quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Bolsas de NY sobem, puxadas pelo setor de energia

por Agência ESTADO
15 de Outubro de 2009 18:43

Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam em alta, puxados pelo forte desempenho dos papéis do setor de energia, embora as quedas das ações de bancos e instituições financeiras tenham limitado os avanços. Os índices também foram beneficiados por um declínio mais acentuado que o previsto nos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA e pela melhora no índice de atividade industrial do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Nova York.

Após fechar acima dos 10 mil pontos pela primeira vez em um ano ontem, o Dow Jones subiu hoje 0,47% e encerrou o dia a 10.062,94 pontos. O indicador foi puxado por componentes como Microsoft (alta de 2,89%), Chevron (avanço de 1,63%) e Exxon (aumento de 1,53%).

O índice Nasdaq subiu 0,05%, para 2.173,29 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 0,42%, para 1.096,56 pontos. Entre os integrantes do índice, a refinaria Sunoco subiu 10%, reagindo a um relatório de analistas do Morgan Stanley recomendando a compra de suas ações.

Em termos mais amplos, as ações do setor de energia foram beneficiadas por um aumento nos preços do petróleo, após dados do governo dos EUA mostrarem um declínio nos estoques de combustíveis na semana passada. O contrato da commodity com entrega para novembro subiu 3,19% e fechou a US$ 77,58 por barril.

Os papéis do setor financeiro, porém, devolveram parte dos ganhos acumulados ontem, pressionados pela realização de lucro e pelos balanços trimestrais do Goldman Sachs (queda de 1,90% no pregão) e do Citigroup (baixa de 5,00%). Os resultados dos bancos, embora mais promissores do que as previsões iniciais, não superaram a expectativa formada ontem, após o JPMorgan Chase divulgar um lucro excepcionalmente alto no terceiro trimestre.

Entre os indicadores, o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 10 mil na semana até 10 de outubro, atingindo o menor nível em nove meses, segundo o Departamento de Trabalho. Além disso, o Fed de Nova York informou que o índice de atividade industrial Empire State saltou de 18,88 em setembro para 34,57 em outubro, atingindo seu maior nível em cinco anos. Já o índice de atividade industrial do Fed da Filadélfia encolheu para 11,5 pontos em outubro, ante 14,1 pontos em setembro.

Na Nyse, o volume negociado somou 1,357 bilhão de ações, de 1,350 bilhão de ações ontem. Na Nasdaq, o volume alcançou 2,084 bilhões de ações, de 2,290 bilhões de ações ontem; 1.190 ações subiram e 1.521 caíram. As informações são da Dow Jones.

Petrobras e Vale mantêm Bovespa em alta

por Agência ESTADO
15 de Outubro de 2009 18:15

As altas nos papéis de Petrobras e Vale, diante da proximidade do vencimento de opções sobre ações na próxima segunda-feira, impediram que a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abrisse espaço para o investidor embolsar ganhos. As altas nos contratos futuros de petróleo e na demanda por commodities (matérias-primas) também contribuíram para a Bolsa fechar em alta de 0,76%, aos 66.703,32 pontos, na pontuação máxima do dia.

Esta é a maior pontuação registrada desde 18 de junho do ano passado. Na mínima do dia, o índice chegou a 65.836,77. O giro financeiro, que ontem foi de R$ 10,4 bilhões em parte pelo vencimento dos contratos do índice Bovespa (Ibovespa) futuro, caiu para R$ 6,35 bilhões hoje. Os dados são preliminares.

O principal índice da bolsa brasileira até ameaçou cair pela manhã, mas inverteu o sinal à tarde e marcou a quinta sessão consecutiva de altas, acima dos 66 mil pontos. No caso da Petrobras, o que pesou hoje foi a divulgação dos estoques de combustíveis menores que o esperado nos Estados Unidos. O departamento de energia do país informou que os estoques subiram 334 mil barris na semana encerrada em 9 de outubro, para 337,760 milhões de barris, enquanto analistas esperavam aumento de 600 mil barris.

A maior discrepância foi vista nos estoques de gasolina, que encolheram 5,23 milhões de barris, ante a expectativa de alta de 700 mil barris. Os estoques de destilados caíram 1,084 milhão de barris, para 170,672 milhões de barris, ante estimativa de declínio de 100 mil barris. A taxa de utilização da capacidade das refinarias despencou para 80,9%, ante 85% na semana anterior, ao passo que a previsão era queda de 0,4 ponto porcentual. Com isso, as ações com direito a voto da Petrobras. subiram 1,41%, para R$ 43,05, enquanto as preferenciais tiveram alta de 1,24%, a R$ 36,60.

No caso da Vale, os papéis ainda refletiram o crescimento na demanda chinesa por minérios, divulgada ontem, e a alta generalizada nas commodities. Esses fatores, segundo um operador, "compensaram" as incertezas que pesam sobre os rumores de possíveis mudanças na diretoria da companhia.

O investimento de R$ 9,5 bilhões anunciado pela Vale ontem em Minas Gerais já estava, de acordo com um operador, nos preços das ações, porque fazia parte do plano global de investimentos da empresa já previamente anunciado. Já a disputa política pela presidência da companhia ainda não se reflete no papel.

Diante da força dos rumores, o empresário Eike Batista negou "peremptoriamente" hoje, em nota, estar negociando a compra de uma fatia acionária na mineradora. Segundo ele, seu único movimento nessa direção foi uma sondagem informal ao Bradesco - instituição que faz parte do bloco de controle da mineradora. "Sou empresário. Meu interesse na Vale. não deve ser politizado. Se deveu, exclusivamente, ao fato de identificar certos diamantes por lapidar e por acreditar que poderia contribuir para a criação de riqueza para a empresa e seus acionistas. Nunca como instrumento de política partidária", afirmou Batista.

Com isso, as ações da Vale tiveram novo pregão de alta, enquanto os papéis da MMX, mineradora controlada por Batista, estiveram entre as maiores quedas. Vale ON subiu 1,08%, para R$ 45,79, enquanto as preferenciais da companhia tiveram elevação de 0,69%, a R$ 40,69. Enquanto isso, as ações da MMX caíram 2,81%, a R$ 12,82.

No mercado externo, os dados divulgados, ainda que positivos, "não foram suficientes para encorajar a realização de lucros", ponderou Felipe Casotti , diretor de renda variável da Máxima Asset Management. Um dos destaques do noticiário foi o índice de atividade industrial Empire State, que saltou de 18,88 em setembro para 34,57 em outubro, seu maior nível em cinco anos.

As bolsas de Nova York, que ensaiaram uma realização de lucros pela manhã, fecharam em alta moderada. O S&P 500 teve elevação de 0,42%, aos 1.096 pontos, enquanto o índice Dow Jones subiu 0,47%, mantendo-se acima dos 10 mil pontos reconquistados ontem (10.062), e o Nasdaq teve ganho de 0,05%, aos 2.173 pontos.

As bolsas europeias, por sua vez, fecharam em sua maioria em baixa, com os balanços das empresas limitando a alta. O índice DAX, o principal da Bolsa de Frankfurt, perdeu 0,40%. O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, fechou com ganho 0,03%, enquanto o índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, perdeu 0,63% . O Ibex35, o principal índice da Bolsa de Madri, caiu 0,18%.