sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Bolsa de NY fecha o dia em alta, mas cai na semana

por Renato Martins da Agência Estado
22.08.2008 18h21

O mercado norte-americano de ações fechou em alta, em dia de nova queda forte dos preços do petróleo e de especulações sobre a possibilidade de parte do banco de investimentos Lehman Brothers ser adquirida. A alta foi limitada pelo rebaixamento das notas de crédito (ratings) das agências semigovernamentais hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac.
Das 30 componentes do índice Dow Jones, 28 ações fecharam em alta. As exceções foram as ações da ExxonMobil (-0,06%) e da Chevron (-0,47%), que reagiram à queda dos preços do petróleo. As do setor de mineração também caíram, em reação à baixa dos preços dos metais (Freeport McMoRan perdeu 3,27%). No setor financeiro, as ações do Lehman Brothers subiram 3,09%, reduzindo suas perdas na semana a 11%, em meio a especulações de que o Banco de Desenvolvimento da Coréia do Sul estaria prestes a adquirir uma unidade da empresa. Outros destaques foram American Express (+4,81%), Bank of America (+4,03%), Citigroup (+3,84%) e JPMorgan Chase (+3,89%).
Após o rebaixamento de seus ratings, as ações da Freddie Mac caíram 11,08%, fechando no nível mais baixo desde outubro de 1990 e acumulando queda de 92% em 2008; as da Fannie Mae subiram 3,09%, mas acumularam uma queda de 37% na semana. As ações da GAP, maior rede de lojas de vestuário dos EUA, subiram 4,58%, em reação a seu informe de resultados. No setor de tecnologia, as ações da Intel subiram 1,91% e as da Microsoft avançaram 1,78%.
O índice Dow Jones fechou em alta de 1,73%, em 11.628,06 pontos. O Nasdaq encerrou com ganho de 1,44%, em 2.414,71 pontos. O S&P-500 subiu 1,13%, para 1.292,19 pontos. O NYSE Composite avançou 0,71%, para 8.373,55 pontos. Na semana, o Dow Jones acumulou uma queda de 0,27%, o Nasdaq, uma perda de 1,54% e o S&P-500, um recuo de 0,46%. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa cai 0,15% hoje, mas sobe 2,96% na semana

por Claudia Violante da Agência Estado
22.08.2008 17h28

As notícias que beneficiaram a recuperação das bolsas internacionais foram as mesmas que puxaram os preços das commodities (matérias-primas) para baixo e, por tabela, levaram a Bovespa a interromper três sessões seguidas de elevação. Guiado por Petrobras, Vale e siderúrgicas, o Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, terminou a sexta-feira com ligeira baixa, de 0,15%, mas conseguiu garantir alta de 2,96% na semana.
O Ibovespa fechou o dia em 55.850,1 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 55.202 pontos (-1,31%) e a máxima de 56.430 pontos (+0,89%). No mês, ainda acumula perdas de 6,14% e, no ano, de 12,58%.
A Bolsa doméstica foi influenciada pela venda principalmente de papéis ligados às commodities, que terminaram em baixa após notícias que fortaleceram a moeda norte-americana. Os investidores gostaram da informação de que o Banco de Desenvolvimento da Coréia do Sul estuda a possibilidade de fazer uma oferta pelo Lehman Brothers, e também do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, no qual ele afirmou que a taxa básica de juros da economia norte-americana não deve subir.
Com isso, nas Bolsas de Nova York, o índice Dow Jones subiu 1,73%, o S&P avançou 1,13% e o Nasdaq teve alta de 1,44%. Com a queda do dólar, o petróleo também recuou e ajudou a garantir os ganhos das bolsas nos EUA. O petróleo negociado em Nova York encerrou cotado a US$ 114,59 por barril, em baixa de 5,44%, ou US$ 6,59, a maior queda dos preços em termos de dólar desde janeiro de 1991. A notícia do Lehman beneficiou a recuperação do setor financeiro, também favorecidas pelas declarações de Bernanke.
Os bancos brasileiros foram contagiados pela recuperação do setor no exterior e subiram. Bradesco PN fechou em alta de 0,60%, Itaú PN e Banco do Brasil ON ganharam 0,90% cada e Unibanco units avançaram 1,42%.
A agenda de hoje foi fraca e, embora as condições macroeconômicas não tenham se alterado, o dinheiro estrangeiro ainda não voltou. Isso significa que está sendo mais lento o processo de recuperação da Bovespa. O giro somou apenas R$ 3,376 bilhões - o menor valor do mês, cuja média diária já é baixa, de R$ 5,265 bilhões. "É preciso que o dinheiro volte para que a recuperação da Bolsa seja firme", comentou um operador.
Para a próxima semana, as mesmas variáveis que vêm permeando o cenário internacional continuam em cena, como commodities e crise norte-americana. Serão conhecidos indicadores relevantes nos Estados Unidos. Um diferencial a favor da alta dos papéis pode ser o pacote que o governo do Japão está finalizando para ajudar a economia do país e, por tabela, do mundo.

