quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Restante da agenda do investidor para a quarta semana de setembro

por Rafael de Souza Ribeiro de InfoMoney
18/09/09 18h38


SÃO PAULO - Dentro da agenda para a quarta semana de setembro, os investidores estarão atentos, sobretudo, à reunião de política monetária do Federal Reserve.

No cenário nacional, destaque para os indicadores de inflação e para as notas analíticas emitidas pelo Banco Central.


Quinta-feira (24/9)

Brasil

7h00 - A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica) apresenta o IPC referente à terceira quadrissemana de setembro. O índice é baseado em uma pesquisa de preços feita na cidade de São Paulo, entre pessoas que ganham de 1 a 20 salários mínimos.

9h00 - O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela o IPCA-15 de setembro. Esse índice é calculado segundo a mesma metodologia do IPCA, mas a coleta dos dados é feita entre os dias 15 de cada mês.

9h30 - O instituto divulga o IPCA - E entre julho e setembro, que mede a inflação ao consumidor de forma aproximadamente contínua, baseando sua referência nos trimestres.

9h30 - Ainda a cargo do IBGE, será reportado a Pesquisa Mensal de Emprego referente ao mês de agosto, documento que descreve o mercado de trabalho no País.

10h00 - O Banco Central publica a Nota do Setor Externo de agosto, contendo informações sobre o balanço de pagamentos e as reservas internacionais computadas no período.

EUA

9h30 - Confira o número de pedidos de auxílio-desemprego (Initial Claims), em base semanal.

11h00 - Sairá o Existing Home Sales referente ao mês de agosto. O índice é responsável por medir as vendas de casas usadas no país.


Sexta-feira (25/9)

Brasil

Não serão apresentados índices relevantes no País.

EUA

9h30 - O Departamento de Comércio do país revela o Durable Good Orders de agosto, que avalia o volume de pedidos e entregas de bens duráveis no período.

10h55 - A Universidade de Michigan divulga a versão revisada do Michigan Sentiment de setembro, que mede a confiança dos consumidores na economia norte-americana.

11h00 - Sairá o New Home Sales, índice que mostra o número de casas novas com compromisso de venda realizado durante o mês de agosto.

Segunda-feira (28/9)

Brasil

8h30 - O Banco Central revela o relatório semanal Focus, que compila a opinião de consultorias e instituições financeiras sobre os principais índices macroeconômicos.

11h00 - O Ministério de Comércio Exterior reporta a Balança Comercial referente à última semana, que mede a diferença entre exportações e importações contabilizadas durante o período.

EUA

Não serão apresentados índices relevantes no país.

Bolsas de NY cedem com sinal de fim dos estímulos

por Gustavo Nicoletta de Agência ESTADO
23 de Setembro de 2009 19:05

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em baixa, com investidores deixando em segundo plano a avaliação do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de que a atividade econômica do país está acelerando e se concentrando no fim das medidas de estímulo adotadas pelo banco central para combater os efeitos da crise financeira.

Às 15h15 (de Brasília), o Federal Reserve anunciou que decidiu manter a taxa básica de juro entre zero e 0,25% e destacou sinais de recuperação da economia, além de reiterar que os juros devem continuar em níveis excepcionalmente baixos "por um período prolongado de tempo". O banco central, no entanto, também disse que vai desacelerar gradualmente o ritmo de compras de bônus lastreados em hipotecas, de forma a estender o programa até o fim do primeiro trimestre de 2010 e "promover uma transição suave nos mercados", de acordo com o comunicado.

A medida foi vista como um sinal de que o Fed está providenciando a remoção dos estímulos à economia e, segundo Kevin Caron, estrategista de mercado da Stifel Nicolaus, foi interpretada também "como um indício de que as taxas de juro podem começar a subir em breve". Isto teria pesado sobre o mercado de ações.

O banco central norte-americano também reiterou que pretende encerrar o programa de US$ 300 bilhões para a compra de Treasuries (títulos do Tesouro) em outubro.

O Dow Jones caiu 81,32 pontos, ou 0,83%, para 9.748,55 pontos, e encerrou o dia perto da mínima da sessão, de 9.740,84 pontos. O Nasdaq recuou 14,88 pontos, ou 0,69%, para 2.131,42 pontos, enquanto o S&P 500 teve queda de 10,79 pontos,ou 1,01%, para 1.060,87 pontos.

Ontem, o Dow Jones e o S&P 500 fecharam a sessão no maior nível desde o início de outubro de 2008, enquanto o Nasdaq encerrou o pregão com o fechamento mais alto desde o final de setembro. Os três índices acumulam ganhos superiores a 50% cada em relação às chamadas mínimas do mercado baixista, registradas no início de março.

