sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Wall St fecha em alta com sinais de melhora no crédito

por Rodrigo Campos de Reuters
31 de Outubro de 2008 18:32

NOVA YORK (Reuters) - As bolsas de valores norte-americanas tiveram em outubro um dos piores meses já registrados, mas sinais de descongelamento dos mercados de crédito impulsionaram as ações nesta sexta-feira.
Segundo dados preliminares, o índice Dow Jones teve alta de 1,57 por cento, a 9.325 pontos. O Standard & Poor's 500 subiu 1,54 por cento, a 968 pontos. O Nasdaq avançou 1,32 por cento, a 1.720 pontos.
Na melhor semana desde outubro de 1974, o Dow subiu 11,3 por cento. O S&P 500 avançou 10,5 por cento no período, maior alta semanal desde janeiro de 1980. O Nasdaq ganhou 10,9 por cento de segunda a sexta-feiras.
Já o mês de outubro foi completamente diferente, com a pior queda percentual do Dow desde agosto de 1998 e desde a crise de outubro de 1987 para o S&P 500. Para o Nasdaq, o recuo mensal foi o maior desde fevereiro de 2001.

Bolsa fecha o dia em queda e tem pior mês desde 1998

por Agência ESTADO
31 de Outubro de 2008 18:58

As altas em Wall Street na última sessão deste mês não foram suficientes para impedir um movimento de realização de lucros nos negócios locais e garantirem mais um fechamento positivo da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) hoje. Ao fim dos negócios, o índice Bovespa caiu 0,51%, a 37.256,84 pontos, após ganho superior a 27% nas três sessões anteriores. O volume financeiro somou R$ 4,773 bilhões.
A Bolsa brasileira chegou a registrar alta com a ampliação dos avanços em Nova York, mas quando os índices acionários americanos perderam o fôlego e desaceleraram os ganhos, o Ibovespa passou a mostrar oscilação e, conforme os pregões nos Estados Unidos afastavam-se das máximas do dia, o índice local firmava-se no território negativo. Assim, o Ibovespa encerrou o dia em queda, tendo oscilando entre 35.858 pontos na mínima (-4,25%) e 37.945 pontos na máxima (+1,33%). Na semana, o índice brasileiro contabilizou uma valorização de 18,34% - a maior alta semanal desde o período encerrado em 18 de setembro de 1998, quando acumulou alta de 24,29%, conforme dados da Economática. Isso, contudo, não impediu que a Bolsa brasileira tivesse em outubro o pior desempenho mensal desde agosto de 1998, registrando uma queda de 24,80%. Naquela ocasião, o Ibovespa caiu 39,55%. No ano até outubro, as perdas alcançam 41,68%.
Após uma manhã mais fraca, com as ações brasileiras sob efeito de realização de lucros e o Ibovespa também pressionado pela queda dos papéis da Vale, em meio a notícias sobre corte na produção da mineradora, o viés mudou com a ampliação dos ganhos em Nova York. O pregão local inverteu a trajetória de baixa, renovou máximas e, por pouco, não garantiu a quarta alta seguida - que seria um número importante, considerando que, no mês, o Ibovespa havia encerrado no azul em apenas sete sessões até ontem. Tal resultado não foi alcançado justamente porque as Bolsas nos EUA desaceleraram o avanço.
No fechamento, o índice Dow Jones registrou elevação de 1,57%, a 9.325,01 pontos - na máxima chegou a 9.454,36 pontos (+2,98%). Na semana, acumulou ganho de 11,3%, a melhor semana desde outubro de 1974, mas no mês caiu 14% - o pior desempenho desde agosto de 1998. O S&P-500 subiu 1,54%, a 968,75 pontos hoje e o Nasdaq Composite aumentou 1,32%, a 1.720,95 pontos.
Hoje, indicadores econômicos nos Estados Unidos mostraram queda maior na confiança dos consumidores americanos e o índice de atividade industrial dos gerentes de compra de Chicago também recuou. Os índices acionários, contudo, encontraram suporte, principalmente, no desempenho positivo das ações do setor financeiro.

Ações

No mercado acionário doméstico, além de um claro movimento de vendas para embolsar os lucros recentes, também pesou o recuo dos preços das matérias-primas (commodities) - embora o petróleo tenha invertido as perdas da manhã e encerrado em alta de 2,8%, a US$ 67,81 o barril em Nova York. Contudo, metais e alguns itens agrícolas recuaram. Nesse contexto, vale citar que o banco suíço UBS reduziu suas previsões para os preços das commodities em 2009 em 37% em média, em linha com o corte das estimativas para o crescimento global para 1,3%, ante a projeção anterior de 2,2%. Ainda, revisou a previsão para o preço do minério de ferro para queda de 40%, ante baixa de 15% na estimativa anterior.
Isso afetou as ações da Vale mais cedo, quando os papéis também refletiam a reação dos investidores à decisão da mineradora de reduzir sua produção de minério de ferro, níquel e alumínio, entre outros produtos, diante do cenário de desaceleração do crescimento da economia global, em meio à crise financeira. À tarde, as ações mudaram a direção e encerraram em alta. Os papéis preferenciais classe A (PNA) subiram 0,79% e as ações ordinárias (ON) ganharam 2,16%.
Os papéis da Petrobras foram um importante ponto de suporte para a manutenção dos ganhos do Ibovespa nesta sessão. No encerramento, as PN da estatal registraram valorização de 2,01% e as ON, de 1,78%.
Além disso, do lado positivo, vale citar os ganhos das ações PN classe B (PNB) da Aracruz, que fecharam em alta de 2,40%, após liderarem os ganhos do Ibovespa por alguns períodos. Segundo fontes, a empresa liquidou ontem 85% de suas posições de derivativos de câmbio e deveria liquidar o restante até o fim do dia de hoje. Ao câmbio atual, na casa de R$ 2,10, as perdas são estimadas em aproximadamente US$ 2 bilhões.
As ações ON da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) também se destacaram neste último pregão de outubro e encerraram com a maior alta do Ibovespa, de 7,43%, após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre. Ontem à noite, a CCR anunciou lucro líquido de R$ 219,6 milhões no terceiro trimestre, uma alta de 22,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Na seqüência, apareceram os papéis PN da Sadia (+5,74%) e ON da Perdigão (+5%).
Na ponta negativa, as ações ON das Lojas Renner lideraram as perdas do Ibovespa, com queda de 14,91%, após a divulgação de resultados do terceiro trimestre abaixo do esperado pelo mercado. Ontem, a companhia anunciou lucro líquido de R$ 31,5 milhões no terceiro trimestre.
Na seqüência, as maiores perdas foram registradas no setor de construção civil, por Cyrela e Gafisa, em um claro movimento de realização de lucros, após as ações registrarem ganhos expressivos esta semana por causa da criação de uma linha de R$ 3 bilhões para financiamento de capital de giro das construtoras habitacionais por meio da Caixa Econômica Federal. Cyrela ON caiu 12,40% e Gafisa ON recuou 10,66%.

