sábado, 31 de maio de 2008

IBOV...após 30/05...apesar da alta, tendência indefinida...


O IBOVESPA abriu com força nos 71.797 pontos e motivado pelo bom humor dos índices futuros com a confirmação do "investment grade" da agência Fitch, na primeira meia-hora de pregão atingiu a máxima do dia em 72.862 pontos. A partir daí com a piora da cotação de algumas das principais comodities (petróleo e minérios) realizou até a mínima em 71766. Em seguida, deu sequência a uma recuperação, puxada principalmente por VALE e em parte por PETRO, recuperou novamente os 72 mil pontos, vindo encontrar resistência nos 72.750 pontos. Refluiu sintonizado com DJI, e com a realização de Petro(principalmente) e Vale, veio buscar suporte em 72.300 pontos. Na última hora de pregão, esboçou leve reação, vindo atingir 72.503 pontos no início do leilão, finalizando em 72.592 pontos (alta de 1,2%).

Análise: A volatilidade desse pregão (alta do Ibovespa seguida de realização intraday com fechamento bem abaixo da máxima) fez com que houvesse contradição de sinalização em alguns indicadores no gráfico diário como o Estocástico (alta) e o CCI/Ma cruzamento (queda) e sinalização contrária, porém invertida, com esses mesmos indicadores no gráfico de "30 minutos". Assim a análise gráfica não apresenta tendência definida para a abertura desta segunda. A abertura do mercado de índices futuros, antes da abertura do pregão do Ibovespa, poderá confirmar a tendência predominante.

Suportes imediatos em 72.540 (fibo 62%), 72.300, 72.160 e 71.700(fibo 38%)pontos.
Resistências em 72.750, 72.860, 73.150 e 73.480 pontos.

ÍNDICES FUTUROS do IBOV...indicadores sugerem abertura em queda nesta segunda...


Análise: A forte volatilidade do Índice Futuro (venc. Jun/08)do Ibovespa no pregão de 30/05 e o fechamento em 72.700 bem abaixo da máxima em 73.300, fez com que no gráfico de "30 minutos" o Estocástico e o Oscilador de Momento (principamente) sinalizassem pela tendência de queda na abertura dos pregões, nesta segunda.

Suportes: 72.560, 71.970, 71.630 e 71.100
Resistências:72.950, 73.300, 73.600 e 73.950.

DJI...após 30/05..."doji" de indefinição, podendo realizar!...


DJI abriu em 12.647 pontos e na primeira hora de pregão veio buscar a máxima em 12.690 pontos. Apesar de uma leve melhora nos indicadores econômicos do dia, veio buscar suporte nos 12.600 pontos, mantendo certa volatilidade entre os 12.600 e os 12.680 pontos, pela forte pressão vendedora. Na última meia-hora tentou esboçar reação indo encontrar resistência em 12.675 pontos, mas a partir daí realizou forte até a mínima em 12.617 pontos. Finalizou praticamente estável em 12.638 pontos (- 0,06%).

Dow Jones aproveitando a leve melhora nos indicadores divulgados tentou se descolar do suporte nos 12600 pontos. Porém, considerando uma próxima semana ainda "pesada" pelos indicadores que serão divulgados, o mercado praticamente "andou de lado" empurrando DJI para o suporte dos 12.600 pontos.

Análise gráfica: No gráfico diário alguns indicadores como estocástico e CCI/Ma cuzamento ainda sinalizam tendência de alta. No gráfico de "30 minutos", a mínima ocorrida próxima ao fechamento, produziu sinalização contrária nesses mesmos indicadores. Por outro lado, o fechamento praticamente coincidente com a abertura produziu um "Doji" de indefinição. Assim DJI se apresenta sem tendência definida, podendo realizar abaixo do suporte nos 12.600 pontos. A sinalização dos índices futuros deverá balizar a tendência na abertura de DJI.

Suportes imediatos em 12.617, 12.587 (fibo 38%), 12.555 e 12.500 pontos.
Resistências em 12.640 (fibo 62%), 12.675, 12.690, 12.726 e 12.862 pontos.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

De patinho feio a cisne

por Adriana Cotias e Danilo Fariello de VALOR
30/05/2008

A confirmação do grau de investimento pela Fitch Ratings marca o início de um novo ciclo para o Brasil. Se no começo da década havia a expectativa de que o selo de economia não-especulativa representaria grandes saltos para os ativos locais, a percepção, agora, é de que muito disso já está nos preços. No longo prazo, a chancela de menor risco aos olhos do capital internacional significa maior fluxo para o país, menor volatilidade, mas potencial reduzido de retornos extraordinários também. O investidor terá de se habituar a tempos mais previsíveis. No curto prazo, as tendências para bolsa (de alta), câmbio (de queda) e juros (também de alta) não se alteram significativamente.
À medida que seguradoras e fundos de pensão estrangeiros aumentarem a parcela de investimento dedicada ao Brasil, as ações, os títulos públicos e o real tenderão a capitalizar o ingresso desse dinheiro novo. Mas as movimentações estarão mais do que nunca condicionadas a fundamentos e menos a especulações. A elevação da nota brasileira já se concretizou, diz a estrategista de investimentos do UBS Pactual Wealth Management, Juliana Centurion Braga. "Ninguém descobrirá o Brasil agora." Para ela, não haverá mais grandes eventos que manterão os ativos brasileiros em ascensão tão forte e tão distante do mercado mundial. Tudo agora passa a ser mais gradual, diz. "Se o risco do Brasil ficou menor, o potencial de retorno no curto prazo também."
Mesmo antes da conquista do grau de investimento, muitos investidores institucionais estrangeiros já podiam aplicar aqui, conforme as regras dos respectivos estatutos. O que muda agora, com as notas dadas por duas agências de classificação, é que aumenta o percentual que os aplicadores com perfil de longo prazo podem distribuir nos diversos mercados, diz o chefe de mesa da HSBC Corretora, Jorge Augusto Miranda. "Tendo em vista nossos clientes estrangeiros, o potencial de aplicações por causa do rating novo é muito maior do que o volume atual", afirma. "O grau de segurança passa a ser maior e isso se emenda com a fusão das bolsas, um fato muito positivo do ponto de vista institucional."
Para Miranda, a queda de 1,85% do Ibovespa ontem é um indício de que não só o "investment grade" já foi em boa medida antecipado, como também é uma demonstração de maturidade. "O hoje já está no preço, mas o que vamos ver no futuro é uma maior consistência nos movimentos." O incremento do fluxo estrangeiro não será relevante para mudar tendências de curto prazo, ratifica Alexandre Maia, gestor de fundos da GAP Asset Management. "O selo corrobora tendências que já existiam."
Nos próximos seis meses, a alta das commodities, o aumento dos preços dos alimentos e as pressões inflacionárias tendem a ditar a dinâmica de preços dos ativos locais, mais do que o grau de investimento, diz o diretor de Renda Variável da Unibanco Asset Management (UAM), Ronaldo Patah. "Os juros vão subir forte até o fim do ano e isso deve desacelerar a economia em 2009, resultando num menor crescimento para o lucro das empresas." É por isso que ele mantém, desde novembro passado, a sua projeção de Ibovespa na casa dos 80 mil pontos para dezembro.
Ao ampliar o leque de recursos que podem ser alocados no Brasil, o "investment grade" tende a levar a um juro real potencialmente mais baixo para o país no médio prazo. Bom para quem quer se antecipar a esse movimento nos títulos da dívida brasileira, seja nos prefixados, seja nos papéis atrelados a índices de preços, diz Patah.
Juliana, do UBS, também acha que as taxas de juros em papéis de longo prazo são gordas atualmente, mas ela alerta que, na marcação dos títulos dia-a-dia, o investidor poderá verificar uma oscilação muito forte e terá de ter estômago para agüentar esse vaivém. A especialista reitera, porém, que investir em renda fixa no Brasil ainda é um ótimo negócio, dada a própria alta taxa paga internamente e, mais ainda agora, pela ratificação de que o país tem pouco risco de crédito.
A visão de Maia sobre juros é bastante variada quando se trata do horizonte mirado pelo aplicador de renda fixa. Para o prazo de até um ano e meio, não há nada que indique que o movimento de alta da taxa básica da economia vá parar. "Não é claro se os prefixados já embutem toda a subida possível", comenta. "Já em prazos de cinco anos, porém, o juro certamente é muito alto para um país com grau de investimento".
O ciclo de aumento do juro brasileiro representa uma certa contradição para o Brasil, nesse momento em que o país recebe o aval de bom crédito por duas agências de classificação de risco, diz a chefe de análise da Ativa Corretora, Luciana Leocádio. Ela imagina que, no ano que vem, esse movimento já poderá ser revertido pelo Banco Central. Os setores mais beneficiados na bolsa tendem a ser bancos, varejo, construção civil e as ações das próprias bolsas, que vão se beneficiar do maior fluxo para o mercado local. Na renda variável, as companhias vão se beneficiar pelo acesso a capitais a custos mais favoráveis, diz Patah.
O primeiro impacto do novo grau de investimento será no câmbio, com o dólar podendo até romper a barreira de R$ 1,60, acredita Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica. "A tendência já existia, por conta do diferencial de juros, e ganha reforço agora." Maia, da GAP, não vê piso para o dólar no curto prazo e lembra que praticamente todas as apostas recentes feitas para um limite de subida do real fracassaram.
Rosa, da SulAmérica, também vê como outra conseqüência do maior fluxo de recursos para cá a maior freqüência de ofertas públicas iniciais (IPO, em inglês) no longo prazo. O investidor ganhará novas opções na bolsa, diz ele. Embora a promoção brasileira represente um incentivo para a retomada das ofertas de ações num ritmo mais consistente, a seletividade segue na ordem do dia, diz o gerente de Renda Variável da Paraty Investimentos, Luiz Henrique Carneiro. Ao mesmo tempo em que o Brasil fica credenciado para receber um fluxo novo, a aversão ao risco, trazida pela crise do "subprime" e o freio na economia dos EUA mantêm algumas dúvidas no ar.

DJI...após 29/05...recuperou o fibo de 62% com possibilidade de manter a alta...


DJI abriu em 12.594 pontos e na primeira hora de pregão veio buscar a mínima em 12.555 pontos. Com a melhora do humor dos mercados, pela forte queda nos contratos futuros do barril de petróleo, aliada ao anúncio do PIB trimestral de 0,9%, iniciou recuperação no patamar dos 12.600 pontos, rompeu os 12.700 pontos atingindo a máxima em 12.726. A partir daí, nas duas últimas horas de pregão, refluiu para finalizar em 12.646 pontos (+ 0,41%).

Como era esperado Dow Jones tentaria sair da "congestão" entre os 12400 e 12600 pontos. A motivação encontrada pelo anúncio do PIB e a queda do barril de petróleo impulsionou DJI para cima dos 12.600 pontos (fibo de 62%).

Análise gráfica: No gráfico diário os principais indicadores sinalizam a tendência de alta. No gráfico de "30 minutos" a perda do patamar dos 12700 pontos, nas últimas horas de pregão, produziu sinalização contrária nesses mesmos indicadores. Desta forma DJI se apresenta com tendência indefinida. A sinalização dos índices futuros deverá balizar a abertura de DJI.

Suportes imediatos em 12.640, 12.590, 12.555 e 12.500 pontos.
Resistências em 12.680, 12.726 e 12.862 pontos.

