terça-feira, 4 de novembro de 2008

Wall Street salta com otimismo em dia de eleição

Por Leah Schnurr e Kristina Cooke
04 de Novembro de 2008 20:31

NOVA YORK (Reuters) - As bolsas de valores norte-americanas fecharam em alta nesta terça-feira, com investidores de olho no fim das incertezas trazidas pela longa disputa pela Casa Branca.
Companhias do setor energético animaram o mercado, seguindo a alta dos preços do petróleo.
O índice Dow Jones teve alta de 3,28 por cento, a 9.625 pontos. O Standard & Poor's 500 subiu 4,08 por cento, a 1.005 pontos. O Nasdaq avançou 3,12 por cento, a 1.780 pontos.
A alta impulsionou as ações para o maior nível de fechamento desde 6 de outubro, com o S&P 500 retomando a marca de 1.000 pontos pela primeira vez desde 13 de outubro. Todos os três principais índices possuem valorização acumulada de aproximadamente 18 por cento frente a mínima atingida em 27 de outubro.
O Departamento do Tesouro está buscando as melhores maneiras para expandir o seu programa de injeção de capital e está considerando especialmente instituições financeiras, assim como a unidade financeira da General Electric, afirmou uma fonte familiar ao assunto. As ações da GE, um termômetro econômico e componente do Dow, subiram mais de 7 por cento.
A Chevron liderou a alta do Dow após o petróleo subir 6,62 dólares, para fechar a 70,53 dólares por barril, com sinais de que a Opep está cortando a sua produção.
Mais sinais de descongelamento dos mercados de créditos levaram os investidores a buscarem as ações que estão em suas mínima de diversos anos. As taxas de empréstimos de curto prazo interbancários recuaram novamente, dando mais esperanças de que as medidas para impulsionar os mercados de créditos estão funcionando.
Mas a disputa presidencial foi o principal foco dos investidores. Pesquisas apontam o democrata Barack Obama na frente do republicano John McCain em Estados o suficiente para dar mais do que os 270 votos do colégio eleitoral necessários para vencer.
"Teremos uma nova liderança amanhã e, seja quem for, este deve ser melhor do que tivemos", disse Jum Paulsen, vice-presidente de investimento da Wells Capital Management.

Com bancos e commodities, Bovespa retoma os 40 mil pontos

por Aluísio Alves
04 de Novembro de 2008 18:49

SÃO PAULO (Reuters) - Novos sinais de distensão no mercado de crédito global, combinados com alta das commodities e o otimismo com bancos domésticos, promoveram outro dia de recuperação acentuada da Bolsa de Valores de São Paulo, que alcançou o maior nível em 3 semanas.
O Ibovespa saltou 5,24 por cento, para 40.254 pontos. Após subir cinco vezes em seis sessões, desde a última terça-feira o principal índice acionário brasileiro já acumula valorização de 36,8 por cento.
O giro financeiro de 5,48 bilhões de reais foi também o maior volume em sessões regulares desde 16 de outubro.
Para analistas, a recuperação de preços evidenciou mais uma vez que as preocupações de curto prazo do mercado estão mais sensíveis à eficácia das medidas para restaurar a liquidez no sistema financeiro do que aos estragos econômicos derivados da crise recente.
"Há sinais de melhora nos mercados monetários, com percepção de queda nos níveis de risco. Aí, os investidores foram atrás de papéis que tinham caído muito", disse Newton Rosa, economista-chefe da SulAmerica Investimentos.
Em Wall Street, o índice Dow Jones subia quase 2 por cento no fechamento dos negócios na Bovespa. Isso tudo, mesmo em meio a reiteradas mostras de desaceleração global.
As montadoras GM e Ford anunciaram na véspera forte queda das vendas nos Estados Unidos em outubro, um dia antes de o governo norte-americano divulgar que as encomendas à indústria no país recuaram em setembro pelo segundo mês consecutivo.
De todo modo, o otimismo se espalhou para os mercados de commodities, levando o barril de petróleo de volta à casa dos 70 dólares e alavancando os preços de metais.
Com isso, as blue chips domésticas foram para o alto da coluna de ganhos do Ibovespa. Petrobras subiu 8,47 por cento, para 25,10 reais, enquanto Vale avançou 5,48 por cento, cotada a 27,72 reais.
Ainda animados com a fusão que deu origem ao Itaú Unibanco, os investidores seguiram comprando ações de empresas do sistema financeiro. A dianteira do índice foi ocupada por Banco do Brasil, com um salto de 15,6 por cento, a 16,56 reais.
Outro destaque positivo do dia foi Aracruz, subindo 8,4 por cento, para 2,97 reais. A fabricante de celulose anunciou pela manhã que eliminou 97 por cento de sua exposição a instrumentos derivativos.
A alta das commodities fez também as perdedoras do dia na bolsa paulista. Braskem, que divulga seus resultados na quarta-feira, caiu 4,6 por cento, para 9,06 reais. Outra vítima foi Gol, caindo 3,5 por cento, a 9,65 reais.

