quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Bolsa de NY fecha em baixa com ajuste antes do 'payroll'

por Agência ESTADO
06 de Agosto de 2009 18:45

O mercado de ações norte-americano fechou em baixa modesta, com os investidores se posicionando antes do relatório de julho do mercado de mão de obra ("payroll") dos EUA, esperado para a manhã de sexta-feira. O ajuste defensivo dos investidores puniu especialmente as ações do setor de tecnologia, financeiro e de commodities.

Os investidores vêm observando os principais indicadores econômicos de perto em busca de qualquer sinal de uma recuperação. O grande número de fechamento de vagas de trabalho nos EUA já resultou em um grande corte nos gastos de consumo. Pela manhã, os dados de vendas de julho das grandes redes de varejo revelaram um continuado declínio, o que já era esperado, mas em um número de casos as quedas ficaram abaixo do esperado. Entre as surpresas positivas, Limited Brands e Gap, cujas ações subiram 12,95% e 8,17%, respectivamente.

As ações da Procter & Gamble caíram 4,54% e lideraram as perdas entre as componentes do índice Dow Jones. Um dia depois de divulgar seu resultado trimestral, as ações da P&G continuaram a cair em meio as continuadas preocupações com relação a perspectiva de vendas da companhia. As ações da Cisco Systems - que divulgou seu balanço na noite de quarta-feira - subiram 0,54%.

As ações do American International Group (AIG) fecharam em alta de 2,27%, para US$ 22,50, com os investidores reunindo o ativo antes do anúncio do seu balanços nesta sexta-feira. A problemática seguradora, no qual o governo americano detém 80% de participação, viu o preço da sua ação quase que dobrar esta semana, apesar de continuar atolada em dívidas.

Outras companhias financeiras problemáticas também subiram, incluindo as agências hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac - que foram tomadas pelo governo no ano passado -, que subiram 6,76% e 5%, respectivamente.

As demais ações financeiras registraram desempenhos desiguais. Entre as blue chips, American Express subiu 3,13% e Bank of America fecharam em alta de 0,24%, enquanto JPMorgan recuou 2,47%. No setor de commodities, as petrolíferas Chevron e ExxonMobil caíram 0,77% e 0,43%, respectivamente, enquanto a gigante do setor de alumínio Alcoa fechou em baixa de 3,61%.

O índice Dow Jones caiu 24,71 pontos (-0,27%) e fechou com 9.256,26 pontos. O Nasdaq caiu 19,89 pontos (-1%) e fechou com 1.973,16 pontos. O S&P-500 recuou 5,64 pontos (-0,56%) e fechou com 997,08 pontos. As informações são da Dow Jones.

Bolsa interrompe sequência de 5 altas e cai 1,12% hoje

por Agência ESTADO
06 de Agosto de 2009 17:45

Depois de cinco sessões consecutivas de alta, os investidores na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acharam que era hora de guardar um pouco dos ganhos, também se antecipando ao que poderá ser divulgado amanhã sobre o mercado de trabalho norte-americano. Os dados de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA hoje até vieram bons e justificariam mais um pouco de compras de ações - e esse movimento até aconteceu no período da manhã -, mas a análise de que o índice Bovespa estava "esticado" por ora serviu para firmar a trajetória de baixa no período da tarde.

O Ibovespa terminou o dia em queda de 1,12%, aos 55.754,88 pontos. Na mínima do dia, registrou 55.361 pontos (-1,81%) e, na máxima, os 56.780 pontos (+0,70%). No mês, acumula ganho de 1,81% e, em 2009, de 48,48%. O giro financeiro totalizou R$ 5,075 bilhões. Os dados são preliminares.

"Os indicadores dos últimos dias têm sido positivos. Não têm saído nada de ruim, ao contrário, e tem havido fluxo de estrangeiros", comentou a sócia-gestora da Global Equity, Patrícia Branco. Segundo ela, os investidores usaram a recompra de bônus anunciada pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) como desculpa hoje para realizar lucros, uma vez que o dado de pedido de auxílio-desemprego nos Estados Unidos era positivo e poderia ter segurado mais um dia de ganhos.

No seu encontro de hoje, o Banco da Inglaterra, além de manter o juro básico da economia estável em 0,5% ao ano, também decidiu aumentar seu programa de compra de bônus em 50 bilhões de libras, para 175 bilhões de libras, o que foi lido por parte do mercado como uma preocupação da autoridade monetária com a sustentabilidade dos recentes sinais de melhora na economia.

Essa interpretação aconteceu porque, no comunicado em que anunciou sua decisão, o BoE citou que a recessão no Reino Unido é mais profunda do que o previsto anteriormente e destacou que o crescimento da base monetária continua fraco e a capacidade ociosa produtiva aumentou. Também o Banco Central Europeu (BCE) anunciou sua decisão sobre juros hoje, igualmente inalterada, em 1% ao ano.

Nos EUA, o dado de pedidos de auxílio-desemprego surpreendeu positivamente, já que o número de norte-americanos que pela primeira vez fizeram o pedido caiu 38 mil na semana passada. A expectativa era de alta de 1 mil. Isoladamente, entretanto, o indicador não é de todo favorável, já que o total de americanos que recebiam o auxílio subiu acima do previsto, para 6,3 milhões.

O Dow Jones terminou a sessão desta quinta-feira em baixa de 0,27%, aos 9.256,26 pontos. S&P 500 recuou 0,56%, para 997,08 pontos, e o Nasdaq caiu 1%, para 1.973,16 pontos.

Na Bolsa brasileira, Petrobras ON recuou 1,40% e Petrobras PN cedeu 1,30%. Vale ON caiu 1,39% e Vale PNA, -1,21%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo para setembro fechou em baixa de 0,04%, a US$ 71,94 o barril. Os preços dos metais também terminaram a sessão em baixa.

As ações do setor de siderurgia não apresentaram uniformidade de direção hoje na Bovespa. Gerdau PN teve queda de 2,65% e Metalúrgica Gerdau, de 3,10%. A Gerdau anunciou prejuízo líquido de R$ 329,095 milhões no segundo trimestre, abaixo das projeções dos analistas. CSN ON, que divulga seu balanço após o fechamento do mercado, subiu 0,81%, e Usiminas PNA avançou 0,56%.

No setor financeiro, as perdas foram uniformes. Bradesco PN recuou 1,32%, Itaú Unibanco PN, 0,83%, e BB ON, 3,90%. VisaNet ON ampliou as perdas à tarde, após a Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça instaurar um processo administrativo contra a empresa para apurar eventual conduta anticompetitiva na relação com a bandeira Visa. As ações fecharam com baixa de 3,80%.