segunda-feira, 18 de agosto de 2008

IBOV...após 18/08... tendência de queda continua...


O Ibovespa abriu em alta em 54.252 pontos, subiu até encontrar resistência na LTB de curto prazo, na máxima em 54.928 pontos e depois refluiu novamente, sintonizado com DJI também em queda, vindo testar novo suporte na mínima em 53.050 pontos. A partir daí, esboçou reação até atingir o patamar dos 53.600 pontos, mas retornou para finalizar em 53.326 pontos (-1,69%).
Análise: Não conseguindo novamente romper a LTB, o IBOVESPA continuou a se movimentar pelo "fundo do canal". Sintonizado com DJI e ainda com baixo volume, não encontrou forças para esboçar uma reação maior, mesmo após o exercício das opções, da série H. O "candle" no gráfico diário tipo "piercing" de baixa e quase totalmente "cheio", continua mostrando o predomínio da força vendedora. Os principais indicadores do gráfico diário sinalizam continuidade da queda. Os índices futuros do Ibovespa e dos mercados futuros americanos, antes da abertura, deverão confirmar (ou não) essa tendência.

Abaixo de 53.300 suportes imediatos em: 53.050, 52.650 e 52.150 pontos.
Acima de 54.500 pontos resistências em: 54.700, 55.300 e 55.725 pontos.

DJI...após 18/08...continua em tendência de queda...


DJI abriu em 11.659 pontos e rapidamente veio até a máxima em 11.689 pontos. A partir daí, refluiu com força, perdendo também os 11.500 pontos até encontrar suporte na mínima em 11.435 pontos (- 1,92%). Daí, finalizou em 11.479 pontos (-1,55%).
Análise: Como esperado, DJI desfez o sub-canal de alta, ao perder o suporte em 11.450pontos. Apesar de tê-lo recuperado, fechou ainda abaixo dos 11.500 pontos, sinalizando a retomada da tendência principal de queda e sua maior propensão para retornar aos 11 mil pontos. Os principais indicadores do gráfico diário apontam para a continuidade da queda. Os índices futuros americanos poderão confirmar (ou não)essa tendência, antes da abertura.

Abaixo de 11.450 suportes em : 11.390, 11.280, 11.220 e 11.180 pontos.
Acima de 11.508 resistências em: 11.563, 11.580, 11.650 e 11.690 pontos.

