segunda-feira, 31 de agosto de 2009

NY cai por China e mau desempenho de energia e bancos

por Angela Moon de Reuters
31 de Agosto de 2009 18:18


NOVA YORK (Reuters) - As bolsas de valores dos Estados Unidos terminaram em queda nesta segunda-feira, uma vez que preocupações com a saúde da economia global pesaram sobre Wall Street, após um movimento geral de vendas no mercado acionário chinês.

O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,5 por cento, para 9.496 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,97 por cento, para 2.009 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 0,81 por cento, para 1.020 pontos.

As ações do setor de energia lideraram o declínio, depois de uma forte queda no principal índice de ações da China, ao mesmo tempo em que os preços do petróleo caíram abaixo de 70 dólares o barril, pressionados por preocupações sobre a demanda global de energia.

Os papéis da Chevron cederam 1,1 por cento, enquanto os da Exxon Mobil recuaram 1,4 por cento. O índice S&P voltado para o segmento de energia perdeu 1,8 por cento.

O indicador da bolsa de valores de Xangai derreteu quase 7 por cento, para a mínima em três meses, em linha com temores de que o governo da China esteja tentando moderar o crescimento da economia e reduzir movimentos especulativos em seu mercado de ações, ao restringir empréstimos a bancos.

"A China é um motor de crescimento muito importante para o resto do mundo", disse o presidente-executivo da Hester Capital Management, Craig Hester, em Austin, Texas.

"As pessoas precisam ver a China continuar seu crescimento, e uma baixa em seu mercado acionário provocará uma queda em nosso mercado de ações também."

Ao entrarem num período do ano tradicionalmente calmo para o segmento de ações, os investidores estão cada vez mais preocupados com a volta de um momento pessismista, depois de um rali que fez os mercados subirem cerca de 50 por cento frente a suas mínimas de fechamento atingidas em março.

A despeito da performance sem brilho dos índices nesta sessão, no acumulado de agosto, o Dow Jones avançou 3,5 por cento em agosto, o S&P 500 ganhou 3,4 por cento e o Nasdaq teve valorização de 1,5 por cento.

Bovespa fecha abaixo dos 57 mil pontos, mas avança no mês; dólar tem alta

por IG Economia
31/08 - 17:27

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou o pregão desta segunda-feira (31) em forte queda. O índice Ibovespa – a principal referência da bolsa paulista – caiu 2,29%, para os 56.377 pontos. No mês, o Ibovespa avançou 2,94%.

O principal evento do dia, que contribuiu para a queda acentuada na Bovespa, foi o anúncio do marco regulatório do pré-sal, realizado em Brasília. O governo decidiu enviar ao Congresso Nacional quatro projetos de lei sobre as regras, em regime de urgência constitucional. Segundo o líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), a urgência permitirá que o novo marco regulatório seja aprovado na Câmara e no Senado ainda este ano.

Segundo o diretor da Ágora Corretora, Álvaro Bandeira, boa parte das perdas do dia pode ser atribuída à venda acentuada de ações da Petrobras. Segundo dados preliminares, o papel PN da estatal recuou 3,84%, para R$ 31,30, enquanto o ON cedeu 5,06% a R$ 37,30.

Bandeira observa que o novo plano não trouxe grandes novidades quanto ao modelo de exploração, que põe a estatal como principal operadora do pré-sal. A questão que preocupa os agentes é a capitalização da Petrobras pela União. Segundo Bandeira, não se sabe o tamanho do aporte e qual poderá ser a diluição dos atuais acionistas.

Outros fatores

Também repercutiu no dia o anúncio de que a Organização Mundial do Comércio (OMC) autorizou o Brasil a impor retaliações sobre o governo americano em resposta aos subsídios ilegais que a Casa Branca distribui aos produtos de algodão.

Além disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a produção industrial brasileira cresceu 2,2% no mês de julho, frente a junho. Foi o sétimo mês de alta consecutiva do setor, na comparação mensal.

Panorama externo


No exterior, a maior parte dos mercados também registrou baixa. Como observado algumas vezes ao longo do mês, o sinal negativo parte, novamente, da Ásia, onde o Shanghai Composite, da Bolsa de Xangai, afundou 6,74%. Ainda na região, Hong Kong diminuiu 1,86%, enquanto Tóquio e Seul recuaram 0,40% e 1%, respectivamente.

Nos Estados Unidos, Wall Street fechou em baixa. O Dow Jones Industrial, principal índice de Wall Street, fechou hoje com uma queda de 0,5%, fixado em 9,496,28 pontos. Por sua vez, o indicador da bolsa eletrônica, a Nasdaq, recuou 0,97%. Em queda, também fechou o S&P 500 (-0,81%), que agrupa ações de 500 empresas. Um dos fatores de influência sobre o mercado é o anúncio da compra da Marvel pela Disney, por US$ 4 bilhões.

Na Europa, as bolsas de valores fecharam em queda, pressionadas pelo declínio das ações chinesas e norte-americanas, enquanto os papéis de instituições financeiras devolveram parte dos fortes ganhos recentes. O índice FTSEurofirst 300, principal referência dos mercados acionários europeus, fechou em baixa de 0,64%, a 972 pontos, após ter alcançado a máxima em 10 meses na sexta-feira.

Em agosto, o indicador acumula valorização de 4,7% em agosto. Frente à mínima histórica atingida em março, a alta é de mais de 50%.

Dólar

No mercado cambial, o dólar comercial fechou em alta ante o real nesta segunda-feira, após operar com elevação durante a tarde. A moeda americana terminou as negociações cotada a R$ 1,889 na venda, com avanço de 0,48%. No mês, a divisa apresentou alta de 1,23%.

O Banco Central (BC) manteve as atuações diárias no câmbio, comprando moeda americana em leilão no mercado à vista. De acordo com comunicado do Departamento de Operações de Reservas Internacionais (Depin), a operação teve início às 12h23 e terminou às 12h33. A taxa aceita ficou em R$ 1,875.

As reservas internacionais do Brasil aumentaram em mais de US$ 3 bilhões entre os dia 27 e 28 de agosto, segundo dados do BC divulgados nesta segunda. A expansão foi de US$ 3,450 bilhões, segundo o conceito liquidez, maior aumento diário desde 9 de setembro de 2003. Com isso, o "colchão" brasileiro renovou a máxima histórica, alcançando US$ 218,745 bilhões.

(Com informações da Reuters, Agência Estado e do Valor Online)