IBOV...após 29/05...depois da queda , possibilidade de reversão...


O IBOVESPA abriu nos 73.154 pontos e motivado pelo mau humor dos índices futuros com a queda generalizada do petróleo e das principais comodities metálicas, realizou fortemente durante toda a primeira metade do pregão vindo buscar primeiramente suporte nos 72 mil pontos. Por volta das 15:30 horas com a formalização do anúncio da obtenção do grau de investimento pela Fitch, subiu rapidamente com força descomunal, atingindo novo TH em 73.920 pontos, em menos de meia-hora. A partir daí, deu sequência à realização em curso, rompeu novamente o suporte nos 72 mil pontos, vindo buscar a mínima nos 71694 pontos. Na última meia-hora de pregão, esboçou leve reação, vindo a finalizar nos 71.797 pontos (queda de 1,85%).

Análise: A forte queda das comodities nos mercados internacionais, derrubou com força as ações das principais blue-chips do IBOV. O anúncio da Fitch, interrompeu por cerca de meia-hora a continuidade da realização em curso, sem contudo revertê-la. Com a forte queda os principais indicadores no gráfico diário como o IFR, o Estocástico e o CCI/Ma cruzamento sinalizam tendência de queda. Por outro lado, alguns dos indicadores no gráfico de "30 minutos" se encontram agora relativamente "sobrevendidos" sinalizando a possibilidade de retomada da alta. O mercado de índices futuros, antes da abertura do pregão, deverá confirmar ou não essa tendência.

Suportes imediatos em 71.700, 71.420, 70.840 e 70.335 pontos.
Resistências em 72.540, 73.150, 73.625, 73.780 e 73.920 pontos.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Queda do petróleo e revisão de PIB amparam terceira alta seguida para Wall Street

Valor Online
29/05/2008 18:50

SÃO PAULO - Os mercados acionários de Nova York encerraram o terceiro pregão consecutivo em alta. O cenário da economia, com uma revisão para cima do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, favoreceu a compra de ações.
O índice Dow Jones teve alta de 0,4%, aos 12.646,22 pontos. O Standard & Poor`s 500 avançou 0,5%, aos 1.398,26 pontos e o Nasdaq Composite subiu 0,9%, para 2.508,32 pontos.
Hoje o governo americano anunciou que a economia teve expansão a uma taxa anual de 0,9% entre janeiro e março deste ano. Na prévia anterior, o governo havia informado um crescimento de 0,6% para o primeiro trimestre de 2008.
Os investidores também ficaram mais confiantes com a valorização do dólar perante o iene observada hoje e com a forte queda do petróleo. Pressionadas por dados que mostram o menor consumo de gasolina nos EUA, as cotações da commodity recuaram mais de US$ 4 hoje. O barril negociado para o mês de julho em Nova York, por exemplo, caiu US$ 4,41, para US$ 126,62.
Nesse cenário, foram beneficiadas as ações de empresas ligadas ao consumo, como American Express (+1,3%) e Wal-Mart (+1,5%). Tiveram desvalorização os papéis ligados a commodities, como os da produtora de alumínio Alcoa (-2,9%) e da petroleira Exxon Mobil (-1,2%).

Grau de investimento não garante alta na Bovespa, que fecha com perda de 1,85%

Valor Online
29/05/2008 17:19

SÃO PAULO - O grau de investimento concedido pela Fitch Ratings não garantiu fechamento em alta na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Depois de um repique logo após o anúncio, os investidores seguiram na ponta vendedora e, com isso, o Ibovespa encerra a quinta-feira com baixa de 1,85% aos 71.797 pontos. O giro financeiro foi de R$ 8,3 bilhões.
Entre os ativos de maior peso na carteira, Petrobras PN caiu 3,23%, para R$ 49,34; Vale PNA recuou 4,30%, para a R$ 53,40; Bradesco PN fechou em baixa de 2,0%, a R$ 38,61; Usiminas PNA desvalorizou 2,24%, para R$ 87,49; e Vale ON perdeu 4,74%, para R$ 64,45.

IGP-M avança 1,61% em maio, puxado por preços no atacado, informa FGV

Valor Online
29/05/2008 08:16


SÃO PAULO - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) aumentou 1,61% em maio, excedendo o 0,69% de um mês antes, de acordo com dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados há pouco. Esse comportamento refletiu uma aceleração no ritmo de crescimento dos preços do atacado.

A última pesquisa Focus, elaborada pelo Banco Central (BC) junto a cem instituições financeiras, mostrou que os analistas esperavam elevação exatamente de 1,61% IGP-M de maio.

O indicador, usado na correção de tarifas de energia, contratos de prestação de serviços e de boa parte dos aluguéis, apresentou alta de 4,74% no acumulado do ano e teve acréscimo de 11,53% nos últimos 12 meses.

Em maio, o Índice de Preços por Atacado (IPA), que representa 60% do índice geral, expandiu-se 2,01%, bem acima da taxa de abril, de 0,65%. Os produtos agrícolas, que tinham caído 1,19% no mês passado, avançaram agora 2,29%. Os produtos industriais subiram mais, indo de 1,37% para 1,91%.

Dos três estágios de produção compreendidos pelo IPA, as Matérias-Primas Brutas registraram a elevação mais marcada, de 3,38%, invertendo a direção tomada em abril, de baixa de 0,13%. Bens Intermediários mantiveram-se na casa de 1% de aumento, partindo de 1,72% para 1,79% entre o mês passado e o atual. Os Bens Finais abandonaram o recuo de 0,01% anterior e marcaram neste levantamento alta de 1,11%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-M, verificou suavização na trajetória de crescimento, saindo de 0,76% em abril para 0,68% este mês. Influenciou neste resultado o comportamento do grupo Habitação, que foi de 0,38% para 0,02%, com destaque para o item tarifa de eletricidade residencial (0,41% para -2,02%). Em sentido inverso, Alimentação teve leve expansão, de 1,77%, após apurar 1,76% de alta em abril.

O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), representativo de 10% do indicador total, subiu para 1,10% em maio, passando o 0,82% do mês antecedente. A taxa de Materiais e Serviços foi de 0,82% para 1,23%. O indicador referente à Mão-de-Obra cresceu 0,96% contra 0,82% de abril. Este avanço foi conseqüência de reajustes salariais ocorridos nas cidades de Brasília, Fortaleza, Goiânia e São Paulo, explicou a FGV em nota.

O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Mercados: IGP-M, PIB dos EUA e discurso de Bernanke atraem investidores

Valor Online
29/05/2008 08:08


SÃO PAULO - A quinta-feira tem carregada agenda de indicadores, com novos dados de inflação no mercado doméstico e números sobre a economia norte-americana. O discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, Ben Bernanke, também merece atenção.

O dia começa com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentando o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) referente ao mês de maio. A previsão aponta para inflação de 1,77% no mês, contra leitura anterior de 0,69%.

Ainda no front interno, saem os indicadores da indústria paulista e está agendada reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Nos EUA, além das declarações de Bernanke, os investidores acompanham a segunda preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) para o primeiro trimestre do ano. A estimativa é de crescimento de 0,9%.

Do território americano, serão conhecidos ainda os pedidos por seguro-desemprego e a variação semanal nos estoques de petróleo e derivados.

Na sexta-feira, a agenda será exclusivamente externa, com os gastos pessoais e o índice de preços relacionados ao gasto do consumidor (PCE, na sigla em inglês).

(Eduardo Campos | Valor Online)

IBOV...após 28/05...índices futuros indicarão a tendência...


O IBOVESPA abriu nos 70.995 pontos e apoiado nos índices futuros em alta, motivados pela expectativa da obtenção do grau de investimento pela Fitch, iniciou forte recuperação das quedas do dia anterior, retomando os 72 mil pontos, ainda na primeira metade do pregão. Na última hora de pregão, sintonizado com a reação de DJI retomou os 73 mil pontos, fazendo a máxima em 73.180 pontos, vindo a finalizar logo após nos 73.153 pontos (alta de 3,46%).

Análise: Essa forte recuperação do Ibovespa, de uma certa forma já precificou nos ativos a obtenção desse grau da Fitch, com a significativa alta de 3,5%. No cenário externo a divulgação nesta quinta de importantes indicadores econômicos americanos, antes da abertura dos pregões, deverá influenciar os futuros de DJI e S&P sinalizando ao Ibovespa sua principal tendência. Com a forte alta os principais indicadores no gráfico diário como o IFR, o Estocástico e o CCI/Ma cruzamento revereram a sinalização e agora apontam tendência de alta. Por outro lado os indicadores no gráfico de "30 minutos" se encontram relativamente "sobre-comprados" sinalizando a possibilidade de exaustão dessa alta. Os mercados futuros, antes da abertura do pregão, estarão indicando qual deverá ser a tendência do Ibovespa.

Suportes imediatos em 72.900, 72.390, 72000, 71250 e 70.730 pontos.
Resistências em 73.180, 73.480 e 73.780 pontos.

DJI...após 28/05...indefinição aguardando PIB, auxílio desemprego e petróleo...


DJI abriu em 12.542 pontos e com a manutenção do barril de petróleo controlado na casa dos U$ 130 esboçou uma rápida reação na primeira meia-hora de pregão fazendo topo em 12.600 pontos. A partir daí, em compasso de espera para avaliar os próximos indicadores econômicos que serão divulgados nessa quinta como número de pedidos de auxílio desemprego, PIB trimestral e estoques de petróleo, dentre outros, realizou lentamente até a mínima em 12.495 pontos. Nas últimas horas de pregão, esboçou nova reação atingindo novamente o topo dos 12.600 pontos e finalizando logo após em 12.594 pontos (+0,36%)

Dow Jones ultimamente, vem oscilando entre os 12450 e os 12.600 pontos. Os indicadores econômicos que serão divulgados antes da abertura do pregão e o estoque de petróleo, por volta da 11 horas serão fundamentais para determinar o rompimento dessa "congestão" para um dos dois extremos.

Análise gráfica: No gráfico diário os principais indicadores mantêm indefinição. No gráfico de "30 minutos", a reação esboçada nas últimas horas de pregão, produziu sinalização positiva no IFR, estocástico e CCI/Ma cruzamento, porém o oscilador de momentos sinaliza "divergência baixista".

