quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Bolsas norte-americanas invertem tendência e encerram pregão em baixa

por Equipe InfoMoney
21/10/09 18h49

SÃO PAULO - As principais bolsas norte-americanas encerraram em queda nesta quarta-feira (21), após operar em alta na maior parte do pregão. O CBOE Volatility Índex, considerado um dos melhores indicadores para medir o temor do mercado, caiu abaixo de 20, nível ao qual não chegava desde agosto de 2008.

Destaques de queda

As ações da Merck encerraram em queda após sua vacina para proteger contra o HPV, Gardasil, ser desaconselhada para homens pelos reguladores norte-americanos.

A Boeing também viu seus papéis caírem (-2,43%) no pregão, após a divulgação de resultados abaixo do esperado terem feito a empresa diminuir suas expectativas de ganho para o ano de 2009 e diminuir seu guidance. Foi a segunda maior queda dentro do índice Dow Jones.

O resultado negativo da Boeing puxou a baixa da Allegheny Technologies, que fornece titânio para a companhia. As ações da empresa encerraram em queda de 8,37%, a maior baixa dentro do índice S&P 500.

A Sun Microsystems também viu suas ações caírem após anunciar o corte de três mil empregos, devido a aquisição planejada pela Oracle.

Setor financeiro

Wells Fargo e Morgan Stanley divulgaram seus resultados, batendo as expectativas dos analistas. Com isso, as ações do Morgan Stanley encerraram em forte alta; os papéis do Wells Fargo, entretanto, caíram 5,02% após o analista Dick Bove diminuir sua recomendação das ações do banco de neutro para venda.

As ações do Bank of America, Goldman Sachs e JP Morgan encerraram em baixa.

Destaques de alta

A SLM Corporation apresentou a maior alta no S&P 500, com forte valorização de 20,67%, após reportar lucros por ação cinco vezes maior do que a projeção dos analistas.

O Yahoo!, que reportou resultados positivos e a Alcoa, também encerraram com as ações em alta.

Cotações de fechamento


O índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, fechou em baixa de 0,92%, a 9.949 pontos, acumulando no ano forte alta de 13,37%.

O S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, encerrou o pregão com desvalorização de 0,89% atingindo 1.081 pontos e subindo 19,72% no ano, enquanto o Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, apresentou queda de 0,59% chegando a 2.151 pontos e acumulando no ano forte alta de 36,38%.

Ibovespa volta a subir, apesar do IOF para estrangeiros

Para analistas, taxação obre capital estrangeiro terá efeito limitado na bolsa
por Portal EXAME
21.10.2009 17h36

No dia seguinte à entrada em vigor da medida que determina a cobrança de 2% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o capital estrangeiro, o Ibovespa volta a apresentar forte alta. Na máxima do dia até o momento, o Ibovespa chegou os 67.157 pontos e, às 17h30, o indicador subia 1,68%, aos 66.399 pontos.

Segundo analistas, a valorização é um ajuste à queda de ontem, quando o índice caiu 2,88%. "A queda de ontem foi exagerada. O mercado percebeu que há formas de contornar a cobrança do IOF por meio de outras operações", explica Jayme Alves, analista da corretora Spinelli.

A decisão do governo de taxar os investimentos estrangeiros deixou o mercado ressabiado. "Foi o pretexto que faltava para a realização de lucros", diz José Góes, economista da corretora Alpes. Mas, analisando um pouco mais a situação, o mercado encontrou meios de driblar o imposto. "No mundo globalizado em que vivemos, não há a necessidade de se aplicar o dinheiro fisicamente no país", lembra Góes.

O movimento desta quarta-feira, na visão de Clodoir Vieira, analista da corretora Souza Barros, mostra que a medida terá efeito limitado. O que realmente importa para os investidores, segundo os analistas, são as perspectivas para a economia do país - que continuam bastante positivas. "A bolsa não perdeu a tendência de alta. Agora, ela volta a oscilar de acordo com os indicadores do mercado", afirma Alves.