Bolsa cai 1,69% e fecha no menor nível desde setembro

por Claudia Violante da Agência Estado
18.08.2008 17h33

Nova York, metais e petróleo. O comportamento do mercado acionário hoje foi mais do mesmo, o que significa dizer que a Bovespa, de novo, fechou em queda. As perdas, pelo oitavo pregão de um total de 12 em agosto, fizeram a Bovespa retroceder quase um ano: o Ibovespa, principal índice, recuou 1,69% e fechou com 53.326,5 pontos, menor nível desde os 52.652,6 pontos de 10 de setembro de 2007.
Em agosto, a queda atinge 10,38% e, em 2008, 16,53%. O índice oscilou hoje entre 53.050 pontos (-2,20%) e 54.928 pontos (+1,26%). O giro financeiro foi fraco apesar do vencimento de opções sobre ações e totalizou R$ 4,526 bilhões. Desse total, R$ 794,911 milhões referiram-se ao exercício, que se configurou como o quarto menor do ano.
As Bolsas de Nova York também tiveram perdas firmes: o índice Dow Jones registrou baixa de 1,55%, S&P caiu 1,51% e o Nasdaq recuou 1,45%. O setor financeiro voltou ao foco das preocupações, com os investidores se desfazendo principalmente dos papéis das agências hipotecárias Freddie Mac e Fannie Mae. Esses papéis abriram o pregão pressionados com notícia veiculada na revista Barron's dando conta da possibilidade de o Tesouro americano recapitalizar as agências, o que faria com que as participações dos atuais acionistas perdessem totalmente o valor. À tarde, as perdas foram ampliadas com a decisão do banco Merrill Lynch de rebaixar o preço-alvo calculado para as ações.
Mas o setor financeiro, de modo geral, caiu, também porque o Wall Street Journal informou que o Lehman Brothers poderá perder US$ 1,8 bilhão no trimestre, ainda por causa do crédito de alto risco (subprime), e porque o UBS reduziu suas perspectivas para Goldman Sachs, JPMorgan, Citigroup e Morgan Stanley.
O petróleo em baixa, hoje, não serviu para ajudar o mercado acionário americano, apenas para afetar negativamente Petrobras. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo recuou 0,79%, para US$ 112,87 por barril. Petrobras ON perdeu 2,87% e PN, 3,03%. A outra blue chip (ação de primeira linha) da Bovespa, Vale, caiu 2,22% a ON e 2,24% a PNA, apesar de o setor ter boas notícias. Hoje, a mineradora anglo-australiana BHP Billiton anunciou lucro recorde e a também anglo-australiana Rio Tinto fechou acordo com a estatal indiana NMDC para a criação de uma joint venture (associação) que irá procurar e explorar minério de ferro e outros minerais no mundo.
A queda na Bolsa paulista foi generalizada, poupando apenas 14 das 66 ações que compõem o Ibovespa. A maior queda do índice foi registrada por Rossi Residencial ON (-5,86%) e a maior alta, por Cesp PNB (+3,26%).
Segundo um profissional do mercado, apesar de a Bovespa estar em níveis muito atrativos, não está havendo ingresso de recursos novos na ponta compradora. Como a agenda está morna nos próximos dias, o comportamento de hoje pode se repetir, apesar do nível baixo em que se encontra o Ibovespa.

Bolsa de NY fecha em queda com agências hipotecárias

por Renato Martins da Agência Estado
18.08.2008 18h00

O mercado norte-americano de ações fechou em queda forte, com a renovação dos temores sobre a saúde das instituições financeiras. O número de ações negociadas na Bolsa de Nova York (NYSE) foi o menor desde 27 de dezembro do ano passado. O mercado reagiu a um artigo publicado no fim de semana pela revista Barron's, segundo o qual as agências semigovernamentais de crédito hipotecário Fannie Mae e Freddie Mac não serão capazes de levantar o capital de que precisam e que uma intervenção do governo, com conseqüentes perdas para os acionistas, será inevitável.
Para Lorenzo di Mattia, gerente do fundo de hedge Sibilla Global Fund, caso a Barron's esteja certa, as ações do setor financeiro estão diante de novas ondas de venda, e, desta vez, os investidores poderão não encontrar refúgio no setor de commodities (matérias-primas). "O alastramento global da debilidade econômica não é bom para o setor financeiro e também não é bom para o de commodities", acrescentou.
As ações da Fannie Mae caíram 22,25% e as da Freddie Mac perderam 24,96%. Todas as 30 componentes do índice Dow Jones caíram; no setor financeiro, os destaques foram AIG (-6,05%), Citigroup (-5,01%), Bank of America (-4,56%) e JPMorgan Chase (-3,49%). As ações do Lehman Brothers caíram 7,05%, depois de o Wall Street Journal dizer que a instituição deverá registrar perdas fortes no terceiro trimestre.
As ações da General Motors caíram 7,33%, depois de o executivo-chefe da empresa, Rick Wagoner, dizer que não vê sinais de recuperação econômica, nem de reaquecimento das vendas de veículos, apesar das recentes quedas do preço do petróleo. Entre as construtoras de casas, as ações da Lennar caíram 7,28%. As da indústria de chocolates Hershey's caíram 9,40%, depois de a empresa elevar os preços de seus produtos em 10% e prever vendas fracas.
O índice Dow Jones fechou em queda de 1,55%, em 11.479,39 pontos. O Nasdaq encerrou em baixa de 1,45%, em 2.416,98 pontos. O S&P-500 caiu 1,51%, para 1.278,60 pontos. O NYSE Composite recuou 1,21%, para 8.281,86 pontos. As informações são da Dow Jones.

