sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Dow Jones fecha em alta com dólar e baixa do petróleo

por Renato Martins da Agência Estado
15.08.2008 18h13

O mercado norte-americano de ações fechou com os principais índices em direções divergentes, o Dow Jones e o S&P-500 em alta e o Nasdaq em leve baixa. O dia foi marcado por indicadores econômicos mais fortes do que se previa, por nova alta do dólar e por novas quedas dos preços do petróleo e de outras matérias-primas (commodities). Segundo o estrategista Steven Goldman, da Weeden & Co., o movimento recente dos preços das commodities "sugere que um pico foi alcançado; haverá repiques no futuro, mas o enorme movimento de alta que havíamos visto anteriormente está concluído".
As ações do setor de consumo estavam entre as que mais subiram, em especial as das redes do comércio varejista, depois da divulgação dos informes de resultados de três delas no segundo trimestre (Kohl's ganhou 7,29%, Nordstrom avançou 4,37% e Abercrombie & Fitch disparou 8,44%). As da Wal-Mart subiram 2,19% e as da Procter & Gamble avançaram 2,71%.
No setor financeiro, as ações da Ambac Financial subiram 24,56% e as da MBIA avançaram 8,72%, depois de a agência de classificação de risco Standard & Poor's concluir a revisão de suas notas de crédito (ratings) sem rebaixá-las. As do Wachovia recuaram 1,52%, depois de o banco concordar em recomprar US$ 8,5 bilhões em títulos de leilão de taxas (auction-rate securities) para evitar um processo judicial por parte do procurador-geral do Estado de Nova York. As ações do setor de petróleo caíram, em reação à nova baixa dos preços do produto (ExxonMobil recuou 0,49% e Chevron perdeu 2,69%).
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,38%, em 11.659,90 pontos. O Nasdaq fechou em baixa de 0,05%, em 2.452,52 pontos. O S&P-500 subiu 0,41%, para 1.298,20 pontos. O NYSE Composite recuou 0,03%, para 8.383,67 pontos. Na semana, o Dow Jones acumulou uma queda de 0,63%, o Nasdaq, uma alta de 1,59% e o S&P-500, um ganho de 0,15%. As informações são da Dow Jones.

Nova queda faz Bovespa ampliar perda no ano para 15%

por Aluísio Alves
15 de Agosto de 2008 18:11

SÃO PAULO (Reuters) - A disseminação da análise de que o mundo está num processo de desaceleração patrocinou mais uma enxurrada de ordens de venda contra ações de empresas domésticas ligadas a matérias-primas, levando a Bolsa de Valores de São Paulo a nova queda.
O Ibovespa, que chegou a testar o menor nível do ano, recuperou-se parcialmente no fim, mas não o suficiente para evitar uma queda de 1,62 por cento, que o conduziu aos 54.244 pontos.
O giro financeiro somou 4,58 bilhões de reais, turbinado pelos 903 milhões de reais da oferta pública de recompra das ações da Telemig Celular pela Vivo .
Individualmente, as blue chips Petrobras e Vale foram as que mais pesaram no índice. A preferencial da petroleira caiu 2,3 por cento, a 32,67 reais, na cola do barril de petróleo, que caiu mais de 1 por cento, para a casa dos 113 dólares.
A preferencial da Vale, por sua vez, também não conseguiu resistir ao péssimo desempenho internacional das mineradoras e perdeu 2,2 por cento, a 35,70 reais.
"Dados de economias desenvolvidas reforçaram a análise de que o mundo está desacelerando, o que provocou nova forte queda das commodities", disse Pedro Galdi, analista da corretora SLW.
O mesmo cenário pesou sobre os papéis das fabricantes de aço. Assim, nem mesmo os convincentes resultados trimestrais da Companhia Siderúrgica Nacional livraram-na de ter um dos piores desempenhos do índice, caindo 3,76 por cento, a 52,15 reais.
Destoando da tendência negativa, Banco do Brasil estrelou avançando 2,25 por cento, para 22,29 reais, um dia depois de a maior instituição financeira do país ter reportado lucro líquido 54 por cento maior no segundo trimestre.
Ultrapar, a melhor do índice, subiu 4,1 por cento, para 59,40 reais, no segundo dia de fortes ganhos após o anúncio da compra dos negócios de distribuição da Texaco no Brasil por 1,16 bilhão de reais.