Suportes imediatos em 12.500, 12.440, 12.370 e 12.270 pontos.
Resistências em 12.600, 12.620 e 12.670 pontos.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Bolsa de NY fecha em alta com ações de tecnologia

por Renato Martins da Agência Estado
28.05.2008 18h16

O mercado norte-americano de ações fechou em alta. O avanço das ações dos setores de tecnologia e de commodities contrabalançou a debilidade das que caíram em reação à nova alta dos preços do petróleo. "Se os preços do petróleo subirem o suficiente para provocar uma paralisação da economia, isso vai afetar tudo. Se o consumo realmente cair muito, as empresas serão afetadas. Não é que as empresas de tecnologia sejam imunes ao petróleo, mas a sensibilidade delas está num nível mais elevado de preço", comentou o estrategista Russ Koesterich, da Barclay's Global Investors.
Entre as ações do setor de tecnologia, os destaques foram nomes como Hewlett-Packard (+1,79%) e IBM (+1,74%). Entre as ações ligadas a commodities, as da Dow Chemical subiram 1,49%, depois de a empresa anunciar aumentos de preços para todas as suas linhas de produtos a partir de 1º de junho; isso beneficiou ações como Alcoa (+2,95%) e DuPont (+1,34%). Outras ações de indústrias também subiram, entre elas Caterpillar (+1,51%), em reação ao indicador de encomendas de bens duráveis dos Estados Unidos em abril, que ficou acima das previsões.
As ações do setor de petróleo subiram, em reação à nova alta dos preços do produto (Chevron ganhou 0,84% e ExxonMobil, 0,70%). As das companhias aéreas, que são afetadas pelos preços do petróleo, caíram (US Airways despencou 8,1%). No setor financeiro, as ações da seguradora AIG caíram 4,67%, depois de os analistas da Citigroup Capital Markets rebaixarem seu preço-alvo; as do banco KeyCorp perderam 10,43%, depois de a instituição elevar sua previsão de baixas contábeis de empréstimos não pagos em 2008.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,36%, em 12.594,03 pontos. O Nasdaq encerrou com ganho de 0,22%, em 2.486,70 pontos. O S&P-500 subiu 0,40%, para 1.390,84 pontos. O NYSE Composite avançou 0,54%, para 9.364,34 pontos. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa dispara 3,04% e fecha perto de nível recorde

por Claudia Violante da Agência Estado
28.05.2008 17h35


A alta do petróleo e os rumores de que a agência de classificação de risco Fitch Ratings deve elevar a nota brasileira em breve - além do grau de investimento concedido pela agência canadense DBRS - fizeram com que a Bovespa tivesse a maior alta porcentual desde 30 de abril e voltasse a se aproximar de seu nível recorde. Naquele dia, o Brasil conquistou seu primeiro grau de investimento por uma das três mais importantes agências do mundo, a Standard & Poor's (a Fitch e a Moody's são as outras duas).
O Ibovespa, principal índice, subiu hoje quase 2,2 mil pontos, motivado por uma compra generalizada de papéis, predominantemente por investidores domésticos. Apenas três ações do índice caíram. A alta foi de 3,04%, para 73.153,2 pontos. Com mais 0,5% de elevação, o índice registrará novo recorde, superando os 73.516,8 pontos do último dia 20. O Ibovespa oscilou hoje entre a mínima de 70.734 pontos (-0,36%) e a máxima de 73.180 pontos (+3,08%). O resultado deste pregão elevou os ganhos acumulados em maio para 7,79% e os do ano, a 14,51%. O volume financeiro totalizou R$ 7,459 bilhões.
Nos Estados Unidos, as bolsas conseguiram devolver no final as perdas (causadas pelo petróleo) registradas em boa parte do dia e subiram. O Dow Jones avançou 0,36%, o S&P teve ganho de 0,40% e o Nasdaq valorizou-se em 0,22%. O dado de encomendas de bens duráveis de abril melhor do que o previsto ajudou as altas. As encomendas recuaram 0,5% em abril, ante previsão de baixa de 2%.
O petróleo abriu em queda, mas o ajuste durou pouco e ainda durante a manhã os preços inverteram. Os temores com a redução na oferta pressionaram as cotações. Em Nova York, o petróleo avançou 1,69%, para US$ 131,03 por barril.
As ações da Petrobras acompanharam o movimento do petróleo e também passaram a subir, mostrando um repique no final da sessão, depois que S&P elevou a nota da estatal. A agência de classificação de risco removeu de observação os ratings de crédito corporativo de longo prazo da Petrobras e elevou a classificação de "BBB-" para "BBB". A perspectiva é estável. Petrobras ON e PN tiveram a mesma variação no fechamento, de +2,18%.
Além da Petrobras, as compras hoje foram generalizadas pelo mercado acionário por causa dos boatos de que a Fitch daria o grau de investimento ao Brasil. Os rumores voltaram hoje, segundo uma fonte, por causa do resultado do setor público: o superávit primário em abril foi de R$ 18,712 bilhões. No acumulado do ano, o resultado atingiu R$ 61,743 bilhões, o equivalente a 6,82% do PIB, desempenho bem acima da meta de 3,8% fixada para todo o ano. No meio da tarde, a Fitch afirmou que ainda está avaliando a situação do Brasil.
Neste quadro benigno, as ações da Vale conseguiram driblar a queda das commodities metálicas e subir. Vale PNA ganhou 2,03% e Vale ON avançou 2,22%. O destaque de alta do dia, no entanto, foi da Cesp. Os papéis dispararam 9,60% com a notícia de que a companhia entrou nas negociações para a venda do banco paulista Nossa Caixa ao Banco do Brasil.

Produção de químicos industriais cai 15% em abril

por André Magnabosco da Agência Estado
28.05.2008 17h12

O índice de produção de itens químicos de uso industrial apresentou retração de 14,85% em abril, na comparação com igual período de 2007. O resultado impactou os dados do setor no acumulado do ano, que apresentou retração de 4,38% no primeiro quadrimestre. Na comparação entre março e abril, o índice registrou queda de 12,43%, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) divulgados hoje.
A retração, de acordo com a entidade, foi ocasionada pela "realização de diversas paradas programadas para manutenção", entre elas a de uma linha da Copesul, central que fornece insumos para a Ipiranga Petroquímica, a Petroquímica Triunfo e a Petroflex, que também tiveram suas operações afetadas.
O índice de utilização da capacidade instalada da indústria química brasileira caiu de 85% em março para 80% em abril. Na comparação com abril do ano passado, a retração é ainda maior, de oito pontos porcentuais.

Juro futuro cai com rumor de grau de investimento

por Denise Abarca da Agência Estado
28.05.2008 16h27

As taxas de juros futuros terminaram o dia em baixa, influenciadas pela alta da Bolsa de Valores de São Paulo e queda do dólar ante o real. O comportamento teve por base a elevação da nota (rating) do Brasil pela agência de classificação de risco canadense DBRS para grau de investimento, que reforçou a perspectiva de que o País deverá receber em breve o mesmo status pela inglesa Fitch Ratings, uma das três mais importantes do mundo. Entretanto, no meio da tarde a diretora-sênior da Fitch Ratings, Shelly Shetty, afirmou que a agência ainda está em processo de avaliação do rating brasileiro.
O desempenho das contas públicas é um dos fatores que tem grande peso na avaliação da agência, que já declarou que um aumento da meta do superávit primário, hoje em 3,8% do PIB, teria papel significativo para a melhora da nota. Pela manhã, o Banco Central anunciou que a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB atingiu 41% em abril e o superávit primário no mês passado ficou em R$ 18,712 bilhões. No acumulado do ano até abril, o superávit alcança 6,82% do PIB e, em 12 meses, está em 4,23%.
O contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2010, o mais negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros, encerrou o dia projetando taxa de 13,44% ao ano, contra 13,52% ontem. A taxa do DI para janeiro de 2009, também bastante negociado, ficou em 13,14%, ante 13,22%.
A volta do tema "classificação de risco" ao noticiário estimulou os investidores a voltar a aplicar em juros. Mas, ao menos enquanto não vier o almejado grau de investimento pela Fitch, a queda nas taxas futuras tende a ter vida curta, já que o cenário inflacionário não dá trégua.
Pela manhã, os dados de inflação conhecidos não foram considerados positivos. O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), por exemplo, foi de 1,08% na terceira quadrissemana de maio, acima do teto das previsões de analistas.

PETR4...após 27/05...tendência de queda se mantém...


Análise: A forte queda (3,5%) da cotação do barril de petróleo em Nova York, derrubou em igual intensidade PETR4. O patamar dos preços do petróleo acima dos US 135 dólares poderá agravar a recessão americana, o que não é bom para o desempenho dos mercados. Nestas circunstâncias é muito provável que Petr4 busque suporte bem abaixo dos 50,00. A recuperação de Petr4 só se dará com o rompimento de 51,00 para desfazer a LTB recente. Antes disso precisa romper a resistência em 50,60. Os principais indicadores no gráfico diário como o IFR, o Estocástico e o CCI/Ma cruzamento mantém a sinalização da tendência de queda. Com a forte recuperação iniciada nos últimos minutos de pregão, alguns desses mesmos indicadores no gráfico de "30 minutos" passaram a sinalizar tendência de alta. De modo geral, PETR4 mantém tendência de realização e só alguma notícia excepcional, poderá reverter essa tendência.

Suportes imediatos em 50,00, 49,45, 49,30 e 48,20.
Resistências em 50,60; 51,00, 51,20 e 51,70.

IBOV... após 27/05...tendência de queda se mantém...



O IBOVESPA abriu nos 71.630 pontos e impulsionada pela forte realização de PETR4, seguida de VALE e do setor siderúrgico, perdeu suporte nos 71 mil e veio buscar a mínima do dia em 70.334 pontos (-1,8%). Na última meia-hora de pregão esboçou reação até que nos últimos minutos finais, após o leilão de encerramento com recuperação de boa parte desses ativos, reduziu metade dessa perda, vindo a finalizar nos 70.992 pontos (queda de 0,89%).

Análise: A forte queda (3,5%) da cotação do barril de petróleo em Nova York, seguida da queda do mercado de comodities metálicas, derrubou fortemente as principais "blue chips" ligadas a esse setores do Ibovespa. Os principais indicadores no gráfico diário como o IFR, o Estocástico e o CCI/Ma cruzamento mantém a sinalização da tendência de queda. Com a forte recuperação iniciada nos últimos minutos de pregão, alguns desses mesmos indicadores no gráfico de "30 minutos" passaram a sinalizar tendência de alta. De modo geral, o IBOV mantém tendência de realização e só alguma significativa melhora no comportamento de DJI, poderá reverter essa tendência.

Suportes em 70.880, 70.660, 70.330 e 70.050 pontos.
Resistências em 70.992, 71.150 e 71.500 pontos.

DJI...após 27/05...tendência de queda ainda se mantém...


DJI abriu em 12.480 pontos e com a queda do índice de confiança do consumidor, abaixo da expectativa do mercado, realizou mais uma vez buscando suporte nos 12.442 pontos. Por outro lado, a realização de lucros nos contratos futuros do barril de petróleo que recuaram 3,5%, deu novo ânimo a DJI que retomou a casa do 12.500 pontos, atingindo a máxima do dia em 12.572 e finalizando logo após em 12.548 pontos (+0,55%)

DJI está em um importante ponto de inflexão: a) necessita romper novamente os 12.600 pontos (fibo de 61,8%), para desfazer a LTB recente e tentar retomar novamente os 13 mil pontos; b)caso perca os 12.400 pontos, perderá o suporte na LTA recente, com riscos de retornar aos 12 mil pontos. Os indicadores de estoque de petróleo, o comportamento dos contratos futuros de petróleo, o desempenho da economia e de inflação que serão divulgados até o final dessa semana serão fundamentais para determinar o sentido dessa inflexão.

Análise gráfica: No gráfico diário os principais indicadores sinalizam para a continuidade da queda. No gráfico de "30 minutos", a reação esboçada nas últimas horas de pregão, produziu sinalização positiva no CCI/Ma cruzamento, mas não o suficiente para reverter também essa tendência nos demais indicadores.

Suportes imediatos em 12.440, 12.370 e 12.270 pontos.
Resistências em 12.550, 12.620 e 12.670 pontos.