Estouro da bolha dispensa medidas

Luiz Sérgio Guimarães
repórter de finanças de Valor Econômico
18/08/2008

Incapaz de desobstruir o canal do crédito, a ortodoxia monetária do Banco Central terá de contar com a ajuda heterodoxa da Fazenda para conseguir desaquecer a economia e trazer a demanda para o mesmo nível da oferta. Mas a desaceleração buscada por meio da imposição de IOF às operações de leasing pode já não ser mais necessária. A economia ainda não sentiu os efeitos do aperto de 1,75 ponto acumulado deste abril, mas os índices de inflação já despencam por causa do estouro da bolha de commodities. Os índices estão derretendo e sofrem escassa influência da decisão do Copom de elevar a Selic de 11,25% para 13%.
A puxada do juro mira vários alvos simultaneamente: 1) trazer de volta as expectativas de IPCA para o centro da meta de inflação, de 4,5%; 2) apreciar mais ainda a taxa de câmbio; 3) desestimular os investimentos produtivos; 4) convencer os consumidores a desistir do crediário; 5) forçar os assalariados a poupar por medo do desemprego. Nada disso estava acontecendo por causa exclusivamente do arrocho monetário. As expectativas do Focus para o IPCA começaram a ceder depois que a perspectiva de desaquecimento econômico mundial fez um enorme furo na bolha de commodities (incluído aí o petróleo). O câmbio, ao invés de se apreciar mais por causa da ampliação dos ganhos de arbitragem, depreciou-se devido à valorização do dólar nos mercados globais. Empresários e consumidores podem adiar seus projetos por causa do temor de recessão externa, não porque a taxa básica subiu 1,75 ponto, pois há, nos dois casos, meios de contornar o aperto.
O Copom pode teimar e fazer mais uma alta de 0,75 ponto, porque já foi excessivamente sinalizada. Reduzir a intensidade da dose para 0,50 ponto na próximo reunião (10 de setembro) seria confessar o erro. E admitir que se precipitou ao acelerar a Selic justamente num momento de inflexão dos índices. Mas a extensão total do arrocho terá de ser inevitavelmente menor (o Focus projeta Selic de 14,75% no fim do ano). Este é o recado explícito dado pelo mercado futuro de juros da BM&F: enquanto as taxas mais curtas resistem em cair (refletindo a teimosia do BC), as longas despencam. Na sexta-feira, o swap de 360 dias cedeu muito levemente de 14,55% para 14,54%, enquanto o CDI previsto para janeiro de 2010 caiu pesadamente de 14,73% para 14,65%. Isso tudo num dia em que o dólar avançou 0,86%, para R$ 1,64.
Para esta semana, recheada de importantes indicadores sobre a inflação corrente, os analistas não esperam mudanças em relação ao viés mantido na semana passada, de forte declínio das commodities, alta do dólar e queda dos juros. Na semana passada, o índice CRB de 19 commodities cedeu 1,32% (8,19% no mês) e o dólar subiu 1,93%. Nos onze dias úteis de agosto até sexta-feira, o dólar registrou valorização em nove. A expectativa é de que as instituições pesquisadas pelo Boletim Focus continuarão revisando para baixo suas projeções de IPCA. O que será divulgado hoje cedo pelo BC está cercado de grande expectativa e pode interferir na rota do juro.
A semana será aberta pela divulgação de dois índices calculados pela FGV: o IPC-S relativo à semana passada e o IGP-10 referente a agosto. O prognóstico é de queda expressiva para o IGP-10, dos 2% do mês passado para a faixa de 0,40%. Na quarta-feira saem dois índices muito apreciados pelos operadores, o IPC FIPE da segunda quadrissemana do mês e a segunda prévia do IGP-M. Para o primeiro, a expectativa é de nova baixa em relação ao 0,38% da quadrissemana anterior. E, para o IGP-M, não se descarta nova deflação. "Ainda não possuímos todos os dados necessários para determinar a regressão necessária para o IGP-M, mas caso o IGP-10 venha em torno de 0,40%, o IGP-M do segundo decêndio virá próximo de zero, em 0,03%", diz Pedro Paulo Silveira, da Gradual Corretora. O grande índice da semana estará reservado para sexta-feira. Trata-se do IPCA-15 de agosto. Ele deve recuar do 0,63% de julho para algo próximo de 0,45%. "Todos os dados de inflação, somados ao Relatório Focus que deve vir em baixa, apontam para uma expectativa benigna para a inflação e colaboram para um cenário mais positivo de taxa de juros por aqui. Fatalmente o BC terá que fazer um aperto monetário menor", diz Silveira.
Nos EUA, os dados que prometem chamar mais a atenção dos mercados serão os relativos à atividade econômica. Os de inflação tendem a ficar em segundo plano pois o Federal Reserve (Fed) não parece disposto a elevar o juro por piores que sejam os informes de inflação. O PPI (atacado) de julho sai amanhã e a estimativa é de alta de 0,6%.