Ibovespa recua 1,62% hoje e perde 4,13% na semana

por Claudia Violante da Agência Estado
15.08.2008 17h36

Depois da breve recuperação nos dois pregões anteriores, a Bovespa voltou hoje ao comportamento predominante dos últimos tempos: queda. Por causa do recuo do petróleo e de metais, o Ibovespa, principal índice da Bolsa doméstica, passou por um declínio generalizado e voltou a fechar em níveis registrados no início do ano.
O Ibovespa terminou o dia em queda de 1,62%, aos 54.244,0 pontos, menor nível desde 23 de janeiro, quando havia fechado em 54.234,8 pontos. O índice oscilou hoje entre a mínima de 53.831 pontos (-2,37%) e a máxima de 55.307 pontos (+0,30%). Na semana, perdeu 4,13%, no mês, 8,84% e, no ano, acumula queda de 15,09%. O volume totalizou R$ 4,574 bilhões.
O preço do petróleo, que amanheceu em baixa, teve um incentivo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para manter-se com o mesmo sinal. Relatório da Opep destacou que a desaceleração econômica vai reduzir a demanda por petróleo, com conseqüente aumento dos estoques. O que significa preços mais baixos.
Os fundos não resolveram esperar para ver se as previsões vão se confirmar e já começaram a se desfazer de commodities (matérias-primas) agrícolas, em especial aquelas ligadas à produção de combustíveis, como milho, soja e açúcar, já que, se os estoques de petróleo subirem, haverá menor demanda, por exemplo, pelo etanol.
Em Nova York, o petróleo caiu 1,08% e fechou em US$ 113,77 por barril. Com os temores de enfraquecimento econômico que cresceram nesta semana ao redor do mundo, o dólar continuou a se valorizar contra o euro, e isso também ajudou a puxar para baixo os preços das outras commodities.
Diante do preço em baixa das matérias-primas, a Bovespa passou por uma queda generalizada nos papéis, liderada por Vale, Petrobras e siderúrgicas. Os bancos também fecharam com sinal negativo. Petrobras ON caiu 2,08%, PN, 2,30%, acumulando perdas de 2,31% e 2,62% na semana, respectivamente. O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, avaliou hoje que a queda do preço do petróleo pode ser passageira e tende a ser revertida. Vale perdeu 1,90% na ON (-0,7% na semana) e 2,22% na PNA (-1,38% na semana).
No mercado acionário americano, o índice Dow Jones terminou o dia em alta de 0,38%, o S&P-500 avançou 0,41% e o Nasdaq recuou 0,05%. Os destaques em Nova York foram as ações de varejistas, que divulgaram balanços favoráveis. Os indicadores conhecidos hoje também não decepcionaram. Por exemplo o índice Empire State, que mede a atividade no setor de manufatura na região de Nova York, que subiu para 2,77 em agosto, de -4,92 em julho.
Na segunda-feira, a agenda norte-americana de indicadores é fraca e, no Brasil, haverá o vencimento de opções sobre ações. Mas o volume deve ser fraco, dado o comportamento recente da Bovespa. As commodities seguem no horizonte.

O Ibovespa (nos 50 mil pontos) na visão de quem é adepto de Fibonacci...


A perda definitiva do suporte em 55 mil pontos (fibo de 61,8%), levará ao próximo objetivo de queda em 53 mil pontos (fibo de 78,6%)....e posteriormente, ao objetivo de queda projetado no suporte em 50.400 pontos (fibo de 100%).

Estaria aí o "fundo do poço"?
-Ainda não dá pra saber, só depois que estiver lá!...e DJI ajudar!...

DOW JONES EM EXEMPLO CLÁSSICO DE MASTRO E BANDEIRA...


Bandeira formada em antagonismo à tendência principal (MASTRO).
Bandeira perde o suporte (11.450 pontos)
Mercado retorna à tendência principal (MASTRO)
O topo da bandeira estabelece o objetivo de fundo do Mastro.
A perda de 10828 pontos poderá levar DJI a 9.789 pontos!...

IBOV...após 14/08...tendência de alta com resistência na LTB...


O Ibovespa abriu na mínima em 54.573 pontos e daí desencadeou forte reação positiva até atingir a máxima em 55.725 pontos (+2,11%), ainda na primeira metade do pregão. A partir daí, aguardando pelo desfecho de DJI também refluiu gradualmente até encontrar novo suporte em 54.760 pontos. Na última hora de pregão, reagiu até os 55.185 pontos, finalizando em 55.138 pontos ( +1,03%).

Análise: O IBOVESPA operou a primeira metade do pregão em forte alta. Na segunda metade, com DJI perdendo sustentação, também refluiu, sinalizando a possibilidade de formar novo "doji" de indefinição. A boa reação no final, produziu um candle no gráfico diário tipo "martelo invertido" sinalizando possibilidade de continuidade da alta. O Ibovespa fechou praticamente em cima da recente LTB secundária, cujo rompimento ocorrerá com abertura acima dos 55.400 pontos. A perda do suporte em 54.855 pontos, poderá levar o Ibovespa a testar novamente o suporte em 54.760 pontos. Apesar dos principais indicadores do gráfico diário sinalizarem alta, o oscilador de momentos do gráfico de "30 minutos" apresenta "divergência negativa" sugerindo possibilidade de reversão para queda. Os índices futuros do Ibovespa e dos mercados futuros americanos, antes da abertura, deverão confirmar (ou não) a tendência da abertura.

Abaixo de 54.855 suportes imediatos em: 54760, 54.430 e 54.330 pontos.
Acima de 55.420 pontos resistências em: 55.725, 56.690 e 56.950 pontos.

DJI...após 14/08...tendências divergentes, geram indefinição...


DJI abriu em 11.532 pontos e novamente "empurrado" pelos mercados futuros refluiu até buscar a mínima em 11.451 pontos. A partir daí, iniciou firme recuperação, retomando os 11.600 pontos, depois os 11.700 pontos até encontrar resistência na máxima em 11.718 pontos (1,59%). Na segunda metade do pregão, não resistindo a pressão vendedora, retornou à casa dos 11.600 pontos, perdeu esse suporte até buscar novo suporte em 11.585, mas na última meia-hora, reagiu para finalizar em 11.615 pontos (+0,71%).

Análise: Na abertura, DJI deu sequência à realização iniciada no pregão anterior, vindo novamente buscar suporte nos 11.450 pontos. A forte reação até os 11.700 , depois a perda dos 11.600 e no final a reação com fechamento acima dos 11.600 pontos produziu um "candle" no gráfico diário, semelhante a um "piercing", que pode sinalizar a possibilidade de continuidade da alta, no curto prazo. Apesar de manter ainda sinalização de alta nos principais indicadores do gráfico diário, a forte volatilidade no momentos finais do pregão fez com que a maioria dos indicadores do gráfico de "30 minutos" passassem a sinalizar queda. Os índices futuros americanos poderão definir qual a principal tendência, antes da abertura.

Abaixo de 11.600 suportes em : 11.585, 11.550, 11.450, 11.380 e 11.180 pontos.
Acima de 11.623 resistências em: 11.667, 11.718, 11.810 e 11.870 pontos.