Dividendo no bolso

por Angelo Pavini de Valor Online
28/05/2008

O investidor em ações está com o bolso mais cheio este ano graças aos dividendos ou juros sobre capital próprio - parcela dos lucros distribuída pelas empresas. Além dos ganhos bem mais gordos - os lucros cresceram em média 26,9% em 2007 e mais 12,4% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme estudo do Valor Data - muitas empresas estão mais líquidas, faturando alto e puderam antecipar o pagamento neste início de ano. Com isso, até abril, foram pagos R$ 12,371 bilhões, 70% a mais do que os R$ 7,245 bilhões do mesmo período de 2007, segundo dados da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).
Se retirarmos desse total Petrobras e Vale, que sozinhas responderam por R$ 4,6 bilhões do que foi pago de parte do lucro até abril deste ano, mesmo assim o crescimento é relevante: R$ 7,7 bilhões, para R$ 4,2 bilhões nos primeiros quatro meses do ano, um crescimento de 72%, segundo a CBLC.
É interessante notar o crescimento do número de empresas repartindo parte dos lucros. Até abril, 248 haviam distribuído algum dinheiro aos acionistas, para 196 no mesmo período de 2007. O crescimento pode ser atribuído à estratégia de mostrar números bons para o investidor em um momento em que a bolsa ia mal das pernas e muitos papéis perdiam até 50% de seu valor por conta da crise das hipotecas americanas. E como muitos acionistas são investidores estrangeiros, curtos de caixa por conta da crise, pagar logo os dividendos passa a ser um atrativo a mais. Parte desse dinheiro já deve inclusive ter deixado o país, como mostram os números de remessas ao exterior. Houve ainda casos específicos, como as empresas de telefonia que estão se reestruturando e onde, segundo analistas, é interessante para os atuais acionistas receberem o máximo de dividendos antes de sair.
Outro ponto importante é a contribuição das novatas para os dividendo. Até abril, as empresas que abriram capital ou entraram no mercado para valer - caso, por exemplo, de TAM e SulAmérica, que tinham ações em bolsa, mas fizeram ofertas recentemente para possibilitar uma liquidez mínima - de 2004 para cá contribuíram com R$ 1,028 bilhão em lucros para o bolso do investidor. Sozinha, Cosan respondeu por R$ 342 milhões, seguida de Redecard, com R$ 67 milhões. O Valor contou 48 empresas que pagaram pelo menos R$ 1 milhão aos acionistas no período, segundo dados da CBLC.
Nesses valores, há tanto lucros obtidos neste ano quanto no ano passado, uma vez que algumas, companhias, como os bancos, pagam mensalmente os dividendos. Outros esperam fechar o balanço anual para pagar, caso de Petrobras, mas antecipam uma parte por meio de juros sobre o capital. A boa notícia é que o crescimento dos lucros continua este ano, como apontam as projeções de ganhos feitas pelos analistas de bancos e corretoras (ver página D2)
O aumento dos dividendos foi decorrência de uma série de mudanças para melhor nas empresas, afirma Marco Melo, responsável pela área de análise da corretora Ágora. Entre essas melhorias está a maior capacidade de distribuir lucros graças ao aumento dos ganhos, avanço das políticas de governança corporativa e o aumento do "pay-out", a parcela do lucro reservada para distribuição. "A maioria das empresas brasileiras já paga mais de 30% do lucro aos acionistas, mais que os 25% exigidos por lei", explica.
Apesar do crescimento dos dividendos pagos, porém, o retorno do acionista levando em conta o preço da ação - o chamado "dividendo yield" - caiu neste ano. Mas foi muito mais em função da alta dos preços das ações, explica Melo. Hoje, os principais papéis da bolsa brasileira, levando-se em conta o Índice Bovespa, projetam um retorno de 2,6% este ano em dividendos sobre o preço das ações no início de maio. "É um percentual aparentemente baixo em relação aos juros, de 11,75%, mas está acima da média dos emergentes, de 2,3%, e de muitos mercados, como Rússia, Coréia, Índia e China", estima Melo. Mas essa é uma média, há empresas que pagam bem mais que isso, lembra Melo.
O "dividend yield" médio do mercado brasileiro projetado para este ano deve recuar da média histórica de 4,5% para a casa dos 2%, estima Lika Takahashi, chefe de análise da Fator Corretora. A alta dos preços das ações, explica, acaba reduzindo o retorno proporcional em dividendos. Ela lembra que muitas empresas estão ampliando seus investimentos, o que pode fazer com que o crescimento dos dividendos não acompanhe o dos lucros. "Vale e Petrobras estão com programas de investimento muito ambiciosos para os próximos anos e talvez os dividendos não cresçam tanto."

Crise nos EUA 'levará tempo'

por Maria Christina Carvalho de Valor Online
28/05/2008

"Em algumas regiões dos Estados Unidos os preços do mercado imobiliário podem se estabilizar até o final do ano ou começo de 2009. Mas, vai levar ainda algum tempo e exigir muita disciplina" para o mercado se recuperar totalmente. A previsão a respeito do desfecho da crise que desde meados de 2007 varre os Estados Unidos com repercussões em todo o mundo, foi feita pelo membro do board do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Randall Kroszner, ontem, ao participar de seminário sobre estabilidade financeira organizado pelo Banco Central (BC), em São Paulo. Kroszner justificou que o preço dos imóveis varia muito dentro dos EUA.
O membro do board do Fed atribuiu a crise do mercado hipotecário americano a uma série de fatores, como o desenvolvimento de instrumentos complexos de dívida, que investidores e agências de rating deixaram de examinar profundamente. Os investidores foram atraídos por rendimentos elevados; e as agências de rating, acreditaram nas garantias.
"É necessário confiar, mas verificar", ressaltou Kroszner, informando que foram concedidosCrise nos EUA 'levará tempo' créditos sem comprovação de renda e aceitos como garantia imóveis que estavam empenhados. Além disso, foram concedidas carências muito amplas.
Kroszner afirmou considerar relevante que mercados emergentes como o Brasil, que começam a desenvolver os negócios com crédito imobiliário, levem em conta as lições da crise americana.
Entre essas lições citou a necessidade de maior regulação do lado dos bancos em exigência de capital e modelos de avaliação de risco. "Infelizmente os modelos existentes são mais úteis em produtos menos complexos. Instrumentos hipotecários menos complexos e mais transparentes vão ajudar a atrair os investidores", disse. Acrescentou ainda a necessidade de se exigir boa documentação dos imóveis e comprovação de renda do tomador de crédito para se fechar a operação; e afirmou estar otimista com a cooperação das agências de supervisão dos Estados Unidos e da Europa.
No seminário, o presidente do BC, Henrique Meirelles, afirmou que a instituição estuda novas ações para "facilitar o acesso ao população ao crédito", citando como exemplo a medida que extinguiu a cobrança de uma taxa para liquidação antecipada de novos contratos financiamentos.
O pesquisador do BC, Sérgio Mikio Koyama, apresentou estudo feito com Tony Takeda e Fani Lea Cymrot Bader, que conclui que a elevação da receita dos bancos com tarifas bancárias está ligada "a ganho de escala e não a poder de mercado"
A conclusão do estudo endossa a a abordagem do Banco Central na área ao estimular a concorrência pela padronização de uma cesta de serviços básicos e exigir transparência na divulgação dos custos do crédito para "facilitar a comparação de preços e a mobilidade dos clientes".

Bovespa cai mais de 1% puxada por Petrobras

por Redação Terra
Últimas Notícias Terça, 27 de maio de 2008 17h00

Uma reversão na tendência internacional recente do dólar em baixa e commodities em alta respingou na Bolsa de Valores de São Paulo, que fechou em baixa em meio a realização de lucros com ações de Petrobras e Vale.
O Ibovespa, referencial mais importante do desempenho do mercado acionário brasileiro, apontou desvalorização de 0,89%, aos 70.992 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,67 bilhões.
A notícia de que as vendas de casas novas nos Estados Unidos cresceram inesperadamente em abril empurrou para cima o dólar. Como desdobramento, as cotações de commodities, que vinham escalando para seguidos recordes de alta para compensar a desvalorização na moeda norte-americana, caíram forte.
Em Nova York, o preço do barril do petróleo caiu 2,7%, para US$ 128,73, depois de ter chegado a superar os US$ 135 na semana passada.
A peça seguinte dessa engrenagem foi a realização de lucros com ações de empresas ligadas a commodities, justamente as que lideraram os ganhos da Bovespa em maio. "Foi um convite para embolsar ganhos", disse Álvaro Bandeira, diretor da corretora Ágora.
Assim, as ações preferenciais da Petrobras tomaram um tombo de 3,24%, para R$ 49,90. As preferenciais da Vale engrossaram o movimento, caindo 2%, para R$ 54,69.
Sobrou também para as siderúrgicas, sob liderança das ações ordinárias da Usiminas, com recuo de 2,74%, a R$ 87,05, no dia seguinte ao anúncio de que a Vale pretende se desfazer de sua participação de 5,89% do capital ordinário na fabricante de aço.
A queda do índice só não foi maior por causa da recuperação das ações de bancos, também acompanhando o bom movimento do setor financeiro em Wall Street, onde o índice Dow Jones teve alta de 0,55%.
Também figuraram na coluna de ganhos os papéis de empresas do agronegócio, após a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) conceder o status de livre de aftosa para dez Estados brasileiros e o Distrito Federal. Essa condição que facilita as exportações de carne bovina dessas regiões.
As ações ordinárias da JBS Friboi subiram 2,25%, para R$ 8,65.

terça-feira, 27 de maio de 2008

IBOV...após 26/05...apesar da leve recuperação, indefinição continua...


O IBOVESPA abriu nos 71.451 pontos e na primeira meia-hora de pregão, impulsionada por PETR4, veio buscar a máxima do dia em 71.988 pontos. Com o feriado do "Memorial Day",nos mercados americanos, e sem outras maiores referências, algumas "blue chips" como VALE e Bradesco, deram continuidade à realização, compensando a alta de PETRO. Assim, por volta das 14 horas, veio buscar a mínima em 71.423 pontos. Na última hora de pregão esboçou pequena reação até a resistência em 71.510 pontos, vindo a finalizar praticamente estável nos 71.631 pontos (alta de 0,25%).

Análise: O feriado nos mercados externos fez com que o volume negociado fosse apenas um terço do volume normal. Os principais indicadores no gráfico diário como o IFR, o Estocástico e o CCI/Ma cruzamento continuam a sinalizar tendência de queda. Com a leve recuperação iniciada na última hora de pregão, pelo setor siderúrgico e Petr4, esses mesmos indicadores no gráfico de "30 minutos", passaram a sinalizar tendência de alta. De modo geral, o IBOV está com tendência indefinida e deverá observar o comportamento de DJI, para sua definição.

Suportes em 71.420, 71.230, 70.775 e 70.370 pontos.
Resistências em 71.710, 71.950 e 72.270 pontos.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

DJI...tendência de queda ainda continua...


DJI abriu em queda em 12.620 pontos (máxima do dia) e com a recuperação do barril de petróleo acima do patamar dos US$ 130, nos mercados futuros americanos, realizou mais uma vez buscando o suporte nos 12.500 pontos até a 1a. metade do pregão. A partir daí, não percebendo alteração na alta do petróleo, veio buscar a mínima em 12.460 pontos. Nas duas últimas horas de pregão esboçou pequena reação, encontrando resistência em 12.520 pontos, vindo a finalizar em 12.480 pontos (-1,15%).

