sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Dow Jones tem leve queda, mas acumula alta na semana

por Renato Martins da Agência Estado
12.09.2008 18h37

As Bolsas de Nova York fecharam com os principais índices de ações em direções divergentes, o Dow Jones em leve queda e o Nasdaq e o S&P-500 em alta modesta. As ações do setor financeiro voltaram a cair, enquanto as dos setores de energia e matérias-primas (commodities) subiram, em reação à recuperação dos preços.
As ações do banco de investimentos Lehman Brothers caíram 13,5%, em meio a expectativas e rumores sobre sua aquisição; as do banco de crédito hipotecário e poupança Washington Mutual recuaram 3,51%. As da seguradora AIG caíram 30,83%, pressionando o Dow Jones, em reação a informes de que a empresa poderá antecipar o anúncio de vendas de ativos e de um programa de reestruturação, antes previsto para o dia 25. As do banco de investimentos Merrill Lynch caíram 12,25%. As do Bank of America, citado como um dos possíveis compradores do Lehman Brothers, subiram 2,06%. As da agência de crédito hipotecário rural Farmer Mac (Federal Agricultural Mortgage Corp.) caíram 32,87%, depois de ela anunciar perdas com sua exposição a títulos hipotecários da Fannie Mae.
As ações do setor de petróleo subiram, em meio à expectativa da chegada do furacão Ike à região produtora do Texas (ExxonMobil +2,57%, Chevron +1,74%); as das refinarias tiveram desempenho ainda melhor, devido à alta dos preços da gasolina (Valero +8,60%, Tesoro +6,01%). As ações ligadas a metais também subiram, em reação à recuperação dos preços (Alcoa +3,80%, Freeport McMoRan Copper & Gold +8,23%). As ações da Macy's caíram 4,76% e as da Nordstrom recuaram 4,11%, em reação ao indicador de vendas no varejo em agosto. As da General Motors subiram 2,04% e as da Ford avançaram 4,91%, em meio à expectativa da aprovação, pelo Congresso, de uma ampliação do programa de crédito subsidiado para as montadoras.
O índice Dow Jones fechou em queda de 11,72 pontos (-0,10%), em 11.421,99 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 3,05 pontos (0,14%), em 2.261,27 pontos. O S&P-500 subiu 2,65 pontos (0,21%), para 1.251,70 pontos. Na semana, o Dow Jones acumulou uma alta de 1,79%, o Nasdaq, uma alta de 0,24% e o S&P-500, uma alta de 0,76%. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa sobe 2,19% e consegue ter ganho na semana

por Claudia Violante da Agência Estado
12.09.2008 17h41

Pelo terceiro pregão seguido, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta, e consistente. De volta aos 52 mil pontos, o índice Bovespa (Ibovespa) avançou novamente conduzido pelas ações da Petrobras, embora Vale, siderúrgicas e BM&FBovespa também tenham hoje crédito pela alta.
O Ibovespa terminou com variação de +2,19%, aos 52.392,9 pontos, depois de oscilar entre a mínima 50.789 pontos (-0,94%) e a máxima de 52.591 pontos (+2,58%). Na semana, acumulou elevação de 0,87%, mas em setembro, as perdas somam 5,90% e, no ano, -17,99%. O volume financeiro de hoje somou R$ 5,263 bilhões (preliminar).
A recuperação de preço das matérias-primas (commodities) combinada com os efeitos, ainda, das estimativas para as reservas de petróleo do campo de Iara (na camada pré-sal da Bacia de Santos), o aumento do peso do Brasil na carteira de ações emergentes do banco americano Morgan Stanley e o vencimento de opções sobre ações na Bovespa, na segunda-feira, explicam a alta de hoje do principal índice acionário doméstico.
As ações ordinárias (ON) da Petrobras subiram 4,44%, para R$ 40,42, e as ações preferenciais (PN) da estatal valorizaram 5,10%, a R$ 33, esta última, de novo, com o maior giro de negócios do dia na Bolsa, de R$ 991,532 milhões. A notícia de que é possível haver 4 bilhões de barris em reservas na camada pré-sal do campo de Iara adicionou interesse aos investidores por causa do vencimento de opções sobre ações na próxima segunda-feira. O comportamento do preço do petróleo no exterior também ajudou. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o contrato futuro com vencimento em outubro subiu 0,31%, a US$ 101,18 o barril.
A procura por papéis brasileiros na Bolsa também decorreu da notícia de que o banco de investimentos Morgan Stanley elevou o peso recomendado para Brasil em sua carteira de ações emergentes para um "major overweight". E os fundos globais trataram de comprar papéis para se adequar à nova composição.
Vale, a outra blue chip do Ibovespa, repetiu o comportamento vigoroso da véspera e fechou com alta considerável, também repercutindo os ganhos dos metais no mercado internacional e acompanhando seus pares na Europa. As ON avançaram 2,55%, a R$ 42,66, e as PNA, 1,63%, a R$ 37,30. As siderúrgicas acompanharam e o destaque foi CSN ON, com alta de 6,38%.
As ações ordinárias BM&FBovespa lideraram os ganhos do Ibovespa ao subir 11,54%, para R$ 9,76. Na semana, no entanto, ainda acumula perdas, de 9,63%. O papel tem exibido volatilidade muito acentuada - ontem, caiu 5,71% e, no mês, já perdeu 21,54%. A alta de hoje, assim, foi uma correção.
Nos EUA, as bolsas fecharam em direções opostas. Dow Jones caiu 0,10%, aos 11.421,99 pontos, S&P subiu 0,21%, para 1.251,69 pontos, e o Nasdaq teve elevação de 0,14%, para 2.261,27 pontos. Sobre o Dow Jones, pesou a acentuada queda das ações da gigante de seguros AIG, embora as ações de matérias-primas e energia tenham subido, assim como o setor automotivo.
As preocupações com o banco de investimentos americano Lehman Brothers também continuaram, em meio aos rumores de que uma solução para a instituição está prestes a ser anunciada. O mais provável é que o banco seja vendido e um dos principais candidatos seria o Bank of America.

