quinta-feira, 28 de agosto de 2008

EUA contribuem e Ibovespa fecha com ganho de 1,55%

por Claudia Violante da Agência Estado
A revisão do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano do segundo trimestre serviu de combustível para a alta das bolsas, na Europa, EUA e Brasil. Pela segunda sessão seguida, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, terminou com elevação, e nem a queda das matérias-primas impediu Vale e Petrobras de avançar. Os ganhos de hoje foram generalizados, com o setor financeiro, varejo e siderúrgicas à frente. Os gestores aproveitaram a trégua externa para melhorar o desempenho de suas carteiras, num movimento típico de final de mês.
O Ibovespa voltou aos 56 mil pontos, onde pisou pela última vez no dia 8 de agosto (56.584,4 pontos) ao avançar para 56.382,2 pontos. Subiu 1,55%, reduzindo as perdas acumuladas em agosto para 5,25% e as de 2008 para 11,75%. Na mínima do dia, atingiu 55.516 pontos (-0,01%) e, na máxima, 56.524 pontos (+1,81%). O giro financeiro aumentou um pouco mais, mas ainda continua abaixo da média diária do mês, de R$ 4,836 bilhões até ontem, segundo o site da Bovespa. Hoje, somou R$ 4,299 bilhões.
A alta das bolsas européias e norte-americanas decorreu hoje da revisão melhor do que a prevista do PIB dos EUA do segundo trimestre. O número passou de uma alta calculada anteriormente de 1,9% para 3,3%, ante estimativa de que ficaria em 2,7%. O setor financeiro também deu sustentação ao ganho das bolsas lá, assim como a queda do petróleo.
O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, encerrou na máxima pontuação do dia, em alta de 1,85%. O S&P avançou 1,48%, também a maior alta do pregão, e o Nasdaq teve elevação de 1,22%.
Apesar de a tempestade Gustav estar ainda no horizonte, o petróleo negociado em Nova York recuou 2,17%, para US$ 115,59 o barril. O fortalecimento do dólar em relação a outras moedas levou os investidores a se desfazerem das commodities (matérias-primas), e isso também vale para os metais. Mas, no caso do petróleo, também pesou para a queda nos preços o aumento inesperado dos estoques de gás natural nos EUA.
Apesar do saldo positivo do dia, os investidores têm se pautado no dia-a-dia para operar, e amanhã é a vez de reagir aos indicadores econômicos, como o índice de preços de gastos com consumo norte-americano. A agenda ainda prevê nos EUA o índice de atividade industrial (gerentes de compras de Chicago) de agosto e o sentimento do consumidor da Universidade de Michigan. Vale sublinhar que, amanhã, alguns mercados lá fecham mais cedo por causa do feriado do Dia do Trabalho na segunda-feira.
No Brasil, a queda das commodities não impediu Vale e Petrobras de fecharem em alta: Vale ON subiu 0,50%, Vale PNA ganhou 0,52%, Petrobras ON avançou 0,23% e Petrobras PN registrou elevação de 0,43%. No setor financeiro, Itaú PN ganhou 3,67%; Bradesco PN, 2,42%; Banco do Brasil ON, 3,42%; e Unibanco units, 2,79%.

Bolsa de NY fecha em alta forte após revisão do PIB

por Renato Martins da Agência Estado
28.08.2008 18h34

O mercado norte-americano de ações fechou em alta pelo terceiro dia consecutivo. Os operadores deixaram de lado as preocupações com o aperto no crédito, com as tensões geopolíticas e com a tempestade tropical que se aproxima da região produtora de petróleo do Golfo do México e concentraram suas atenções na revisão para cima do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre - de 1,9%, no cálculo anterior, para 3,3%. Também foi dada pouca atenção ao informe de que o número de novos pedidos de auxílio-desemprego teve uma queda menor do que se previa na semana passada.

"O número de pessoas demitidas pedindo auxílio-desemprego é alto demais para a saúde da economia. Acho que isso é uma indicação importante de que a economia está mais fraca do que um crescimento do PIB de 3,3% poderia sugerir", comentou o economista-chefe da Nomura Securities International, David Resler. A alta das ações se acelerou quando os preços do petróleo passaram a cair, em reação ao informe de que as reservas de vários países serão liberadas caso a tempestade tropical Gustav afete a produção do Golfo do México.