Déficit fiscal dos EUA não afugenta os investidores

por Cristiane Perini Lucchesi de Valor Economico
18/08/2008

O déficit fiscal americano vai crescer de US$ 400 bilhões no final deste ano para o recorde histórico de US$ 550 bilhões em 2009, por causa da ajuda do governo aos bancos e de novos pacotes de estímulo ao crescimento da economia. Mas o déficit maior não vai assustar investidores. Pelo contrário: a demanda pelos títulos do Tesouro dos Estados Unidos deve crescer. Afinal, a liquidez internacional terá de ir para algum lugar, com a queda nas bolsas e nos preços dos commodities por causa da recessão - que já começou nos Estados Unidos e dá os primeiros sinais na Europa, Canadá e Japão. A aversão ao risco e a expectativa de que o dólar vai se fortalecer contra as principais moedas ajudam a ampliar ainda mais as compras dos papéis americanos.


Essa é a visão de Brian Fabbri, economista-chefe para a América do Norte do BNP Paribas, que veio ao Brasil para falar aos clientes do banco em palestra hoje. "O déficit fiscal está crescendo, mas eu acho que as pessoas e os bancos dos Estados Unidos vão comprar cada vez mais títulos do Tesouro americano", afirma ele, em entrevista ao Valor na semana passada, por telefone, de Nova York. Os investidores externos, principalmente bancos centrais da Europa, Japão e países emergentes, também vão manter ou ampliar posições. "Por isso, o déficit fiscal pode crescer muito mais sem que as taxas de juros tenham de subir muito", avalia ele.


As maiores necessidades de financiamento público devem manter elevadas as taxas de juros de longo prazo dos títulos do Tesouro americano, estima. Fabbri prevê que os rendimentos dos títulos de vencimento em dez anos deverão passar dos cerca de 4% hoje para 4,40% no final do primeiro trimestre de 2009.


Enquanto isso o Fed, banco central americano, vai manter os juros básicos de curto prazo dos chamados fed funds em 2% pelo menos até o final do primeiro semestre de 2009, de forma a não ampliar a contração no crédito, a recessão e a crise no sistema financeiro dos Estados Unidos.


Por causa disso, as taxas das notas do Tesouro dos EUA de curto prazo vão continuar baixas. Ele acredita que os rendimentos dos papéis de vencimento em três meses devem cair, dos cerca de 2,80% ao ano hoje para 2,25% no final do primeiro trimestre de 2009, ampliando em quase 100 pontos percentuais a diferença entre o curto e o longo prazo. A demanda pelo curto prazo deve ajudar. "Se as pessoas ficam preocupadas com o risco na economia vão comprar os vencimentos mais curtos - notas de três ou seis meses e de dois anos -, derrubando os rendimentos."