IBOV...após 11/09...tendência de alta, com forte volatilidade, podendo realizar...



O Ibovespa abriu em 49.628 pontos e com os índices futuros em queda refluiu rapidamente até encontrar suporte em 48.216 pontos. A partir daí, esboçou uma forte reação, primeiramente retomando o patamar dos 49 mil pontos, depois os 50 mil até encontrar resistência nos 50.640 pontos. Com o recuo de DJI, o Ibovespa refluiu até novo suporte em 49.780 pontos. A partir daí reiniciou sua recuperação de forma mais moderada, mas nos minutos finais do pregão em "sintonia" com DJI fechou na máxima em 51.270 pontos (+3,30%).

Análise: Ao retomar o patamar dos 50 mil pontos e finalizar praticamente em cima da LTB, nos 51.270 pontos, Ibovespa mostrou disposição para tentar galgar os 52 mil pontos novamente. Vai depender do desempenho de Vale e Petro (principalmente) que deram novamente a tônica do pregão, e que com certeza continuarão a influenciar o índice, principalmente com a aproximação do vencimentos de opções, na próxima segunda. A divulgação da inflação americana através do PPI e seu núcleo e o Michigan Sentiment e consequentemente DJI, poderão influenciar o desempenho do Ibovespa. Por outro lado desde os 47.606 pontos (mínima recente) até o fechamento de ontem em 51.270 pontos temos alta acumulada em 7,7%, o que pode estar próximo de eventual realização de lucros. Todos os indicadores dos gráficos diário e de "30 minutos" sugerem tendência de alta. Os índices futuros poderão definir a principal tendência para a abertura do pregão.

Suportes imediatos em 50.450, 49.780, 48.800 e 48.200 pontos.
Resistências imediatas em 51.600 (na LTB), 52.760 e 53 mil pontos.

DJI...após 11/09...reverteu triângulo de queda, mas tem forte resistência nos 11.600..


DJI abriu nos 11.264 pontos e com a forte queda dos mercados futuros, refluiu até a mínima em 11.098 pontos. A partir daí, retomou com força sua recuperação, primeiramente no patamar dos 11.200 pontos, após superar a resistência nos 11.180 pontos, até encontrar nova resistência nos 11.290 pontos. Quase ao final do pregão quando se esperava um retorno de DJI novamente aos 11.200, a boa notícia de existência de negociações para uma possível compra do Lehman Brothers, fez como que nos minutos finais do pregão, DJI, rompesse a resistência dos 11.380 pontos e finalizasse na máxima em 11.444 pontos (+1,46%).

Análise: Ao romper os 11.400 pontos, DJI desfez, por hora, o "triângulo de baixa" que se formara com os patamares entre 11.180 e 11.280 pontos. Mantendo-se acima dos 11.380 pontos DJI poderá retomar os demais patamares de alta nos 11.500 e 11.600 pontos, novamente. Não conseguindo se manter acima desse patamar, poderá refazer novamente o "triângulo de queda" na perda dos 11.280 pontos, com objetivos imediatos em 11.180 e 11 mil pontos.

O Estocástico e o CCI/Ma cruzamento do gráfico diário ainda mantêm sinalização de tendência de queda, enquanto o IFR e o oscilador de momentos, sugere tendência de alta. Com a forte recuperação nos minutos finais do pregão, os indicadores do gráfico de "30 minutos" sugerem tendência de alta. A divulgação do PPI e do Michigan Sentiment no início dos pregões, poderá apresentar indefinição de tendência, gerando volatilidade. Os índices futuros poderão sinalizar melhor a tendência para a abertura do pregão.

Acima de 11.400 pontos, objetivos de alta em: 11.450 (LTB secundária), 11.520 e 11.600 pontos.

Abaixo de 11.380 pontos, objetivos de queda nos suportes em 11.290, 11.180, 11.100 e 10.970 pontos.

Commodities fechamento em 11/09


Fechamento das commodities em 11/09/08
Fonte: Bloomberg

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW TIME
UBS BLOOMBERG CMCI 1330.70 -4.85 1328.49 1340.32 1322.33 09/11
S&P GSCI 634.64 -5.24 640.12 646.13 630.94 09/11
RJ/CRB Commodity 354.98 -3.29 358.22 358.56 354.86 09/11
Rogers Intl 4329.02 -29.96 4373.91 4376.23 4297.85 09/11
Brookshire Intl 474.12 -2.57 474.27 478.46 470.29 09/11