DJI perdeu o importante suporte nos 12.600 pontos (fibo de 61,8%), sinalizando que caso não consiga se manter no patamar dos 12.500 pontos, pode vir a buscar o suporte em 12.270 pontos (fibo de 38,2%) antes de esboçar alguma reação mais forte de recuperação.

Análise gráfica: No gráfico diário os principais indicadores sinalizam para a continuidade da queda. No gráfico de "30 minutos", a reação esboçada nas últimas horas de pregão, produziu sinalização positiva no CCI/Ma cruzamento, porém não o suficiente para reverter também essa tendência no IFR e no estocástico.

Suportes imediatos em 12.460, 12.360 e 12.270 pontos.
Resistências em 12.520, 12.550 e 12.600 pontos.

IBOV...após 23/05...indefinição em dia de feriado americano


O IBOVESPA abriu nos 72.295 pontos e na esteira dos índices futuros em queda, deu continuidade à realização do pregão anterior, vindo buscar suporte próximo aos 71.200 pontos, onde ficou oscilando entre esse patamar e 71.500 pontos, até buscar sua mínima em 70.774 pontos, por volta das 15 horas, com o agravamento da queda de DJI. A partir daí, esboçou reação, retomou os 71 mil pontos, vindo a finalizar nos 71.451 pontos (queda de 1,17%).

Análise: A forte correção das principais ADR's brasileiras, como Petro e Vale, no mercado americano no dia anterior (feriado no Brasil) repercutiu fortemente na abertura do pregão, empurrando o Ibovespa abaixo dos 72 mil pontos. Os principais indicadores no gráfico diário como o IFR, o Estocástico e o CCI/Ma cruzamento continuam a sinalizar tendência de queda. Com a recuperação iniciada nas últimas duas horas de pregão, no gráfico de "30 minutos", esses mesmos indicadores passaram a sinalizar tendência de alta. Esse conflito de sinalização indica certo inconformismo com a forte realização provocada por DJI, deixando ainda indefinido o comportamento para essa sessão, principalmente porque os mercados americados estarão fechados pela comemoração do "Memorial Day".

Suportes em 71.250, 70.775, 70.370 e 70.050 pontos.
Resistências em 71.530, 71.900 e 72.500 pontos.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Ágora eleva projeções para ações da Petrobras

Com aumento na produção de petróleo, corretora prevê alta de 26% para papéis da companhia em 2008
Revista EXAME 23.05.2008

A corretora Ágora revisou para cima suas projeções para as ações da Petrobras neste ano. A instituição prevê um aumento de 6,6% na produção de petróleo em 2008, que chegaria a 1,91 milhão de barris por dia. Até 2013, a previsão é de crescimento anual médio de 6%. Com isso, as ações da companhia, na avaliação da Ágora, apresentam um potencial de valorização de 25,7% em 2008, podendo chegar ao final do ano cotadas a 66 reais.
“Consideramos que suas ações (da Petrobras) estão atrativas em função das perspectivas positivas de crescimento da produção de petróleo e gás natural para os próximos anos. Também destacamos o forte potencial de novas reservas de petróleo na camada pré-sal no Brasil. Estes dois fatores diferenciam a Petrobras das demais empresas do setor”, afirma a Ágora em relatório.
Os sucessivos recordes de preço do petróleo também contribuem para a valorização dos papéis. Há seis anos consecutivos o produto vem subindo no mercado internacional e, neste ano, estabeleceu um novo patamar de preço, devendo encerrar 2008 com um reajuste de 61%, segundo a Ágora. E, ao que tudo indica, a alta deve continuar. A combinação de aumento na demanda mundial com a baixa oferta do produto deve manter os preços elevados. De acordo com a Agência Internacional de Energia, a demanda global por petróleo crescerá 1,2% em 2008. Além disso, a contínua desvalorização do dólar propicia o aumento do preço do produto, “assim como o movimento especulativo dos fundos de investimentos e os constantes riscos geopolíticos”, destaca a corretora.
Nesta sexta-feira (23/5), os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) fecharam cotados a 50,51 reais, em queda de 3,71%. As ações ordinárias recuaram 3,77%, finalizado o dia a 59,95 reais. No ano, as ações preferenciais acumulam alta de 19,56%, enquanto as ordinárias sobem 19,30%. O Ibovespa, no período, registra valorização de 13,16%.

Índice Dow Jones tem pior semana desde fevereiro

por Renato Martins da Agência Estado
23.05.2008 18h22

O mercado americano de ações fechou em queda, em reação à nova alta dos preços do petróleo e ao indicador de vendas de imóveis residenciais usados em abril. Com a baixa de hoje, o índice Dow Jones acumulou na semana sua maior queda semanal desde 8 de fevereiro; o S&P-500, por sua vez, passou a acumular queda no mês de maio.
Das 30 componentes do Dow Jones, apenas três ações subiram: Boeing ganhou 0,09%, Hewlett-Packard registrou alta de 0,13% e Coca-Cola avançou 0,62%. As ações das montadoras estavam entre as que mais caíram. As da General Motors caíram 4,50%, depois de a empresa dizer que a recente greve dos trabalhadores da fornecedora de autopeças American Axle & Manufacturing vai obrigar a empresa a entregar 230 mil veículos a menos do que o programado durante o segundo trimestre, com um impacto estimado de US$ 1,8 bilhão no lucro. As da Ford recuaram 4,05% e acumulam queda de 15% na semana, depois de a empresa anunciar uma redução na produção de veículos que consomem muita gasolina, porque os consumidores estão passando a preferir os modelos mais econômicos.
As ações das companhias aéreas também sofreram quedas fortes, em reação à alta dos preços do petróleo: Continental despencou 8,1%, com queda de 27% na semana, e AMR perdeu 3,7%, com baixa de 31% na semana. No setor financeiro, as ações do Lehman Brothers caíram 6,21%, após rebaixamentos de recomendação por analistas; as do Goldman Sachs recuaram 2,57%. As ações da cervejaria Anheuser-Busch subiram 7,66%, depois de o Financial Times dizer que a Inbev poderá fazer uma oferta pela empresa. Entre as construtoras, as ações da DR Horton caíram 2,69%, em reação ao indicador de vendas de residências usadas.
O índice Dow Jones fechou em queda de 1,16%, em 12.479,63 pontos. O Nasdaq encerrou em baixa de 0,81%, em 2.444,67 pontos. O S&P-500 caiu 1,32%, para 1.375,93 pontos. O NYSE Composite recuou 1,25%, para 9.315,78 pontos. Na semana, o Dow Jones acumulou uma queda de 3,91%, o Nasdaq, uma perda de 3,33%, e o S&P-500, uma baixa de 3,47%. As informações são da Dow Jones.

Bolsa fecha em baixa de 1,17% e Petrobras PN cai 3,7%

por Paula Laier da Agência Estado
23.05.2008 17h38

A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou em queda, pela segunda sessão consecutiva, alinhada às perdas das principais bolsas nos Estados Unidos. A repercussão negativa do nível recorde do petróleo, que chegou a R$ 135 em Nova York, pressionou os índices de ações em Wall Street, contaminando as operações no Brasil. A realização de lucros sobre as ações da Petrobras e da Vale corroborou o cenário de queda no pregão paulista. O setor bancário foi o destaque do noticiário corporativo, com a notícia de que o Banco do Brasil e o governo do Estado de São Paulo iniciaram negociação para a incorporação do banco Nossa Caixa pela instituição federal. As ações da Nossa Caixa dispararam enquanto as do BB caíram.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, terminou o dia em baixa de 1,17%, aos 71.451,8 pontos, após oscilar da mínima de 70.774,2 pontos (-2,10%) à máxima de 72.295,2 pontos (estável). O volume financeiro somou R$ 5,8 bilhões - valor abaixo da média diária de maio (de R$ 7,2 bilhões até o dia 16) por causa da ausência de muitos participantes que emendaram o feriado nacional ontem com o fim de semana. O fechamento de Wall Street na segunda-feira, por feriado nos Estados Unidos, também reduziu a liquidez nos negócios hoje. Na semana, o índice paulista registra queda de 1,81%. No mês, acumula valorização de 5,28% e, no ano, de 11,84%.
Ontem, quando o mercado brasileiro fechou por feriado nacional, o petróleo atingiu a marca histórica de R$ 135,09 em Nova York, mas devolveu a alta e acabou a sessão em baixa, o que permitiu também que as bolsas americanas encerrassem a quinta-feira em alta. Hoje, contudo, a commodity voltou a subir, minando o humor em Wall Street. O barril encerrou com valorização de 1,05%, em US$ 132,19. Investidores usaram o argumento de que o petróleo fechou em baixa ontem para comprar petróleo hoje. Ninguém quer ser pego de surpresa no meio do feriado. Com tal cautela, aliada às preocupações sobre os reflexos das altas do petróleo na economia, em particular a inflação, o índice de ações Dow Jones caiu 1,16%, o S&P 500 perdeu 1,32% e o Nasdaq recuou 0,81%.

Petrobras

A pressão externa foi reforçada pelas quedas de Petrobras e Vale. Mesmo com a alta do petróleo, as ações da estatal recuaram por realização de lucros. Até a quarta-feira, esses papéis acumulavam na semana apreciação de 9,05% (PN) e 7,6% (ON), o que motivou vendas, levando a ação PN a cair 3,71% e a ON a recuar 3,77% na sessão de hoje. Na noite de quarta-feira, a Petrobras confirmou que foram encontrados indícios de petróleo na área da camada pré-sal no bloco BM-S-8, cujo prospecto vem sendo chamado de Bem-te-vi. O impacto da notícia, contudo, foi neutro, uma vez que já estava no preço dos papéis.

Vale

As ações da Vale também descolaram-se da trajetória ascendente dos preços dos metais no exterior e deram continuidade ao movimento de realização de lucros iniciado na terça-feira. Os papéis PNA caíram 1,32% e os ON cederam 1,37%.

