terça-feira, 10 de junho de 2008

IBOV...após 10/06...ainda no canal de baixa, mas com alguma possibilidade de reversão...


O Ibovespa abriu em queda em 69.275 pontos (máxima do dia), e pela forte queda antecipada dos índices futuros, retomou o processo de realização, perdendo o forte suporte em 68.500 pontos e na primeira hora de pregão já testava o suporte nos 68.000 pontos. Perdeu esse suporte e passou a oscilar entre 67.500 e 67.800 pontos. Na segunda metade do pregão, com DJI operando em território negativo, o Ibovespa refluiu até os 67.066 pontos (mínima do dia). Na última hora de pregão, sintonizado com DJI em recuperação, veio a finalizar em 67.774 pontos (queda de 2,17%).

Análise: A divulgação do "PIB" trimestral (um pouco abaixo do que o mercado esperava) além da queda do petróleo e das principais comodities metálicas, derrubaram as principais "blue chips" e as cotações do Ibovespa, "descolado" durante a maior parte do tempo de DJI. A análise gráfica mostra que o Ibovespa ainda se encontra em seu canal de baixa, tendo perdido o importante suporte nos 68.500 pontos. Além disso, fechou praticamente em cima do suporte da LTA secundária nos 67.800 pontos. A perda dessa LTA secundária levará o IBOV a testar suporte nos 66 mil pontos. Para a continuidade da alta, necessitará retomar os 68.500 pontos e romper a LTB em 70 mil pontos. Os indicadores no gráfico diário como o Estocástico e o IFR estão sobrevendidos, sinalizando tendência de alta, apesar da indefinição no oscilador de momentos e da sinalização negativa no CCI/Ma cruzamento. No gráfico de "30 minutos" todos esses indicadores se apresentam com tendência de alta. No gráfico diário formou-se novamente um "martelo" que pode ainda apontar para uma possibilidade de reversão de tendência, que será confirmada ou não, pelos indicadores dos índices futuros do Ibovespa e dos mercados americanos, antes da abertura do pregão.

Suportes em 67.350, 67.066(fundo recente), 66.500 e 66.000 pontos.
Resistências em 67.800 (LTA sec), 68.500, 69.300, 69.900(LTB) e 71.200 pontos.

DJI...após 10/06...no "canal de baixa", porém sem tendência imediata definida...


DJI abriu nos 12.277 pontos e na primeira meia-hora de pregão veio atingir a mínima em 12.207 pontos. A partir daí, retomou os 12.300 pontos e já na metade do pregão, atingiu a máxima em 12.369 pontos. Realizou novamente, vindo buscar novo suporte nos 12.265 pontos. Reagiu na última hora de pregão, finalizando em 12.290 pontos (estável).

Análise: DJI se mantém em seu "canal de baixa", mantendo suporte nos 12.200 pontos. Deve continuar oscilando nesse "canal" tendo forte suporte em 11.950 pontos na LTA primária e resistência em 12.550 pontos na LTB secundária. Tendo fechado praticamente no mesmo valor de abertura, os indicadores no gráfico diário como o CCI/Ma cruzamento e o oscilador de momentos sinalizam tendência de alta, enquanto o IFR e o Estocástico estão indefinidos, apesar de ligeiramente sobrevendidos. Se considerarmos o gráfico de "30 minutos" boa parte desses indicadores também se apresentam indefinidos. Os mercados futuros (incluindo-se o das commodities) antes da abertura, irão sinalizar a tendência de abertura de DJI.

Suportes imediatos em 12.190, 12.110, 11.950 (na LTA) e 11.770 pontos.
Resistências em 12.370, 12.500 e 12.550 pontos (na LTB).

