pontos. O Standard & Poor's 500 perdeu 1,34 por cento, para 1.094 pontos.

O Bank of America-Merrill Lynch reduziu seu prognóstico de crescimento para o segmento de semicondutores em 2010 por preocupações com um crescimento nos estoques. O banco rebaixou as ações de 10 empresas, incluindo as de Intel, Texas Instruments e Marvell Technology.

A piora nas recomendações funcionou como um revés para aqueles que apostam que o setor de tecnologia terá um desempenho melhor que os demais à medida que a retomada acontece. Chips são essenciais para um amplo conjunto de produtos, como computadores e aparelhos móveis.

No plano econômico, o índice da Conference Board's que mede a oscilação dos principais indicadores norte-americanos, o qual serve de referência para perspectivas relacionadas à economia dos EUA, subiu 0,3 por cento, para 103,8 pontos, maior nível desde setembro de 2007.

Mas a alta veio pouco abaixo das estimativas de Wall Street, que apontavam avanço de 0,5 por cento.

"Há este sentimento de que a economia tem perdido o fôlego desde o terceiro trimestre", disse o estrategista-chefe Bruce Zaro, da Delta Global Advisors, em Boston. "O mercado ganhou tração para o viés de baixa quando indicadores econômicos decepcionantes foram divulgados."

Bovespa fecha em queda nesta quinta, mas avança 1,5% na semana

por Agência ESTADO
19/11 - 18:36

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda pelo segundo dia consecutivo nesta quinta-feira. O índice Ibovespa – a principal referência da Bolsa paulista – recuou 0,28%, aos 66.327 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,723 bilhões. O dólar retomou a trajetória de alta, após encerrar estável ontem, e fechou no patamar do R$ 1,73.

Na semana, que será mais curta já que não haverá pregão nesta sexta-feira, em virtude do feriado, o Ibovespa registrou alta de 1,53%, depois de ter atingido pontuação recorde no ano na última terça-feira, aos 67.405 pontos.

Hoje foi o primeiro pregão após o anúncio de cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 1,5% sobre as novas emissões de ações no exterior (DRs). Embora analistas tenham minimizado o impacto direto da medida sobre a taxa de câmbio, predominaram as críticas ao novo anúncio do governo.

A baixa da Bovespa também reflete o clima externo negativo. No mesmo horário citado acima, a Bolsa de Nova York também recuava. O índice Dow Jones perdia 1,13%, enquanto o Nasdaq baixava 1,81%.

O pessimismo de Wall Street com um relatório do Bank of America-Merrill Lynch reduzindo a previsão para 2010 da indústria global de semicondutores e a queda das commodities, em reação ao fortalecimento do dólar, pesaram sobre os negócios.

Esses movimentos suplantaram o potencial efeito positivo de de dados dos Estados Unidos, como o do índice dos principais indicadores do país, que avançou para o maior patamar desde setembro de 2007. Outro importante índice regional, o do Fed da Filadélfia, cresceu acima das expectativas em novembro.

"Os indicadores econômicos norte-americanos já não têm tido tanto poder de direcionar os mercados, que estão mais atentos a elementos pontuais dos mercados", disse o chefe de pesquisa da Brava Investimentos, Peter Ping Ho.

Entre as ações brasileiras, o destaque negativo foi, pela segunda sessão seguida, o setor financeiro. As ações das companhias de meios de pagamento estiveram entre as maiores perdedoras, depois de o Santander Brasil ter informado que está em negociações avançadas para operar no setor.

Redecard caiu 3%, para R$ 26,19. Fora do índice, Cielo (ex-VisaNet) perdeu 2,94%, para R$ 15,50.

Alheia ao movimento externo negativo, a ação preferencial da Petrobras protegeu o Ibovespa de perdas maiores, ao subir 0,8%, a R$ 38,50, com analistas fazendo comentários positivos sobre novas descobertas de petróleo anunciadas esta semana pela estatal.

