segunda-feira, 15 de junho de 2009

Dow Jones cai 2,13%, maior queda porcentual em 1 mês

por Agência ESTADO
15 de Junho de 2009 19:24


O índice Dow Jones registrou a maior queda porcentual em um mês nesta segunda-feira, com os indicadores econômicos e um dólar mais forte reduzindo os recentes ganhos das ações de companhias que costumam se sair bem durante uma recuperação inflacionária, segundo operadores e analistas.

Os indicadores de hoje destacaram a natureza prematura dos "verdes brotos" da recuperação no setores de manufatura e moradia. A atividade industrial na região de Nova York continuou a declinar em junho - caindo em um ritmo modestamente mais rápido do que o registrado em maio -, segundo informou o Fed de Nova York. Além disso, a pesquisa de confiança do setor de moradia da Associação Nacional dos Construtores de Casas também caiu em junho.

Entre as ações de empresas relacionadas ao setor de commodities (matérias-primas), a Alcoa caiu 6,51% para US$ 11,21, valor que ainda é mais do que o dobro da mínima de março. As ações da mineradora Freeport McMoRan Copper & Gold recuaram 5,76%, para US$ 55,14 - mais do que o triplo da mínima registrada em dezembro.

O setor bancário também teve um fraco desempenho em reação as reportagens de que a administração do presidente Barack Obama provavelmente vai propor amplas mudanças na legislação financeira. As ações do Bank of America caíram 2,84%, as do JPMorgan recuaram 3,22% e as do Morgan Stanley fecharam em baixa de 4,38%.

As ações de companhias de seguro de vida também caíram, enquanto algumas empresas buscam levantar capital. O declínio dos mercados de ações e de crédito atingiu as carteiras dessas companhias e as deixou com dinheiro insuficiente para pagar suas obrigações. As ações do Lincoln National - que planeja levantar US$ 2,1 bilhões em capital, em parte, através do Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp) - caíram 10,65%.

As ações do Hartford Financial Services Group recuaram 11,20%. Além dos US$ 3,4 bilhões que está buscando junto ao Departamento do Tesouro dos EUA, o Hartford disse que vai vender até US$ 750 milhões em ações para reforçar sua posição de capital.

O índice Dow Jones caiu 187,13 pontos (-2,13%) e fechou a 8.612,13 pontos - a maior queda porcentual desde 13 de maio deste ano. Dos 30 componentes do índice Dow Jones, 28 fecharam em baixa, com Microsoft registrando um ganho de 0,51% e American Express uma alta de 0,28%. O Nasdaq recuou 42,42 pontos (-2,28%) e fechou a 1.816,38 pontos. O S&P-500 caiu 22,49 pontos (-2,38%) e fechou a 923,72 pontos. As informações são da Dow Jones.

Preço de matérias-primas cai e Ibovespa perde 2,85%

por Agência ESTADO
15 de Junho de 2009 17:35

Depois de quatro segundas-feiras em alta, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) iniciou a semana em queda forte. O tombo de hoje foi puxado, principalmente, pela baixa do preço de matérias-primas (commodities), que pesou sobre as blue chips (Petrobras e Vale) e as ações de empresas siderúrgicas. Em sessão quase generalizada de perdas, o setor bancário também foi destaque negativo.
O Ibovespa terminou o pregão de hoje com variação negativa de 2,85%, aos 52.033,82 pontos, menor pontuação desde 27 de maio (51.791,61 pontos). Na mínima do dia, registrou os 51.252 pontos (-4,31%) e, na máxima, os 53.558 pontos (estabilidade). No mês, a Bolsa acumula perda de 2,19% e, no ano, ganho de 38,57%. O giro financeiro totalizou R$ 7,886 bilhões, dos quais R$ 2,662 bilhões referiram-se ao exercício de contratos de opções sobre ações. Os dados são preliminares.


