segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Bolsa de NY sobe com esperança de segundo pacote

por Agência ESTADO
20 de Outubro de 2008 19:25

O mercado norte-americano de ações fechou em alta, em dia marcado pela redução do estresse no mercado de crédito de curto prazo, pelo informe de resultados da Halliburton e pelo endosso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, a um novo pacote de medidas de estímulo à economia.
O índice Dow Jones fechou em alta de 413,21 pontos, ou 4,67%, em 9.265,43 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 58,74 pontos, ou 3,43%, em 1.770,03 pontos. O S&P-500 subiu 44,85 pontos, ou 4,77%, para 985,40 pontos. O NYSE Composite avançou 338,80 pontos, ou 5,70%, para 6.287,60 pontos.
Num sinal de que o medo está deixando de ser o sentimento predominante no mercado, o índice de volatilidade VIX caiu 25%. "Não sei dizer com certeza que já passamos pelo pico de volatilidade, mas a queda do VIX hoje é encorajadora, tendo em vista o que passamos nas últimas semanas. Boa parte da turbulência que vimos no mercado de ações foi causada pela turbulência nos mercados de crédito; o descongelamento deles deve trazer um pouco mais de confiança", comentou Randy Frederick, diretor de derivativos da Charles Schwab.

As ações da empresa de serviços de exploração de petróleo Halliburton subiram 13,91%, em reação a seu informe de resultados do terceiro trimestre. Os ADRs da sueca Ericsson avançaram 15,71%, também em reação a seu informe de resultados. No setor de tecnologia, as ações da Yahoo! recuaram 0,39%, depois de o Wall Street Journal dizer que a empresa deverá anunciar demissões e outras medidas de corte de gastos ao divulgar seu resultado do terceiro trimestre, nesta terça. No setor financeiro, as ações da seguradora AIG subiram 10%, depois de a empresa anunciar que deverá começar a vender subsidiárias até o fim do ano.

Todas as 30 componentes do Dow fecharam em alta, com destaque para Chevron (+11,64%), ExxonMobil (+10,22%), Merck (+8,77%), Disney (+7,27%) e DuPont (+7,11%). As ações da American Express, que divulgaria resultados depois do fechamento, subiram 4,37%.

Nesta terça-feira, deverá acontecer a liquidação de contratos de proteção contra o risco de calote (CDS, credit default swap) sobre centenas de bilhões de dólares em dívidas do Lehman Brothers. O pedido de concordata do Lehman Brothers, em 15 de setembro, desencadeou o default, seguindo as cláusulas dos contratos. Não se sabe exatamente quais são os devedores e se eles terão recursos para cumprir os pagamentos. Mas, segundo a Dow Jones, o vencimento não é uma boa notícia para a seguradora AIG (American Internacional Group) que subscreveu muitos destes contratos e já recebeu uma linha crédito de US$ 85 bilhões do governo federal dos EUA. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa encerra em alta de 8,36% com melhora externa

por Agência ESTADO
20 de Outubro de 2008 18:39

A Bovespa começou a semana com o pé direito, influenciada pela melhora do ambiente externo. Na última hora de pregão - que a partir de hoje tem início às 11 horas e término às 18 horas em razão do horário de verão -, a alta ganhou força, amparada na aceleração dos ganhos em Nova York. No encerramento dos negócios, o Ibovespa, principal índice, registrou elevação de 8,36%, aos 39.441,08 pontos - depois de oscilar de 36.401 pontos na mínima (+0,01%) e 39.453 pontos na máxima (8,39%). O volume financeiro, inflado pelo vencimento de opções sobre ações, somou R$ 5,11 bilhões.
A valorização nesta sessão não dissipa a expectativa de volatilidade e a indefinição do cenário para o mercado acionário, tampouco traz alívio consistente. Hoje, porém, o viés positivo predominou.
Os contínuos esforços dos governos em várias partes do mundo para evitar o colapso do sistema financeiro e a resposta positiva do mercado de crédito proporcionaram a apreciação dos principais índices acionários ao redor do mundo, e a Bolsa brasileira acompanhou. Coréia do Sul, Suécia, Holanda, Reino Unido e França foram alguns dos países que ocuparam o noticiário com mais anúncios de intervenções governamentais contra a crise no mercado financeiro internacional.
Da pauta macroeconômica nos EUA, o Conference Board informou que o índice de indicadores antecedentes subiu em setembro, a primeira alta em cinco meses. Comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, também ajudaram. No Congresso, ele afirmou que apóia uma segunda rodada de estímulo fiscal pelo governo dos EUA para limitar os riscos de uma desaceleração prolongada da economia. Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 4,67%, o S&P-500, 4,77% e o Nasdaq, 3,43%.
Outro componente positivo para o mercado acionário norte-americano veio do impacto ascendente da alta do petróleo sobre as ações do setor de energia. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo encerrou em alta de 3,34%, a US$ 74,25 o barril. A alta do petróleo também favoreceu as ações da Petrobras aqui: os papéis PN subiram 10,44% e os ON ganharam 11,48%. "O quadro internacional ainda prevalece sobre o noticiário local", observou Raffi Dokuzian, superintendente de renda variável da Banif Corretora.
No ambiente doméstico, a segunda-feira contou com vencimento dos contratos de opções sobre ações na Bovespa. O vencimento movimentou cerca de R$ 993,906 milhões na Bovespa. Assim como as ações da Petrobras, os papéis da Vale - que também tiveram influência do exercício - encerraram o dia com apreciação expressiva: Vale PNA ganhou 12,70% e Vale ON disparou 13,29% . Ainda vale destacar que a mineradora informa o balanço do terceiro trimestre na quinta-feira.
No setor siderúrgico, os ganhos também colaboraram com o avanço do Ibovespa: Gerdau PN subiu 11,61%, Usiminas PNA aumentou 9,09% e CSN valorizou-se 7,45%. Também ajudaram as elevações das ações de bancos: Bradesco PN registrou alta de 7,74%, Itaú PN, 7,16%, Banco do Brasil ON, 10,01% e Unibanco Unit, 8,14%.
No Ibovespa, as altas foram lideradas por Gafisa ON (+17,57%), Sabesp ON (+14,56%) e Cosan ON (+13,90%) No outro extremo, apenas três ações registraram baixas: Transmissão Paulista PN caiu 1,21%, Telesp PN cedeu 0,96% e Gol ON recuou 0,61%.