A própria expectativa de que o próximo movimento do Fed é de alta nos juros ajuda a tornar maior a inclinação positiva da curva de rendimentos. "O Fed quer ver a curva mais inclinada, pois os bancos podem fazer lucros investindo em títulos do Tesouro americano", afirma ele. "Os bancos hoje não querem emprestar dinheiro para empresas e detentores de moradias, mas poderão querer tomar risco de vencimento e ganhar nos juros", avalia. As instituições financeiras vão tomar recursos no curto prazo e aplicar no longo, conseguindo lucros sem a necessidade de injeção de dinheiro público. "E isso é o melhor dos mundos pela perspectiva do Fed", comenta. "Essa é uma das razões por que eu sempre achei que o Fed não iria subir juros e eu estava certo."


De acordo com ele, todos os bancos na América ou acreditam que a economia dos Estados Unidos já está em recessão ou estará em breve e dessa forma temem mais inadimplência das pessoas físicas e jurídicas, o que traria mais uma fonte de dívida ruim para seus ativos. "Por isso as instituições financeiras estão tão cautelosas com relação a novos empréstimos", diz.


Fabbri conta que desde abril os empréstimos bancários nos EUA começaram a ter crescimento negativo se forem observados os dados mensais comparados com o mês anterior . Segundo ele, os bancos estão restringindo o crédito "de todos os lados para todos os tipos de clientes". O apetite por risco se reduziu de tal forma que só os tomadores de primeiríssima linha estão com acesso ao crédito e mesmo assim têm de pagar mais por isso. "As exigências para novos empréstimos estão no seu pico histórico de todos os tempos."


Segundo Fabbri, "os empréstimos bancários são uma necessidade para prover liquidez para o crescimento econômico". Por isso, argumenta, quando os bancos param de emprestar, há geralmente uma recessão. Ele acredita que esse aperto brutal no crédito "é muito difícil de superar" e vai continuar até que os bancos acreditem que não terão que dar mais baixa contábil em nenhum crédito ruim. "Isso só vai acontecer quando os bancos acreditarem que a economia vai crescer de novo", diz Fabbri.


Na sua visão, a recessão, que começou no início deste ano, vai durar até o primeiro ou segundo semestre de 2009. "Teremos uma recessão muito longa , talvez de seis trimestres", avalia o economista. Para ele, no entanto, como os Estados Unidos estão fazendo um esforço para se livrar de todos os problemas neste ano, "depois de 2009 a América poderá ser um lugar muito atrativo para investidores globais". Os preços dos ativos estarão baixos, os bancos terão alavancagem limitada, os padrões para emprestar serão muito rígidos. Ele acredita em mudanças na regulação do sistema financeiro nos próximos três ou quatro anos e em mais consolidação entre bancos. "Depois de 2009, as instituições financeiras americanas estarão em boa forma para o futuro", avalia.


Neste ano, Fabbri acredita que os bancos ainda têm mais perdas a declarar. "Os bancos na América estão dando baixas contáveis em seus ativos feito loucos", comenta, calculando que até agora foram US$ 490 bilhões. "Na Europa, que tem muitos dos mesmos problemas, os bancos ainda não deram baixas em nada parecido com o que a América fez", avalia. Na sua visão, "a Europa simplesmente não gosta de admitir seus problemas e não gosta de tomar um remédio amargo, o que os Estados Unidos sempre fazem". Por isso, ao olhar para depois de 2009, "as coisas ficarão muito melhor aqui nos Estados Unidos do que na Europa".


