quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Bolsa de NY tem alta forte com rumor sobre 'banco ruim'

por Agência ESTADO
28 de Janeiro de 2009 20:05

O mercado norte-americano de ações fechou em alta forte. O avanço foi liderado pelas ações do setor financeiro, que reagiram a informes de que o Departamento do Tesouro estuda criar um "banco ruim" para comprar os ativos "podres" das instituições do setor. Outro fator foi a indicação do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de que poderá comprar títulos de longo prazo do Tesouro, além de acelerar suas compras de títulos lastreados em hipotecas e outros ativos, de modo a fazer baixarem os juros no mercado de crédito. Outro fator para a alta foi a perspectiva de que a Câmara dos EUA aprove o projeto de estímulo à economia ainda na noite desta quarta-feira.
O índice Dow Jones fechou em alta de 200,72 pontos, ou 2,46%, em 8.375,45 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 53,44 pontos, ou 4,55%, em 1.558,34 pontos. O S&P-500 subiu 28,38 pontos, ou 3,36%, para 874,09 pontos. O NYSE Composite avançou 186,02 pontos, ou 3,50%, para 5.501,46 pontos.
Falando sobre a perspectiva de criação do "banco ruim", o chefe de renda fixa da SEI Investments, Sean Simko, disse que "por tudo que eu ouvi, ainda está no estágio do rumor. Ainda não há uma estratégia clara para como eles vão fazer isso. Não vamos ver o mercado subir numa linha reta até que isso se torne oficial. Até que tenhamos um quadro mais claro, o mercado deverá permanecer volátil".
Das 30 componentes do índice Dow Jones, 27 fecharam em alta; as exceções foram Boeing (-0,02%), ExxonMobil (-0,18%) e Pfizer (-3,92%). Os destaques positivos foram Bank of America (+13,54%), Citigroup (+16,90%) e JPMorgan Chase (+8,72%). As ações da AT&T subiram 0,93%, em reação a seu informe de resultados do quarto trimestre. Entre as ações de empresas que divulgaram balanços, outros destaques foram Wells Fargo (+30,88%), Yahoo! (+7,94%) e Sun Microsystems (+21,80%). As ações da Starbucks, que divulgaria resultados depois do fechamento, subiram 5,46%. As informações são da Dow Jones.

Bovespa se anima com EUA e fecha em alta de 3,95%

por Agência ESTADO
28 de Janeiro de 2009 18:33

A Bovespa teve mais um pregão atrelado às bolsas norte-americanas, e as boas notícias que moveram as ações lá trouxeram de volta o vigor e os investidores estrangeiros. Com isso, Petrobras e Vale brilharam, com ganhos superiores a 5%. Bancos e construção civil também foram destaques de alta, levando o principal índice doméstico de volta aos 40 mil pontos.
O Ibovespa fechou em alta de 3,95%, aos 40.227,45 pontos, maior patamar desde 9 de janeiro (41.582,94 pontos). Na mínima, atingiu os 38.704 pontos (+0,01%) e, na máxima, os 40.438 pontos (+4,50%). No mês, o índice acumula ganhos de 7,13%. O giro financeiro totalizou R$ 4,811 bilhões.
Os investidores se animaram com as notícias de que o governo Barack Obama está muito perto de aprovar um pacote de estímulo econômico no Congresso e também de que pode criar um banco para absorver os ativos tóxicos. Ontem à noite, a rede de notícias CNBC informou que o governo está perto de concluir um plano para montar um "banco ruim", com o objetivo de comprar ativos podres ou de baixa liquidez dos bancos, os chamados ativos tóxicos. A iniciativa pode ser anunciada no início da semana que vem. Também ontem um comitê do Senado acrescentou uma provisão de US$ 70 bilhões ao pacote do novo governo, elevando para US$ 900 bilhões o custo da ajuda. O Senado ainda precisa aprovar a versão, que tem que passar depois pela Câmara. Os deputados também estão discutindo um plano, e o texto final terá que ser um consenso das duas partes.
Com a expectativa de se verem livres dos ativos tóxicos, os bancos foram destaque positivo nas bolsas lá fora - e no Brasil. Essas notícias se sobrepuseram aos balanços ruins que continuam a serem divulgados - hoje, anunciaram prejuízo a Boeing e o banco Wells Fargo, enquanto a AT&T teve queda no lucro do quarto trimestre.
Nas Bolsas de Nova York, às 18h20 (de Brasília), o índice Dow Jones subia 2,02%, o S&P ganhava 2,88% e o Nasdaq, 3,15%. As ações chegaram a ampliar as máximas após o comunicado do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), divulgado pouco depois das 17 horas, mas logo saíram do teto. O Fed, em sua reunião sobre política monetária, não alterou a taxa de redesconto (0,50% ao ano) nem a taxa básica de juros (de zero a 0,25%) e sinalizou que está preparado para ir adiante com a ideia polêmica de comprar títulos do Tesouro americano (Treasuries) de prazo mais longo, o que marcaria uma drástica escalada em seus esforços para descongelar os mercados de crédito. As taxas de juros provavelmente ficarão onde estão durante todo este ano e talvez também em 2010, indicou o comunicado.
No Brasil, o setor bancário foi destaque de ganhos, com altas que superaram 7% em alguns papéis, mas as estrelas foram Petrobras e Vale, com a volta de investidores estrangeiros e com a recuperação das commodities (matérias-primas) no exterior.
O petróleo negociado na Bolsa Mercantil de Nova York chegou a operar em queda - ontem despencou na expectativa dos dados de estoques e hoje seguiu em baixa com o anúncio em si, que confirmou o aumento. Mas, depois, as cotações acabaram virando para cima e assim se sustentaram até o final. O barril fechou em alta de 1,39%, a US$ 42,16.
As ações da Petrobras subiram 7,41% a ON e 5,44% a PN. Vale, que ontem já conduziu a Bovespa, também subiu com vigor: 5,70% a ON e 5,16% a PNA. Os papéis da mineradora superam 20% de ganhos no mês, estimulados pelas notícias de que as reservas de minério da China estariam baixas, e, hoje, com a expectativa do socorro norte-americano, o que traria de volta um pouco de vigor às indústrias de construção civil, infraestrutura e automotiva, favorecendo os metais.
A expectativa de um pacote para a habitação no Brasil também influenciou a construção civil, outro destaque de elevação. Gafisa liderou os ganhos do Ibovespa, com alta de 13,52%, seguida por Cyrela (+10,79%).

IBOV...após 27/01...suportes e resistências


O Ibovespa está em um movimento lateral, porém ainda com tendência de alta, no curto prazo. O gráfico diário mostra a congestão em que se encontra esse índice, mostrando que o rompimento dos 39 mil pontos poderá acelerar seu movimento aos 40 mil pontos.

Os suportes imediatos estão em 38.500, 38.300, 38.030, 37.800 e 37.500 pontos.
Resistências e objetivos de alta imediatos em 38.950, 39.000, 39.300, 39.800 e 40 mil pontos.

DJI...após 27/01...suportes e resistências


DJI continua a realizar movimento lateralizado, porém AINDA em tendência de alta, no curto prazo. O estocástico lento e o CCI/Ma cruzamento sinalizam a tendência de alta. Acima dos 8.220 pontos, não terá dificuldades em recuperar o patamar dos 8.300 pontos. Na hipótese (pouco provável) da perda dos 8.000 pontos, poderá refluir aos 7.920 pontos.

Suportes imediatos em 8.150, 8.080, 8.020 e 7.920 pontos.
Resistências e objetivos de alta em 8.200, 8.220, 8.290 e 8.340 pontos.