Nossa Caixa

Do noticiário corporativo, os investidores receberam com entusiasmo a informação sobre início de negociação entre o BB e o governo paulista para a incorporação da Nossa Caixa. As ações ON do banco paulista dispararam, encerrando o dia com elevação de 31,52% - a maior entre os papéis negociados no Ibovespa. No caso do BB, as ações ON caíram 2,81%. Itaú, Bradesco e Unibanco questionaram a operação, informando que também têm interesse na aquisição da Nossa Caixa e defendendo a realização de um leilão para escolher quem levaria o banco. As ações PN do Itaú caíram 0,33%, as PN do Bradesco cederam 0,08% e as Units do Unibanco recuaram 1,51%

Nova descoberta pode elevar Brasil a potência petrolífera

da BBC Brasil
23/05/2008 - 08h26

O jornal americano "The Wall Street Journal" diz em sua edição dexta sexta-feira que a nova descoberta de petróleo na Bacia de Santos, anunciada na quarta-feira, "esquenta especulações" sobre a ascensão do Brasil ao grupo dos grandes exportadores globais e de que o país tem reservas suficientes para "aliviar a pressão sobre os crescentes preços do petróleo".
Segundo a reportagem, "a descoberta é a última em uma série de ações bem sucedidas da empresa, aumentando as esperanças de que o Brasil será a nova grande novidade em petróleo global".
"Com o preço do petróleo batendo novos recordes, grandes descobertas no Brasil iriam aumentar o otimismo da indústria energética de que o país poderia suprir petróleo suficiente para manter o ritmo da crescente demanda", diz o jornal.
"Nas negociações na quinta-feira, na Bolsa de Nova York, o preço do barril caiu US$ 2,36, ou 1,8%, para US$ 130,81 o barril, em parte diante da perspectiva de maior suprimento vindo do Brasil", afirma.
Segundo o jornal, as descobertas seriam especialmente bem-vindas nos Estados Unidos, garantindo uma nova fonte de petróleo em seu hemisfério.
"O foco de atenção é a Bacia de Santos, uma série de campos de petróleo potenciais enterrados sob milhas de águas ocêanicas, terra e uma teimosa camada de sal. A perfuração exploratória em diferentes campos produziu petróleo bastante similar, alimentando uma excitante nova teoria: de que a bacia pode ser um contínuo mega-depósito de petróleo."
O jornal afirma, no entanto, que apesar do otimismo, observadores dizem que há boas razões para ceticismo.
"A exploração e a extração de petróleo em águas super-profundas são uma empreitada cara e arriscada. O sal que fica sobre os potenciais campos soma desafios técnicos porque muda de lugar e é propenso a mudanças bruscas de pressão. E apesar dos avanços na tecnologia de imagens geológicas, é impossível saber a quantidade e a qualidade do petróleo escondido em um depósito até que ele comece a jorrar - um processo que leva anos."
Mas, segundo o WSJ, os investidores não estão esperando para apostar neste potencial.
"A fatia da Petrobras negociada publicamente aumentou tanto este ano que o valor de mercado da companhia ultrapassou o de empresas de nomes conhecidos, como a General Electric e a Microsoft", afirma o jornal.
Segundo a reportagem, só com as reservas já encontradas o Brasil, provavelmente, chegaria ao topo dos exportadores latino-americanos.
"Para um país que começa a abandonar seu passado como país em desenvolvimento volátil, tanta bonança pode ser bom ou ruim. O dinheiro do petróleo vai encher os cofres do governo, mas também pode deixar o Brasil tentado a adotar hábitos esbanjadores de outros grandes exportadores de petróleo", conclui o WSJ.

IBOV...após 21/05...correção forte, com tendência de queda próxima do fim...


O IBOVESPA abriu em queda nos 73.507 pontos, mas auxiliada pela abertura em forte alta de Petr4, rapidamente atingiu topo em 73.780 pontos, próximo do TH em 73.794 pontos. Com a abertura de DJI em queda e na esteira dos índices futuros também em queda, iniciou processo de realização, vindo até o suporte dos 73 mil pontos, onde ficou oscilando entre esse patamar e 13.330 pontos, até as 15 horas, no aguardo da leitura da ata do FED. Com a derrocada dos mercados americanos, refluiu fortemente até os 12.500 pontos, vindo a buscar a mínima em 72.150 pontos. A partir daí, com a reação de PETR4, provocada pelos novos recordes de preço do barril de petróleo (causa da derrocada de DJI), mesmo com a forte queda das demais "blue chips", retomou os 12.500 pontos, vindo a finalizar nos 72.294 pontos (queda de 1,66%).

Análise: A queda do Ibovespa só não foi maior por causa de Petr4 que não acompanhou as demais "blue chips", fechando em alta de 1%. Os principais indicadores no gráfico diário como o IFR, o Estocástico e o CCI/Ma cruzamento sinalizam tendência de queda, apesar do oscilador de momentos apresentar leve "divergência de alta". Analisando o gráfico de "30 minutos", observamos que o IFR está indefinido, o Estocástico e o CCI/Ma cruzamento sinalizam queda, e o oscilador de momentos com "divergência baixista", porém em região de "sobrevenda". Esse conflito de sinalização indica certa indefinição de tendência, apontando para a possibilidade de que essa correção que se iniciou no pregão anterior, esteja se aproximando do fim.

Suportes em 72.250, 72.150, 71.500 e 70.750 pontos.
Resistências em 72.590, 73.300, 73.600 e 73.800 pontos.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

DJI...após 22/05...indicadores sinalizam fim da correção e nova tendência de alta...


Depois da forte queda do dia anterior, provocada pelo preço recorde do barril de petróleo nos mercados futuros, aliado ao recado do FED que praticamente descartou a possibilidade de novo corte na taxa de juros, DJI abriu em 12.597 pontos e enquanto analisava o comportamento do petróleo (em leve baixa) cautelosamente retomou os 12.600 pontos, vindo buscar máxima em 12.669 pontos (muito próximo desse suporte). A partir daí, refluiu novamente até a mínima nos 12.591 e assim ficou oscilando entre a mínima e a máxima do dia, defendendo o novo suporte, e evitando o embate acima dos 12.670 pontos. Finalizou praticamente estável em 12.625 pontos (+ 0,19%).

Com as perdas dos suportes anteriores nos 12.800 e 12.700 pontos, DJI defendeu com força o importante suporte nos 12.600 pontos (fibo de 61,8%), sinalizando praticamente o final da correção, para a partir daí retomar os suportes perdidos.

Análise gráfica: No gráfico diário com a abertura e fechamento muito próximos, ocorreu a formação de um "candle" tipo "martelo invertido", sinalizador da possibilidade de reversão da tendência anterior de queda. No gráfico de "30 minutos", essa reversão parece estar evidenciada com o oscilador de momentos apresentando "divergência de alta". Suportes imediatos em 12.590 e 12.570 pontos. Resistências em 12.670, 12.725 e 12.790 pontos.

Bolsas em Nova York fecham em alta

por Agência Estado
22.05.2008 20h42

As bolsas de Nova York fecharam em alta após os preços do petróleo terem recuado de um recorde de US$ 135 o barril. Na contramão do mercado, porém, a Ford apresentou novos sinais da ameaça que a alta das commodities representa para os lucros corporativos e os gastos dos consumidores.
O índice Dow Jones avançou 0,19%, ou 24,43 pontos, fechando aos 12.625,62 pontos. O Nasdaq Composto ganhou 0,67%, ou 16,31 pontos, para 2.464,58 pontos. O Standard & Poor's 500 registrou elevação de 0,26%, ou 3,64 pontos, em 1.394,35 pontos.
As ações da Ford despencaram 8,2%, ou US$ 0,64, para US$ 7,16, depois de a montadora anunciar novos cortes de produção e dizer que não atingirá a meta de voltar a exibir lucro anual em 2009. A companhia apontou o enfraquecimento da demanda e a elevação dos preços das commodities.
O comunicado da montadora chegou um dia depois de a AMR, controladora da American Airlines, anunciar que reduzirá a capacidade e cobrará pelo embarque de bagagens, em resposta aos custos dos combustíveis. Nesta quinta-feira, ante a queda da cotação do petróleo, as ações da AMR recuperaram parte das perdas de ontem e fecharam com alta de 5,5%, a US$ 6,56.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Bolsa de NY tem queda forte com ata do Fed e petróleo

por Renato Martins da Agência Estado
21.05.2008 18h37

O mercado americano de ações fechou em queda forte e o índice Dow Jones acumula sua maior queda em dois dias consecutivos desde o fim de fevereiro. O mercado reagiu à nova alta dos preços do petróleo, que fechou acima dos US$ 133 por barril, e à ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), que sugere que as taxas de juro não voltarão a ser reduzidas em breve por causa do temor quanto à inflação.
Todas as 30 componentes do Dow Jones fecharam em queda. Os destaques negativos foram as ações do setor financeiro: Citigroup desabou 4,75%, JPMorgan Chase perdeu 2,93%, AIG recuou 3,04%, Bank of America cedeu 2,15% e American Express caiu 3,87%.
Pela primeira vez desde o começo de 2002, as ações do setor de tecnologia superaram as do setor financeiro em termos de peso porcentual no índice S&P-500, refletindo as quedas fortes das ações dos bancos, das financeiras e das seguradoras nos últimos meses. Desde as máximas alcançadas pelo índice em outubro do ano passado, o componente do setor financeiro do S&P-500 caiu 29%, enquanto o de tecnologia recuou apenas 8,7%. As ações da agência de classificação de crédito Moody's caíram 15,92%, maior queda desde 1999, depois de a empresa anunciar que pediu uma investigação externa sobre os procedimentos que a levaram a cometer erros graves na concessão de ratings elevados para US$ 4 bilhões em instrumentos financeiros conhecidos como "obrigações de dívida de proporção constante".
As ações da Boeing caíram 4,64% e as da General Motors recuaram 3,73%, afetadas tanto pela alta dos preços do petróleo como pela perspectiva de que os consumidores passem a gastar menos. Entre as companhias aéreas, as ações da American Airlines caíram 24,15%, depois de a empresa anunciar que deverá reduzir sua capacidade em 12% até o quarto trimestre, para cortar custos. "Petróleo a US$ 130 era algo impensável há poucos meses. As empresas aéreas simplesmente não estão estruturadas para lidar com isso", comentou Christopher Altschul, da Highlander Fund Management.
O índice Dow Jones fechou em queda de 1,77%, em 12.601,19 pontos. O Nasdaq encerrou em baixa de 1,77%, em 2.448,27 pontos. O S&P-500 caiu 1,61%, para 1.390,71 pontos. O NYSE Composite perdeu 1,46% e fechou em 9.397,03 pontos. As informações são da Dow Jones.

Bolsa fecha em baixa de 1,7% após 4 recordes seguidos

por Claudia Violante da Agência Estado
21.05.2008 17h34

A Bovespa fechou hoje em queda, depois de quatro fechamentos recordes sucessivos. O recuo dos estoques de petróleo nos Estados Unidos ampliou a alta dos preços da commodity, que registraram novos níveis inéditos, acima de US$ 133 por barril. Isso pesou sobre as ações em Wall Street, cujas perdas foram amplificadas pelo teor negativo da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). Do lado doméstico, as ações da Petrobras tiveram outro pregão exuberante e impediram um tombo maior da Bolsa.
O Ibovespa, principal índice, encerrou o pregão em baixa de 1,66%, aos 72.294,8 pontos. Oscilou entre os 72.150 pontos (-1,86%) e os 73.780 pontos (+0,36), nova máxima histórica. Com o resultado de hoje, os ganhos acumulados em maio diminuíram a 6,52%, e os do ano, a 13,16%. O volume financeiro totalizou R$ 7,56 bilhões, dos quais R$ 1,807 bilhão foi movimentado apenas pelas ações preferenciais (PN) da Petrobras.
Até a ata do Fed, às 15 horas, as bolsas registravam perdas, mas contidas. Depois que o BC americano sinalizou que o ciclo de cortes na taxa básica de juros do país parece ter chegado ao fim, a queda foi ampliada. Os analistas até esperavam que isso pudesse acontecer, mas o que azedou os humores foi que o ciclo de cortes deve parar não porque a economia se recuperou da crise, mas porque a inflação é motivo de preocupação. Junto com a ata, o Fed divulgou revisões em suas projeções para o crescimento econômico, a inflação e o desemprego. A previsão atual é de que o PIB cresça entre 0,3% e 1,2% neste ano (contra projeção entre 1,3% e 2%, feita em janeiro). A estimativa de desemprego no ano foi elevada, assim como a de preços ao consumidor.
Para a previsão de inflação, o petróleo é um dos principais vilões. A commodity trabalhou o dia todo pressionada por causa dos estoques fracos divulgados hoje nos EUA. No fechamento, o petróleo subiu 3,25% em Nova York, para o recorde de US$ 133,17 por barril. Nas bolsas de valores americanas, o índice Dow Jones fechou em baixa de 1,77%, o Nasdaq também caiu 1,77% e o S&P teve perda de 1,61%.
As ações da Petrobras, mais uma vez, foram beneficiadas da alta do petróleo e serviram para equilibrar as perdas do Ibovespa. Petrobras ON subiu 1,30% e Petrobras PN, 1,65%. Os papéis ainda avançaram na esteira do relatório do banco Credit Suisse elevando o preço-alvo das ações da estatal, divulgado ontem, e com a expectativa de um novo campo de petróleo no Espírito Santo, perfurado em parceria com a portuguesa Galp (as ações dessa empresa subiram 5% na Bolsa de Lisboa com a notícia).

