quinta-feira, 26 de junho de 2008

IBOV...após 25/06...forte alta reduziu "sobrevenda" dos indicadores...


O Ibovespa abriu em alta nos 64.173 pontos (mínima do dia) e aproveitou o "bom humor" dos mercados futuros para retomar os 65 mil pontos, enquanto aguardava pelos desdobramentos da reunião do FED. Na meia-hora que se seguiu ao anúncio da reunião, acelerou para retomar os 66 mil pontos, indo encontrar resistência nos 66.308 pontos (+ 3,33%) na máxima do dia. Depois, com a reversão de DJI, refluiu até finalizar em 65.853 pontos (+ 2,63%).

Análise: Depois de 5 pregões em queda, o Ibovespa reagiu com uma boa alta. Essa correção fez com que vários indicadores que estavam relativamente "esticados" (sobrevendidos) pudessem normalizar. Os principais indicadores do gráfico diário apontam para tendência de alta. Porém, como o IBOV está muito sintonizado com DJI é importante verificar os índices futuros do Ibovespa e dos mercados futuros americanos, para confirmar (ou não) essa tendência. No curto prazo porém, continua a tendência de queda.

Suportes em 65.750, 65.250, 64.650, 63.750, 62.700 e 62.000 pontos.
Resistências em 65.750, 66.800 e 67.580 pontos.

DJI...após 25/06...mesmo com juros em 2%, tendência de queda continua...


DJI abriu nos 11.805 pontos e enquanto aguardava o resultado da reunião do FED, retomou o patamar intermediário entre os 11.850 e os 11.880 pontos, e aí ficou oscilando até o anúncio da manutenção da taxa em 2%. Na primeira meia-hora após o anúncio mostrou muita volatilidade (11.835 até 11.900), depois rompeu 11.900 indo buscar sua máxima próximo da LTA de 2 anos, em 11.924 pontos. A partir daí na última hora de pregão refluiu até a mínima em 11.789 para depois finalizar praticamente estável em 11.811 pontos (alta de 0,04%).

Análise: DJI quase conseguiu recuperar o suporte na LTA de 2 anos, agora nos 11.925 pontos. Formou praticamente outro "doji" de indefinição, enquanto deve analisar melhor os detalhes do comunicado do FED. O retorno ao patamar dos 11.800 pontos no final do pregão, depois de ter atingido a máxima acima dos 12.900, piorou os indicadores do gráfico de 30 minutos. No gráfico diário os principais indicadores ainda mantêm tendência de queda. A força dos índices futuros poderá nortear melhor como será a abertura de DJI, nesta quinta.

Suportes em 11.770, 11.645 e 11.580 pontos.
Resistências imediatas em 11.850, 11.915 e 11.960 pontos.

Ibovespa fecha em alta de 2,63% após decisão do Fed

por Claudia Violante da Agência Estado
25.06.2008 17h30

A manutenção da taxa de juros nos EUA, a queda do petróleo, a capitalização do Barclays e indicadores americanos favoráveis fizeram com que a Bovespa trabalhasse o dia todo com alta firme e registrasse a segunda maior variação porcentual do mês de junho (é preciso fazer a ressalva, no entanto, que neste mês a Bolsa subiu em apenas seis sessões, considerando a de hoje).
O Ibovespa, principal índice, encerrou em alta de 2,63%, aos 65.853,3 pontos, na segunda maior elevação do mês, atrás da registrada no dia 5 (+3,69%). Oscilou entre a mínima de 64.173 pontos (+0,01%) e a máxima de 66.308 pontos (+3,34%). No mês, as perdas foram reduzidas a -9,35% e, no ano, os ganhos somam 3,01%. O volume financeiro negociado hoje totalizou R$ 6,575 bilhões.
O Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) decidiu hoje, pela primeira vez desde a metade do ano passado, não alterar sua taxa de juro de curto prazo, que está em 2% ao ano. Foram 9 votos contra 1, do dirigente da regional do Fed de Dallas, Richard Fisher, que preferia uma elevação do juro para combater a inflação. A taxa de redesconto, crédito emergencial do Fed para bancos, também foi mantida no nível atual, de 2,25% ao ano.
Como a decisão era a que o mercado esperava, a reação foi positiva. E os ganhos acabaram se amplificando após o anúncio porque também o comunicado do Fed foi considerado suave. “Os riscos de alta para a inflação e as expectativas de inflação aumentaram", mas, apesar disso, o Fed “espera que a inflação se modere mais tarde neste ano e no próximo ano”, diz o texto no trecho destacado como leve pelos analistas.
Com o alívio proporcionado pelo Fed, muitos investidores voltaram ao mercado doméstico e foram às compras, principalmente das pechinchas que se formaram com o tombo da Bovespa no mês. Um dos destaques foi Petrobras, que caía na sessão até antes do anúncio do Fed por causa do petróleo em baixa e então passou a subir. As ações encerraram em alta de 2,70% as PN e 2,80% as ON. Vale manteve a trajetória de elevação que registrou durante o dia e encerrou em +2,07% as ON e +2,66% as PNA. Os setores siderúrgico e bancário, destaques de baixa nos últimos dias, também avançaram.
Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, não sustentou os ganhos mais firmes exibidos mais cedo e terminou a sessão em +0,04%. O S&P subiu 0,58% e o Nasdaq avançou 1,39%. A queda do petróleo após a alta dos estoques da commodity nos EUA foi uma das justificativas para o sinal positivo dos índices acionários por lá. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo encerrou em baixa de 1,79%, a US$ 134,55 por barril.
Além dos estoques, foram divulgados nos EUA o dado de encomendas de bens duráveis em maio, que ficou estável, ante previsão de queda de 0,5%, e a venda de imóveis novos, que recuou 2,5%, para 512 mil unidades (ante previsão de queda para 510 mil). Outra notícia favorável foi a do Barclays, que vai se capitalizar em US$ 8,9 bilhões por meio de emissão de ações.