quinta-feira, 17 de julho de 2008

Vale e Petrobras derrubam o Ibovespa, que perdeu 3,14%

por Claudia Violante da Agência Estado
17.07.2008 | 17h34

As ações da Vale e da Petrobras derrubaram o índice Bovespa hoje, interrompendo três pregões seguidos de elevação. A queda do preço do petróleo no mercado internacional, a resposta dos investidores à subscrição da Vale e a venda de ações por parte de investidores estrangeiros justificaram o desempenho doméstico do mercado acionários, que foi na contramão de Wall Street: o mesmo petróleo fraco que atrapalhou a Bolsa doméstica ajudou os índices a subir nos EUA, além de indicadores econômicos favoráveis e do balanço do banco JPMorgan.
A Bolsa brasileira terminou o dia com baixa de 3,14%, aos 60.108,7 pontos. Oscilou entre a mínima de 59.985 pontos (-3,34%) e a máxima de 62.606 pontos (+0,89%). Com o desempenho de hoje, o Ibovespa passou a acumular perdas de 7,55% no mês e de 5,91% no ano. O volume financeiro contabilizou R$ 8,295 bilhões (preliminar), sendo que Petrobras e Vale, considerando papéis ordinários e preferenciais, giraram quase 47% do total.
Os estrangeiros voltaram a agir com firmeza na ponta vendedora, principalmente das blue chips Vale e Petrobras, embora as ações de siderúrgicas também tenham sido prejudicadas e se situado entre as maiores perdas do dia. Mas o principal destaque negativo do pregão foi de Vale, em reação à operação de subscrição de papéis, encerrada ontem.
Vale PNA (ações preferenciais da classe A) liderou o volume financeiro individual negociado no Ibovespa hoje, com R$ 2,083 bilhões. Vale ON (ações ordinárias) perdeu 5,41% e Vale PNA, 5,40%. Petrobras, por sua vez, caiu com a venda de estrangeiros e, acima de tudo, com o tombo do petróleo no mercado norte-americano. Petrobras ON recuou 4,23% e PN, 4,95% (esta com giro de R$ 1,260 bilhão).
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), a cotação do petróleo fechou pela primeira vez abaixo de US$ 130 por barril desde 5 de junho deste ano, com a melhora das relações entre EUA e Irã e com o vencimento de opções dos contratos de agosto.
Se prejudicou Petrobras, o petróleo mais barato foi um estímulo a mais para os investidores comprarem ações em Wall Street. Os outros foram o balanço considerado positivo do JPMorgan e também os indicadores divulgados hoje, entre eles o dado de construções residenciais e o número de pedidos de auxílio-desemprego. O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York terminou em elevação de 1,85%, na máxima do dia, aos 11.446,7 pontos; o S&P 500 subiu 1,20%, para 1.260,31 pontos, e o Nasdaq teve ganho de 1,20%, a 2.312,30 pontos. Na Europa, as bolsas também subiram. A Bolsa de Londres fechou o dia com valorização de 2,63%, a Bolsa de Paris ganhou 2,76% e Frankfurt encerrou em alta de 1,88%.

Bolsas de NY fecham em alta com queda do petróleo

por Renato Martins da Agência Estado
17.07.2008 18h38

O mercado norte-americano de ações voltou a subir, com o índice Dow Jones acumulando uma alta de 485 pontos (ou 4,4%), em dois dias. Em termos porcentuais, é a maior alta do Dow Jones em dois dias consecutivos desde 15 de outubro de 2002. O mercado reagiu à nova queda dos preços do petróleo (que fechou 11% abaixo do recorde alcançado na segunda-feira passada) e ao informe de resultados do banco JPMorgan Chase, que impulsionou as ações do setor financeiro.
As ações do JPMorgan Chase subiram 13,52%, em reação a seu informe de resultados. Ainda no setor financeiro, também divulgaram balanços a BlackRock (alta de 16,38%) e a holding de bancos regionais Comerica (valorização de 17,47%). Outras ações do setor também tiveram altas expressivas, como Bank of America (16,90%), Citigroup (9,11%), Wachovia (27,51%) e Washington Mutual (10,15%). As ações do banco de investimentos Merrill Lynch, que divulgaria resultados depois do fechamento, subiram 9,75%. As do Goldman Sachs avançaram 4,85%, apesar da reportagem do Wall Street Journal segundo a qual o ex-executivo-chefe do Bear Stearns estaria questionando se operadores do Goldman Sachs em Londres teriam contribuído para o colapso da instituição ao manipular preços. As ações das agências de crédito hipotecário também voltaram a subir (Fannie Mae 18,16% e Freddie Mac 21,96%).
Em reação à queda dos preços do petróleo, as ações da General Motors subiram 11,93%; as da companhia aérea Continental Airlines avançaram 8,38%, depois de a empresa divulgar resultados. As ações dos setores de petróleo caíram (Chevron -0,83%, ExxonMobil -0,59%), assim como as de empresas ligadas a commodities (Alcoa -2,99%). Entre as ações de empresas que divulgaram resultados, as da Coca-Cola caíram 3,82% e as da United Technologies subiram 5,87%. Entre as ações de empresas que divulgariam balanços depois do fechamento, as da Microsoft subiram 0,95%, as da IBM avançaram 0,43% e as do banco regional Zions Bancorp ganharam 16,86%.
O índice Dow Jones fechou em alta de 207,38 pontos (1,85%), em 11.446,66 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 27,45 pontos (1,20%), em 2.312,30 pontos. O S&P-500 subiu 14,96 pontos (1,20%), para 1.260,32 pontos. O NYSE Composite avançou 82,24 pontos (0,99%), para 8.415,06 pontos.

IBOV...após 16/07...tendência de alta, apesar de relativamente "sobrecomprado"...


O Ibovespa abriu em 61.018 pontos, veio até a mínima do dia em 60.863, depois sintonizado com DJI subiu com relativa intensidade até a máxima em 62.183 (+1,91%)para depois finalizar em 62.056 pontos (+ 1,71%).

Análise: Os principais indicadores do gráfico diário e os de "30 minutos" sinalizam tendência de alta, mas já estão relativamente "sobrecomprados", podendo realizar um pouco. Os mercados futuros antes da abertura poderão identificar melhor a tendência do Ibovespa.

Suportes imediatos em 62.000, 60.850, 60.000 e 59.600 pontos.
Resistências em 62.640, 62.900 e 63.500 pontos.

DJI...após 16/07...expressiva alta, reverteu tendência...


DJI abriu em 10.961, veio até a mínima em 10.918 pontos (-0,39%), a partir daí promoveu recuperação firme e constante até a máxima em 11.243 (+2,56%) e depois fechou praticamente na máxima em 11.239 pontos (2,52%).

Análise: DJI reagiu com expressiva alta, revertendo a tendência baixista anterior. Fechou em 12.240 pontos, importante divisor de tendências. Mantendo-se acima desse nível irá buscar 11.330 pontos e 11.400 pontos, novamente. Abaixo deste, retornará aos 11.150 e 11.060 pontos. Agora, os principais indicadores do gráfico diário sinalizam tendência de alta, porém alguns dos indicadores de "30 minutos" estão bastante sobrecomprados, podendo realizar. Os mercados futuros antes da abertura confirmarão (ou não) a tendência de alta.

Suportes imediatos em 11.150, 11.060 e 10.980 pontos.
Resistências imediatas em 11.270, 11.330 e 11.400 pontos.