Petrobras confirma descoberta no campo Bem-Te-Vi

por Kelly Lima da Agência Estado
21.05.2008 18h45

A Petrobras confirmou nesta noite que foram encontrados indícios de petróleo na área do pré-sal no bloco BM-S-8, cujo prospecto vem sendo chamado de Bem-Te-Vi. A área, localizada na Bacia de Santos, é operada pela Petrobras (66%) em parceria com a americana Shell (20%) e a portuguesa Galp Energia (14%). Segundo nota divulgada pela Petrobras, a confirmação foi feita a partir da perfuração do poço 1-BRSA-532A-SPS (1-SPS-52A). Análises preliminares indicam que a densidade do petróleo está entre 25º e 28º API, comparável a de outras descobertas do pré-sal da Bacia de Santos.
O poço pioneiro, segundo a nota da Petrobras, está localizado a cerca de 250 quilômetros da costa do Estado de São Paulo, em águas onde a profundidade é de 2.139 metros. A perfuração foi concluída no dia 18, na profundidade de 6.773 metros, e a descoberta comprovada pela análise de amostras de petróleo por meio de teste de formação em reservatórios situados a cerca de 6 mil metros de profundidade. No dia 6 de março, a estatal já havia comunicado à Agência Nacional do Petróleo (ANP) indícios de petróleo na mesma área, mas numa profundidade menor.
Segundo a Petrobras, o consórcio prepara Plano de Avaliação de Descoberta a ser encaminhado à ANP, conforme previsto no Contrato de Concessão, dando continuidade às atividades e investimentos no bloco BM-S-8.
A descoberta já vinha sendo aguardada pelo mercado. Em entrevista ontem em Portugal para comentar o balanço da empresa no primeiro trimestre do ano, o presidente da Galp, Ferreira de Oliveira, havia anunciado que resultados na área poderiam ser esperados para breve.

Fed: pressão inflacionária deixa pouco espaço para mais flexibilização monetária

por Nathália A. Terra Pereira
21/05/08 15h47
InfoMoney


SÃO PAULO - O Federal Reserve divulgou nesta quarta-feira (21) a minuta de sua última reunião, realizada em 30 de abril, quando cortou a Fed Funds Rate em 25 pontos-base. O documento veio permeado por temores acerca das pressões inflacionárias no país.
Segundo a autoridade monetária, a redução implementada no juro básico do país em abril, para o atual patamar de 2% ao ano, foi uma "decisão apertada" entre seus membros, uma vez que os riscos para um cenário inflacionário estável no país são cada vez maiores.
No entanto, acabou por prevalecer a visão no colegiado de que uma flexibilização monetária adicional era necessária à época, a fim de não somente estimular a atividade econômica do país, mas bem como sustentar uma recuperação dos mercados financeiros.

Flexibilização monetária perto do fim

Todavia, o temor da autoridade com a aceleração da inflação no país, lastreada principalmente pelo expressivo aumento no preço de itens como alimentação e energia, com a disparada da cotação do petróleo no mercado internacional, cresceu de forma expressiva entre as duas últimas reuniões, segundo a ata.
Desta forma, o Federal Reserve deixa implícito que há pouco espaço para maior flexibilização monetária no país, o que coincide com as projeções do mercado. Ainda mais porque, segundo o comitê, embora ainda penalizada, a economia norte-americana deve aos poucos mostrar recuperação, muito devido ao pacote de estímulos fiscais.
"Os riscos para o crescimento econômico agora se encontram menores quando comparados aos riscos ao cenário inflacionário", afirma o Fed em sua minuta. Ademais, as condições no mercado financeiro mostraram certa melhora nos últimos meses, diminuindo a necessidade de reduzir ainda mais a taxa básica de juro a fim de estimular a liquidez e a concessão de empréstimos.

Revisão de perspectivas

Apesar disso, o Fed revisou negativamente suas perspectivas para a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano em 2008 de um intervalo de 1,3% a 2% para um intervalo de 0,3% a 1,2%. Para 2009, o intervalo esperado pela autoridade é de 2% a 2,8%.
Em contrapartida, as expectativas para a inflação neste ano, excluídos itens mais voláteis, como os de alimentação e energia, foram acrescidas de um intervalo de 2% a 2,2% para um intervalo esperado de 2,2% a 2,4%.

Histórico dos cortes no juro

Desde que a crise do subprime irrompeu sobre a economia norte-americana na segunda metade do ano passado, o Federal Reserve vem optando por uma expressiva flexibilização monetária no país a fim de evitar a instalação de um quadro recessivo, tendo cortado 325 pontos-base do juro básico em um período de nove meses.
Entretanto, projeções crescentes entre analistas dão conta de que as reduções na Fed Funds Rate estejam próximas de seu fim, tendo em vista a preocupante deterioração do cenário inflacionário norte-americano, como demonstrou, por exemplo, o núcleo do índice de preços ao produtor na última terça-feira.

Carteiras de ações saem do vermelho e voltam a crescer

por Adriana Cotias e Danilo Fariello de Valor Online
21/05/2008

Pela primeira vez no ano, captação e rentabilidade acumuladas dos fundos de ações têm sinal positivo. Os investidores reagiram à melhora da classificação de crédito brasileiro e ao bom desempenho da Bovespa e voltaram a demonstrar apetite por risco. Em maio, até o dia 16, as carteiras de renda variável atraíram R$ 506 milhões, segundo dados do site financeiro Fortuna. A movimentação reverteu um saldo que tinha se tornado negativo no ano para um ingresso total de R$ 42 milhões. O dinheiro novo acompanhou a retomada de um rendimento de 10,39% em maio e de 9,87% em 2008.
Ao longo do primeiro trimestre, os investidores bem que resistiram aos maus tempos do mercado acionário e mantiveram seus aportes, na crença de que cedo ou tarde a recuperação viria. Em abril, justamente quando o índice inverteu a direção e apontou para cima, os resgates prevaleceram. Em maio, já sob os holofotes do grau de investimento e com o Ibovespa batendo recorde atrás de recorde, as captações começaram a responder.
Nos últimos nove meses, desde a crise das hipotecas americanas de alto risco, os investidores tiveram de aprender a lidar com um ambiente mais volátil. Aqueles com menos estômago acabaram migrando para carteiras mais conservadoras, como os fundos de renda fixa e atrelados ao CDI. Os que estão entrando agora são, portanto, aplicadores mais preparados para enfrentar todo esse sobe-e-desce e chegam com um viés de médio e longo prazo, diz o vice-presidente da SulAmérica Investimentos, Marcelo Pimentel Mello. "É um perfil que entende que a maior volatilidade pode trazer retornos superiores ao do CDI ao longo do tempo e sabe o que esperar dos momentos mais adversos."
O selo de investimento não-especulativo, conferido pela Standard & Poor's no fim de abril , se confirmado por outra agência de classificação de risco, fará com que Brasil entre no radar de aplicadores internacionais que até agora não investem aqui, como os fundos de pensão americanos. Junto com os bons fundamentos das companhias brasileiras, isso deve representar dinheiro novo para a bolsa e é essa combinação que os investidores locais estão tentando antecipar, acrescenta Mello. Para ele, setores ligados ao mercado interno, como logística, bancos, varejo e construção civil são os mais favorecidos, apesar do ciclo recente de aperto monetário.
Apesar da alta temporária da taxa básica, o investidor faz bem em optar por fundos de ações, porque a tendência é que a Selic volte a cair, diz Wagner Salaverry, da Geração Futuro. "Não dá para considerar que o Brasil continuará pagando juro tão alto sendo grau de investimento", afirma. Por isso, defende, os investidores devem continuar migrando da renda fixa para a variável. "Mas não é possível esperar e adivinhar o momento em que isso vai virar de novo (a trajetória do juro)."
Além da expectativa de que a Selic tornará a cair, o fato de as empresas brasileiras terem apresentado bons números recentemente - principalmente nos setores automobilístico, de mineração, petróleo e logística - e a expectativa de continuação de entrada e estrangeiros favorecem as apostas em bolsa.
No começo do ano, os aplicadores, principalmente os mais novos, ficaram temerosos e se retraíram. Tanto que o principal fundo da Geração, o Programado FIA, apresentou crescimento no número de cotistas em todos os meses, mas resgates líquidos em abril. O "investment grade" mudou essa rota. "Quem já investia colocou mais e quem não investia começou."

Buffett vai às compras e sugere: "Me telefonem"

por Assis Moreira de Valor Online
21/05/2008


Warren Buffett: "Eu certamente compraria uma companhia brasileira e me sentiria muito confortável com isso"
O homem mais rico do mundo, o investidor Warren Buffett, sinalizou ontem que está aberto para fazer aquisição no Brasil. E fez uma sugestão a quem estiver interessado em vender: "Telefonem-me".
"Eu certamente compraria uma companhia brasileira e me sentiria muito confortável com isso", disse ele ao Valor.
Mas ressalvou que há dois critérios para um negócio: primeiro, ele precisa entender o que a companhia faz. E segundo, a empresa precisa ter ganhos anuais de pelo menos US$ 75 milhões antes de impostos.
Durante entrevista em Lausanne, onde demonstrou interesse também por outras regiões, ele deu até o número do telefone para procurá-la: 402-346-1400. Mais tarde, o Valor telefonou para o número, nos EUA, e pediu para falar com Buffett. A telefonista indagou qual o assunto, e depois retrucou que os critérios para aquisições encontram-se na internet.
Para Buffett, quanto maior o país, mais provável encontrar um negócio com os critérios, e sugeriu que os interessados enviem também fax ou carta.
Procurando ilustrar seu interesse no Brasil, ele disse que o real é a única moeda estrangeira que mantém em seu portfólio este ano. "´Com o real a 1,65 (em relação ao dolar), estou muito contente que fizemos isso"´, afirmou. No ano passado, sua aposta no real lhe rendeu US$ 100 milhões.
Warren Buffett está em viagem pela Europa procurando companhias familiares para investir. Passou por Frankfurt, ontem esteve em Lausanne e vai agora para Espanha e Itália.
Na entrevista realizada no campus do IMD, a principal escola de executivos da Europa, ele disse que seu "tour" para eventual aquisição na Europa não significa desapontamento com os negócios nos EUA.
O que acontece, segundo ele, é que sua holding de investimentos Berkshire Hathaway, está "mais na mente de proprietários nos EUA do que na Europa" e espera que a viagem possa corrigir essa situação.
Reiterou que quando compra um negócio, pensa no longo prazo. E provocou risos da platéia quando respondeu a um jornalista da Noruega: "Se você achar uma empresa norueguesa com mais de US$ 75 milhões de ganho antes dos impostos e tem um negócio que eu entenda, eu pago a você uma comissão".
Certo mesmo é que não é esta semana que ele espera fechar qualquer compra na Europa. Tampouco citou alvos específicos na Europa. Mencionou exemplos de negócios que entende, com o da Nestlé, mas disse que ela não está na lista, ou da Rolex, a companhia relojoeira de luxo, "mas eles não me telefonaram".
No IMD, ele estava acompanhado de Eitan Wertheimer, presidente da Iscar Metalworking, uma empresa familiar israelense, da qual adquiriu 80% recentemente, e ilustrou como opera.
Contou que as vezes não precisa de mais de 15 minutos, as vezes menos, para fechar um negócio. "Quando vejo que não temos os mesmos valores, digo logo que é melhor parar por aqui, não vamos perder tempo". No caso da Iscar, ele recebeu uma carta de página e meia do proprietário e percebeu que tinha os princípios de negócio que ele respeita - a paixão pela empresa, crescimento de longo prazo e nenhuma obsessão por ganhos imediatos. Ao ler a carta, decidiu conhecer o proprietário e futuro sócio.
A passagem de Buffett pelo IMD, ontem, chegou a ser transmitida ao vivo em alguns momentos por um canal de TV de notícias econômicas.
O chamado "oráculo de Ohama", sua cidade em Nebraska, disse que a queda do dolar contra o euro e outras moedas não afetou seus investimentos, e que tanto faz aquisições em euro como também ganha nessa moeda. Acredita que o euro continuará relativamente forte no longo prazo, mas não entrou em detalhes.
Indagado qual é o sentimento de ser o homem mais rico do mundo, com fortuna superior a US$ 50 bilhões, Warren Buffett retrucou que isso não aumentou o uso de seu cheque, e continua morando na mesma casa avaliada em US$ 700 mil.
Ele contou que fez o primeiro negócio com 11 anos de idade, negociando ações; aos 25 anos já tinha o dinheiro de que precisava para as coisas que queria, mas que ser muito rico não é ruim.

