segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Bolsa de NY cai com Dow Chemical e Oriente Médio

por Agência ESTADO
29 de Dezembro de 2008 20:05

O mercado de ações norte-americano fechou em baixa, mas acima das mínimas do dia, apesar da pressão negativa gerada pelo colapso de um acordo entre a Dow Chemical e o Kuwait e diante do conflito no Oriente Médio, que interrompeu o declínio nos preços do petróleo.
O índice Dow Jones caiu 31,62 pontos, ou 0,37%, e fechou com 8.483,93 pontos. O Nasdaq recuou 19,92 pontos, ou 1,30%, e fechou com 1.510,32 pontos. O S&P-500 caiu 3,38 pontos, ou 0,39%, e fechou com 869,42 pontos, enquanto o NYSE Composite recuou 3,55 pontos, ou 0,06%, e fechou com 5.534,64 pontos.
As ações da Dow Chemical caíram 19% em reação à notícia de que o governo do Kuwait desistiu de formar uma bilionária associação (joint venture) com a companhia americana, que seria batizada de K-Dow, citando pressão política. O colapso do acordo levantou dúvidas sobre a viabilidade da compra da Rohm & Haas, grupo fabricante de químicos especializados, pela Dow Chemical. As ações da Rohm & Haas caíram 16%.
As ações das companhias de petróleo e de equipamentos para exploração subiram junto com os preços do petróleo e a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, que serviu como um lembrete da volátil situação política no Oriente Médio. As ações da Chevron subiram 1,71% e as da ExxonMobil fecharam em alta de 1,08%.
Contudo, a alta do petróleo pesou sobre as ações do setor de consumo: McDonald's caiu 1,11%, Walt Disney perdeu 3,20% e General Electric recuou 1,94%. As ações do setor de varejo também seguiram fracas, pressionadas pela temporada ruim de vendas do Natal: Wal-Mart cedeu 0,43% e Home Depot, 0,85%.
As ações da Ford caíram 3,06% em reação à notícia de que o bilionário investidor Kirk Kerkorian liquidou sua participação acionária na montadora. As ações da General Motors recuaram 1,64% refletindo a dúvida dos investidores sobre se seu braço financeiro, a GMAC - que se tornou uma holding bancária na semana passada - tem recursos suficientes para sobreviver. As informações são da Dow Jones.

Bovespa fecha em alta de 0,53%, com ajuda do petróleo

por Agência ESTADO
29 de Dezembro de 2008 18:52

Quando já se dava como certo mais um encerramento de pregão em queda, a Bovespa voltou a mudar de lado nos minutos finais do pregão e conseguiu fechar o dia em alta de 0,53%, aos 37.060,16 pontos, destoando das bolsas norte-americanas, que caminham para um encerramento em queda. Pela manhã, o avanço no preço da petróleo impulsionou os papéis da Petrobras e contribuiu para o desempenho positivo do Índice Bovespa (Ibovespa), que chegou a subir 2,08%, na máxima do dia, aos 37.631,35 pontos. A mínima foi de 0,61%, aos 36.637,71 pontos. Aliás, foram os papéis da estatal que voltaram a puxar o Ibovespa para o campo positivo.
O giro financeiro, mais uma vez, ficou bem abaixo da média diária, em R$ 1,95 bilhão. De acordo com um operador, a expectativa com o rali de fim de ano "já era". "Com o mercado lá fora desse jeito (bolsas em NY em queda) não há condição nenhuma para o esperado rali de fim de ano. Nem um 'ralizinho' deve ter", estima o profissional.
De qualquer forma, nem mesmo um rali seria suficiente para reverter o movimento negativo do índice no ano. Até hoje, a Bolsa acumula queda de 41,99% em 2008. Este é o pior desempenho da bolsa desde 1994 - último dado fornecido pela BM&FBovespa. Desde então, a marca mais negativa havia sido verificada em 1998, quando o Ibovespa registrou queda de 33,4%, aos 6.784 pontos.

Petrobras

Os contratos de petróleo para fevereiro atingiram US$ 42,20 por barril pela manhã na Bolsa Mercantil de Nova York, impulsionados pela confirmação do corte na produção dos Emirados Árabes Unidos (EAU) e pelas notícias do conflito na Faixa de Gaza. O preço do barril para fevereiro encerrou com alta de 6,31%, a US$ 40,02.
Os papéis da Petrobras acompanharam os contratos de petróleo. As ações PN fecharam em alta de 2,36%, a R$ 22,52, e as ON tiveram avanço de 3,99%, a R$ 27,09. Segundo um operador, a alta das ações da estatal também está relacionada ao ajuste de carteira antes da entrada em vigor do novo Ibovespa, que valerá de janeiro a abril de 2009. Amanhã, a Bolsa divulga a composição definitiva do índice e a perspectiva é de que será ratificado o aumento do peso das ações da estatal. A segunda prévia do Ibovespa dos próximos quatro meses, divulgada no dia 16, trouxe as mesmas 66 ações do índice atual. Petrobras PN apareceu com participação de 16,71%, acima dos 16,42% da primeira prévia e dos 15,387% na carteira vigente. Petrobras ON apareceu com 3,055%, contra 3,028% da primeira prévia e 2,821% no índice que está em vigor.
Se para a Petrobras o aumento no preço do petróleo é bom, para as companhias aéreas é bastante negativo, já que boa parte de seus custos está no querosene de aviação. As ações PN da TAM terminaram com queda de 4,30%, a R$ 18,24.

Vale

As ações da Vale, que começaram o dia em alta, não se sustentaram em terreno positivo. Os papéis ON fecharam com perda de 0,22%, a R$ 27,04, e os PNA caíram 0,42, a R$ 23,80. De acordo com outro profissional, o movimento dos papéis reflete ajuste de posição de alguns fundos.

Nova York

Em Nova York, as bolsas acentuaram as perdas após a divulgação de um fraco índice de atividade regional. Já mais perto do fechamento, no entanto, as bolsas desaceleraram a queda. Pela manhã, a regional do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de Dallas informou que o índice de produção industrial desabou para -33 em dezembro, ante -21 do mês anterior. No meio da tarde, foi a vez do Fed de Chicago informar que o índice da atividade industrial no Meio-Oeste dos EUA caiu 1,6% para o nível sazonalmente ajustado de 96,4 em novembro, de um índice revisado em baixo para 98 em outubro. O dado de novembro foi o mais baixo desde janeiro de 1997 e representa uma queda de 10,8% em relação ao mesmo mês do ano passado.

INDG09...após 26/12...suportes e resistências


Os suportes imediatos estão em 37.050, 36.900, 36.750, 36.150, 35.950 e 35.650 pontos.

As resistências imediatas estão em 37.950, 38.250, 38.700, 39.000 e 40.450 pontos.