Das 30 componentes do índice Dow Jones, 29 fecharam em alta; a exceção foi Coca-Cola, com queda de 1,25%, após rebaixamento de recomendação pelos analistas do Crédit Suisse. As ações que mais subiram foram as do setor financeiro (AIG disparou 7,55%, Bank of America avançou 6,00%, Citigroup ganhou 5,30% e JPMorgan Chase subiu 4,68%). As do Lehman Brothers avançaram 7,38%, em reação a informes de que a instituição vai demitir mais de mil funcionários para cortar custos. As da seguradora de bônus MBIA subiram 34,81%, em reação ao anúncio de que ela vai assumir o resseguro de US$ 184 bilhões em bônus municipais assegurados pela FGIC - possivelmente afastando a ameaça de falência da FGIC, que é controlada pelo Blackstone Group (cujas ações subiram 3,16%); as da Ambac Financial, do mesmo setor, avançaram 42,60%. As ações da agência de crédito hipotecário Fannie Mae avançaram 22,69%, depois de ela anunciar mudanças em seu comando; as da Freddie Mac subiram 11,16%.

Várias ações do setor industrial subiram em reação aos dados do PIB (3M ganhou 2,52% e Caterpillar subiu 3,05%). As ações das companhias aéreas tiveram altas expressivas, em reação à queda dos preços do petróleo (Delta disparou 11,13%). Entre as ações de empresas que divulgaram resultados do segundo trimestre, os destaques foram Tiffany's (+10,70%) e Sears (+4,19%). As da fabricante de computadores Dell, que divulgaria resultados depois do fechamento, caíram 1,64%.

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,85%, em 11.715,18 pontos. O Nasdaq encerrou com ganho de 1,22%, em 2.411,64 pontos. O S&P-500 subiu 1,48%, em 1.300,68 pontos. O NYSE Composite avançou 1,39%, para 8.466,12 pontos. As informações são da Dow Jones.

INDV08...após 27/08...tendência de alta com volatilidade...


Possibilidades de suportes na primeira meia hora de pregão: 56.100; 55.900 e 55.750 (forte), na LTA intraday recente.

Resistências na primeira meia-hora de pregão: 56.750 e 56.900 pontos.

Acima de 56 mil pontos, objetivos de alta em 56.750, 56.900, 57.350 e 57.560 pontos.

Abaixo de 55.500 pontos, objetivos de queda em 55.250, 55.000 e 54.600 pontos.

IBOV...após 27/08...tendência de alta, com volatilidade...


O Ibovespa abriu na mínima em 54.366 e seguiu em alta até encontrar resistência em 55.044 pontos. A partir daí, realizou até encontrar suporte em 54.645 pontos. Com a recuperação de DJI se mantendo em alta, na segunda metade do pregão o Ibovespa retomou nova alta, rompeu novamente os 55 mil pontos, indo até a máxima em 55.591 pontos. Daí refluiu novamente até os 55.226 pontos, finalizando em 54.477 pontos ( +1,91%).

Análise: O "candle" formado no gráfico diário é um "marubozu" vazio, indicando predomínio da força compradora. Mantendo-se acima dos 55 mil pontos, o Ibovespa terá por objetivos o rompimento dos 56 mil e dos 57 mil pontos. Os principais indicadores do gráfico diário sinalizam a tendência de alta, enquanto no gráfico de "30 minutos". aparecem algumas sinalizações contrárias, sugerindo a possibilidade da abertura ocorrer em queda. Porém, a principal tendência parece ser ainda a de alta. Os índices futuros do Ibovespa antes da abertura poderão mostrar a principal tendência.

Abaixo de 55.430 suportes imediatos em: 54.670, 54.500, 54.000, 53.840, 53.270 e 52.345 pontos.
Acima de 55.430 pontos resistências em: 55.590, 55.900 e 56.540 pontos.