quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Wall St recua com temores sobre crédito e petróleo

por Kristina Cooke
13 de Agosto de 2008 18:30

NOVA YORK (Reuters) - As bolsas de valores norte-americanas caíram nesta quarta-feira, com a preocupação persistente sobre a crise de crédito afetando as ações de bancos. Além disso, a alta do petróleo e a perspectiva fraca de alguns varejistas levantaram temores sobre o ritmo de consumo no país.
O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,94 por cento, para 11.532 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq registrou variação negativa de 0,08 por cento, a 2.428 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 0,29 por cento, a 1.285 pontos.
A Caterpillar, considerada um termômetro da economia norte-americana, foi uma das empresas que mais afetaram o Dow após a manufatureira Deere & Co divulgar resultados desapontantes. Os resultados da Deere aumentaram a evidência de que o mal-estar causado pela crise imobiliária está se espalhando por outras áreas da economia.
As ações financeiras caíram pelo segundo dia consecutivo com temores de mais perdas ligadas ao crédito. Uma autoridade do Texas afirmou que os reguladores estão próximos de chegar a uma decisão que irá forçar que alguns bancos recomprem bilhões de dólares em papéis que perderam liquidez pelo valor de face. Acrescentando mais tensão ao setor financeiro, quatro dos maiores bancos de investimento de Wall Street foram rebaixados por um analista do Merrill Lynch, que afirmou que a crise global de crédito piorou e pode levar investidores a tentar evitar mais perdas.
"O cenário é bastante sombrio. Agora que os cheques da restituição fiscal foram gastos, a questão é de onde virá a próxima injeção de dinheiro na economia", disse Peter Kenny, diretor-gerente da Knight Equity Markets.

Blue chips sustentam Bovespa e giro é o maior do ano

por Aluísio Alves
13 de Agosto de 2008 17:58

SÃO PAULO (Reuters) - A recuperação dos preços das matérias-primas e a disputa pelo vencimento de contratos de índice futuro patrocinaram alta das ações mais importantes da Bolsa de Valores de São Paulo, que conseguiu quebrar uma sequência de quatro quedas seguidas.
Após intenso vai e volta, o Ibovespa terminou a quarta-feira com alta de 0,13 por cento, aos 54.573 pontos. O giro financeiro na bolsa, de 13 bilhões de reais, foi o maior de 2008.
"A grande volatilidade nas cotações das commodities acabou concentrando ainda mais os negócios nas ações de maior liquidez, como as de Petrobras e Vale", disse o diretor de renda variável da Finabank, Edison Marcellino.
De carona no repique do preço do petróleo, para cima dos 116 dólares, as preferenciais da Petrobras avançaram 2,1 por cento, para 33,75 reais.
As preferenciais da Vale foram ainda mais longe, com ganho de 2,8 por cento, a 35,56 reais, também a reboque da recuperação externa dos preços de metais.
O mesmo fator deu fôlego para as fabricantes de aço, sob liderança da Companhia Siderúrgica Nacional, com disparada de 3,5 por cento, para 53,40 reais.
Embora isso não tenha refletido o conjunto do mercado, já que muitos setores acompanharam o temor de recessão global que derrubou as principais praças da Europa e dos Estados Unidos, foi o suficiente para sustentar o índice no azul.
Dentre os perdedores do dia, destacaram-se o setor financeiro, sob a batuta do Banco do Brasil, com baixa de 2,75 por cento, a 21,20 reais.
O maior banco brasileiro em ativos divulga resultados trimestrais na quinta-feira depois do fechamento do mercado.
A Cesp, que divulgou na terça-feira os resultados trimestrais, agradou analistas, mas não os investidores. As ações preferenciais cederam 3,7 por cento, para 26,49 reais.
Mas o posto de pior do dia ficou com as preferenciais da Gol, desabando 5,6 por cento, para 15,25 reais, sob efeito do aumento do petróleo.