terça-feira, 18 de março de 2008

PETR4...dificuldades em retomar a casa dos 76,00...


PETR4 abriu com "gap" de alta nos 75,00 indo atingir rapidamente a máxima do dia nos 75,55. Na segunda metade do pregão aguardando a decisão do FED, passou a devolver todo ganho, com muita volatilidade até atingir a mínima do dia (em território levemente negativo) nos 73,80. A partir daí iniciou a recuperação fechando praticamente em cima dos 75,00, em 74,95. Indicadores do gráfico intraday, sinalizavam ainda alguma indefinição para a retomada da tendência de alta, o que irá se configurar se retomar novamente os 76,00. Resistências em 75,60; 76,80 e 78,80. Suportes imediatos em 74,60 e 73,80.

DOW JONES...após 18/03...forte tendência de alta para se manter nos 12 mil pontos...


DOW JONES abriu na mínima do dia, nos 11.980 pontos, e a partir daí passou a operar sempre em território positivo, fechando na máxima do dia, nos 12.392 pontos, bem próximo do forte suporte nos 12.580 pontos. Para romper a LTB recentemente formada e sinalizar a possibilidade de reversão dessa tendência de baixa, deverá superar o obstáculo dos 12.580 pontos e buscar a próxima resistência nos 12.750 pontos. Suportes imediatos em 12.250 e 11.980 pontos.

Inflação no atacado nos EUA foi de 0,3% em fevereiro

Inflação no atacado nos EUA foi de 0,3% em fevereiro
18.03.2008 09h36



Por Patricia Lara da Agência Estado

A inflação no atacado foi de 0,3% em fevereiro nos Estados Unidos, de acordo os dados divulgados hoje pelo Departamento do Trabalho dos EUA. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) subiu 0,3% no mês passado, confirmando as expectativas. Economistas previam alta de 0,3%.

O núcleo do índice, que exclui a variação de preços de alimentos e energia, subiu 0,5% no mês passado, e ficou acima das previsões. A previsão para o núcleo era de alta de 0,2%. As informações são da Dow Jones.

Brasil lidera acúmulo de reservas entre emergentes

Brasil lidera acúmulo de reservas entre emergentes
18.03.2008 08h39


Por Fernando Nakagawa da Agência Estado

Em 2007, ano de recorde no comércio exterior e ingresso histórico de Investimento Estrangeiro Direto (IED), o Brasil acumulou muito mais dólares que qualquer outro país emergente no mundo. No ano, as reservas brasileiras saltaram 110,77% - o equivalente a US$ 94,7 bilhões - taxa de crescimento duas vezes maior que a registrada na Rússia e na China. Essa estratégia, defendida amplamente pelo Banco Central (BC), aumenta a proteção do País em situações como a atual, em que investidores procuram mercados considerados mais seguros.

Levantamento feito com base em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) e bancos centrais dos países emergentes mostra que o Brasil desbancou a Rússia e foi o país emergente que apresentou o maior crescimento proporcional das reservas em 2007. Esse ranking foi liderado entre 2003 e 2006 pela Rússia. Na época, a disparada do preço do petróleo engordou o saldo comercial russo. A sobra de parte desses recursos foi canalizada pelo BC daquele país para as reservas.

Foi exatamente essa receita, a comercial, que o Brasil usou em 2007. “O Brasil foi beneficiado por uma conjunção como há muito tempo não víamos. Na balança, a disparada das commodities (mercadorias e matérias-primas) aumentou fortemente o saldo. No investimento, o Brasil voltou a atrair empresas interessadas principalmente no mercado interno”, diz o professor de Economia da Universidade de São Paulo (USP), Fabio Kanczuk. “O BC soube aproveitar a liquidez internacional e o resultado das contas externas. Foi um período muito positivo que teve inclusive uma avalanche de lançamento de ações na bolsa”, reforça o economista-chefe da corretora Lopéz Leon, Flávio Serrano.

Com tantos novos dólares, o BC adquiriu US$ 78,6 bilhões em mercado no ano passado. Essas compras ocorreram quase diariamente. É como se o BC tivesse adquirido integralmente todos os dólares que ingressaram no Brasil pela balança comercial, que teve superávit de US$ 40 bilhões, e pelo investimento direto, que trouxe US$ 34,5 bilhões. Somado, esse ingresso foi de US$ 74,5 bilhões.

As reservas, porém, cresceram mais: US$ 94,7 bilhões. A diferença é explicada pela remuneração e valorização dos títulos que a compõem, geralmente papéis da dívida americana. A estratégia do BC de acumular reservas foi alvo de duras críticas nos últimos anos, porque a operação envolve custos para o Tesouro Nacional. A crise imobiliária nos EUA, no entanto, enfraqueceu o discurso contrário, que criticava principalmente o alto custo de manutenção dos dólares.

Para economistas, risco do Brasil ainda não é dramático

Para economistas, risco do Brasil ainda não é dramático
18.03.2008 08h32

Por Agência Estado

Ainda não será desta vez. Para a maior parte dos analistas, mesmo com o agravamento da crise bancária nos Estados Unidos, com a literal pulverização do banco de investimentos Bear Stearns, a economia brasileira continua razoavelmente resguardada de um contágio mais violento. Por outro lado, é inegável que os ricos aumentaram, mesmo que não sejam dramáticos. “O real desvalorizou-se 4% e há mais volatilidade nas bolsas brasileiras e nos títulos de renda fixa de longo prazo, mas isso não parece ser algo que possa afetar a velocidade da criação de empregos e do investimento na economia brasileira”, diz Tomás Málaga, economista-chefe do Itaú.

Ele observa que o indicador fundamental para o Brasil, que é o preço das commodities (matérias-primas), continua favorável, sem sinais de que ele vai despencar. “Se essa recessão for restrita aos Estados Unidos, dificilmente terá um impacto muito grande nas commodities”, prevê Málaga. O economista ressalva que, se a recessão americana durar vários trimestres e prolongar-se 2009 adentro, haverá de fato uma redução mais substancial das exportações asiáticas para os Estados Unidos, que poderia afetar o desempenho daqueles países. Ainda assim, continua Málaga, há o efeito compensador dos mercados internos da Ásia, que vêm trilhando um saudável ritmo de crescimento.

Roberto Padovani, estrategista para a América Latina do WestLB, acha que o agravamento da crise bancária americana “reabre a questão do descolamento da economia brasileira”. Ele explica que, há uma semana, ainda via um quadro de recessão suave nos Estados Unidos, manutenção do crescimento chinês e o Brasil razoavelmente livre de contágio, beneficiado pela expansão asiática e também pela política econômica sólida que em praticado. Com a quebra de um banco americano, porém, ele acha que os dados foram embaralhados de novo: “É um fato novo e importante porque lança dúvidas sobre os demais bancos”. Para Padovani, uma crise desse tipo reduz a importância dos indicadores econômicos correntes da economia americana, que não estão tão ruins. O problema, ele explica, é que,“diante da possibilidade de contração de crédito pela frente, os números do comércio em janeiro e fevereiro não são tão importantes”. Ainda assim, pelo fato de a economia brasileira ser razoavelmente fechada, Padovani não vê “nada dramático” pela frente.