quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Bolsa de NY recua ao menor nível desde março de 2003

19 de Novembro de 2008 20:23

O mercado norte-americano de ações fechou em queda forte, em reação a sinais de que a indústria automotiva dos EUA não receberá mais ajuda do governo, expectativa crescente de uma recessão prolongada, temor de deflação e falta de confiança contínua no setor financeiro. O índice Dow Jones teve sua maior queda desde 22 de outubro e fechou abaixo dos 8.000 pontos pela primeira vez desde 31 de março de 2003. O Nasdaq fechou no nível mais baixo desde 14 de abril de 2003. O S&P-500 também fechou no nível mais baixo desde março de 2003.
O Dow Jones fechou em queda de 427,47 pontos, ou 5,07%, em 7.997,28 pontos. A mínima foi em 7.987,08 pontos e a máxima em 8.504,64 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 96,85 pontos, ou 6,53%, em 1.386,42 pontos (mínima do dia), com máxima em 1.493,05 pontos. O S&P-500 caiu 52,54 pontos, ou 6,12%, para fechar em 806,58 pontos, com mínima em 806,18 pontos e máxima em 864,57 pontos. O NYSE Composite caiu 353,67 pontos, ou 6,59%, e fechou em 5.011,99 pontos.
O dia foi marcado pela volatilidade. O índice de volatilidade VIX, que acompanha os preços aos quais os investidores estão dispostos a comprar e vender opções do índice S&P-500, subiu 9,8% e fechou em 74,3, nível mais alto desde 27 de outubro; hoje foi apenas a quarta vez na história que o VIX fechou acima de 70.
Os temores de uma recessão prolongada foram alimentados pela revisão para baixo das projeções de desempenho da economia do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), divulgadas junto com a ata da última reunião de política monetária, e pelo índice de preços ao consumidor de outubro, que registrou a maior queda em 61 anos.
"Uma vez que rompemos níveis técnicos, não havia motivo para compradores aparecerem. Poderemos cair mais 10% ou 15%, dependendo dos informes de resultados das empresas", comentou Joseph Saluzzi, fundador da corretora Themis Trading.
As ações do setor financeiro estavam entre as que mais caíram: Citigroup perdeu 23,44%, Bank of America recuou 14,02% e JPMorgan Chase cedeu 11,42%. O Citigroup anunciou que comprará os últimos US$ 17,4 bilhões em veículos estruturados de investimento sobre os quais aconselhou investidores, como parte do esforço para se desvencilhar de perdas relacionadas a títulos hipotecários.
As ações das montadoras também caíram, no segundo dia de depoimentos dos executivos-chefes de General Motors, Ford e Chrysler no Congresso. Os sinais emitidos por senadores e pelo próprio governo são de que o setor automotivo não receberá mais ajuda oficial, além dos US$ 25 bilhões já aprovados pelo Congresso. As ações da Ford caíram 25% e as da GM recuaram 9,71%. As informações são da Dow Jones