Ibovespa fecha em baixa de 2,17%, com Vale e Petrobras

por Claudia Violante da Agência Estado
10.06.2008 17h35

A Bovespa teve hoje seu sexto pregão de queda de junho - subiu apenas na quinta-feira passada -, perdendo quase todo o desempenho positivo obtido após a conquista de seu primeiro grau de investimento por uma importante agência de classificação de risco (em 30 de abril, pela Standard & Poor’s). A queda do petróleo, a confirmação de uma captação bilionária pela Vale e as declarações do presidente do banco central dos EUA justificam o tombo de hoje da Bolsa.
O Ibovespa, principal índice, recuou 2,17%, para 67.774,9 pontos, o menor patamar desde o dia da nota da S&P (quando subiu 6,33%, para 67.868,5 pontos). Daquele dia para cá, a Bolsa acumula perda de 0,14%. Hoje, o índice oscilou entre a mínima de 67.067 pontos (-3,20%) e a máxima de 69.275 pontos (-0,01%). Com o resultado de hoje, as perdas de junho alcançam 6,64%, mas, no ano, a Bolsa ainda tem alta, de 6,09%. O volume financeiro desta terça-feira contabilizou R$ 6,224 bilhões.
A Vale confirmou pela manhã que levantará no máximo US$ 15 bilhões em recursos, numa oferta pública primária de ações ON e PNA, para “fins corporativos gerais, o que inclui o financiamento do agressivo programa de crescimento orgânico baseado no plano de investimento de US$ 59 bilhões, aquisições estratégicas e a ampliação da flexibilidade financeira”, diz nota divulgada pela manhã. A proposta ainda terá que ser aprovada pelo conselho de administração da empresa e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A resposta dada pelos investidores aos rumores, ontem, foi a mesma dada ao fato hoje. Os investidores não gostaram da notícia da captação, porque pode ser um sinal de que a empresa pode se endividar para comprar uma outra companhia. Vale ON caiu 2,18% e Vale PNA, 4,10%. Os rumores citam três possíveis alvos: Alcoa, segunda maior fabricante de alumínio do planeta, Anglo American, quarta maior mineradora do mundo, e a americana Freeport-McMoRan, gigante da produção de cobre. A Freeport seria a escolha mais provável, segundo estes analistas.
As ações da Petrobras recuaram 3,12% as PN e 2,97% as ON, acompanhando as perdas do petróleo no mercado externo e também motivadas pela venda de investidores estrangeiros. Em entrevista hoje, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, avaliou que os preços do petróleo devem permanecer elevados e voláteis no mercado internacional nos próximos anos.
O petróleo negociado em Nova York fechou em queda pela segunda sessão consecutiva, pressionado pela alta do dólar e por novos sinais de declínio na demanda. O barril recuou 2,26%, para US$ 131,31. Isso ajudou o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, a encerrar com ligeira elevação, de 0,08%. Já o S&P recuou 0,24% e o Nasdaq cedeu 0,43%. O dólar subiu nos mercados internacionais de moedas por causa das declarações dadas ontem pelo presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, de que a autoridade monetária dos EUA irá “resistir fortemente” a qualquer erosão das expectativas de longo prazo para os preços. Isso é um sinal de que o Fed poderá elevar os juros, o que deu suporte ao dólar.

Nova projeção para Ibovespa vai a 92 mil pontos

por Valor Econômico
10/6/2008

A projeção do mercado financeiro para o Ibovespa nos próximos 12 meses foi corrigida já em mais de 10 mil pontos ao longo deste ano, segundo relatório da consultoria CMA, que consolida indicações de corretoras. No levantamento desta semana, o mercado aponta que o Índice Bovespa poderá chegar a 91.990 pontos daqui um ano, o que significa alta de 32,78% em relação ao fechamento de ontem. O IBrX-100 poderá subir 33,31%, para até 30.640 pontos. No início do ano, a projeção para o Ibovespa rondava os 82 mil pontos. As projeções dispararam mais depois da conquista dos selos de grau de investimento pelo Brasil. Em 30 de abril, data do primeiro "investment grade", concedido pela Standard & Poor's, a expectativa era de 88.490 para o Ibovespa.