Após 17/10...forte volatilidade com tendência de queda...


O Ibovespa abriu em 36.440 pontos e já na primeira meia hora de pregão, veio buscar a mínima, em 35.834 pontos (-1,67%). A partir daí, reagiu fortemente retomando os 36 mil e os 37 mil pontos, até encontrar resistência, no início da segunda metade do pregão, na máxima em 38.342 pontos (+5,21%), em perfeita sintonia com DJI. A partir daí, ainda sintonizado com DJI, refluiu gradualmente devolvendo os suportes conquistados nos patamares dos 37 e 36 mil pontos até encontrar suporte no fechamento em 36.399 pontos ( -0,12%), praticamente em cima do valor do fechamento anterior.

Análise: Em dia de extrema volatilidade, o Ibovespa variou 2500 pontos entre a mínima e a máxima, para depois fechar praticamente estável. O "candle" produzido no gráfico diário é um "doji" que até poderia significar indefinição de tendência, porém como foi resultante de uma reversão da alta de mais de 5%, para praticamente zerar, nesta sexta é provável que seja um "doji" para a continuidade da tendência de baixa. Apesar do CCI/Ma cruzamento ainda sinalizar tendência positiva, os demais indicadores do gráfico diário e todos de "30 minutos", sinalizam tendência de queda, confirmando o "candle" formado. Em se tratando de dia de vencimento de opções será importante observar o comportamento dos índices futuros do Ibovespa para confirmar com melhor precisão, a tendência do pregão.

Suportes imediatos em 36.300, 35.700, 34.050, 33.320 e 32.550 pontos.

Resistências imediatas em 38.340, 39 mil e 41 mil pontos.

DJI...após 17/10...forte volatilidade, com tendência de queda...


DJI abriu em 8.975 pontos e com os índices futuros em queda, foi buscar suporte na mínima em 8.719 pontos ( -2,90%). A partir daí, iniciou uma forte retomada de alta, primeiramente no patamar dos 9000/9100 pontos, de onde arrancou para atingir a máxima em 9.281 pontos ( + 3,36%), ao final da primeira etapa do pregão. Na segunda metade, refluiu, em processo de realização até finalizar em 8.852 pontos (-1.41%).

Análise: Novamente a tônica deste pregão foi a forte volatilidade, com DJI variando mais de 6%, entre a mínima e a máxima, mostrando que o mercado ainda não tem referências de piso para DJI, ao mesmo tempo que mostra um mercado comprador indefeso, ante a forte pressão vendedora às vésperas do exercícios de opções, nesta segunda.

Os principais indicadores do gráfico diário como o estocástico e o oscilador de momentos apontam tendência de baixa, sinalizados também no gráfico de "60 minutos", apesar do fechamento semanal em alta, depois de quatro semanas seguidas de queda. O "candle" formado se assemelha a um "martelo invertido cheio", possivelmente sinalizando um topo e o início de uma reversão de tendência. Com a forte volatilidade verificada nos últimos pregões, pela queda de braços entre vendidos e comprados, é importante observar o desempenho dos índices futuros, antes da abertura, para se confirmar qual a tendência esperada, na abertura dos pregões.

Resistências em 9.130, 9.280 e 9.540 pontos.
Suportes em 8.800, 8.600, 8.370, 8.050 e 7.570 pontos.