quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Bolsa de NY fecha em alta; bancos lideram ganhos

por Agência ESTADO
13 de Agosto de 2009 19:22

Os principais índices do mercado de ações norte-americano fecharam em alta ao final de uma sessão volátil em que os investidores pesaram a perspectiva econômica do Federal Reserve (Fed, banco central americano), um forte leilão de títulos do Tesouro dos EUA de 30 anos de prazo e uma inesperada queda nas vendas nos varejo.

O vigor das ações do setor bancário e de matérias primas (commodities) - apoiados pela melhora no sentimento econômico - ajudou a compensar o declínio dos papéis das companhias de consumo. O último leilão primário da semana do Departamento do Tesouro - desta vez US$ 15 bilhões em bônus de 30 anos - registrou uma forte demanda, o que ajudou a dar suporte ao mercado.

Entre as financeiras, destaque para a alta de 6,72% das ações do Bank of America. As ações do JPMorgan fecharam em alta de 1,63%, enquanto Citigroup subiu 2,01% e Wells Fargo avançou 2,61%. Esses ganhos vieram na sequência do movimento de alta desencadeado pelo Fed na tarde de quarta-feira, quando a autoridade monetária anunciou a manutenção das taxas de juro de curto prazo nas mínimas históricas e sinalizou que a economia estava finalmente se estabilizando.

As companhias de carvão lideraram os ganhos do setor de matérias primas, uma vez que a melhora no sentimento com relação às tendências macroeconômicas mundiais continuam a alimentar esperança de que os preços e a demanda vão retornar para o carvão. As ações da Peabody Energy subiram 6,1% e as da Consol Energy fecharam em alta de 7,3%.

Contudo, a elevada taxa de desemprego nos EUA levou a uma queda de 0,1% nas vendas no varejo em julho, contrariando as expectativas de aumento dos analistas, o que pressionou as ações de empresas do setor de consumo. Kraft Foods caiu 0,53%, McDonald's recuou 0,85% e Coca-Cola fechou em baixa de 0,70%.

Contrariando a tendência do setor, as ações do Wal-Mart Stores fecharam em alta de 2,71%, impulsionados pelo lucro acima do esperado anunciado pela gigante do setor de varejo no segundo trimestre. Contudo, mesmo o Wal-Mart não ficou imune a uma inesperada queda nas vendas dentro do conceito de "mesmas lojas" no segundo trimestre.

O índice Dow Jones subiu 36,58 pontos (0,39%) e fechou com 9.398,19 pontos - seu melhor nível de fechamento desde 4 de novembro. O Nasdaq avançou 10,63 pontos (0,53%) e fechou com 2.009,35 pontos. O S&P-500 subiu 6,92 pontos (0,69%) e fechou com 1.012,73 pontos. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa retoma os 57 mil pontos, maior nível em um ano

13 de Agosto de 2009 17:52


Os indicadores conhecidos hoje nos Estados Unidos neutralizaram parcialmente a euforia dos mercados de ações vista após dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de alguns países da Europa. Isso trouxe um pouco de volatilidade às ações, em Wall Street e na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Mas na Bolsa brasileira as ações da Vale, da Petrobras e de siderúrgicas sustentaram os ganhos e garantiram fechamento positivo, seguindo o desempenho das negociações de commodities (matérias-primas) no exterior.

O índice Bovespa (Ibovespa) terminou o dia em alta de 0,81%, de volta ao patamar de 57 mil pontos, de onde saiu em agosto do ano passado. Fechou nos 57.047,98 pontos, maior nível desde 6 de agosto de 2008 (57.542,5 pontos). Na mínima, registrou 56.533 pontos (-0,10%) e, na máxima, os 57.367 pontos (+1,38%). No mês, o Ibovespa acumula ganhos de 4,17% e, no ano, de 51,93%. O giro financeiro totalizou R$ 5,764 bilhões (os dados são preliminares).

Os investidores receberam logo pela manhã as boas notícias sobre o PIB de alguns países europeus, que deram continuidade ao otimismo após a reunião do banco central americano (Fed) sobre juros ontem à tarde. Alemanha, França e Portugal anunciaram crescimento de 0,3% nas suas economias no segundo trimestre deste ano, deixando para trás a chamada recessão técnica (dois trimestres seguidos de contração da economia). Detalhe: antes do previsto. Também a zona do euro (16 países da Europa que compartilham o euro) mostrou números um pouco melhores do que o previsto: o PIB caiu 0,1%, ante previsão de queda de 0,4%.

Esses números acabaram ampliando o apetite ao risco, fizeram o dólar cair e os preços das matérias-primas (commodities) subirem. Tudo isso garantiria um dia uniformemente no azul às Bolsas não fossem os indicadores norte-americanos ruins - todos piores do que as previsões. As vendas no varejo dos EUA caíram 0,1% em julho ante junho (a previsão era de alta de 0,8%); os pedidos de auxílio-desemprego subiram 4 mil, ante previsão de queda de 5 mil; e os preços de importação caíram 0,7% em julho.

Os dados de vendas desanimaram os investidores que voltaram a ter dúvida quanto à recuperação da economia dos EUA, amplamente dependente do consumo. Depois de alguma oscilação entre altas e baixas, o Dow Jones terminou o pregão com valorização de 0,39%, aos 9.398,19 pontos, o S&P500 avançou 0,69%, aos 1.012,73 pontos, e o Nasdaq subiu 0,53%, para 2.009,35 pontos.

No Brasil, as blue chips e as siderúrgicas foram as ações que garantiram os ganhos da Bovespa. "O mercado trabalhou pesado hoje. Boa parte das ações do Ibovespa fechou em baixa, mas os estrangeiros compraram principalmente blue chips e siderúrgicas, garantindo a alta do índice", comentou o consultor de investimentos de um grande banco doméstico.

Petrobras terminou a sessão em alta de 1,55% na ação ordinária (ON) e de 1,88% na ação preferencial (PN). Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato futuro de petróleo com vencimento em setembro subiu 0,51%, a US$ 70,52 o barril. Amanhã, após o fechamento do mercado, a Petrobras divulgará seu balanço trimestral.

As ações da Vale apresentaram hoje desempenho melhor que as da Petrobras. Os papéis ON da Vale subiram 2,58% e os PNA, 2,54%, acompanhando os preços dos metais nas bolsas de commodities no exterior. No setor siderúrgico, Gerdau PN subiu 2,79%, Metalúrgica Gerdau PN avançou 2,51%, Usiminas PNA ganhou 3,28% e CSN ON, +0,79%.

No setor bancário, o destaque hoje é BB ON, que subiu 2,38%. O Banco do Brasil (BB) anunciou aumento de 41% no lucro líquido no segundo trimestre em relação ao primeiro, para R$ 2,348 bilhões, e voltou a ocupar a liderança do setor, com o maior volume de ativos, ultrapassando o Itaú Unibanco. O BB encerrou o segundo trimestre com ativos totais de R$ 598,839 bilhões, ante R$ 596,387 bilhões do concorrente Itaú. Itaú Unibanco PN fechou em baixa de 1,22% e Bradesco PN recuou 1,09%.