terça-feira, 30 de junho de 2009

Bolsa de NY recua, mas saldo do trimestre é positivo

por Suzi Katzumata de Agência ESTADO
30 de Junho de 2009 19:28

Nova York - Os principais índices de ações do mercado norte-americano fecharam em baixa na última sessão do segundo trimestre, com uma inesperada deterioração na confiança do consumidor norte-americano e uma queda nos preços do petróleo desencadeando uma liquidação. Contudo, o saldo do trimestre foi positivo, com o índice S&P-500 registrando o melhor desempenho em mais de uma década, com um ganho de 121,45 pontos, ou 15%, que interrompeu uma série de seis trimestres consecutivos de perdas.

O índice Dow Jones acumulou um ganho de 11% no segundo trimestre, marcando o primeiro trimestre positivo em mais de um ano e meio. O Nasdaq registrou uma valorização de 306,45 pontos, ou 20%, a maior alta porcentual em um trimestre em seis anos.

As ações foram pressionadas pelo fraco número de confiança do consumidor de hoje, segundo Kevin Beadles, diretor de transações do Wedbush Morgan Securities. "O dado mostra que as pessoas ainda estão preocupadas com relação ao emprego e os dados do setor de moradia, embora tenham vindo um pouco melhor que o esperado, mostrara que ainda existem questões com os preços das casas", acrescentou.

As ações da Caterpillar caíram 4,98% e lideraram as perdas no índice Dow Jones. A fabricante de equipamentos pesados, junto com outras ações mais sensíveis à economia, caiu em reação ao recuo no indicador de confiança do consumidor norte-americano em junho, especialmente com relação às expectativas para a economia nos próximos seis meses.

No setor de energia, as ações da Chevron caíram 0,94% e as da ExxonMobil fecharam em queda de 0,95%, pressionadas pela queda dos preços do petróleo para abaixo de US$ 70 por barril na New York Mercantile Exchange (Nymex).

O índice Dow Jones caiu 82,38 pontos (-0,97%) no dia e fechou com 8.447 pontos; no acumulado do ano, o índice continua em território negativo, com uma queda de 3,75%. O Nasdaq caiu 9,02 pontos (-0,49%) e fechou com 1.835,04 pontos; no ano, o índice sustenta um ganho de 16,36%. O S&P-500 recuou 7,91 pontos (-0,85%) e fechou com 919,32 pontos, mas no ano o saldo é positivo com uma alta de 1,78%. As informações são da Dow Jones.

Bolsa cai 3,25% em junho, mas ganha 37% no semestre

por Agência ESTADO
30 de Junho de 2009 18:22

Depois de três meses consecutivos de ganhos, período no qual subiu 39,32%, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou a amargar queda. Com a saída dos investidores estrangeiros - os principais responsáveis por conduzir os ganhos nos meses anteriores -, o índice Bovespa (Ibovespa), principal referência do mercado de ações brasileiro, encerrou junho com baixa de 3,25%. No semestre, este foi o segundo mês de queda - em fevereiro, o Ibovespa caiu 2,8% - o que não atrapalhou o resultado acumulado dos primeiros seis meses do ano, considerado para lá de exuberante: +37,06%.

Nesta terça-feira, os ventos até amanheceram favoráveis a mais um pregão de ganhos, em meio ao movimento de fim de mês e de semestre, onde os gestores tratam de melhorar o desempenho das carteiras. Mas a confiança do consumidor norte-americano entornou o caldo - e os indicadores europeus também não ajudaram. Assim, as bolsas, que vinham subindo, viraram e caíram. O Ibovespa, assim, terminou a terça-feira em queda de 1,29%, aos 51.465,46 pontos. Na mínima, atingiu os 51.102 pontos (-1,99%) e, na máxima, os 52.435 pontos (+0,57%). O giro financeiro negociado hoje totalizou R$ 5,160 bilhões. Os dados são preliminares.

O que fez os ganhos da abertura se esvaírem foi o indicador da Conference Board. A confiança do consumidor norte-americano caiu de 54,8 em maio para 49,3 em junho. Além de contrariar a expectativa de melhora para 56 pontos, o indicador também voltou a ficar abaixo de 50, o que indica retração econômica. Isso acabou alimentando preocupações sobre a economia americana e sobre a sustentabilidade da melhora exibida até agora. Com a influência do dado da Conference Board, as Bolsas norte-americanas recuaram. O Dow Jones fechou em baixa de 0,97%, aos 8.447,00 pontos, o S&P recuou 0,85%, aos 919,32 pontos, e o Nasdaq sofreu redução de 0,49%, aos 1.835,04 pontos.

