quinta-feira, 9 de outubro de 2008

IBOV...após 09/10...poderá acionar "circuit breaker" novamente


O Ibovespa abriu em 38.593 pontos e impulsionado pelos índices futuros em alta, foi buscar a máxima em 40.478 pontos (+4,88%). Daí, em sintonia com DJI, refluiu novamente, até zerar praticamente nos 38.600 pontos. Novamente com a melhora de DJI, retomou o patamar dos 39 mil pontos, permanecendo nesse nível por algumas horas. Nas últimas duas horas de pregão, percebendo que DJI mergulhava em nova queda , devolveu todo ganho conseguido, passando a operar também em forte queda, perdendo o forte suporte em 37.600 pontos e buscando a mínima em 36.832 pontos. Finalizou logo após em 37.080 pontos ( -3,92%).

Análise: A perda do importante suporte em 37.600 pontos, dá início à formação de um triângulo de queda, com objetivo nos 30.700 pontos. Os principais indicadores do gráfico diário e os de "30 minutos" sinalizam a continuidade da queda, ainda que relativamente sobrevendidos, pelas quedas acumuladas, dos últimos pregões. Os índices futuros, antes da abertura do pregão, poderão indicar a intensidade da queda para esse pregão, não estando descartada a possibilidade de "circuit breaker", ocorrendo queda superior a 10%. Forte volatilidade como a vista no último pregão (+4,88% para - 3,92%) poderá ser novamente observada.

Suportes em 36.800, 35.900, 34.900, 33.200, 32.700 e 30.700 pontos.

Resistências em 37.600, 38.300 e 40 mil pontos.

Bolsa perde 3,92% e fecha no menor nível desde 3/10/06

por Paula Laier da Agência Estado
09.10.2008 17h45

A forte deterioração das bolsas nos Estados Unidos não apenas desviou a Bovespa de sua trajetória de recuperação como "afundou" o principal índice acionário brasileiro. Após subir 4,89%, aos 40.479 pontos, na máxima, pela manhã, o Ibovespa encerrou a jornada em baixa de 3,92%, aos 37.080,30 pontos - após bater 36.832 pontos, na mínima (-4,56%). O patamar de fechamento é o menor desde 3 de outubro de 2006 (36.437,55 pontos). O volume financeiro do dia somou R$ 5,54 bilhões.
Participantes do mercado local não souberam explicar o motivo da piora, apenas atrelando-a à aceleração das perdas nos pregões norte-americanos. "É mais do mesmo", resumiu o economista-chefe de uma corretora em São Paulo. "Não é a primeira vez que a bolsa ensaia uma recuperação, mas não tem fôlego para levá-la até o final (do pregão) e desaba. No começo do dia, especuladores compram, tendo como argumento uma ou outra notícia positiva ou porque os preços caíram demais, mas, durante a jornada, eles vêem que o mercado segue sem força e zeram essas posições, 'amassando' as ações", observou.
O mercado de ações norte-americano acentuou as perdas de forma dramática na última hora de sessão. O índice Dow Jones escorregou para abaixo dos 9 mil pontos pela primeira vez desde o final de agosto de 2003: fechou aos 8.579,19 pontos, em queda de 7,33%. O S&P-500 oscilou abaixo dos 970 pontos, nível que também não era visto desde agosto de 2003: terminou em baixa de 7,62%, aos 909,92 pontos. O Nasdaq Composite cedeu 5,47%, aos 1.645,12 pontos. As perdas das ações do setor financeiro e as preocupações relacionadas ao crédito continuam a pesar sobre o sentimento no mercado, que teme uma recessão global prolongada.
No caso da Bovespa, o forte recuo em cinco dos seis pregões de outubro serviu como argumento para compras mais cedo nesta sessão. Até ontem, o Ibovespa havia caído 22,10% no mês. A ação PN da Petrobras, por exemplo, registrava uma perda de 23,93% no mesmo período. Hoje, a ação da estatal chegou a subir 6,74%, na máxima, mas encerrou o dia com queda de 3,07%. O papel ON da Petrobras teve desvalorização de 6,81%. Além do impacto da aceleração das perdas em Nova York, os papéis também foram afetados pelo declínio do petróleo. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo terminou com baixa de 2,65%, a US$ 86,59 o barril.
As ações da Vale, por sua vez, foram beneficiadas mais cedo por relatório do banco UBS Pactual, recomendando compra dos papéis, mas não sustentaram os ganhos com a piora do humor. Assim, Vale PNA cedeu 4,84% e Vale ON caiu 3,66%.
Entre os papéis que compõem o Ibovespa, as perdas foram lideradas por Gafisa ON (-16,85%), Brasil Telecom PN (-15,18%) e Telemar Norte Leste PNA (-13,77%). As altas foram capitaneadas por ALL units, com elevação de 10,76%; BM&FBovespa, com acréscimo de 5,37%; e Redecard ON, com valorização de 4,71%.

