segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Bolsas de Nova York sobem com anúncios de aquisições

por Agência ESTADO
28 de Setembro de 2009 18:49

Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta, após grandes empresas - entre elas a Xerox e a Johnson & Johnson - anunciarem acordos recentes de aquisição e alimentarem perspectivas de que o setor corporativo está mais confiante na recuperação da economia. Os papéis dos setores financeiro e de tecnologia foram os principais beneficiados pelo rali, que ocorreu numa sessão de baixo volume de negociações devido ao feriado judaico do Yom Kippur.

Operadores afirmaram também que, após a queda acumulada pelos índices na semana passada, alguns investidores retornaram ao mercado em busca de pechinchas. "A última semana foi difícil, então já esperávamos o retorno dos compradores", disse Chris Guinther, gerente de carteiras de investimento do RidgeWorth Small Cap Growth Fund. "Aqueles que não possuíam posições compradas ou não foram suficientemente agressivos desde março sentiram que agora houve uma oportunidade para isso."

O Dow Jones fechou em alta pela primeira vez em quatro sessões, avançando 124,17 pontos, ou 1,28%, para 9.789,36 pontos. Entre os componentes do índice, subiram American Express (+4,05%), Bank of America (+3,73%) e JPMorgan (+2,66%).

O Nasdaq avançou 39,82 pontos, ou 1,90%, para 2.130,74 pontos, registrando a alta mais acentuada em mais de dois meses tanto em termos porcentuais quanto de pontuação. A Cisco Systems - que faz parte tanto do Dow Jones quanto do Nasdaq - subiu 4,38% após ter a recomendação de suas ações elevada para "overweight" (acima da média) pelo Barclays Capital.

O S&P 500 subiu 18,60 pontos, ou 1,78%, para 1.062,98 pontos. As ações do setor de tecnologia como um todo tiveram um dos ganhos mais acentuados dentro do índice, de 1,7%. Os papéis do segmento financeiro também subiram de forma acentuada no S&P 500 após analistas do Morgan Stanley afirmarem que as perdas com crédito das instituições do setor devem diminuir ao longo dos próximos 12 a 18 meses.

Entre as empresas que anunciaram acordos de aquisição, a Xerox recuou 14,38% depois de fechar um acordo para adquirir a Affiliated Computer Services (+13,99%) por US$ 6,4 bilhões.

A Abbott Laboratories subiu 2,64% após anunciar que comprará a unidade de negócios farmacêuticos da belga Solvay por até US$ 7 bilhões, enquanto a Johnson & Johnson ganhou 1,07% após divulgar que adquiriu uma participação de 18,1% na Crucell (-6,62%) por US$ 442,7 milhões.

Notícias relacionadas a fusões e aquisições geralmente aquecem o mercado de ações porque indicam um aumento na confiança das empresas e geram especulação sobre quais outras companhias podem receber propostas de compra. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa sobe 1,59% e retoma os 61 mil pontos

por Agência ESTADO
28 de Setembro de 2009 17:35

Numa sessão de volume fraco e poucos indicadores, o índice Bovespa (Ibovespa) retomou o patamar de 61 mil pontos, seguindo o comportamento das Bolsas norte-americanas. A alta do preço das matérias-primas (commodities) nas bolsas de mercadorias, em especial o do petróleo, contribuiu para impulsionar papéis de peso no Ibovespa, como Petrobras e Vale, embora ações de bancos e de empresas da construção civil também tenham se destacado na sessão de hoje.

O Ibovespa avançou 1,59%, para terminar na máxima pontuação do dia, aos 61.316,62 pontos. Na mínima, registrou 60.357 pontos (estabilidade). No mês, os ganhos acumulado subiram para 8,55% e, em 2009, para 63,29%. Assim como já havia acontecido na última sexta-feira, o giro financeiro foi mais fraco do que a média mensal e somou R$ 3,915 bilhões. Os dados são preliminares.

"O mercado está cauteloso. Quem está dentro do mercado, não quer sair, então as realizações de lucro têm sido contidas. Por outro lado, não há um otimismo exagerado para comprar. Daí o volume mais fraco de hoje", comentou o operador da TOV Corretora Decio Pecequilo.

