terça-feira, 11 de novembro de 2008

Bolsa de NY fecha em baixa por notícias negativas

por Agência ESTADO
11 de Novembro de 2008 20:48

O mercado de ações norte-americano fechou em baixa hoje pressionado pelas notícias relacionadas a American Express e a Starbucks, que reforçaram a extensão da desaceleração dos gastos de consumo nos Estados Unidos. Em outro setor, o de commodities, as ações da Devon Energy caíram diante das preocupações de que nem mesmo o banco central da China pode reativar a demanda mundial. Além disso, os temores sobre a viabilidade do setor automotivo dos EUA arrastaram as ações da General Motors para seu nível mais baixo desde a Segunda Guerra Mundial.

As ações da Starbucks caíram 2,06% depois de a rede de cafés ter alertado que estava abrindo menos lojas do que o planejado por causa de uma forte queda no lucro registrado em seu quarto trimestre fiscal. A rede, que construiu sua reputação com base em bebidas de preços premium, também está planejando vender bebidas a preços promocionais. As ações da American Express caíram 6,59% depois que a companhia de cartão de crédito pediu a mudança de seu status para banco holding, um movimento que foi interpretado como um grito de pedido para ter acesso ao plano de socorro financeiro do governo federal. Ainda no setor financeiro: Goldman Sachs subiu 4,87%, mas Morgan Stanley caiu 3,43%.

As ações da GM caíram mais 13,10%, enquanto as da Ford fecharam em baixa de 6,74%. Pouco antes do fechamento do mercado, a presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, disse que vai levar um projeto de lei ao plenário na próxima semana que tem como objetivo tornar a indústria automobilística elegível à assistência do plano de socorro de US$ 700 bilhões concebido para o setor financeiro.

Os preços do petróleo fecharam abaixo de US$ 60 por barril pela primeira vez desde março de 2007 e derrubaram as ações da companhia de perfuração Devon Energy em 4,88%. A queda dos preços do petróleo e de outras commodities sugere que um processo de "desinflação" está em andamento, na medida que a diminuição na demanda de consumidores e interesses comerciais ao redor do mundo ofuscam questões de oferta e induzem os preços para baixo.

O índice Dow Jones caiu 176,58 (1,99%) e fechou com 8.693,96 pontos. O Nasdaq recuou 35,84 pontos (2,22%) e fechou com 1.580,90 pontos. O S&P-500 caiu 20,26 pontos (2,20%) e fechou com 898,95 pontos, enquanto o NYSE Composite recuou 167,68 pontos (2,89%) e fechou com 5.634,37 pontos. O volume negociado na NYSE ficou em 1,226 bilhão de ações, de 1,143 bilhão de ações ontem. No Nasdaq, o volume ficou em 1,937 bilhão de ações, de 1,699 bilhão de ações negociadas ontem, com 715 ações fechando em alta e 2.129 em queda. As informações são da Dow Jones.

Bolsa fecha em alta de 1,32% e apaga perdas do mês

por Agência ESTADO
11 de Novembro de 2008 18:35

A uma hora do fechamento do pregão, a Bovespa apagou as perdas registradas até então e passou a subir, graças à redução das quedas nas bolsas norte-americanas. Os investidores aproveitaram a trégua dada por Wall Street para ir às compras, principalmente de ações ligadas às commodities (matérias-primas), ainda na esteira do pacotão econômico chinês, anunciado domingo. Vale virou para cima e as siderúrgicas, que já vinham exibindo altas, ampliaram os ganhos.

O Ibovespa terminou a terça-feira em alta de 1,32%, aos 37.261,90 pontos. Oscilou entre a mínima de 35.499 pontos (-3,47%) e a máxima de 37.629 pontos (+2,32%). No mês, voltou a subir, apenas 0,02%, mas continua tendo queda no ano, de 41,67%. Por causa do feriado do Dia do Veterano nos EUA, o giro financeiro foi um pouco menor e totalizou R$ 3,354 bilhões.

Às 18h18, em Nova York o índice Dow Jones perdia 1,48%, o S&P, 1,75%, e o Nasdaq, 1,54%. As perdas mais cedo eram muito maiores, diante das notícias ruins que continuam pipocando nos Estados Unidos.

Hoje, a construtora Toll Brothers e a rede de cafeterias Starbucks divulgaram queda nos resultados trimestrais, enquanto a American Express ganhou rápida aprovação do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) para se tornar uma holding bancária e, assim, poder ter acesso ao fundo de resgate do governo americano de US$ 700 bilhões. Já a Alcoa anunciou um corte maior da produção de aço. Tais informações reforçam a percepção de que a inclinação dos consumidores aos gastos está piorando. "Não parece que vai melhorar, não importa quanto dinheiro vão jogar nas financeiras", disse um operador, segundo a Dow Jones.

O setor automotivo ilustra bem os efeitos da crise na economia real. As montadoras norte-americanas estão enfrentando problemas severos que terão que contar com a mão estatal para serem solucionados. O ícone desta safra ruim é a General Motors e sua saúde financeira debilitada. Seus papéis foram cotados hoje no menor valor desde 1943, a US$ 2,76, na mínima do dia. Além dela, os investidores também estão preocupados com as fabricantes de autopeças, que podem sofrer com a falta de caixa das montadoras e deixarem de receber em caso de concordatas.

O fato de as concordatas estarem se replicando também é um viés que contribui para manter esse clima de incerteza no ar. Ontem, a Circuit City pediu concordata e há uma grande chance de a GM fazer isso em breve. "Esse movimento tem que cessar para o dinheiro voltar ao mercado acionário", prognosticou o gestor da corretora Umuarama Rafael Moysés.

Por trás desse quadro nebuloso, no entanto, estão as injeções de recursos por parte dos governos para tentar impedir uma recessão e trazer de volta a normalidade às economias. E na brecha que houve hoje, a notícia do pacote bilionário do governo chinês encontrou espaço para ecoar na Bovespa, especialmente nas ações ligadas às commodities. A Vale, que vinha caindo desde a abertura, virou para cima e fechou com ganhos de mais de 1%. As ON avançaram 1,25% e as PNA, 1,23%. Gerdau PN subiu 6,3%, Metalúrgica Gerdau PN, 3,78%, CSN ON, 3,54%, Usiminas PNA, 0,08%.

Petrobras chegou a subir, mas não sustentou os ganhos. Caiu 1,84% a ON e 0,17% a PN. Depois do fechamento do mercado, a estatal divulga seu balanço trimestral, para o qual o mercado espera um lucro de R$ 9,5 bilhões, na média. Em Nova York, o petróleo recuou 4,94% e fechou a US$ 59,33 por barril, o menor preço em 19 meses.

O setor elétrico também esteve na ponta de ganhos. Eletrobrás ON subiu 10,51% e PNB, 9,91%, respectivamente segunda e terceira maiores altas do Ibovespa. A empresa vai divulgar hoje seu balanço trimestral.

INDZ08...após 10/11...suportes e resistências



Suportes: 37.200, 36.750, 35.400 e 34.000
Resistências: 38.900, 40.200 e 40.800.