O dia também foi marcado pela chegada da Direcional Engenharia à bolsa. Na estreia, a ação da companhia mineira de construção civil teve alta de 1,9%, a R$ 10,70.

IOF


A medida, anunciada quarta à noite, tem por finalidade eliminar a assimetria de custos que passou a existir quando o governo taxou com IOF de 2% a entrada de capital externo na Bolsa e na renda fixa, no dia 20 de outubro.

Para escapar do pagamento de 2%, os investidores compravam ADRs e depois cancelavam o recibo e o banco custodiante emitia a ação. Com isso, o investidor estrangeiro conseguia negociar ações na Bovespa sem recolher o IOF.

Dólar


No mercado cambial, o dólar retomou a trajetória de alta, após encerrar estável ontem, e fechou no patamar do R$ 1,73. A moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 0,99%, negociada a R$ 1,734 para venda.

O mercado atribuía a cautela observada em todo o mundo à incerteza sobre a retomada econômica global. Havia também, em menor grau, um pouco de precaução com a possibilidade de que outros países além do Brasil tomem medidas interpretadas como um controle de capital.

Embora profissionais de mercado afirmem que a alta desta sessão não esteve relacionada diretamente ao novo anúncio do IOF, Francisco Carvalho, gerente de câmbio da corretora Liquidez, lembra que ele reforçou a perspectiva de agentes de mercado de que o governo está disposto a atuar sempre que a moeda se aproximar de R$ 1,70.

"Ali no 1,710 (o mercado) já para, não dá muito para ficar vendido (com aposta na baixa do dólar). Não é à toa que diminui o volume", disse, acrescentando que é preciso haver alguma surpresa positiva para que o mercado tenha a força necessária para romper o suporte de R$ 1,700.

Win Thin, estrategista de câmbio da Brown Brothers Harriman, em Nova York, questionou o processo de tomada de decisões pelo governo, apontando para a demora de um mês em corrigir uma distorção que já era prevista pelo mercado.

"Estava muito claro que haveria uma busca pelos ADRs para evitar a tributação. Então, o governo deveria estar preparado para isso, ou então deveria responder a isso quando o IOF foi anunciado pela primeira vez."

IBOV...após 18/11...suportes e resistências


O Ibovespa abriu nos 67.430 pontos, foi renovar sua máxima anual nos 68.059 pontos e a partir daí recebeu uma pressão vendedora que trouxe o Ibovespa a buscar suporte na mínima, na última meia hora de pregão, em 66.494 pontos para depois finalizar em 66.515 pontos (+1,32%).

O "candle" do gráfico diário é semelhante a um "martelo invertido", sinalizador de provável reversão de tendência, após ter formado novo topo nos 68 mil pontos.

Provável objetivo de queda, no curto prazo, na região dos 65 mil pontos.

Suportes imediatos em 66.370, 66.020, 65.700, 65.400 (Média Móvel de 13 períodos), 65.300 e 64.700 pontos.

Resistências imediatas em 66.700, 67.050, 67.450 e 67.700 pontos.

DJI...após 18/11...suportes e resistências


DJI abriu em 10426 pontos, refluiu até encontrar suporte nos 10.360 pontos, reverteu lentamente até encontrar resistência no final do pregão, na máxima em 10.430 pontos e finalizar logo após em 10.426 pontos (-0,11%)

DJI fez um "doji" semelhante ao de um "homem enforcado" (hanging man).
A mínima nos 10.360 pontos, abaixo dos 10.362 pontos e a máxima nos 10.430 pontos abaixo dos 10.438 pontos, do pregão anterior, construiu um provável "pivô de baixa".

DJI está operando em região "sobrecomprada", no topo do canal de alta e a partir daí (10.400 pontos) poderá reverter.
A perda do suporte nos 10.360 pontos terá objetivos de queda nos 10.275 pontos.

Suportes imediatos em 10.360, 10.340, 10.290, 10.275 e 10.240 pontos.

Resistências imediatas em 10.438, 10.460 e 10.500 pontos.