quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Bolsa sobe 1,2% e acumula alta de 2,92% em três dias

por Agência ESTADO
20 de Agosto de 2009 17:45

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) engatou hoje sua terceira sessão consecutiva de alta, favorecida pela recuperação da Bolsa da China e por um indicador melhor do que as previsões nos EUA. Com um clima favorável no exterior, a taxa de desemprego no Brasil divulgada pelo IBGE surpreendeu positivamente e encontrou ambiente fértil para reforçar o avanço do índice Bovespa (Ibovespa), principal referência da negociação de ações no País. O volume financeiro não foi muito forte no pregão de hoje, mas teve a presença de investidores estrangeiros na compra.

O Ibovespa terminou a quinta-feira com variação de 1,20%, aos 56.831,48 pontos, acumulando alta de 2,92% nestas três sessões seguidas de ganhos. Na mínima do dia, registrou os 56.143 pontos (-0,02%) e, na máxima, os 56.897 pontos (+1,32%). No mês, o Ibovespa acumula alta de 3,77% e, no ano, de 51,35%. O giro não foi tão expressivo, mas teve a presença de estrangeiros em ambas as pontas, com saldo líquido foi favorável às compras. No final, o volume de negócios na Bovespa hoje somou R$ 4,407 bilhões. Os dados são preliminares.

A recuperação da Bolsa da China foi a responsável, novamente, por conduzir o rumo dos mercados asiáticos, onde o sinal azul predominou nas sessões. O índice Xangai Composto disparou 4,5% e o Shenzhen Composto avançou 3,8%.

Nos EUA, o sinal azul não foi predominante, já que os investidores tiveram alguns dados indigestos. O principal foi de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego. O número mostrou alta de 15 mil, mas a previsão era de uma queda de 8 mil. O dado que veio na sequência também não ajudou a dissipar as preocupações: o índice de indicadores antecedentes da Conference Board subiu, mas menos do que o previsto - 0,6% ante previsão de 0,7%. Mas bastou o dado da atividade industrial do Fed da Filadélfia sair para dissipar qualquer vontade de uma correção para baixo das ações. O índice subiu de -7,5 em julho para 4,2 em agosto, o melhor nível desde novembro de 2007 e superior à previsão de -2. Os investidores trataram de ir às compras e levaram o índice Dow Jones a fechar com ganho de 0,76%, aos 9.350,05 pontos, o S&P500 avançou 1,09%, aos 1.007,37 pontos, e o Nasdaq subiu 1,01%, aos 1.989,22 pontos.

O Brasil reagiu à melhora externa e encontrou terreno fértil para ir além: o IBGE anunciou que a taxa de desemprego no Brasil foi de 8% da população economicamente ativa (PEA), no melhor mês de julho da série e abaixo das previsões mais otimistas dos economistas ouvidos pela Agência Estado (8,1% a 9%). Mais do que o emprego, o mercado de ações se fiou nos dados de renda. E o IBGE mostrou avanço de 0,9% na massa de rendimento real efetivo dos ocupados.

"O dado acabou estimulando algumas compras no mercado. Não foi preponderante para fazer a Bovespa subir, mas como a trajetória já era positiva, ele reforçou", comentou Pedro Galdi, analista da SLW. A alta, destacou, foi generalizada, uma parte influenciada pela recuperação das commodities com o efeito China e outra parte pelo consumo e varejo domésticos, fundamentais para fazer o Brasil um dos portos seguros nesta crise.

Petrobras terminou com valorização de 1,02% na ação ordinária (ON) e de 0,76% na preferencial (PN). Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo com vencimento em setembro, que venceu hoje, subiu 0,17%, para US$ 72,54 o barril. O contrato de outubro recuou 1,25%, para US$ 72,91 o barril. Vale ON subiu 0,79% e Vale PNA avançou 0,96%. No setor siderúrgico, Gerdau PN teve ganho de 1,69%, Metalúrgica Gerdau PN, de 2,05%, Usiminas PNA, de 2,52%, CSN ON, de 2,46%.

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