Pesquisas indicam vitória de Obama na corrida pela Casa Branca

por Angela Pimenta - Portal EXAME
04.11.2008 8h46

Tanto as pesquisas de opinião quanto os analistas indicam que a crise do subprime – a mais grave desde a Grande Depressão, na década de 1930 – deve garantir hoje a vitória do democrata Barack Obama contra seu oponente republicano, John McCain, na corrida pela Casa Branca, além de um aumento significativo da maioria democrata no Congresso americano.

“O Obama deverá ter uma vitória mais folgada do que prevêem as pesquisas,” disse o brasilianista Albert Fishlow, da Universidade Columbia, ao Portal EXAME. “A crise atual tem gerado um clima tão deprimente entre os americanos que todo mundo quer rejeitar as políticas de Bush. E contra isso, não há nada que o McCain possa fazer”.

Para o Instituto Gallup, Obama tem a preferência de 55% dos eleitores, enquanto McCain conta com 44% do eleitorado. Já a sondagem conjunta da rede de TV NBC e do “Wall Street Journal” aponta que Obama terá 51% dos votos, contra 43% para McCain.

Tais números dizem respeito aos prováveis eleitores. Ao contrário do Brasil, nos Estados Unidos, o voto é facultativo. Além disso, a eleição presidencial americana é definida pelo Colégio Eleitoral, em que cada um dos cinqüenta estados do país tem um peso diverso na contagem final dos votos.

Para ganhar a Presidência, são necessários 270 de um total de 538 votos no Colégio Eleitoral. Segundo as últimas projeções da rede CNN, Obama já conta com 291 votos – que já lhe garantiriam a vitória – enquanto McCain tem 157 votos. Os demais 90 votos do Colégio Eleitoral permanecem indefinidos.

Ciente de sua desvantagem, nos últimos comícios, John McCain tem dito que “nós vamos virar essa eleição, desmentindo as pesquisas e esses analistas metidos a sabichões”. O republicano aposta suas fichas nos eleitores indecisos, que seriam cerca de 7% do total dos votantes, segundo as pesquisas.

Mas a confiança de Barack Obama na vitória é tamanha, que apesar de insistir para que os eleitores compareçam às urnas, o candidato democrata já prepara um mega-comício da vitória na noite desta terça-feira no centro da cidade de Chicago, no Illinois. Obama representa o estado no Senado americano.

“Conto com a sua presença por lá,” diz Obama num e-mail enviado a milhões de correligionários e potenciais doadores. “Esse movimento da mudança é um testemunho do poder dos americanos comuns se juntarem para conquistar coisas extraordinárias”.

Transição

Em meio à crise econômica, diante da potencial vitória de Obama tanto o mercado quanto os analistas já estão focados na fase de transição do governo Bush para um virtual governo democrata.

Segundo o economista Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de economia e professor da Universidade Columbia, a vitória de Obama não trará alívio imediato para os mercados e tampouco terá o poder de sinalizar o começo de uma recuperação econômica.

“Esta não é apenas uma crise de confiança e o próprio Obama tem dito não existem milagres nessa área”, disse Stiglitz ao Portal EXAME.