Entre as ações individuais, as da General Mills subiram 4,6% após a companhia divulgar que seu lucro no primeiro trimestre fiscal cresceu 51% em relação a igual período do ano passado. A empresa também revisou em alta as perspectivas de lucro para o ano fiscal.

No setor automotivo, a Ford avançou 5% depois de afirmar que as vendas de automóveis nos EUA devem crescer nos próximos dois anos por conta dos programas de estímulo e da recuperação da economia.

No setor aéreo, a US Airways e a AMR caíram respectivamente 13,58% e 7,82% após anunciarem nesta semana medidas para aumentar a liquidez. A US Airways afirmou que ofertará 26,3 milhões de ações para levantar o equivalente a US$ 130 milhões, enquanto a AMR pretende emitir ações e bônus com o objetivo de levantar mais de US$ 500 milhões. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa passa por realização de lucros e cai 1,62%

por Agência ESTADO
23 de Setembro de 2009 18:11

Depois de subir quase 64% no acumulado do ano até ontem, o índice Bovespa da Bolsa de Valores de São Paulo passou hoje por uma realização de lucros que também o fez perder o nível de 61 mil pontos. Mas a trajetória não foi homogênea durante o pregão. O índice subiu pela manhã e também durante à tarde, acompanhando a ampliação dos ganhos em Wall Street depois que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) anunciou sua decisão de política monetária. Mas a queda de preço de matérias-primas (commodities) e a virada para baixo dos índices de ações em Nova York na reta final da sessão acabaram favorecendo os investidores que queriam embolsar parte dos ganhos recentes.

O Ibovespa recuou 1,62% e encerrou a quarta-feira nos 60.496,19 pontos. Na mínima da sessão, registrou 60.478 pontos (-1,65%) e, na máxima, os 61.630 pontos (+0,22%). Com a queda de hoje, os ganhos acumulados em setembro foram reduzidos a +7,10% e os de 2009 a +61,11%. O giro financeiro totalizou R$ 5,814 bilhões. Os dados são preliminares.

O Fed anunciou após sua reunião de política monetária que a taxa básica de juros do país continuará a oscilar entre zero e 0,25% ao ano, enquanto a de redesconto seguiu inalterada em 0,50%. Mas isso já era esperado pelo mercado que, no entanto, aprovou a decisão de estender até o final do primeiro trimestre de 2010 seu programa de US$ 1,25 trilhão de compra de ativos lastreados em hipotecas. O objetivo do BC norte-americano é ajudar o mercado financeiro se ajustar.

Fato é que as Bolsas norte-americanas acabaram ampliando os ganhos após o anúncio, mas sem sustentar a força por muito tempo. Acabaram virando na reta final e o Dow Jones recuou 0,83%, aos 9.748,55 pontos, o S&P 500 fechou em baixa de 1,01%, aos 1.060,87 pontos, e o Nasdaq, com desvalorização de 0,69%, aos 2.131,42 pontos.

Além da virada para baixo das Bolsas norte-americanas, o que abriu caminho também para a realização de lucros na Bovespa foi o comportamento das commodities no mercado externo. Os dados semanais de estoques de petróleo subiram acima das previsões e levaram a commodity a fechar em queda acentuada na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex).

Esse comportamento, na avaliação de Fausto Gouveia, economista da Legan Asset, foi responsável por conter a alta da Bovespa nos momentos em que operou no azul. "O ingresso de recursos, no entanto, está tão intenso que conseguiu fazer as compras se sobreporem às perdas em alguns momentos do dia", disse.

O contrato futuro de petróleo com vencimento em novembro negociado na Nymex terminou a US$ 68,97 por barril, em baixa de 3,89%, depois que o Departamento de Energia (DOE) dos Estados Unidos anunciou aumento de 2,855 milhões de barris de petróleo nos estoques na semana encerrada em 18 de setembro, ante estimativas de queda de 1,5 milhão de barris. A alta dos estoques de gasolina foi ainda maior, de 5,409 milhões de barris, ante expectativa de +400 mil.

Petrobras terminou a sessão com perda de 2,11% na ação ON e de 1,64% na ações PN. A queda do petróleo, no entanto, acabou disseminada pelas commodities metálicas e empurrou para baixo também os preços de Vale e siderúrgicas. Vale, ON acabou em baixa de 0,98%, Vale. PNA, de -1,24%, Gerdau PN, de -2,59%, Metalúrgica Gerdau, PN, de -3,35%, Usiminas PNA, de -1,51%, e CSN PN, de -2,01%.