terça-feira, 7 de abril de 2009

Bolsa de NY fecha em baixa pela 2ª sessão seguida

por Agência ESTADO
07 de Abril de 2009 18:48

O mercado de ações norte-americano fechou em baixa pela segunda sessão seguida, com os investidores preocupados com relação aos bancos e montadoras e o início da temporada de balanços, em especial com o resultado da Alcoa.
O índice Dow Jones caiu 186,29 pontos, ou 2,34%, e fechou em 7.789,56 pontos. O S&P-500 recuou 19,93 pontos, ou 2,39%, e fechou em 815,55 pontos. O Nasdaq caiu 45,10 pontos, ou 2,81%, e fechou em 1.561,61 pontos, devolvendo todo o pequeno ganho do ano, para uma variação negativa de 0,98%. O NYSE Composite recuou 128,81 pontos, ou 2,45%, e fechou em 5.120,67 pontos.
Aquela preocupação tinha fundamento: depois do fechamento do mercado, a Alcoa anunciou um prejuízo acima do esperado no primeiro trimestre de US$ 0,59 por ação, de um lucro de US$ 0,44 por ação obtido em igual período do ano passado. A gigante do setor de alumínio atribuiu o resultado negativo a uma "queda histórica" nos preços do alumínio e na demanda industrial. No pregão regular desta terça-feira, as ações da Alcoa fecharam em baixa de 1,52%.
Howard Silverblatt, analista sênior de índice da Standard & Poor, comentou o início da temporada de balanços desta forma: "Não tenha expectativas e você não será desapontado."
O mercado oscila em baixa após quatro semanas de alta que levaram o Dow Jones e o S&P-500 a subirem mais de 20% em relação às mínimas em 12 anos registradas no início de março. Aquele ganho foi orientado em parte pelo otimismo de que a economia e o setor financeiro estão perto de alcançarem a estabilização.
Contudo, depois de um ganho desses, o recuo desta semana é razoavelmente normal, segundo disse o diretor-gerente da Stifel Nicolaus, Tom Schrader, para o CNN.money. Ele acredita que os índices podem até mesmo voltar a testar aquelas mínimas de março, antes de entrarem em um movimento maior de alta.
As ações da General Motors caíram 11,89% e lideraram as perdas entre as componentes do índice Dow Jones, pressionadas pelos informes na mídia de que a montadora está se preparando para a possibilidade de pedir concordata se não puder se reorganizar dentro do prazo dado pelo governo até 1º de junho.
Ainda no setor industrial, as ações da Caterpillar caíram 5,94%, depois que a agência de classificação de risco Moody's Investor Service alertou que o fraco ambiente para o setor de construção ameaça o rating AAA de alguns bônus lastreados por empréstimos de equipamentos e leasing da companhia.
O setor bancário teve um fraco desempenho, com Bank of America (-1,60%), JPMorgan (-3,37%) e Goldman Sachs (-0,49%) registrando perdas, embora Citigroup tenha fechado em alta de 1,47%.
As ações de tecnologia permaneceram pressionadas pelo aparente colapso nas negociações de fusão entre a IBM e a Sun Microsystems. As ações da IBM caíram 2,77% e as da Intel recuaram 2,59% - ambas componentes do Dow Jones. As ações da Sun fecharam em baixa de 4,27%. As informações são da Dow Jones.

