sexta-feira, 4 de setembro de 2009

NY tem 2o dia de alta por dado de emprego e tecnologia

por Angela Moon de Reuters
04 de Setembro de 2009 18:06

NOVA YORK (Reuters) - As bolsas de valores norte-americanas encerraram em alta nesta sexta-feira, à medida que investidores se concentraram no lado positivo de um relatório sobre o mercado de trabalho no país.

Os dados mostraram menos demissões que o previsto em agosto, ainda que a taxa de desemprego tenha atingido o maior patamar em 26 anos.

O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, avançou 1,03 por cento, para 9.441 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 1,79 por cento, para 2.018 pontos. O Standard & Poor's 500 ganhou 1,31 por cento, para 1.016 pontos.

Na semana, contudo, os índices acumularam queda. O Dow Jones cedeu 1,1 por cento, o S&P 500 recuou 1,2 por cento e o Nasdaq perdeu 0,5 por cento.

O mercado operou perto da estabilidade durante os negócios da manhã, antes de uma forte alta à tarde, com os principais índices ganhando ao redor de 1 por cento.

"Sim, a taxa de desemprego veio um pouco pior que o esperado, mas o que teve mais peso foi o relatório sobre os cortes de vagas, que veio melhor que a expectativa", disse o chefe de operações em equities Robert Francello, da Apex Capital, em San Francisco.

"Os dados forneceram um alívio à medida que nos aproximávamos do fechamento, e algumas pessoas estão cobrindo posições aqui antes de um final de semana prolongado."

Os ganhos ocorreram de maneira geral, com as ações do setor de tecnologia na liderança. Os papéis de semicondutoras subiram depois de o presidente-executivo da Intel afirmar que o envelhecimento dos computadores pessoais e o lançamento do sistema operacional Windows 7, da Microsoft motivarão as empresas a começar a gastar com PCs no próximo ano.

As ações da Intel avançaram 1,1 por cento, enquanto as da Microsoft encerraram valorizados em 2,1 por cento, ambos nas operações no índice Nasdaq.

EUA aliviam, Mantega anima e Bovespa avança 1,7%

por Aluísio Alves de Reuters

04 de Setembro de 2009 18:07

SÃO PAULO (Reuters) - A desaceleração do ritmo de demissões nos Estados Unidos e previsões animadoras do governo brasileiro sobre o PIB do segundo trimestre levantaram a bolsa paulista na sexta-feira antes do fim de semana prolongado.

Apoiado também pela forte recuperação das construtoras domésticas, o Ibovespa avançou 1,7 por cento, aos 56.652 pontos, na maior alta diária em um mês.

O giro financeiro da sessão, turbinado pelos 2,3 bilhões de reais da oferta pública de aquisição de ações da Nossa Caixa, atingiu 6,4 bilhões de reais.

Nos EUA, a fonte de otimismo foi a notícia de que o mercado de trabalho do país eliminou 216 mil postos de trabalho em agosto. Embora isso tenha levado a taxa de desemprego ao maior nível em 26 anos, o dado foi recebido com alívio pelos investidores, que esperavam número ainda pior.

Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones fechou o dia valorizado em 1,03 por cento.

No lado doméstico, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, acabou animando mais ainda o investidor ao antecipar que a economia brasileira deve ter crescido até 2,0 por cento no segundo trimestre deste ano. O número oficial será divulgado na próxima sexta-feira.

"Isso acabou intensificando o movimento que já era positivo", disse Walter Mendes, diretor de renda variável do Itaú Unibanco.

Essa combinação tirou os negócios do marasmo do início do dia, com investidores na defensiva antes de feriados de segunda-feira que fecham os mercados, o Dia da Independência no Brasil e o Dia do Trabalho nos EUA.

Ações de maior liquidez saíram na frente. O papel preferencial da Vale ganhou 1,5 por cento, para 33,04 reais, enquanto a preferencial da Petrobras creseu 1 por cento, para 32,51 reais.

No vácuo desse movimento, ações de grandes construtoras que haviam sido severamente castigadas no começo da semana em meio a anúncios de fusão e ofertas de ações, tiveram forte reação.

Em destaque, Cyrela disparou 8,4 por cento, para 22,60 reais, seguida por Rossi Residencial, com um salto de 7,8 por cento, valendo 11,97 reais. Gafisa ganhou 5,1 por cento, para 26,54 reais.

Nossa Caixa, alvo da oferta pública de aquisição feita pelo Banco do Brasil, que teve 97,7 por cento de adesão dos minoritários, foi a pior do dia, com baixa de 8,1 por cento, cotada a 69,00 reais.