Dow Jones fecha no nível mais baixo desde maio de 2003

por Renato Martins da Agência Estado
09.10.2008 | 18h49

O mercado norte-americano de ações fechou em queda pelo sétimo dia consecutivo. O índice Dow Jones teve sua terceira maior queda em pontos de todos os tempos e fechou no nível mais baixo desde 21 de maio de 2003; o Nasdaq fechou no nível mais baixo desde 1º de julho de 2003 e o S&P-500 ficou no menor nível desde 1º de maio de 2003. Hoje se completou exatamente um ano deste que o Dow Jones e o S&P-500 fecharam em níveis recorde, o Dow em 14.164,53 pontos e o S&P-500 em 1.565,15 pontos. Nesses 12 meses, o Dow Jones acumula uma queda de 39,43% e o S&P-500, uma perda de 41,92%.
Houve grande volatilidade no pregão, com o Dow chegando a subir 150 pontos pela manhã, em reação ao indicador de pedidos de auxílio-desemprego na semana passada. O índice de volatilidade VIX subiu 11,11%, para o nível recorde de 63,92. "O efeito 'bola de neve' do medo, que deu início à avalanche de colapsos de instituições financeiras, criou um regime inteiramente novo de volatilidade", escreveu o estrategista Andrew Wilkinson, da Interactive Brokers, em nota a seus clientes.
Para Debra Brede, presidente da DK Brede Investment Management, "as pessoas estão agindo por medo. Seus avós estão dizendo 'eu sobrevivi à Grande Depressão' e a mentalidade, neste momento, é a de que 'nós vamos perder tudo'. As pessoas não estão dando tempo para que o pacote de socorro ao setor financeiro funcione".
Entre as ações que mais caíram estavam algumas das que estiveram temporariamente protegidas pela proibição de vendas a descoberto (operação em que o investidor vende ações "alugadas", ou seja, que ele ainda não possui) emitida em setembro pela SEC, o órgão regulador do mercado de capitais dos EUA; este foi o primeiro pregão em que a medida deixou de vigorar. As da General Motors caíram 30,68%, as do Fortress Investment Group recuaram 34,95% e as do Blackstone Group perderam 31,42%.
As ações da GM fecharam a US$ 4,76, preço mais baixo pelo menos desde 1950, segundo o Centro de Pesquisas sobre Preços de Ações da Universidade de Chicago. A queda foi atribuída à deterioração da perspectiva das montadoras e à ameaça de mais rebaixamentos de notas de crédito (ratings); as ações da Ford recuaram 21,05%.
No setor financeiro, as ações do Morgan Stanley caíram 25,89%, em reação a seu informe preliminar de resultados; outros destaques negativos foram AIG (-22,57%, apesar de o banco central dos EUA ter anunciado que vai emprestar US$ 37,8 bilhões a suas subsidiárias, além da injeção de US$ 85 bilhões anunciada no mês passado), American Express (-9,99%) e Bank of America (-9,14%). As ações do setor de petróleo também sofreram quedas fortes, em dia de nova baixa dos preços do produto (ExxonMobil perdeu 10,36% e Chevron recuou 10,46%). No setor de tecnologia, as ações da IBM caíram 1,71%, em reação a seu informe de resultados.
O índice Dow Jones fechou em queda de 678,91 pontos, ou 7,33%, em 8.579,19 pontos (mínima do dia); a máxima foi em 9.448,14 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 95,21 pontos, ou 5,47%, em 1.645,12 pontos, com mínima em 1.634,88 pontos e máxima em 1.787,41 pontos. O S&P-500 caiu 75,02 pontos, ou 7,62%, para fechar em 909,02 pontos, com mínima em 909,19 pontos e máxima em 1.005,25 pontos. As informações são da Dow Jones.