Para Albert Fishlow – cuja opinião é compartilhada por Stiglitz e grande parte dos analistas de mercado – a recuperação deverá começar por volta de junho de 2009, quando os pacotes de estímulo à economia começarem a surtir efeito.

“Já existe um consenso entre os democratas e o próprio Obama de que o país precisa de mais um pacote de estímulo, da ordem de 2% a 3% do PIB americano, voltado para a infra-estrutura e para trazer alívio aos mutuários em dificuldade”, disse Stiglitz. “O pacote do governo Bush aprovado pelo Congresso ajudou os bancos, que depois de receber o dinheiro, não voltaram a emprestar”.

“Tudo vai depender da boa vontade de Bush e do tamanho da derrota republicana no Congresso. Se a vitória democrata for esmagadora, ficará mais difícil para o Bush vetar um novo pacote”.

Stiglitz, que dirigiu o Conselho Econômico da Casa Branca no primeiro mandato de Bill Clinton, tem aconselhado a equipe econômica de Obama em dois aspectos: o pacote de estímulo e uma reforma no sistema regulatório de Wall Street.

Na semana passada, testemunhei no Congresso sobre a necessidade urgente de criarmos novas regras para o mercado de derivativos. Precisamos aprimorar questões relativas à transparência e à divulgação de dados, além da criação de comissões para conferir estabilidade ao sistema e segurança para produtos oferecidos pelo mercado financeiro”, diz.

Tesouro e impostos

De acordo com a imprensa americana, logo depois de eleito, Obama deverá anunciar sua equipe econômica. Os nomes mais cotados para assumir o cargo de secretário do Tesouro americano, o mais poderoso do Poder Executivo americano, são os do economista Larry Summers, atual professor da Universidade Harvard e ex-secretário do Tesouro americano no segundo mandato de Bill Clinton, e o atual prefeito de Nova York, Michael Bloomberg.

Mas Bloomberg tem declarado que prefere se candidatar mais uma vez à prefeitura de Nova York, no final de 2009. Outros nomes citados pertencem à equipe de jovens conselheiros econômicos de Obama: Austan Goolsbee, da Universidade de Chicago, e Jason Furman, da Universidade de Nova York.

Se Obama de fato se eleger, uma das primeiras medidas a serem anunciadas deverá ser uma promessa de campanha: o corte de impostos para que ganha até 250 000 dólares por ano, cerca de 95% da população americana. Já a camada mais rica dos contribuintes sofreria um aumento de impostos. Obama também tem declarado que pretende aumentar os impostos para ganhos de curto prazo nos mercados de capitais.

Segundo a campanha de John McCain, tais medidas pretendem implantar o sistema socialista nos EUA. Mas tal visão é contestada pelo bilionário Warren Buffett, um dos mais entusiasmados cabos eleitorais do candidato democrata. "Obama vai levar idéias extraordinárias para o novo governo”, declarou Buffett recentemente.

INDZ08...após 03/11...cunha ascendente antecipa tendência baixista...



"Cunha ascendente" antecipando a tendência baixista, visualizada no gráfico de "30 minutos". Se perfurar a LTA com a perda definitiva dos suportes em 38.500 e 38.150 pontos, os próximos objetivos de queda do índice futuro do Ibovespa estarão em 37.750 pontos e 37.050 pontos.

Suportes em 38.500, 38.150, 37.750, 37.050, 36.900 e 34.900 pontos.
Resistências em 39.250, 39.850 e 40.000 pontos.

DJI...após 03/11...indefinição enquanto aguarda eleições presidenciais...


Análise: "Cunha ascendente" antecipando a tendência baixista e melhor visualizada no gráfico de "30 minutos", está tentando se transformar em "triângulo simétrico", ainda com indefinição de tendências de ruptura, no curto prazo. O final do pregão praticamente igual à abertura, formou um "doji" de indefinição, provavelmente pelo aguardo do desfecho das eleições presidencias americanas.

Suportes imediatos em 9.200, 8.960 e 8.830 pontos.
Resistências imediatas em 9.400, 9.550 e 9.640 pontos.