quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Dow Jones encerra em leve baixa, mas Nasdaq sobe

por Agência ESTADO
12 de Fevereiro de 2009 20:00

O mercado norte-americano de ações fechou com os principais índices em direções divergentes, o Dow Jones em leve queda e o Nasdaq e o S&P-500 em alta. Todos os índices operaram a maior parte do pregão em queda, refletindo a ansiedade dos investidores diante das incertezas de um plano de ajuda ao setor financeiro que permanece vago e de um projeto de estímulo à economia que ainda está sendo discutido no Congresso. O índice Dow Jones chegou a cair 246 pontos, batendo na mínima de 21 de novembro, e o S&P-500 chegou a cair 3,1%.
A recuperação aconteceu na última hora do pregão, depois de a agência Reuters dizer que o governo do presidente Barack Obama está preparando um plano para subsidiar compradores de imóveis residenciais em dificuldades.
O índice Dow Jones fechou em baixa de 6,77 pontos, ou 0,09%, em 7.932,76 pontos. A mínima foi em 7.693,98 pontos e a máxima, em 7.938,82 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 11,21 pontos, ou 0,73%, em 1.541,71 pontos. O S&P-500 subiu 1,45 ponto, ou 0,17%, para 835,19 pontos. O NYSE Composite subiu 3,77 pontos, ou 0,07%, para 5.256,45 pontos.
Entre as ações que compõem o Dow Jones, o destaque positivo foi Coca-Cola, com alta de 7,49%, em reação a seu informe de resultados do quarto trimestre. As da concorrente PepsiCo, que divulga resultados nesta sexta-feira, avançaram 2,75%. As ações do setor financeiro recuperaram boa parte das perdas do dia, mas ainda assim fecharam em queda (Bank of America cedeu 2,97%, Citigroup recuou 1,36% e JPMorgan Chase caiu 0,66%). As da General Electric caíram 2,60%; elas têm acompanhado as ações dos bancos, devido à preocupação dos investidores com o destino de sua unidade financeira, a GE Capital. As informações são da Dow Jones.

Bovespa fecha com perda de 0,84%, prejudicada por NY

por Agência ESTADO
12 de Fevereiro de 2009 18:30

As dúvidas quanto ao alcance dos planos de estímulo econômico nos Estados Unidos - bem como em relação às medidas em si, no caso do pacote do Tesouro - criaram um ambiente de aversão a risco reforçado pela continuidade de indicadores frágeis e balanços ruins. Isso levou a uma queda generalizada nas bolsas de valores mundiais, embora a Bovespa tenha encontrado um ponto de suporte importante que acabou por limitar as perdas.
O Ibovespa terminou a sessão em queda de 0,84%, aos 40.500,79 pontos. Tocou a mínima de 39.992 pontos (-2,09%) e a máxima de 41.082 pontos (+0,58%). No mês, acumula elevação de 3,06% e, no ano, de 7,86%. O giro somou R$ 3,667 bilhões.
A onda de pessimismo que abateu o mercado hoje foi tão forte que nem mesmo o fato de o principal indicador aguardado nos Estados Unidos, o de vendas no varejo, ter sido positivo desanuviou o ambiente. Pela primeira vez em sete meses, as vendas cresceram 1% em janeiro, ante previsão de queda de 0,8%. Os especialistas interpretaram o dado como sendo um ajuste.
A diminuição de oito mil no número de pedidos de auxílio-desemprego na última semana nos EUA também não agradou, mas por causa do dado que mostra a média móvel em quatro semanas. Neste caso, o resultado cresceu 24 mil, para 607,5 mil, o maior nível desde novembro de 1982. Já os estoques das empresas caíram 1,3% em dezembro, a maior queda desde o declínio recorde de 1,5% de outubro de 2001.
Com a demanda menor por produtos finais, as commodities (matérias-primas) também despencaram hoje. No caso do petróleo, o produto afundou pela quinta sessão seguida e fechou a US$ 33,98 por barril, em baixa de 5,45%.
Os investidores não estão conseguindo ver a luz no final do túnel, principalmente depois que o governo Obama não sanou as dúvidas sobre como funcionará o plano para adquirir ativos tóxicos do sistema. Também o pacote que deve ser aprovado até amanhã pelo Congresso será menos ousado do que queria o novo presidente norte-americano - e pode ter efeitos menos eficazes.
Nas Bolsas de Nova York, às 18h20 (de Brasília), o índice Dow Jones caía 2,22%, o S&P recuava 2,12% e o Nasdaq cedia 1,27%, com os bancos entre as maiores quedas. Na Europa, os temores norte-americanos também pesaram, assim como a queda na produção na zona do euro e balanços ruins. Hoje, a Espanha engrossou a lista dos países que estão em recessão técnica, ao anunciar um recuo de 1% no Produto Interno Bruto (PIB) do país no quarto trimestre. A Bolsa de Londres caiu 0,76%.
No Brasil, o Ibovespa chegou a operar no azul no meio da tarde, depois que alguns pontos de suporte, do índice e de algumas ações, foram atingidos ao longo da sessão. "Havia um suporte nos preços das blue chips (ações de primeira linha), mas a bolsa começou a diminuir as perdas depois de cair, momentaneamente, abaixo dos 40 mil pontos", comentou um experiente profissional.
A recuperação momentânea da Bovespa para o azul - e a diminuição das perdas até o final da sessão - foi patrocinada principalmente pela inversão para cima das ações da Petrobras. No final, entretanto, as ações recuaram, 0,76% a ON e 0,41% a PN.
Vale também melhorou na parte da tarde, mas também não teve gás para sustentar-se em alta. A ON terminou em baixa de 1,89% e a PNA, de 1,62%. O noticiário no setor minerador foi bastante rico hoje, com o principal destaque reservado à Chinalco, que vai formar uma parceria estratégica com a Rio Tinto, no valor de US$ 19,5 bilhões.

DJI...após 11/02...suportes e resistências


DJI abriu em 7.887 evoluiu até a máxima em 7.983, depois não resistiu à pressão vendedora vindo buscar fundo na mínima em 7.852 pontos. No final, com a melhora do humor pela finalização dos entendimentos sobre o pacote econômico, DJI finalizou em alta modesta de +0,64%. O "candle" do gráfico diário se assemelha a um "piercing" mas que associado à forte realização do dia anterior pode estar sugerindo a possibilidade da construção de um "harami" de alta. Enquanto não forem esclarecidos determinados pontos do pacote econômico é possível que DJI oscile abaixo dos 8 mil pontos, com tendência indefinida.

Suportes em 7.856, 7.840, 7.800 e 7.700 pontos
Resistências em 7.950, 8.000 e 8.070 pontos