quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Bolsa de NY fecha em queda com temor sobre consumo

por Agência ESTADO
12 de Novembro de 2008 20:50

O mercado norte-americano de ações fechou em queda pelo terceiro dia consecutivo, com o índice Nasdaq chegando no nível mais baixo desde 21 de maio de 2003. O Dow Jones fechou apenas 110 pontos acima do nível mais baixo de fechamento em cinco anos e meio (alcançado em 27 de outubro) e o S&P-500, apenas quatro pontos acima de sua mínima de fechamento recente, também de 27 de outubro. "Com o ambiente de incerteza sobre o emprego, a primeira coisa que os consumidores fazem é cortar gastos. Pessoas preocupadas gastam menos", disse o executivo-chefe da Miller Tabak Capital Management, Bud Haslett.
O índice Dow Jones fechou em queda de 411,30 pontos (4,73%), em 8.282,66 pontos. A mínima foi em 8.265,29 pontos e a máxima, em 8.684,60 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 81,69 pontos (5,17%), em 1.499,21 pontos. O S&P-500 caiu 46,65 pontos (5,19%), para fechar em 852,30 ponto. O NYSE Composite caiu 313,56 pontos (5,57%), para 5.320,70 pontos.
O mercado reagiu ao alerta de queda nos lucros da Best Buy, a maior rede de comércio varejista de produtos eletrônicos dos Estados Unidos, que descreveu o atual ambiente para negócios como "o pior clima que nós já vimos" e prevê uma "desaceleração sísmica" dos gastos do consumidor.
As ações da Best Buy (cuja principal concorrente, a Circuit City, havia pedido concordata no dia 10) caíram 8,0% e afetaram todo o setor de tecnologia, por causa das revisões para baixo das expectativas de vendas na temporada de festas do fim do ano (Hewlett-Packard fechou em baixa de 6,35%, Intel em queda de 2,94% e Microsoft em baixa de 4,25%.

Pacote de US$ 700 bilhões

As incertezas que cercam o mercado foram amplificadas pelo secretário do Tesouro, Henry Paulson, que falou em mudar o foco do programa de US$ 700 bilhões para compras de ativos problemáticos das instituições financeiras (Tarp, ou Troubled Assets Relief Program). Isso contribuiu para que as ações financeiras estivessem entre as que mais caíram.
As ações da American Express registraram baixa de 10,49%, as do Citigroup tiveram queda de 10,74%, as do Bank of America caíram 9,04% e as do JPMorgan Chase tiveram baixa de 4,90%. As ações do Morgan Stanley caíram 15,20%, depois de o banco anunciar que vai demitir 10% de sua equipe de investimentos institucionais e 9% dos funcionários da área de asset management.
Das 30 componentes do Dow Jones, a única ação a subir foi General Motors (alta de 5,48%), em reação aos informes de que cresce a pressão para que o governo dos EUA amplie a ajuda às montadoras. No setor de telecomunicações, as ações da Sprint Nextel caíram 22,93%, depois de os analistas do Merrill Lynch rebaixarem sua previsão de lucros.
No setor siderúrgico, as ações da AK Steel caíram 24,66%, em reação ao anúncio de que as unidades da empresa em Ohio e Kentucky vão suspender temporariamente a produção por causa de queda na demanda. As ações do setor de petróleo também caíram, em reação à nova baixa dos preços do produto: ExxonMobil registrou baixa de 5,12% e Chevron, queda de 8,51%. As informações são da Dow Jones

Petrobras cai 13% e faz Bolsa fechar em baixa de 7,75%

por Agêmcia ESTADO
12 de Novembro de 2008 18:40

O quadro internacional hoje era pouco inspirador e já justificava boa parte da queda da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) hoje. Mas foi Petrobras que fez o principal índice acionário doméstico fechar com perda superior a 7% nesta sessão. Os investidores não gostaram dos números sobre gastos operacionais do balanço financeiro da estatal petrolífera, anunciado ontem à noite após o fechamento do mercados, e castigaram os papéis, que perderam mais de 13%. Considerando que a Petrobras tem a maior participação individual no índice e também movimenta a maior fatia do giro financeiro, é fácil entender tal comportamento negativo hoje na Bolsa brasileira.
O Ibovespa terminou o pregão em baixa de 7,75%, a 34.373,99 pontos, após oscilar entre a mínima de 34.221 pontos (-8,16%) e a máxima de 37.261 pontos (estabilidade). No mês, o indicador voltou a acumular perdas, de 7,74%. No ano, a queda atinge 46,19%. O giro financeiro negociado no pregão paulista foi mais forte, com investidores estrangeiros na ponta vendedora, com o reforço da aversão ao risco, e somou R$ 5,093 bilhões.
Nos Estados Unidos, faltando cerca de 30 minutos para o fim dos negócios, os mercados caíam mais de 4%. Os investidores amanheceram com a notícia de que a Best Buy, a maior varejista de eletrônicos dos EUA, cortou sua projeção de resultado para o ano fiscal de 2009. Isso aconteceu apenas dois dias depois da Circuit City, sua principal concorrente, ter entrado com pedido de concordata.
As declarações do secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, sobre o Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp, na sigla em inglês), reforçaram o mau humor do mercado. Ele afirmou que a compra de ativos podres não é o melhor uso do Tarp, que é o programa de socorro financeiro de US$ 700 bilhões criado por ele mesmo justamente com essa função. Paulson disse ainda que poderá levar semanas para que os técnicos do governo norte-americano elaborem um programa de liquidez para títulos lastreados em ativos.
Na Europa, onde as bolsas registraram perdas de 1% a 3%, as notícias também não foram favoráveis. O Banco da Inglaterra (BoE, o banco central inglês) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido caiu 0,5% no terceiro trimestre deste ano, o que indica que a economia da região entrou em recessão. Além disso, o número de pedidos de auxílio-desemprego na região aumentou 36,5 mil em outubro, na maior alta desde dezembro de 1992 e no nono mês consecutivo de avanço.

