sexta-feira, 24 de abril de 2009

Bolsa de NY fecha em alta, de olho em teste de estresse

por Agência ESTADO
24 de Abril de 2009 19:08

As Bolsas de Nova York fecharam em alta hoje, com o índice Nasdaq 100, da Bolsa eletrônica Nasdaq, registrando sua sétima semana consecutiva de ganhos, após os investidores considerarem palatáveis os critérios do teste de estresse dos bancos norte-americanos divulgados hoje.
O índice Dow Jones subiu 1,50%, e fechou em 8.076,29 pontos, mas registrou queda de 0,68% na semana, interrompendo a série de seis semanas em alta. O S&P-500 avançou 1,68%, e fechou em 866,23 pontos. O índice caiu 0,39% na semana - a primeira queda em sete semanas.
Já o Nasdaq 100 continuou sendo o mais forte dos três índices e encerrou a sessão com alta de 2,55%, aos 1.694,29 pontos, elevando os ganhos do índice para 7,4% no ano até agora. O Nasdaq avançou 1,27% na semana e registrou a sétima semana seguida de ganhos, o período mais longo desde 2005.
Hoje, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) divulgou a estrutura da avaliação dos 19 maiores bancos do país, mas os analistas esperavam conhecer mais detalhes para poderem avaliar a extensão das perdas no setor bancário e para classificar os vencedores e os perdedores.
"Não houve especificidade em termos de quais são as exigências de capital e quais foram as perdas para categorias de empréstimos individuais", disse Jeff Morris, vice-presidente da Standard Life Investments. A parte principal do teste de estresse serão os resultados, a serem divulgados no início de maio, disse Morris.
No pregão de hoje, as ações dos bancos operaram brevemente em baixa, mas depois voltaram ao terreno positivo. Bank of America (BofA) subiu 3,2%. O papel do Citigroup caiu 0,3%, mas seu valor ainda está mais do que três vezes acima do valor mínimo atingido em março.
American Express subiu 21%, depois de a empresa de cartões de crédito anunciar, ontem à noite, lucro líquido do primeiro trimestre deste ano maior do que o esperado. Microsoft, que também anunciou balanço ontem, subiu 10,52%.
No setor automotivo, a Ford fechou em alta de 11%. Hoje a montadora informou que saiu de lucro para prejuízo no primeiro trimestre deste ano, mas reiterou que não precisa de ajuda federal. Entre outras empresas que divulgaram balanço hoje, 3M avançou 5,15% e Xerox ganhou 3,66%, enquanto Honeywell caiu 2,87%.
Uma grande preocupação para os mercados é a crescente possibilidade de a montadora norte-americana General Motors (GM) pedir concordata. As ações da companhia subiram 4,3% na sessão de hoje, mas encerraram a semana com queda de 9,1%. As informações são da Dow Jones.