Hoje, algumas razões justificaram as vendas de papéis, que não foram exclusividade da Bovespa: bolsa da Ásia, da Europa e dos Estados Unidos também fecharam em queda. O recuo no preço das commodities em razão da valorização do dólar foi a principal justificativa para o tombo da Bovespa, visto que a maior parte das ações no mercado doméstico é ligada ao setor de matérias-primas.


O comportamento baixista das Bolsas norte-americanas contribuiu para as perdas no pregão doméstico. Em Wall Street, os índices de ações foram pressionados pelos dados mais fracos que o esperado sobre a produção industrial em Nova York e pela confiança dos construtores de imóveis residenciais do país. O Dow Jones caiu 2,13%, para 8.612,13 pontos. O Nasdaq perdeu 2,28%, para 1.816,38 pontos e o S&P 500 recuou 2,38%, para 923,72 pontos. Com a queda das commodities, os papéis de empresas relacionadas à produção de matérias-primas apresentaram um dos desempenhos mais fracos do dia.


No Brasil, Vale e Petrobras sentiram o peso da queda das commodities e também do vencimento de opções sobre ações. Logo após o exercício, muitos investidores, em posse dos papéis do vencimento, os desovaram no mercado, levando o Ibovespa para as mínimas. Na hora final do pregão, no entanto, as perdas dessas ações diminuíram um pouco, aliviando também o índice à vista. As siderúrgicas tiveram perdas mais fortes, assim como as ações do setor de telecomunicações e os papéis de bancos.


Petrobras ON terminou em baixa de 1,99% e Petrobras PN, de 1,91%. A estatal informou hoje que o iniciou em 10 de junho a produção dos campos de gás de Cangoá e Camarupim, no litoral norte do Estado do Espírito Santo. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato com vencimento em julho do petróleo terminou em queda de 1,97%, a US$ 70,62 o barril.


Vale ON caiu 1,97% e PNA, -1,36%. Gerdau PN perdeu 5,23%, Metalúrgica Gerdau PN recuou 5,26%, Usiminas PNA cedeu 3,48% e CSN ON caiu 4,45%.

IBOV...perspectivas para a 3a. semana de junho


Nesta segunda semana de junho, quando já se considerava como certa, uma possível realização do Ibovespa na última sexta, DJI nas últimas horas de pregão, reverteu essa possibilidade, levando o Ibovespa a fechar a semana em 53.558 pontos, alta de apenas 0,41% em relação ao fechamento da semana anterior em 53.341 pontos. Novamente, o "candle" do gráfico semanal é um "doji", sinalizando uma possível tendência de queda, visto que a máxima semanal não conseguiu suplantar a máxima da semana anterior, nos 54.955 pontos. A possibilidade da confirmação de um "doji evening star", sinalizando uma possível reversão de tendência, ficou maior. Alguns dos principais osciladores do gráfico semanal já vem sinalizando a tendência baixista.

Suportes imediatos em 53.460, 53.320, 52.500, 52.150, 51.650 e 50.100 pontos.
Resistências imediatas em 54.200, 54.627 e 54.955 pontos.

DJI...perspectivas para a 3a. semana de junho


Nesta segunda semana de junho, DJI tentou uma realização mais forte, mas quando já se imaginava essa oportunidade na última sexta, recuperou parte das perdas e acabou fechando em 8799 pontos, alta de apenas 0,41% em relação ao fechamento anterior, em 8.763 pontos. O "candle" no gráfico semanal é semelhante a um possível "doji evening star" com possibilidade de que ocorra uma reversão, no curto prazo, nesta tendência altista. Para reforçar esta possibilidade, os principais indicadores gráficos vem operando há várias semanas em região sobrecomprada, sinalizando para essa possível realização. DJI vem operando no topo de seu canal de alta, "lateralizando" entre os 8.600 e 8.900 pontos, mas é possível que uma realização mais forte possa levá-lo a testar o fundo do canal nos 8.400 pontos.

Suportes imediatos em 8.690, 8.630, 8.590, 8.500 e 8.430 pontos.
Resistências imediatas em 8.800, 8.880 e 8.950 pontos.