quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Restante da agenda do investidor para a última semana de outubro

por Rafael de Souza Ribeiro de InfoMoney
23/10/09 19h33


SÃO PAULO - Dentro da agenda para a última semana de outubro, os investidores estarão atentos nos EUA, sobretudo, à primeira prévia do PIB (Produto Interno Bruto) referente ao terceiro trimestre.

No front doméstico, o foco fica para a ata da última reunião do Copom, quando os membros do colegiado optaram por manter a taxa Selic em 8,75% ao ano.



Quinta-feira (29/10)


Brasil

8h00 - A FGV divulga o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) referente ao mês de outubro, que é bastante utilizado pelo mercado, e retrata a evolução geral de preços na economia.

8h30 - Será divulgada a ata do Copom.

EUA

10h30 - Confira o número de pedidos de auxílio-desemprego (Initial Claims), em base semanal.

10h30 - O Departamento de Comércio revela a primeira prévia do PIB e de seu deflator, todos baseados no terceiro trimestre.


Sexta-feira (30/10)

Brasil

Não serão publicados índices relevantes no país neste dia.

EUA

10h30 - Ênfase para os índices Personal Income e Personal Spending do mês de setembro, que avaliam a renda individual dos cidadãos norte-americanos e os gastos dos consumidores, assim como para o núcleo do PCE, medida de inflação mais acompanhada pelo Fed.

11h45 - Será apresentado o Chicago PMI referente ao mês de outubro, que mede o nível de atividade industrial na região.

11h55 - A Universidade de Michigan publica a revisão do Michigan Sentiment de outubro, que mede a confiança dos consumidores na economia norte-americana.

12h00 - O Departamento de Trabalho norte-americano revela o Employment Cost Index referente ao terceiro trimestre. Ele mede o custo da mão-de-obra, sendo muito utilizado pelo mercado como um indicador de inflação.

Segunda-feira (2/11)

Brasil

Será comemorado o feriado de Finados neste dia, e, consequentemente, não haverá pregão na BM&F Bovespa.

EUA

12h00 - Sai o ISM Index referente ao mês de outubro, responsável pela mensuração do nível de atividade industrial no país.

12h00 - A National Association of Realtors anuncia o Pending Home Sales de setembro, indicador responsável por medir a venda de casas existentes nos EUA com contrato assinado, mas ainda sem transação efetiva.

12h00 - O Departamento de Comércio publica o Construction Spending de setembro, que mede os gastos decorrentes da construção de imóveis.

Realização de lucro leva Ibovespa a pior dia desde março

por Aluísio Alves de Reuters
28 de Outubro de 2009 20:33

SÃO PAULO (Reuters) - Confirmando o movimento iniciado na véspera, os investidores intensificaram a venda de ações para embolsar os lucros recentes, o que levou a bolsa paulista ao seu pior dia em quase nove meses.

Apertado pelas perdas de 61 dos 64 papéis que compõem a carteira, o Ibovespa desabou 4,75 por cento, para 60.162 pontos, a maior queda diária desde o início de março. A baixa foi lastreada pelo potente volume financeiro de 9,05 bilhões de reais na sessão.

Para profissionais de mercado, não houve um evento específico que justificasse a reviravolta no ânimo recente dos investidores, senão a perspectiva de que havia pouco espaço para novos ganhos das bolsas, depois da escalada recente.

"Isso é ainda mais verdade no Brasil, depois que o Ibovespa subiu mais de 70 por cento no ano", disse o diretor de renda variável de um banco paulista, sob condição de anonimato.

Segundo operadores, os estrangeiros, grupo que injetou mais de 20 bilhões de reais no mercado à vista da Bovespa neste ano, foram os mais atuantes na ponta de venda.

Nesse cenário, os maiores alvos de realização de lucros foram justamente os setores que acumulam os maiores ganhos este ano, como o de construção civil e o de metais.

Deste último grupo, MMX teve o pior desempenho do índice, despencando 9,3 por cento, para 10,85 reais. Mesmo assim, o papel ainda acumula alta de 287 por cento no ano.

O papel preferencial da blue chip Vale perdeu 4,5 por cento, a 37,85 reais, pouco antes de a mineradora divulgar os resultados do terceiro trimestre, agora à noite.

No setor imobiliário, Gafisa foi a mais castigada, derretendo 7,8 por cento, para 25,56 reais.

Outro destaque negativo foi Klabin, com declínio de 8,2 por cento, para 4,04 reais, mesmo depois de a fabricante de papéis para embalagens ter divulgado na véspera que teve lucro no terceiro trimestre, revertendo o prejuízo de igual período de um ano antes.

Fora do índice, a empresa de liquidação e custódia de ativos Cetip marcou sua estreia no pregão com um revés de 9,5 por cento, para 11,76 reais.

Com intensidade muito menor, o dia nos mercados internacionais também foi negativo. Refletindo o pessimismo com dados mostrando fraqueza do mercado imobiliário nos Estados Unidos, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, caiu 1,21 por cento.

Bolsas dos EUA recuam com dúvidas sobre ritmo da recuperação

por Ellis Mnyandu de Reuters
28 de Outubro de 2009 19:34

NOVA YORK (Reuters) - As bolsas norte-americanas recuaram nesta quarta-feira devido à realização de lucros, levando o índice S&P 500 à quarta queda consecutiva. A divulgação dos fracos dados de moradias nos Estados Unidos alimentou as dúvidas sobre o ritmo da recuperação econômica.

Os setores financeiro, industrial, de tecnologia e de matérias-primas, que lideraram a alta do mercado desde março, carregaram o peso da queda, com investidores reavaliando suas apostas.

"Os dados de moradia definitivamente criaram um motivo a mais para o mercado cair", disse Mike O'Rourke, chefe de estratégia de mercado da corretora institucional BTIG, em Nova York. "Muitas pessoas perceberam que estamos num momento de correção e estão sendo cautelosas".

O índice Nasdaq também registrou sua quarta queda consecutiva. A realização de lucros desta quarta-feira marcou o pior dia de perdas para o mercado como um todo em quase um mês.

O índice S&P 500 avançou 54,1 por cento desde que atingiu seu nível mais baixo em 12 meses, em 9 de março. No fechamento desta quarta-feira, o índice registrou uma queda de 5,04 por cento ante seu pico pós-março de uma semana atrás, em 19 de outubro.

O índice Dow Jones referência da bolsa de Nova York, recuou 1,21 por cento, para 9.762 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 2,67 por cento, para 2.059 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 1,95 por cento, para 1.042 pontos.

O índice CBOE de volatilidade, principal indicador de temores em Wall Street, terminou o dia em alta de 12,4 por cento, maior aumento em um só dia desde agosto.