quarta-feira, 20 de maio de 2009

Bolsa de NY fecha em queda com pessimismo do Fed

por Agência ESTADO
20 de Maio de 2009 18:29

O mercado norte-americano de ações fechou com os principais índices em queda, depois de ter operado boa parte do pregão em alta. Corretores disseram que as ações do setor financeiro lideraram a alta da manhã, depois de o Bank of America ter levantado US$ 13,5 bilhões com uma oferta de ações. As ações de empresas relacionadas a matérias-primas (commodities) também subiram pela manhã, em reação às altas dos preços do petróleo, do ouro e do cobre.
À tarde, porém, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) divulgou a ata da reunião de política monetária realizada em abril, na qual ficou evidente que os dirigentes do Fed preveem uma recessão mais profunda e uma recuperação mais lenta, à medida que o mercado de mão de obra deve continuar pressionado. "Embora o choque de crédito tenha diminuído de intensidade, o choque no setor de moradias claramente persiste, assim como o choque no mercado de mão de obra, já que continuamos a perder mais de 500 postos de trabalho por mês", comentou David Rosenberg, estrategista e economista-chefe da Gluskin Sheff & Associates.
Outros fatores para o mercado de ações ter recuado foram a perspectiva de lucros oferecida pela Hewlett-Packard junto com o anúncio de seu informe de resultados e o fato de a Câmara dos EUA ter aprovado a lei com a nova regulamentação para as emissoras de cartões de crédito, que deverá elevar os custos dessas empresas.
As ações do Bank of America subiram 2,13%, em reação ao sucesso de sua oferta de ações; outras ações do setor financeiro caíram (American Express -3,27%, Citigroup -2,12%, JPMorgan Chase -3,52%). As ações da Hewlett-Packard caíram 5,22%, em reação a seu informe de resultados. As da rede de lojas Target, que também divulgou resultados, subiram 2,38%. Entre as componentes do Dow, as ações da General Motors foram as que mais subiram, com alta de 14,17%, em meio à expectativa positiva em relação à oferta da italiana Fiat pelos ativos da montadora norte-americana na Europa.
O índice Dow Jones fechou em queda de 52,81 pontos (-0,62%), em 8.422,04 pontos. O Nasdaq fechou em baixa de 6,70 pontos (-0,39%), em 1.727,84 pontos. O S&P-500 caiu 4,66 pontos (-0,51%), para fechar em 903,47 pontos. As informações são da Dow Jones.

Bolsa vira no final e cai 0,20%, mas Petrobras resiste

por Agência ESTADO
20 de Maio de 2009 17:47

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve um dia de "vale a pena ver de novo", repetindo a trajetória já vista na véspera. O índice Bovespa (Ibovespa) operou em alta durante quase toda a sessão para, nos minutos finais, perder fôlego e fechar em baixa, acompanhando o movimento das Bolsas norte-americanas. A ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve (Fed, banco central americano) foi a responsável pela queda em Nova York, ao sinalizar uma recessão mais profunda e uma recuperação mais lenta para a economia americana. A Bolsa brasileira, no entanto, até que conseguiu mostrar alguma resistência graças ao desempenho das blue chips, sobretudo Petrobras, impulsionada pela alta do petróleo para acima de US$ 62 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex).
O Ibovespa terminou o dia em baixa de 0,20%, aos 51.245,09 pontos. Na mínima do pregão, atingiu os 51.143 pontos (-0,40%) e, na máxima, os 52.640 pontos (+2,52%). No mês, acumula ganhos de 8,37% e, no ano, de +36,47%. O giro financeiro totalizou R$ 6,388 bilhões hoje (dado preliminar).
A recuperação do petróleo foi destaque na sessão de hoje, decorrente da queda dos estoques nos Estados Unidos acima das previsões. Na Nymex, o contrato do petróleo para julho avançou 3,23%, a US$ 62,04, o maior preço desde novembro do ano passado. No Brasil, as ações da Petrobras resistiram à queda do Ibovespa no finalzinho da sessão e subiram mais de 1%. A ação ordinária (ON) avançou 1,22% e a preferencial (PN), +1,31%. Ainda sobre a Petrobras, a empresa divulgou hoje que a produção total de petróleo em abril caiu 0,42% sobre março, para uma média de 2,109 milhões de barris por dia. A queda decorreu de paradas programadas em algumas plataformas.
Se Petrobras foi o ponto de resistência hoje na Bovespa, as ações da Vale, outro porto seguro, também não desapontaram. Subiu praticamente toda a sessão, mas arriscou o vermelho na reta final, o que levou algumas siderúrgicas a também inverterem. Como esses papéis subiram mais do que Petrobras nas sessões anteriores, nada mais natural que a correção final tenha ocorrido nelas. Vale ON terminou em alta de 0,31%, Vale PNA, em queda de 0,03%, Gerdau PN cedeu 2,17%, Metalúrgica Gerdau PN, -2,43%, CSN ON, em +0,75%, e Usiminas PNA, em +1,48%.
A perda de fôlego do Ibovespa a minutos do término do pregão, repetição de ontem, decorreu da ata do Fed. Os investidores não gostaram do trecho em que há projeções sobre uma recessão econômica mais profunda do que a originalmente prevista para os EUA em 2009. As autoridades do Federal Reserve estimam que a economia deve sofrer um declínio de entre 1,3% e 2% neste ano. Em janeiro, eles previam contração de entre 0,5% e 1,3%. O prognóstico para 2010 também foi revisado em baixa, para um crescimento em torno de 2% a 3%. O Dow Jones terminou o pregão em queda de 0,62%, aos 8.422,04 pontos, o S&P caiu 0,51%, aos 903,47 pontos, e o Nasdaq recuou 0,39%, aos 1.727,84 pontos.
Na Bolsa brasileira, os 52 mil pontos do Ibovespa estão 'encantados', já que há um suporte gráfico neste patamar que está difícil de ser rompido. A maioria dos analistas diz que, na verdade, após essa esticada não haveria justificativa para os ganhos aumentarem ainda mais, o que significa dizer que ir além dos 52 mil pontos requisita dados concretos e mais fortes sobre uma recuperação global. Apesar dessa percepção, o que tem movido a Bovespa é o fluxo estrangeiro. E ele não para de chegar.
Apesar da resistência do Brasil à crise, o País também está sentindo seus efeitos, tanto que o governo divulgou hoje sua nova previsão para o PIB. Agora, a economia deve encerrar 2009 com um crescimento de 1%, metade dos 2% estimados antes pelo Ministério do Planejamento.