IBOV...após 20/05... tendência de queda, mas PETR4 pode fazer a diferença!..


O IBOVESPA abriu nos 73.444 pontos e na esteira dos índices futuros em forte queda, iniciou processo de realização, perdendo o suporte dos 73 mil pontos, vindo a buscar no final da metade do pregão, a mínima em 72.146 pontos. A partir daí, capitaneada por PETR4, em forte alta pela cotação do petróleo nos mercados futuros e na contramão das demais "blue chips", rompeu novamente os 73 mil pontos, vindo buscar nova máxima do dia, no leilão de fechamento em 73.522 pontos, finalizando em seguida nos 73.517 pontos (alta de +0,11%).

Análise: Apesar de fechar praticamente estável, na contramão de DJI e inversamente a de várias "blue chips" do próprio Ibovespa, que finalizaram em queda, essa reação do Ibov se deu quase que exclusivamente por conta do carro-chefe PETR4 que ao final do pregão apresentava alta próxima de 4%. Os principais indicadores no gráfico diário como o IFR, o Estocástico estão em região muito "sobrecomprada" enquanto o CCI/Ma cruzamento e o oscilador de momentos sinalizam tendência de queda. Analisando o gráfico de "30 minutos", observamos que o IFR está indefinido, o Estocástico e o CCI/Ma cruzamento sinalizam alta, enquanto o oscilador de momentos, aponta leve "divergência baixista". O "candle" formado no gráfico diário é um martelo longo, tipo "guarda-chuva de papel", indicador de uma possível reversão de tendência.

Atenção: Petrobrás pode voltar a fazer a diferença!...

Suportes imediatos em 73.100, 72.800, 72.400, 72.160 e 72.040 pontos.
Resistências prováveis em 73.630, 73.800, 73.900 e 74.000 pontos.

terça-feira, 20 de maio de 2008

DJI...após 20/05...ainda com tendência de queda!...


DJI abriu em queda nos 13.026 pontos e na esteira dos mercados futuros, em forte queda provocada pelo índice de inflação acima do esperado, aliado à alta do petróleo, foi derrubando todos os suportes no patamar dos 12.900 e dos 12.800 pontos, vindo buscar suporte na mínima do dia em 12.782 pontos. A partir daí, nas últimas duas horas de pregão, esboçou pequena reação, retomando a casa dos 12.800 pontos e finalizando em 12.828 pontos (-1,53%).

Como previsto na AT, a queda de DJI já era esperada. Ao perder o suporte nos 12.890 pontos, detonou a LTA iniciada em 10 de março. DJI que antes operava no patamar entre os 12.900 e 13.100 pontos, poderá ficar agora em "congestão" entre os 12.700/12.800 e 13.000 pontos. A leitura da ata da reunião do FED programada para as 15:15 horas desta quarta poderá definir um novo patamar.

Análise gráfica: Indicadores do gráfico diário continuam sinalizando a continuidade da tendência de queda. No gráfico de "30 minutos", apesar do estocástico estar sinalizando alta, o oscilador de momentos sinaliza "divergência baixista".Suportes imediatos em 12.780, 12.715 e 12.600 pontos. Resistências em 12.845, 12.890, 13.026, 13.075, 13.137 e 13.280 pontos.

Bolsa de NY tem queda forte com inflação e petróleo

por Renato Martins da Agência Estado
20.05.2008 18h39

O mercado americano de ações fechou em queda forte, em reação a sinais de aceleração da inflação, nova alta dos preços do petróleo, informes de resultados de empresas e rebaixamentos de previsões sobre lucros. Pela manhã, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que o núcleo do índice de preços ao produtor (PPI) subiu 0,4% em abril, o dobro do que os economistas previam.
"No fim das contas, a principal questão diante dos mercados neste momento já não é a crise de crédito, nem a economia. É o petróleo", comentou o estrategista James Paulsen, da Wells Capital Management. "A indústria está prevendo uma aceleração dos preços que poderia se alastrar por toda a economia", disse Elizabeth Miller, da Trevor Stewart Burton & Jacobs.
Das 30 componentes do Dow Jones, apenas duas ações fecharam em alta, ambas do setor de petróleo (ExxonMobil subiu 0,21% e Chevron avançou 0,87%), em reação à alta dos preços do produto. Rebaixamentos de previsão de lucros pela influente analista Meredith Whitney, da Oppenheimer, fizeram as ações dos bancos sofrerem quedas fortes: JPMorgan Chase despencou 4,98%, Citigroup perdeu 3,83%, Bank of America cedeu 1,97%, entre outros. Entre os bancos de investimento, as ações do Morgan Stanley caíram 3,03% e as do Goldman Sachs recuaram 1,07%, após rebaixamento de previsão se lucros pelos analistas do Lehman Brothers.
As ações do setor de comércio varejista caíram, em reação aos informes de resultados da Target (-1,15%) e da Home Depot (-5,20%). No setor de tecnologia, as ações da Microsoft caíram 2,38%, depois de o Wall Street Journal dizer que uma alternativa à aquisição do Yahoo! seria o desmembramento da empresa.
O índice Dow Jones fechou em queda de 1,53%, em 12.828,68 pontos. O Nasdaq encerrou com perda de 0,95%, em 2.492,26 pontos. O S&P-500 caiu 0,93%, para 1.413,40 pontos. O NYSE Composite recuou 0,70%, para 9.536,01 pontos. As informações são da Dow Jones.

Bolsa sobe apenas 0,11%, mas bate 10º recorde do ano

por Claudia Violante da Agência Estado
20.05.2008 17h41

A Petrobras, mais uma vez, carregou a Bovespa para mais um fechamento em alta. Embora tímida, a elevação garantiu outro recorde, o 10º do ano. O fechamento histórico do petróleo no mercado externo sustentou os papéis da Petrobras, de longe os mais negociados da sessão. Além disso, um relatório do banco Credit Suisse elevou a projeção para os ADRs (recibos de ações negociados nos EUA) da empresa para US$ 107 e das ações para R$ 86, além de ter elevado a previsão para o barril de petróleo no exterior para US$ 116 no período de 2010/2012, de US$ 90 na projeção anterior.
A recuperação do índice se deu na reta final da sessão. O Ibovespa havia batido em 72.146 pontos na mínima do dia, em baixa de 1,76%, mas foi recuperando-se até a máxima de 73.522 pontos (+0,11%), para então fechar em 73.516,9 pontos (+0,11%). Com o resultado de hoje, os ganhos acumulados em maio somam 8,32%, e, no ano, 15,07%. O volume financeiro somou R$ 7,024 bilhões. Petrobras PN fechou em alta de 3,32%, na máxima do dia, a R$ 51,66. Petrobras ON avançou 3,03%, para R$ 61,50.
A Bovespa tinha tudo para ter uma realização de lucros hoje. E ela até aconteceu praticamente em toda a sessão. A inspiração foi americana: por causa dos indicadores ruins, o índice Dow Jones caiu 1,53%, o S&P, 0,93%, e o Nasdaq, ,95%. Lá o índice de atividade da regional do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de Chicago reforçou a percepção de que o consumo não está forte o suficiente para impedir uma recessão nos EUA, ao mostrar queda para -1,17 em abril, de -0,98 em março. O índice do mês passado foi o menor desde os meses associados à recessão de 2001. Para ajudar, dois balanços foram ruins, dos quais os números da Home Depot se sobressaem. No trimestre encerrado em 4 de maio, a varejista teve lucro líquido de US$ 356 milhões, ou US$ 0,21 por ação, abaixo dos US$ 1,05 bilhão, ou US$ 0,53 por ação, um ano antes.
O dado mais pessimista, porém, foi outro, o índice de inflação ao produtor nos EUA. A inflação em abril foi de 0,2%, metade do previsto, mas o núcleo do índice - sem os dados voláteis de alimentos e energia -, o que é realmente levado em conta, subiu 0,4%, o dobro das projeções. Além disso, o novo recorde do petróleo ficou o dia todo pesando sobre os papéis americanos. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo subiu 1,59%, para o nível histórico de US$ 129,07 por barril.

IBOV...após 19/05...mesmo após alta, divergência baixista permanece..


O IBOVESPA abriu nos 72.766 pontos (mínima do dia) e na primeira hora de pregão, veio buscar a mínima nos 72.457 pontos. A partir daí em sintonia com DJI, rompeu os 73 mil pontos, vindo a buscar a máxima do dia nos 73.794 pontos. Na segunda metade do pregão, com a realização de DJI, veio buscar suporte nos 72.900 pontos. Na última hora e meia de pregão, após ter retomado os 73 mil pontos, oscilou vindo buscar novamente suporte em 72.850 pontos, mas com a recuperação de DJI, no final do pregão finalizou em 73.439 pontos (alta de 0,99%).

Análise: Apesar da alta consolidada no fechamento do Ibovespa, por reação na última hora de pregão, o Ibovespa apresentou muita volatilidade, em função do desempenho de DJI. Os principais indicadores no gráfico diário como o IFR, o Estocástico e o CCI/Ma cruzamento estão apresentando tendência de alta, porém em região muito "sobrecomprada". Analisando o gráfico de "30 minutos", observamos que o IFR e o Estocástico também sinalizam alta, enquanto o CCI/Ma cruzamento sinaliza tendência baixista e o oscilador de momentos, aponta leve "divergência baixista".

Suportes imediatos em 73.100, 72.850, 72.500, 72,000 e 71.500 pontos.
Resistências prováveis em 73.750, 73.900 e 74.100 pontos.