IBOV...após 21/08...suportes e resistências no gráfico de 30 minutos...

IBOV...após 21/08...Não rompendo a LTB deve retornar ao fundo do canal...


O Ibovespa abriu em 55.379 pontos, na mínima do dia e empurrado pelos índices futuros em alta, rapidamente rompeu o patamar dos 56 mil pontos até encontrar resistência em 56.044 pontos. Daí, refluiu até encontrar suporte em 55.400 pontos. Na segunda metade do pregão, retomou o processo de recuperação, de modo continuado até encontrar nova resistência, na máxima, em 56.144 pontos (+1,39%). Acabou cedendo, em seguida, para fechar em 55.934 pontos (+1,0%).

Análise: Como previsto no gráfico diário, o Ibovespa deu sequência à alta iniciada anteriormente impulsionado mais uma vez por Vale, Petro e Siderúrgicas, em sintonia com a alta dos mercados futuros de commodities. O Ibovespa tentou, sem sucesso, romper a LTB recente, próxima aos 56.200 pontos. Em sua última tentativa frustrada, quase ao final do pregão, refluiu para finalizar abaixo dos 55.940 pontos onde a LTB estará posicionada amanhã (22/08). Se o IBOV abrir abaixo desse topo do "canal de baixa", com certeza teremos mais uma vez a retomada do processo de queda com objetivos de suporte, no fundo do canal. Acima dessa resistência poderá buscar novo topo próximo aos 57 mil pontos. Os principais indicadores do gráfico diário e do gráfico de "30 minutos", já se encontram bastantes sobrecomprados, sinalizando a possibilidade de reversão da tendência anterior de alta. Os índices futuros do Ibovespa poderão confirmar a tendência na abertura.

Abaixo de 55.940 suportes imediatos em: 55.400, 54.550, 53.640 e 52.930 pontos.
Acima de 55.940 pontos resistências em: 56.044, 56.144, 56.550 e 56.700 pontos.

DJI...após 21/08...indefinição gráfica, com tendência de queda...


DJI abriu em 11.415 pontos e com os índices futuros em queda, veio até a mínima em 11.316 pontos. A partir daí, esboçou continuada reação até atingir a máxima em 11.476 pontos (+0,52%). Refluiu desse ponto até finalizar em 11.430 pontos (+ 0,11%).

Análise: Da mesma forma que nos recentes pregões anteriores, DJI navegou no canal de "congestão" entre 11.300 e 11.500 pontos. Acabou formando praticamente um "doji" de indefinição, com a variação de 0,11% entre abertura e fechamento.Assim, abaixo de 11.400 pontos, seus objetivos de queda estarão em 11.360, 11.320 e 11.290 pontos. Acima dos 11.430 pontos encontrará resistência nos 11.454, 11.476, 11.507 e 11.564 pontos. Apesar do "candle" de indefinição,no gráfico diário, os principais indicadores do gráfico de "30 minutos" sinalizam tendência de queda, na abertura . Os índices futuros americanos poderão confirmar (ou não) essa tendência para a abertura.