O dado norte-americano fraco também influenciou as bolsas europeias - sobretudo as ações de bancos e de petrolíferas -, que ainda tiveram indicadores frágeis locais para repercutir nos negócios. Uma das más notícias na Europa lá foi a queda do PIB britânico, de 4,9% no primeiro trimestre deste ano em relação ao primeiro trimestre do ano passado, a maior desaceleração desde o início dos registros em 1948.

No Brasil, o único indicador previsto era o do nível de atividade (INA) da indústria paulista, que subiu 0,9% em maio na comparação com abril deste ano, no cálculo com ajuste sazonal. No cálculo sem ajuste houve alta de 6,9% na comparação com abril, segundo a Fiesp. Os dados, no entanto, não fizeram preço nas ações, que acompanharam o comportamento do mercado externo.

Apesar de a Bovespa acompanhar as bolsas externas e com perdas um pouco maiores, uma fonte bem resumiu o desempenho do semestre. "Não dá para reclamar. Achávamos que o Ibovespa estaria nos 46 mil pontos e ele está nos 51 mil", comparou. Este especialista do mercado de renda variável chamou a atenção, entretanto, que o segundo semestre não deve ser tão favorável às ações. "Acho que os primeiros seis meses foram uma correção a um tombo exagerado, já que o Ibovespa caiu muito (até 29 mil pontos no pior momento da crise). O segundo semestre pode apresentar surpresas sobre a economia mundial", avaliou.

Poucas ações tiveram alta hoje. Uma delas foi Eletropaulo PNB, que subiu 2,15%, na segunda maior elevação do Ibovespa (+2,15%), depois que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou reajuste médio de 13,03% para suas tarifas, a partir de sábado.

Petrobras e Vale seguiram os preços de matérias-primas nas bolsas de mercadorias internacionais (commodities) e terminaram em baixa. Petrobras ON caiu 1,62% hoje, acumulou perda de 7,11% em junho e alta de 47,17% no primeiro semestre. Petrobras PN recuou 1,82% hoje, caiu 5,81% no mês e subiu 43,71% no acumulado de janeiro a junho. Vale ON terminou o dia em baixa de 1,17%, acumulou queda de 9,26% em junho e valorização de 26,44% na primeira metade do ano, enquanto Vale PNA registrou baixa de 1,49% hoje, queda de 8,15% em junho e alta de 27,14% no primeiro semestre

IBOV...suportes e resistências após 29/06.



O Ibovespa abriu na mínima em 51.488, foi buscar a máxima em 52.275 pontos e finalizou em 52.137 pontos (+1,27%).O "candle" do gráfico diário é praticamente um "marubozu vazio", mostrando a predominância da pressão vendedora. Tentou sem êxito romper o topo recente nos 52.500 pontos. É possível ocorrer alguma realização após a sequência de 5 pregões já que está praticamente no topo do sub-canal de baixa, que se encontra nos 52.500 pontos.

Suportes imediatos em 51.780, 51.600, 51.150 e 51.040 pontos.
Resistências imediatas em 52.150, 52.270 e 52.570 pontos.

DJI...suportes e resistências após 29/06


DJI abriu em 8.440, veio até a mínima em 8.429, reverteu até atingir a máxima em 8.533 e finalizou em 8.529 pontos ( +1,08%). O "candle" do gráfico formado é um piercing que sugere indefinição de tendência. Por diversas vezes DJI tentou sem sucesso romper os 8.530 pontos. A retomada desse patamar projeta DJI nos 8.800 pontos, novamente. A perda em definitivo dessa resistência poderá levar DJI a cumprir objetivo de queda nos 7.990 pontos, caso perca o fundo duplo recente nos 8.260 pontos.

Suportes imediatos em 8.520, 8.510, 8.450, 8.430, 8.400 e 8.350 pontos.

Resistências imediatas em 8.530, 8.550, 8.585 e 8.620 pontos.