Vale reduz produção e anuncia férias coletivas

por Agência ESTADO
31 de Outubro de 2008 08:55

A Vale anunciou hoje a decisão de reduzir sua produção de minério de ferro, níquel e alumínio, entre outros produtos, diante do cenário de desaceleração do crescimento da economia global, em meio à crise financeira. Segundo a mineradora, já existe "significativa acumulação de estoques" de alguns metais. Apesar disso, a empresa assegurou que os investimentos de US$ 14,2 bilhões programados para 2009 estão mantidos, dada a "confiança nos fundamentos de longo prazo dos mercados de minérios e metais". A produção de minério de ferro da companhia, segundo fato relevante, será reduzida em 30 milhões de toneladas métricas anuais. A empresa irá paralisar a partir de amanhã (1º de novembro) as atividades de algumas minas localizadas no sistema Sul e Sudeste, no Estado de Minas Gerais. "Estas unidades apresentam maior custo e produzem minérios de qualidade inferior relativamente aos demais produzidos pela Vale", segundo a Vale. Conforme a mineradora, os empregados nessas unidades entrarão em férias coletivas. A Vale informou que a readequação da oferta de minério se faz necessária diante dos anúncios de cortes na produção de aço por siderúrgicas em diversas regiões, estimados em cerca de 20% da produção global em 2007 e com implementação imediata. Duas unidades de produção de pelotas, representando cerca de 20% da capacidade nominal de produção da matéria-prima, farão parada para manutenção a partir de novembro. Manganês e ferro ligas Além disso, a Vale vai paralisar as atividades produtivas de minério de manganês e ferro ligas no Brasil em dezembro próximo e janeiro de 2009. Na França, a planta de ferro ligas de Dunquerque ficará desativada até abril do ano que vem. Na Noruega, a parada para a reforma de um forno na planta de Mo I Rana se estenderá até junho de 2009. "Dessa forma, haverá redução de produção de 600 mil toneladas métricas de minério de manganês e 90 mil toneladas métricas de ferro ligas relativamente ao programado para o primeiro semestre de 2009", segundo a Vale. Níquel Com relação ao níquel, a Vale está deixando de utilizar energia de geração termelétrica na operação na Indonésia, o que levará a corte na produção do metal da ordem de 20%, representando 17 mil toneladas métricas. A refinaria de níquel em Dalian, na China, continuará operando a 35% de sua capacidade nominal de 60 mil toneladas métricas anuais. Alumínio e caulim No alumínio, a empresa optou por reduzir as atividades da subsidiária integral Valesul, no Rio de Janeiro. Segundo a Vale, a unidade opera com custos elevados, sobretudo em razão dos gastos com energia elétrica, insumo fundamental para a produção do metal. "Tendo em vista a necessidade do cumprimento de obrigações contratuais, a produção da Valesul será limitada a 40% de sua capacidade nominal de 95 mil toneladas métricas anuais", de acordo com a mineradora. Por fim, a produção de caulim para revestimento de papel na subsidiária Cadam, no Amapá, será reduzida em 30% relativamente a sua capacidade nominal, informou a Vale.

IBOV...após 30/10...tendência de realização


Análise: Indicadores "sobrecomprados" sinalizam possibilidade de início de novo ciclo de realizações.

Suportes: 37.000, 36.200, 34.200, 33.800 e 32.200 pontos.
Resistências: 37.480, 38.750 e 39.100 pontos

DJI...após 30/10...tendência de queda


Análise: Indicadores fortemente "sobrecomprados" sinalizam tendência de realização
Possibilidade de formação de triângulo de queda, na eventual perda de suporte nos 8.900 pontos poderá levar DJI a buscar no curto prazo, objetivos de queda em 8.420 pontos.

Suportes em 9.050, 8.900, 8500 e 8.420 pontos.
Resistências em 9.180, 9.300 e 9.900 (pouco provável) pontos.

INDZ08...após 30/10...tendência de queda...


Análise: Apesar de indicadores importantes como o IFR, Estocástico e CCI/Ma cruzamento sinalizarem ainda tendência de alta, os osciladores de momento estão mostrando divergência negativa (estão descendentes quando os topos do gráfico se mantêm ascendentes) snalizando que a qualquer momento o Ibovespa poderá realizar após a sequência de altas dos últimos 3 pregões.

Objetivos imediatos de queda: 36.200, 35.550 e 33.850 pontos

Objetivos imediatos de alta (pouco provável): 39.200 e 40.100