sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Dow Jones acumulou baixa de 2,79% na semana

por Renato Martins da Agência Estado
05.09.2008 18h22

O mercado norte-americano de ações fechou com os principais índices em direções divergentes, o Dow Jones e o S&P-500 em alta e o Nasdaq em queda. No caso do Dow Jones, esta foi a quarta semana consecutiva de quedas; o Nasdaq teve a maior queda semanal desde a primeira semana do ano.Das 30 componentes do Dow, 18 ações fecharam em alta. Os destaques positivos foram as ações do setor financeiro (Bank of America +5,33%, AIG +5,28%, JPMorgan Chase +4,46%, Citigroup +4,21%). No mesmo setor, as ações do Lehman Brothers subiram 6,79%, em reação a informes de que a Kohlberg, Kravis & Roberts e o Blackstone Group estariam estudando a aquisição de ativos da instituição. As ações do Merrill Lynch avançaram 1,98%, apesar de rebaixamento de recomendação pelos analistas do Goldman Sachs.
As ações ligadas a petróleo e outras commodities voltaram a cair (ExxonMobil -0,68%, Chevron -1,23%, Alcoa -0,91%). No setor de tecnologia, as ações da Microsoft caíram 2,66%, pressionando o Nasdaq; as da Dell subiram 0,25%, depois de o Wall Street Journal dizer que a empresa estuda vender várias fábricas de microcomputadores, na tentativa de reduzir custos. Os ADRs da finlandesa Nokia, que fez um alerta de queda nos lucros, caíram 7,58%.
O índice Dow Jones fechou em alta de 32,73 pontos (0,29%), em 11.220,96 pontos. O Nasdaq fechou em baixa de 3,16 pontos (0,14%), em 2.255,88 pontos. O S&P-500 subiu 5,48 pontos (0,44%), para 1.242,31 pontos. Na semana, o Dow Jones acumulou uma queda de 2,79%, o Nasdaq, uma baixa de 4,72% e o S&P-500, uma perda de 3,16%. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa tem a primeira alta em setembro, de 1,03%

por Claudia Violante da Agência Estado
05.09.2008 17h39

Apesar do péssimo relatório do mercado de trabalho norte-americano, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) conseguiu se esquivar de uma semana inteira de perdas: após quatro quedas, o principal índice (Ibovespa) finalmente inaugurou o sinal positivo em setembro ao fechar com alta de 1,03%, aos 51.939,6 pontos, na pontuação máxima do dia. A recuperação das Bolsas norte-americanas (índices Dow Jones e S&P 500) na reta final da sessão foi preponderante para levar os investidores a também se animarem a ir às compras na Bolsa brasileira.
A primeira alta do mês, no entanto, ainda é pequena diante das perdas acumuladas em setembro, que totalizam 6,72% (mesmo porcentual da semana, já que o período é coincidente). No ano, o Ibovespa já caiu 18,7%. Na mínima de hoje, o índice atingiu 50.092 pontos (-2,56%). O giro de negócios somou R$ 4,896 bilhões (preliminar).
O quadro do fechamento nem de longe mostra o que foi o dia: a sessão teve volatilidade intensa, principalmente no período da tarde. A recuperação dos papéis do setor financeiro norte-americano permitiu conter a sangria nas ordens de vendas, garantindo uma pequena recuperação aos índices. O Dow Jones subiu 0,29%, aos 11.221,0 pontos, o S&P teve ganho de 0,44%, aos 1.242,31 pontos, mas o Nasdaq teve baixa, de 0,14%, aos 2.255,88 pontos. As commodities recuaram: o contrato do petróleo com vencimento em outubro teve baixa de 1,54%, para US$ 106,23 o barril.
A recuperação em Nova York foi possível porque as perdas acumuladas estavam bastante elevadas e os investidores, ontem, já haviam se preparado para o pior no que se refere ao relatório do mercado de trabalho norte-americano. O payroll, como é chamado, confirmou os cenários mais pessimistas ao registrar a eliminação de 84 mil vagas no mês passado, ante a previsão de corte de 75 mil, e a maior taxa de desemprego nos EUA em cinco anos. E os índices acionários repercutiram isso na maior parte da sessão. As principais bolsas da Europa fecharam antes da recuperação em Nova York e ilustraram o mau momento do dia: o índice FTSE-100 da Bolsa de Londres terminou em -2,26%; o índice Dax 30 da Bolsa de Frankfurt, em -2,42%, e em Paris, o índice CAC 40, -2,49%.
A recuperação de hoje na Bovespa não esgota, entretanto, o cenário ruim que os dados econômicos negativos norte-americanos e também europeus vêm mostrando. Os analistas se repetiram em afirmar hoje que as condições se deterioraram e a preocupação do Federal Reserve (Fed, banco central americano), agora, não seria alterar a taxa de juros, mas melhorar as condições do crédito e fazer a economia americana andar. Assim, para a próxima semana, a volatilidade segue, até que novos indícios sinalizem qual será o passo seguinte.

IBOV...após 04/09...em busca do objetivo de suporte nos 50 mil pontos...


O Ibovespa abriu em 53.527 pontos, foi até a máxima em 53.749 e não suportando a pressão vendedora, sinalizada pelos mercados americanos, deu continuidade ao forte processo de realização e até a metade do pregão, por volta das 14 horas, veio buscar a mínima em 51.156 pontos (queda brutal de -4,43%). A partir daí, reagiu até encontrar resistência em 52.310 pontos, refluindo novamente até finalizar em 51.408 pontos (- 3,96%).

Análise:O Ibovespa em sintonia com a forte realização de DJI, deu sequência ao processo de queda, em busca de seu próximo objetivo de suporte nos 50 mil pontos.
A forte queda fez com que todos indicadores do gráfico diário e o de "30 minutos" sinalizassem pela continuidade da queda. Apesar dos indicadores se encontrarem "sobrevendidos", acreditamos que no curto prazo venha a testar suporte nos 50 mil pontos, antes de esboçar nova reação mais forte. A tendência dominante na abertura do pregão, poderá ser verificada com a sinalização dos mercados futuros antes de iniciar o pregão.

Abaixo do suporte em 51.150, objetivos de queda em : 50.400 (100% fibo de queda), 50.000, 48.550 e 47.050 pontos.

Acima de 52.300 pontos objetivos de alta em: 53.100, 53.470, 53.750 e 54.100 pontos.