Bolsa cai menos que NY com ingresso de estrangeiros

por Agência ESTADO
07 de Abril de 2009 17:39

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) resistiu bravamente à queda que predominou no exterior e, embora não tenha conseguido sustentar o índice Bovespa (Ibovespa) no azul, teve recuo muito menor ao registrado pelas Bolsas norte-americanas. O ingresso líquido de capital estrangeiro foi apontado pelos especialistas como a principal razão para tal comportamento, diante da perspectiva de que o Brasil conseguirá apresentar melhor desempenho na atual crise internacional.
O Ibovespa, assim, terminou o pregão em queda de 0,78%, aos 43.824,53 pontos. Chegou a operar em alta e atingir a máxima de 44.471 pontos, com ganho de 0,69%, por volta do meio-dia. Mas logo depois voltou a cair, assim como na abertura do pregão. O giro financeiro totalizou R$ 4,305 bilhões.
"Há fluxo de compra de papéis, o que pode ser uma antecipação já ao vencimento de índice Bovespa futuro na semana que vem (dia 15, com opções sobre Ibovespa)", comentou Fausto Gouveia, da Legan Asset. Segundo ele, o ingresso de recursos estrangeiros que também tem sustentado o índice doméstico é um sinal de que o capital externo tem visto o Brasil como uma boa opção de compra, ainda mais diante de uma temporada de balanços que não deve ser tão animadora.
Hoje, depois do fechamento do mercado, a Alcoa divulga seus números do primeiro trimestre nos Estados Unidos - no Brasil, sai o balanço da Localiza. Embora os especialistas tivessem dito nos últimos dias que o mercado já havia precificado números não tão bons, hoje parte das vendas externas teve essa justificativa.
A apreensão sobre o que essa safra de balanços reserva levou as bolsas norte-americanas e europeias a fecharem em queda. Também pesou negativamente em Wall Street a notícia do jornal britânico The Times de que o Fundo Monetário Internacional (FMI) deverá elevar para US$ 4 trilhões sua projeção de títulos podres detidos por bancos e pelas seguradoras, quando divulgar seu próximo relatório sobre perspectivas para as economias mundiais.
O Dow Jones terminou em baixa de 2,34%, aos 7.789,56 pontos, o S&P recuou 2,39%, aos 815,55 pontos, e o Nasdaq, 2,81%, aos 1.561,61 pontos. As ações da General Motors (GM) encerraram com variação negativa de 11,89% em Nova York, com a notícia veiculada ontem pela Bloomberg de que a empresa acelerou os preparativos para uma possível concordata.
Aqui, Petrobras terminou com recuo de 0,92% na ação ordinária (ON) e queda de 1,06% na ação preferencial (PN). O contrato futuro de petróleo com vencimento em maio negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) fechou em baixa bem maior, de 3,72%, a US$ 49,15 o barril. Ontem, a estatal comunicou a descoberta de óleo leve e gás no campo de Piracucá, em São Paulo.
Os papéis da mineradora Vale terminaram em queda, sem beneficiar-se da alta dos pReços dos metais básicos nem do ingresso de estrangeiros. A notícia de que anglo-australiana Rio Tinto estaria oferecendo um desconto provisório de 20% no preço do minério de ferro para siderúrgicas asiáticas pesou sobre os papéis. Vale ON recuou 2,18% e PNA, -1,50%.
As siderúrgicas acompanharam: Gerdau PN teve desvalorização de 2,09%, Metalúrgica Gerdau PN, de 2,23%, Usiminas PNA, de 1,62%, e CSN ON, de 1,08%. Depois da extensão do IPI menor para os veículos até 30 de junho, o setor pode ser beneficiado pela redução desse mesmo imposto para geladeiras, fogões e máquinas de lavar. A proposta, no entanto, ainda está em estudo pelo governo.

IBOV...após 06/04..suportes e resistências


Após 3 pregões em forte alta, o Ibovespa abriu na máxima em 44.385, e a partir daí realizou até a mínima em 43.429 pontos. Ainda em sintonia com DJI manteve suporte neste patamar até finalizar em 44.167 (+0,50%)pontos. O gráfico diário formou um "martelo cheio" sinalizando a possibilidade da recuperação da tendência de alta, ainda no próximo pregão. Os principais osciladores ainda se encontram relativamente "esticados" o que pode sinalizar alguma realização na abertura dos pregões.

Suportes imediatos em 43.730, 43.480, 43.250, 42.680 e 42.140 pontos.
Resistências imediatas em 44.170, 44.610 e 45.000 pontos.

DJI...após 06/04..suportes e resistências


Após quatro sucessivos pregões em alta, DJI realizou vindo buscar a mínima em 7.862 pontos. A partir daí, iniciou um processo de recuperação vindo fechar em 7.976 pontos (-0,52%). O "candle" formado no gráfico diário se assemelha é um "martelo cheio" sinalizando a possibilidade de retomada do movimento de alta. Osciladores continuam "esticados" o que ainda pode indicar realização intraday.

Suportes imediatos em 7.880, 7.830 e 7.760 pontos.
Resistências imediatas em 7.980, 8.018, 8.070 e 8.160 pontos.