O sinal positivo de hoje, segundo ele, foi sustentado pela alta das Bolsas norte-americanas, embora o feriado judaico do Yom Kippur tenha também limitado o giro de negócios nos Estados Unidos. O único indicador divulgado nos EUA não fez preço nos ativos, que reagiram ao noticiário sobre fusões e aquisições.

A Xerox pagará US$ 6,4 bilhões em dinheiro e ações pela empresa de serviços de informação e terceirização Affiliated Computer Services Inc. (ACS); a belga Solvay vai vender suas atividades de fabricação de medicamentos para a concorrente norte-americana Abbott Laboratories, por US$ 6,572 bilhões; e a Johnson & Johnson anunciou a aquisição de 18,1% na companhia holandesa de biotecnologia Crucell por 301,8 milhões (US$ 440 milhões).

Segundo corretores, os anúncios de operações de fusões e aquisições fazem os investidores correr atrás de ações que possam ser alvo de aquisição, daí o desempenho positivo das bolsas.

O Dow Jones terminou em alta de 1,28%, aos 9.789,36 pontos. O S&P avançou 1,78%, aos 1.062,98 pontos, e o Nasdaq subiu 1,90%, aos 2.130,74 pontos. O indicador divulgado hoje foi o de atividade nacional nos Estados Unidos do Fed de Chicago, que caiu para -0,90 em agosto, de -0,56 em julho.

No Brasil, Petrobras, foi um dos destaques da sessão, com ganhos acima de 2%, ajudada pelo desempenho do petróleo no exterior. O barril negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) fechou com variação positiva de 1,24% no contrato para novembro, a US$ 66,84 o barril. Petrobras. ON subiu 2,64% e Petrobras PN, 2,29%.

Vale também terminou no azul, mas com ganhos mais modestos do que a outra blue chip. A ação ON da Vale encerrou com elevação de 1,67% e a PNA, de 1,46%. No setor siderúrgico, Gerdau PN subiu 1,65%, Metalúrgica Gerdau, PN, 0,67%, Usiminas PNA, 0,55%, CSN ON, 2,83%.

Bancos e construção civil foram destaque. Gafisa ON foi a segunda maior alta do índice, com 3,35%. A retomada da economia brasileira está proporcionando o reaquecimento do setor e uma prova está no resultado da pesquisa do Sinduscon-SP e da FGV Projetos, que mostrou recorde no nível de emprego da construção civil em agosto, com 2,260 milhões de trabalhadores, 2,03% acima do recorde anterior, de julho (2,216 milhões).

Rossi Residencial ON terminou em +1,37%. Hoje teve início o período de reserva para o varejo da oferta de ações da companhia, que se estende até quarta-feira, prazo idêntico ao da PDG Realty, que subiu 4,93%. O preço por ação das duas operações será definido na quinta-feira. Cyrela ON, que também protocolou pedido de oferta de ações na Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), avançou 0,17%.

No segmento financeiro, BB ON ganhou 1,63%. A instituição anunciou que pagará R$ 4,2 bilhões por metade do capital total do Banco Votorantim. Já o Banco Santander informou alteração na data de início da negociação das units de sua oferta, no Nível 2 da Bovespa, para o dia 7 de outubro. Antes, estava prevista para 8 do mês que vem. O período de reserva da oferta de varejo começa hoje e vai até 5 de outubro. Santander ON, +4,35%. Bradesco PN, +1,91%, Itaú Unibanco PN, +2,22%.

A maior alta do Ibovespa hoje foi BM&FBovespa, com valorização de 4,69%. O gerente de análise da Modal Asset Management, Eduardo Roche, disse que uma das razões para esta alta é o sucesso das ofertas públicas na Bovespa, que voltaram a crescer nos últimos dias. "Assim como a queda dos volumes negociados no ano passado afetou os papéis da BM&FBovespa, a perspectiva de que a série de ofertas tenha continuidade em 2010 anima os investidores", afirmou.