Bolsa cai 2% hoje e perde 7% em quatro dias

por Agência ESTADO
19 de Novembro de 2008 18:53

A Bovespa acompanhou o sinal negativo das bolsas norte-americanas e fechou mais um dia em baixa, pela quarta sessão consecutiva. No período, acumulou perdas de 7,19%. Um índice de inflação e um dado do setor de moradias afetaram as ações em Wall Street, além das preocupações com as problemáticas montadoras. Aqui, os setores siderúrgico e bancário lideraram as ordens de vendas, ainda fortes nas ações de Vale e Petrobras.
O Ibovespa fechou em baixa de 2,02%, aos 33.404,55 pontos. Oscilou entre a mínima de 33.275 pontos (-2,4%) e a máxima de 34.786 pontos (+2,03%). No mês, acumula perdas de 10,34% e, no ano, de 47,71%. Por causa do feriado do Dia da Consciência Negra amanhã em algumas cidades brasileiras, entre elas São Paulo, o volume financeiro foi ainda mais fraco do que nos últimos dias e somou R$ 2,9 bilhões.
Às 18h19 (de Brasília), em Nova York, o índice acionário Dow Jones caía 3,05%, o S&P tinha baixa de 3,95% e o Nasdaq perdia 4,04%.
O temor com o futuro das montadoras norte-americanas permeou os negócios nos mercados acionários dos Estados Unidos hoje, depois que os dirigentes de GM, Ford e Chrysler pediram ontem, no Congresso, uma ajuda financeira extra às empresas. Os parlamentares resistem a dar mais dinheiro às empresas e os analistas e economistas estão preocupados em saber onde isso vai parar.
Com esse quadro no pano de fundo, os índices divulgados hoje desagradaram. Em outubro, houve queda de 4,5% no número de construções de residências iniciadas nos EUA ante setembro, para o recorde de baixa de 791 mil. Na comparação anual, as construções iniciadas ficaram 38,0% abaixo do nível de outubro de 2007. As licenças para construção também caíram fortemente, em 12,0%, o quádruplo do recuo de 3,1% esperado por analistas.
Nos preços, também houve queda. Mas o que seria bom em tempos de aquecimento econômico é ruim em crises, já que mostra a fragilidade da atividade econômica. O CPI, o índice de inflação no varejo, registrou deflação em outubro, tanto no dado cheio quanto no núcleo, que é mais observado pelos analistas. A queda ante outubro foi de 1%, a maior desde fevereiro de 1947. No núcleo, que exclui os preços de alimentos e energia, o declínio atingiu 0,1%, o maior desde dezembro de 1982.
No Brasil, as condições estão muito melhores do que as vistas nos Estados Unidos e Europa, basta ver os índices divulgados aqui hoje. A Receita comunicou que a arrecadação de impostos e contribuições federais atingiu o volume recorde R$ 65,4 bilhões no mês passado, com avanço real (já descontada a inflação) de 17,1% em relação a setembro e de 12,3% ante o mesmo mês de 2007. E o IBGE anunciou que a taxa de desemprego recuou para 7,5% em outubro, ligeiramente abaixo dos 7,6% em setembro e inferior à taxa registrada em outubro do ano passado, de 8,7%.
Apesar dos índices melhores, teremos contágio da crise, com a menor demanda de commodities (matérias-primas). Isso é uma das principais razões a deprimir o Ibovespa, formado majoritariamente por ações de empresas ligadas a este setor. Hoje, o setor siderúrgico foi um dos principais a operar no negativo, depois que a Votorantim Metais anunciou corte na produção de zinco e demissões. Vale ON caiu 2,15% e Vale PNA, 2,77%.
O setor bancário também pressionou o Ibovespa para baixo, sendo que as ações da Nossa Caixa foram exceção em grande parte do dia. O governador de São Paulo, José Serra, reuniu-se hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e cogitava-se que a venda do banco paulista para o BB seria um dos assuntos da pauta. Os papéis do BB fecharam com ligeira queda, de 0,6%, mas os demais tiveram retração forte. Nossa Caixa ON virou no final e caiu 0,37%.
As ações de Petrobras, que também chegaram a subir durante a manhã, retomaram o sinal negativo à tarde, influenciadas pelos preços deprimidos do petróleo. Petrobras PN recuou 4,29% e PN, 3,9%. Em Nova York, o barril fechou a US$ 53,62, baixa de 1,42%. Ontem, o gerente-geral de novos negócios da área de Exploração e Produção, José Jorge de Moraes Júnior, falou sobre a revisão do plano de negócios. Hoje, em esclarecimento à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a estatal informou que o plano de negócios ainda está em elaboração e, por isso, não possui no momento informações suficientes para afirmar sobre o adiamento e a antecipação de seus projetos e, conseqüentemente, sobre os seus possíveis impactos na curva de produção estimada para os próximos anos.

INDZ08...19/11...após 14 horas...confirmando a queda...


O Indice do Ibovespa está confirmando sua manutenção no sub-canal de baixa. Acima de 35.200 poderá romper esse sub-canal e buscar 35.700 e depois 36.200 no topo do canal superior. Abaixo de 34.500 poderá testar o fundo do canal em 33.700/33.500 pontos.
Abaixo desse suporte poderá buscar novo "sub-canal de queda" com objetivos em 32.600 pontos.

DJI...19/11...às 14 horas confirmando a tendência


DJI testou o topo do canal de queda nos 8500 pontos e não rompendo, refluiu aos 8.300 pontos. Acima dos 8520 poderá testar os 8.570 pontos e o topo do canal em 8.800 pontos.
Abaixo dos 8.300 pontos poderá vir novamente ao fundo do canal em 8.070 pontos.

IBOV...após 18/11...em tendência de queda...


O Ibovespa após refluir até os 34.800 pontos, na primeira hora de pregão, iniciou um processo de recuperação até sua máxima em 35.698 pontos (- 0,05%) dando a impressão que recuperaria a alta. A partir daí, refluiu continuadamente até atingir a mínima em 33.882 pontos ( -5,1%) para depois finalizar em 34.094 pontos (-4,54%). O "candle" no gráfico diário, é um "marubozu cheio", demonstrando o predominio da pressão vendedora. O triângulo de simetria existente no gráfico diário, rompeu para baixo, sinalizando a possibilidade da continuidade da queda. Os índices futuros antes da abertura poderão confirmar essa tendência para a abertura do pregão.

Suportes imediatos: 33.980, 33.400, 33.000 e 31.600pontos.
Resistências imediatas: 34.230, 35.100, 35.300 e 35.700 pontos.

DJI...após 18/11...tendência de queda...


Após avançar até a máxima nos 8.478 pontos na primeira metade de pregão, DJI iniciou uma realização até atingir a mínima em 8.107 pontos (-2,02%) dando a impressão de que fecharia em queda. A partir daí, na última hora de pregão recuperou sua tendência de alta até finalizar próximo da máxima em 8.425 pontos (+1,83%).Muita volatilidade, indo do fundo até o topo do canal de baixa, em uma hora de pregão. Essa volatilidade deverá ser a tônica dos próximos pregões, em tendência de queda.

Suportes imediatos: 8.390, 8.350, 8.260, 8.150 e 8.070 pontos.
Resistências imediatas: 8.480, 8.570, 8.730 e 8.800 pontos.