Bovespa volta aos 46 mil pontos e tem 7ª semana de alta

por Claudia Violante de Agência ESTADO
24 de Abril de 2009 17:42

São Paulo - A expectativa com o resultado dos testes de estresse com os bancos nos EUA, que serão conhecidos no início de maio, deu gás aos negócios com ações nesta sexta-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), à frente de Nova York graças ao ingresso de recursos estrangeiros, voltou aos 46 mil pontos ao fechar pela terceira sessão seguida em alta, o que também garantiu a sétima semana consecutiva de ganhos.
O Ibovespa subiu 2,12% hoje, aos 46.771,79 pontos. Na mínima do dia, atingiu os 45.801 pontos (estabilidade) e, na máxima, os 46.946 pontos (+2,50%). Na semana, a Bolsa acumulou alta de 2,17%, no mês, de 14,29% e, no ano, de 24,56%. O giro financeiro nesta sexta somou R$ 4,206 bilhões (dado preliminar).
O otimismo da Bovespa foi garantido pelo desempenho favorável das Bolsas norte-americanas, que ampliaram os ganhos após a divulgação da metodologia do teste de estresse dos bancos pelas autoridades reguladoras dos EUA. O resultado final só sairá no dia 4 de maio, mas o Federal Reserve (Fed, banco central americano) informou hoje que a "vasta maioria" dos 19 bancos que receberam nesta sexta-feira os resultados preliminares de como eles se saíram "excedeu bem" o nível e a qualidade de capital que os supervisores estavam almejando.
O Dow Jones terminou com elevação de 1,50%, aos 8.076,29 pontos, o S&P-500 de 1,68%, aos 866,23 pontos, e Nasdaq de 2,55%, aos 1.694,29 pontos. Bank of America subiu 3,17%, JPMorgan, 0,51%, mas Citigroup caiu 0,31%. American Express terminou com ganho de 20,65%, em reação ao balanço melhor do que o esperado e que, ao lado de outros, justificou as ordens de compras no início do dia. Também foram bons os resultados de 3M, Microsoft e Ford.
Na Europa, as bolsas também exibiram ganhos elevados, impulsionados pelo avanço das ações de bancos e de companhias petrolíferas. A divulgação da pesquisa do instituto IFO na Alemanha também deu impulso ao mercado, revelando que a confiança do empresariado do país melhorou no início do segundo trimestre após atingir recorde de baixa em março. Em Londres, o índice FTSE-100 ganhou 3,43%. Em Frankfurt, o índice Xetra-DAX subiu 3,00%. Na Bolsa de Paris, o CAC-40 teve alta de 3,13%.
"Saíram notícias negativas e positivas hoje, mas o mercado estava com boa vontade. Os investidores estrangeiros estão muito otimistas com Brasil e garantiram, aqui, mais uma sessão de bom desempenho", comentou George Sanders, gerente da Infinity Asset. Ele explicou, no entanto, que os brasileiros não estão assim tão empolgados quanto os estrangeiros e têm vendido papéis. "A Bovespa está com ganho superior a 20% em dólar este mês. É muita coisa. Uma realização (de lucros) é saudável, o que não significa sair definitivamente da Bolsa", afirmou.
Nessa revoada de investidores para cá, Vale tem sido uma das principais opções, hoje ao lado de BM&FBovespa, outra ação de grande atração para os estrangeiros. Os papéis da Petrobras têm ficado para trás nos últimos dias, em meio a um noticiário não muito favorável à empresa. Primeiro foi a questão ainda indefinida do reajuste do preço dos combustíveis e da elevação ou não da Cide que recai sobre os combustíveis pelo governo.
Petrobras ON subiu 0,25% e PN, 0,14%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo para junho subiu 3,9% e fechou em US$ 51,55 o barril. A Petrobras anunciou hoje produção média de 1,992 milhão de barris de petróleo por dia no Brasil em março, recorde mensal da companhia. Esse volume representa um crescimento de 2,7% com relação ao mês anterior. Já a produção de gás no Brasil cresceu 5,2%, para 51,4 milhões de metros cúbicos por dia.
Vale ON subiu 1,87% e Vale PNA, 1,60%. No exterior, as ações das mineradoras também foram destaque. Gerdau PN fechou em alta de 0,92%, Metalúrgica Gerdau PN, de 1,35%, CSN ON, de 0,60%. Usiminas PNA virou no final da sessão e terminou em baixa de 0,56%. A empresa confirmou hoje que começou a negociar a implantação de um plano de demissões voluntárias (PDV) na unidade de Cubatão (SP), a exemplo do que já está fazendo na unidade de Ipatinga (MG) e na sede, em Belo Horizonte, conforme anúncio da véspera.
Cemig PN liderou as baixas do Ibovespa ao cair 3,40%. A empresa anunciou a compra do controle acionário da Terna Participações por R$ 2,3 bilhões. Os analistas consideraram elevado o prêmio pago pela Terna, embora a compra seja considerada estratégica. Terna Unit subiu 16,96%.