Restante da agenda do investidor para a terceira semana de maio

por Rafael de Souza Ribeiro de InfoMoney
15/05/09 20h10


SÃO PAULO - Dentro da agenda para a terceira semana de maio, os investidores estarão atentos, sobretudo, aos números do mercado imobiliário norte-americano e à ata da última reunião do Federal Reserve.

No cenário nacional, o destaque fica para os indicadores de preços a serem divulgados durante a semana, como o IPCA-15 de maio.

Quarta-feira (20/5)

Brasil

8h00 - A FGV apresenta o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) do segundo decêndio de maio, que é bastante utilizado pelo mercado, e retrata a evolução geral de preços na economia.

EUA

11h30 - Será publicado o relatório de Estoques de Petróleo norte-americano, semanalmente organizado pela EIA (Energy Information Administration). O documento é considerado uma importante medida, já que os EUA são o maior consumidor do combustível.

15h00 - O Federal Reserve reporta a ata de sua última reunião.

Inglaterra

O Banco da Inglaterra revela a minuta da última reunião realizada em maio.


Quinta-feira (21/5)

Brasil

9h30 - O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a Pesquisa Mensal de Emprego referente ao mês de abril, documento que descreve o mercado de trabalho no País.

10h00 - O Banco Central publica a Nota de Mercado Aberto de abril, um relatório sobre as operações financeiras realizadas no mercado aberto pela instituição monetária.

EUA

9h30 - Confira o número de pedidos de auxílio-desemprego (Initial Claims), em base semanal.

11h00 - A Conference Board apresenta o Leading Indicators referente ao mês de abril. O relatório compreende vários índices já divulgados, como pedidos de auxílio-desemprego, custo de mão-de-obra e permissões para construção.

11h00 - O Fed da Filadélfia revela o Philadelphia Fed Index de maio, indicador responsável por mensurar a atividade industrial no estado.

Japão

Este será o primeiro dia da Reunião do BoJ (Banco do Japão), que define a taxa básica de juro japonesa. Neste encontro inicial, os diretores se reúnem para analisar os dados econômicos correntes.


Sexta-feira (22/5)

Brasil

9h00 - O IBGE apresenta o IPCA-15 de maio. Esse índice é calculado segundo a mesma metodologia do IPCA, mas a coleta dos dados é feita entre os dias 15 de cada mês.

EUA

Não serão apresentados índices relevantes neste dia no país.

Japão

7h00 - Em seu segundo dia de reunião, o BoJ divulga a decisão sobre a taxa básica de juro do Japão.

Segunda-feira (25/5)

Brasil

8h00 - A FGV anuncia o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) referente à terceira quadrissemana de maio. O índice calcula a taxa mensal da variação dos preços até meados da semana anterior àquela em que é divulgado.

8h00 - A FGV publica a Sondagem do Consumidor de maio. O indicador é compilado com base em uma amostra de mais de 200 domicílios em sete das principais capitais brasileiras.

8h30 - O Banco Central revela o relatório semanal Focus, que compila a opinião de consultorias e instituições financeiras sobre os principais índices macroeconômicos.

11h00 - O Ministério de Comércio Exterior reporta a Balança Comercial referente à semana anterior, que mede a diferença entre exportações e importações contabilizadas durante o período.

EUA

Será comemorado o Memorial Day, e consequentemente não haverá pregão em Wall Street.