quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Bolsa de NY fecha em alta com ajuda do setor financeiro

por Agência ESTADO
20 de Agosto de 2009 19:46

O mercado de ações norte-americano fechou em alta, com as ações financeiras e de tecnologia liderando os ganhos, animados por uma melhora acima do esperado na atividade industrial da região da Filadélfia e ganhos de outras bolsas no exterior. O índice Dow Jones subiu 70,89 pontos (0,76%) e fechou com 9.350,05 pontos, marcado o terceiro dia seguido de fechamento positivo. As ações da Boeing subiram 2,80% em reação à melhora no índice de atividade industrial do Fed da Filadélfia para 4,2 em agosto - nível mais alto desde novembro de 2007, de uma leitura de -7,5 registrada em julho.

Por outro lado, o Departamento do Trabalho informou que o número de novos pedidos de auxílio-desemprego cresceu em 15 mil na semana passada, contrariando a expectativa de queda de 8 mil pedidos. A continuada fraqueza do mercado de mão de obra mantém o mercado inseguro com relação a uma recuperação da economia, em virtude do impacto sobre os gastos de consumo - principal engrenagem da economia dos EUA.

Mas hoje os investidores resolveram ignorar alguns desses temores, em parte, ajudados pelos comentários otimistas do novo executivo-chefe do American Petroleum Institute (AIG), Robert Benmosche. Ele disse que vai vender partes da companhia "no momento certo, ao preço certo", acrescentando que acredita que a AIG será capaz de devolver ao governo federal os bilhões de dólares tomados emprestados no auge da crise. As ações da AIG fecharam em alta de 21,25%.

O setor de seguros também contribuiu com o movimento de alta depois que o Citigroup elevou sua recomendação para o Lincoln National de "vender" para "manter", citando "estabilização no curto prazo da liquidez e do balanço patrimonial da seguradora". As ações da Lincoln subiram 2,99%, enquanto as da Hartford Financial Services Group fecharam em alta de 3,77%.

No setor de tecnologia, as ações da Cisco Systems fecharam em alta de 3,06%, enquanto as da HP avançaram 0,34% e as da Microsoft subiram 0,13%.

O índice Nasdaq subiu 19,98 pontos (1,01%) e fechou com 1.989,22 pontos. O S&P-500 avançou 10,91 pontos (1,09%) e fechou com 1.007,37 pontos. As informações são da Dow Jones.

Bolsa sobe 1,2% e acumula alta de 2,92% em três dias

por Agência ESTADO
20 de Agosto de 2009 17:45

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) engatou hoje sua terceira sessão consecutiva de alta, favorecida pela recuperação da Bolsa da China e por um indicador melhor do que as previsões nos EUA. Com um clima favorável no exterior, a taxa de desemprego no Brasil divulgada pelo IBGE surpreendeu positivamente e encontrou ambiente fértil para reforçar o avanço do índice Bovespa (Ibovespa), principal referência da negociação de ações no País. O volume financeiro não foi muito forte no pregão de hoje, mas teve a presença de investidores estrangeiros na compra.

O Ibovespa terminou a quinta-feira com variação de 1,20%, aos 56.831,48 pontos, acumulando alta de 2,92% nestas três sessões seguidas de ganhos. Na mínima do dia, registrou os 56.143 pontos (-0,02%) e, na máxima, os 56.897 pontos (+1,32%). No mês, o Ibovespa acumula alta de 3,77% e, no ano, de 51,35%. O giro não foi tão expressivo, mas teve a presença de estrangeiros em ambas as pontas, com saldo líquido foi favorável às compras. No final, o volume de negócios na Bovespa hoje somou R$ 4,407 bilhões. Os dados são preliminares.

A recuperação da Bolsa da China foi a responsável, novamente, por conduzir o rumo dos mercados asiáticos, onde o sinal azul predominou nas sessões. O índice Xangai Composto disparou 4,5% e o Shenzhen Composto avançou 3,8%.

Nos EUA, o sinal azul não foi predominante, já que os investidores tiveram alguns dados indigestos. O principal foi de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego. O número mostrou alta de 15 mil, mas a previsão era de uma queda de 8 mil. O dado que veio na sequência também não ajudou a dissipar as preocupações: o índice de indicadores antecedentes da Conference Board subiu, mas menos do que o previsto - 0,6% ante previsão de 0,7%. Mas bastou o dado da atividade industrial do Fed da Filadélfia sair para dissipar qualquer vontade de uma correção para baixo das ações. O índice subiu de -7,5 em julho para 4,2 em agosto, o melhor nível desde novembro de 2007 e superior à previsão de -2. Os investidores trataram de ir às compras e levaram o índice Dow Jones a fechar com ganho de 0,76%, aos 9.350,05 pontos, o S&P500 avançou 1,09%, aos 1.007,37 pontos, e o Nasdaq subiu 1,01%, aos 1.989,22 pontos.

O Brasil reagiu à melhora externa e encontrou terreno fértil para ir além: o IBGE anunciou que a taxa de desemprego no Brasil foi de 8% da população economicamente ativa (PEA), no melhor mês de julho da série e abaixo das previsões mais otimistas dos economistas ouvidos pela Agência Estado (8,1% a 9%). Mais do que o emprego, o mercado de ações se fiou nos dados de renda. E o IBGE mostrou avanço de 0,9% na massa de rendimento real efetivo dos ocupados.

"O dado acabou estimulando algumas compras no mercado. Não foi preponderante para fazer a Bovespa subir, mas como a trajetória já era positiva, ele reforçou", comentou Pedro Galdi, analista da SLW. A alta, destacou, foi generalizada, uma parte influenciada pela recuperação das commodities com o efeito China e outra parte pelo consumo e varejo domésticos, fundamentais para fazer o Brasil um dos portos seguros nesta crise.

Petrobras terminou com valorização de 1,02% na ação ordinária (ON) e de 0,76% na preferencial (PN). Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo com vencimento em setembro, que venceu hoje, subiu 0,17%, para US$ 72,54 o barril. O contrato de outubro recuou 1,25%, para US$ 72,91 o barril. Vale ON subiu 0,79% e Vale PNA avançou 0,96%. No setor siderúrgico, Gerdau PN teve ganho de 1,69%, Metalúrgica Gerdau PN, de 2,05%, Usiminas PNA, de 2,52%, CSN ON, de 2,46%.

IBOV...suportes e resistências para 20/08


O Ibovespa abriu nos 55.748 pontos, refluiu até a mínima nos 54.918, mas com a recuperação intraday dos mercados americanos, reverteu até atingir a máxima nos 56.211 e finalizou em 56.156 pontos (+0,73%). O "candle" do gráfico diário é um "martelo de alta", sinalizando a reversão da tendência anterior de queda.

Suportes imediatos em 55.750, 55.100 e 54.900 pontos.
Resistências imediatas em 56.211, 56.450 e 56.600 pontos.

DJI...suportes e resistências para 20/08


DJI abriu nos 9.208 pontos , refluiu até a mínima nos 9.132, reverteu com força até a máxima nos 9.313 e finalizou em 9.279 pontos (+0,66%). O "candle" do gráfico diário é um "martelo de alta", revertendo a tendência anterior de queda.

Suportes imediatos em 9.233, 9.134 e 9.100 pontos.
Resistências imediatas em 9.313, 9.380 e 9.406 pontos.