Ações

Do lado doméstico, os investidores resolveram castigar as ações da Petrobras, apesar do lucro líquido recorde registrado pela estatal no terceiro trimestre deste ano. A empresa teve lucro líquido de R$ 10,85 bilhões no período entre julho e setembro de 2008. O aumento dos custos operacionais desagradou e levou o Credit Suisse a rebaixar a recomendação para a estatal petrolífera de acima da média do mercado para neutra. Em relatório, o desempenho também foi criticado pelo Citi e UBS.
Ao fim dos negócios, as ações ordinárias (ON) e preferenciais (PN) da estatal petrolífera despencaram 13,25% e 13,76%, respectivamente. Em Nova York, o contrato futuro do petróleo tipo WTI com vencimento em dezembro fechou em baixa de 5,34%, a US$ 56,16 o barril.
Ainda em relação às matérias-primas (commodities), Vale também caiu. As ações ON cederam 6,51% e PN classe A (PNA), -6,65%.
Outro destaque de baixa ficou com as ações da BM&FBovespa. A bolsa anunciou ontem à noite um bom resultado trimestral, com lucro de R$ 235,611 milhões de julho a setembro, o que representa uma alta 15,3% ante igual período de 2007, mas os investidores se concentraram na notícia sobre a redução, de 40%, em média, na quantidade de contratos negociados nos primeiros sete pregões deste mês em relação à média observada nos três meses anteriores. Os papéis, que têm a terceira maior participação individual no Ibovespa, caíram 8,45%.

PTER4...após 11/11...suportes e resistências


Suportes: 23,50; 23,10 e 22,90
Resistências: 24,20; 24,50; 25,00; 25,80; 26,20 e 26,40.

INDZ08...suportes e resistências gráfico "30 min"


Suportes: 37.500, 36.900, 36.000 e 35.500
Resistências: 38.590, 39.150, 39.500, 39.850 e 40.600.

INDZ08...após 11/11...suportes e resistências...


Suportes: 37.500, 36.900, 36.000 e 35.500
Resistências: 38.500, 39.500 e 40.600.

IBOV...após 11/11...suportes e resistências...


O Ibovespa desfez o pivô de alta em formação, ao perder o suporte nos 36.300 pontos. No entanto, a forte recuperação do final do pregão, pode refazer novo pivô desde que a máxima ultrapasse os 37.700 pontos e sua mínima se mantenha acima dos 35.500 pontos. O "candle" no gráfico diário, se assemelha a um "martelo vazio", que associado ao "martelo invertido" do pregão anterior, pode estar sinalizando a retomada da alta. Para consolidar essa possibilidade de canal de alta é fundamental a manutenção do suporte em 35.400 pontos (mínima da semana anterior).Os índices futuros antes da abertura poderão sinalizar qual a principal tendência.

Suportes imediatos: 37.200, 36.500, 35.500 e 34.700 pontos.
Resistências imediatas: 37.700, 38.700, 39.900 e 40.200 pontos.

DJI...após 11/11...suportes e resistências


DJI ao perder o suporte em 8.696 pontos formou um novo "pivô" de queda, que precisa ser confirmado desde que sua máxima não ultrapasse 8.870 pontos e a mínima se mantenha abaixo de 8.560 pontos. O gráfico diário sinaliza a continuidade da queda, mas pode haver alguma recuperação por haver relativa sobrevenda em alguns indicadores. Mercados futuros sinalizarão melhor a tendência na abertura do pregão.

Suportes imediatos: 8.600, 8.530, 8.420 e 8.350 pontos.
Resistências imediatas: 8.780, 8.850, 8.900 e 9.160 pontos.