Os EUA estão em recessão, na visão de Fabbri, apesar de os números do PIB não confirmarem isso. "O PIB está crescendo, apesar da recessão no mercado interno, porque os Estados Unidos estão vendendo muitos produtos para tantas pessoas por causa de um dólar extremamente barato."
O aumento nas exportações acontece em todo o tipo de produto, diz. "Nós nas Américas não compramos carros feitos nos Estados Unidos, mas em todo o lugar do mundo estão comprando esses produtos", comenta. "As exportações estão explodindo, simplesmente explodindo", frisou, para depois apresentar números. Em bases anuais, o aumento foi de 21%. "É uma porcentagem inimaginável, imprevisível", continua ele, que aposta que o dólar vai se apreciar contra o iene, o euro, o dólar canadense e a libra esterlina até 2009.
Com o crescimento global declinando, a demanda por commodities, inclusive petróleo, vai decair. "Nós temos evidências em todo o mundo que o crescimento está se reduzindo e vai se reduzir ainda mais e isso diz basicamente para mim que a demanda por commodities vai cair nos próximos 6 a 12 meses." Na sua visão, isso não é ruim para os Estados Unidos. "O Fed não terá de se preocupar com a inflação, e os americanos não terão de se preocupar com os preços altos da energia. Isso é provavelmente uma boa coisa", diz.

IBOV...após 15/08...tendência de queda continua...



O Ibovespa abriu em 55.136 pontos, refluiu rapidamente até encontrar suporte em 54.900 pontos para daí desencadear reação positiva até atingir a máxima em 55.306 pontos (+0,30%), sem contudo romper a forte resistência na LTB em 55.400 pontos. A partir daí, sofreu um processo de realização continuado e constante até atingir a mínima em 53.831 pontos (-2,37%), no suporte da LTA. Na segunda metade do pregão, reagiu até finalizar em 54.244 pontos (-1,62%).

Análise: Não conseguindo romper a LTB, o IBOVESPA operou a primeira metade do pregão em forte queda, até encontrar suporte na LTA recente. Na segunda metade, com DJI mantendo-se em alta, recuperou parte das perdas, porém ainda com baixo volume, sinalizando a desconfiança do mercado, sobre a capacidade de reação do Ibovespa. O "candle" no gráfico diário quase totalmente "cheio", mostra o predomínio da força vendedora, sinalizando a continuidade da queda. Nesta segunda, dia de vencimento de opções da série H, o grande número de contratos descobertos, principalmente nas séries H 34 e 36 de Petro e Vale, reforçam a tese do predomínio da pressão vendedora. A perda do último suporte em 53.831 pontos, poderá levar o Ibovespa a testar novamente o suporte em 53 mil pontos. Apesar dos principais indicadores do gráfico de "30 minutos" sinalizarem alta, face à reação da segunda metade do pregão, os principais indicadores do gráfico diário sinalizam a continuidade da queda, inclusive no oscilador de momentos. Os índices futuros do Ibovespa e dos mercados futuros americanos, antes da abertura, deverão confirmar (ou não) a tendência da abertura.

Abaixo de 54.200 suportes imediatos em: 53.830, 53.500 e 53 mil pontos.
Acima de 54.240 pontos resistências em: 54.900, 55.300 e 56 mil pontos.

DJI...após 18/08...tendência de queda, com muita volatilidade...


DJI abriu em 11.611 pontos e veio buscar a mínima em 11.600 pontos. A partir daí, iniciou boa recuperação, retomando os 11.700 pontos até encontrar resistência na máxima em 11.710 pontos (+ 0,82%). Daí, refluiu para finalizar em 11.660 pontos (+0,38%).

Análise: Muita volatilidade novamente, com DJI em "congestão" entre as duas linhas de tendências recentes. Convergência entre as Linhas de suporte e de resistência com prenúncio de que ocorrerá o rompimento dessas tendências para um dos dois lados.
O "candle" no gráfico diário, semelhante a um "martelo invertido", pode sinalizar a possibilidade de continuidade do movimento recente de alta, ou o topo do último ciclo dessa alta. Apesar da sinalização de alta nos principais indicadores do gráfico diário, a forte volatilidade no final do pregão, fez com que parte dos indicadores do gráfico de "30 minutos" voltassem a sinalizar queda. Os índices futuros americanos poderão definir qual a principal tendência, antes da abertura.

Abaixo de 11.600 suportes em : 11.500, 11.450, 11.380 e 11.300 pontos.
Acima de 11.670 resistências em: 11.710 e 11.880 pontos.