quinta-feira, 10 de julho de 2008

Baixas contábeis derrubam ações em NY

por Valor Online
10/07/2008

As bolsas de valores dos Estados Unidos despencaram ontem em meio a preocupações com o impacto da crise de crédito nas companhias financeiras e com a Cisco Systems derrubando as ações de tecnologia após seu CEO elevar os temores sobre as consequências da turbulência econômica.
O índice Dow Jones teve forte baixa de 2,08%, a 11.147 pontos. O Standard & Poor´s 500 caiu 2,28%, a 1.244 pontos. O Nasdaq retrocedeu 2,60%, a 2.234 pontos.
Os papéis da Fannie Mae e do Freddie Mac caíram fortemente com investidores preocupados que os dois pilares do mercado imobiliário americano precisarão levantar bilhões de dólares por venda de ações, diluindo a participação dos atuais acionistas.
Ações da Merrill Lynch afundaram mais de 9%, após a Fitch Rating afirmar que pode cortar o rating do banco, devido as esperadas baixas contábeis e as menores perspectivas de lucros.
As bolsas européias fecharam em forte alta, com os bancos ensaiando uma recuperação e as mineradoras saltando após os bons resultados da Alcoa.
O FTSEurofirst 300 subiu 1,71%, para 1.181 pontos, recuperando as perdas de terça-feira.
Os bancos acrescentaram quase 6 pontos ao índice, com o Deutsche Bank subindo 4.8%, o Crdit Suisse avançando 4,1% e o Barclays decolou 5,1%.
O Banco Central Europeu reconheceu as chances de um crescimento negativo no segundo trimestre, o que analistas interpretaram como indicação de uma menor chance de elevações adicionais das taxas.
"Este foi um comentário expansionista do BCE", disse Bernard McAlinden, estrategista de mercado da NCB Stockbrokers. "É bom escutar o BCE dizendo isso porque uma das maiores preocupações do mercado é de que o BCE esteja em uma campanha de alta nos juros", acrescentou.
Comentários de terça-feira do presidente do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, sobre a extensão dos empréstimos de emergências também impulsionaram as ações.
Em Londres, o índice Financial Times fechou em alta de 1,64%, a 5.529 pontos. O DAX, de Frankfurt, avançou 1,3%, para 6.386 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 subiu 1,5%, para 4.339 pontos. Também subiram as bolsas de Milão (1,47%), Madri (1,74%) e Lisboa (1,87%).

DJI...após 09/07...formou triâng de baixa com objetivos em 11040 e depois em 10890 pontos!...



Análise: Dow Jones devolveu toda alta conquistada no pregão anterior e não conseguiu se firmar nos 11.400 pontos. Perdeu o suporte em 11.214 pontos e está prestes a perder suporte em 11.140 pontos. A perda desse suporte remete DJI para o primeiro objetivo do triângulo de baixa entre 11.010 e 11.040 pontos. A perda desse objetivo levará ao próximo objetivo entre 10.860 e 10.890 pontos (suporte do triângulo), provavelmente, próximo patamar de negociações de DJI. Após a queda de ontem de 2% (com fechamento na mínima) a tendência de abertura de DJI é de queda, podendo dar continuidade à formação do triângulo de baixa. Os mercados futuros antes da abertura apontarão a direção do pregão.

Suportes imediatos em 11.140, 11.040 e 10.890 pontos.
Resistências imediatas em 11.214, 11.300 e 11.400 pontos.

IBOV...após 8/07...apesar da alta...triângulo de baixa iminente


Análise: O IBOV veio na mínima do dia em 57.945 pontos sinalizando o início da formação do "triângulo de baixa", mas "surpreendentemente" com a forte reação dos mercados americanos (nas últimas horas de pregão) com a fala de Bernanke sobre perspectivas de melhora no crédito hipotecário, DJI fechou em alta (com as ações do mercado financeiro) e o Ibovespa o acompanhou, fechando na máxima em 59.508 pontos. Apesar dos indicadores do gráfico de "30 minutos" estarem sinalizando tendência de alta para a abertura, a queda parece ser iminente, no curto prazo. Com a forte queda de DJI (no feriado de 9 de julho), provocado pelas mesmas ações do mercado financeiro e já iniciando a formação de novo triângulo de baixa, é bem provável que o Ibovespa também dê sequência ao "traçado" de triângulo semelhante, iniciado na sessão anterior.

Suportes imediatos em 58.750, 58.350, 57.600 e 56.700 pontos.
Resistências em 60.100, 60.400 e 60.800 pontos.

Bolsas de NY fecham em queda superior a 2%

por Suzi Katzumata da Agência Estado
09.07.2008 18h48

Os principais índices do mercado de ações norte-americano aceleraram as perdas no final da sessão, com o S&P-500 se tornando o último deles a entrar no chamado "bear market" (mercado com tendência de baixa), pressionado pelos temores sobre a capitalização das agências governamentais Freddie Mac e Fannie Mae. As ações do Freddie Mac despencaram 23,77%, para US$ 10,26, seu menor nível de fechamento desde 23 de outubro de 1992 e maior queda porcentual desde novembro do ano passado. As ações da Fannie Mae caíram 13,11%, para US$ 15,31, seu nível mais baixo desde 22 de julho de 1992.
Além das agências governamentais, várias ações do setor financeiro registraram perdas expressivas: Lehman Brothers Holdings desabou 11% e MF Global recuou 10,47%. As ações do Merrill Lynch caíram 9,25% depois que a agência de classificação de risco Fitch Ratings alertou que o banco corria um risco iminente de rebaixamento de crédito. Entre as ações de bancos que fazem parte da cesta do índice Dow Jones, Citigroup perdeu 5,46%, American Express caiu 5,70%, Bank of America teve queda de 6,29% e JPMorgan recuou 4,17%.
Essa nova liquidação no setor financeiro foi suficiente para enviar o S&P-500 - a mais ampla medida das ações norte-americanas, com 500 papéis na cesta - ao "bear market", com a queda de 29,01 pontos, ou 2,28%, para 1.244,69 pontos no fim do pregão. Esse nível de fechamento está mais de 20% abaixo da máxima recente (o que define um "bear market"), de 1.565 pontos, registrada em 9 de agosto, e é o mais baixo desde 21 de julho de 2006.
O índice Dow Jones caiu 2,08% e fechou com 11.147,44 pontos. O Nasdaq recuou 2,60% e fechou com 2.234,89 pontos. O NYSE Composite caiu 1,69% e terminou o dia com 8.371,63 pontos. As informações são da Dow Jones.