segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Bolsa cai pelo 5º pregão e fecha em baixa de 6,5%

por Agência ESTADO
27 de Outubro de 2008 19:00

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operou no terreno negativo hoje durante todo o pregão e renovou as mínimas do dia já no fim da sessão, alinhando-se à deterioração das Bolsas nos Estados Unidos, que também fecharam em queda.
O índice Bovespa encerrou as operações na mínima do dia, com queda de 6,50%, a 29.435,11 pontos, no menor nível desde 28 de outubro de 2005. Foi a quinta baixa consecutiva, com o índice acumulando uma perda de 25,37% nesse período. Na máxima de hoje, o Ibovespa alcançou 31.480 pontos (-0,01%).
"De repente, acelerou a queda no índice americano Dow Jones e o Ibovespa acompanhou. Não houve defesa na chamada (call) de fechamento", relatou o diretor de uma corretora em São Paulo.
Diante da ausência de investidores estrangeiros e da retração dos investidores locais, bem como do afastamento de especuladores ao longo da sessão - em razão da falta de expectativa para o curto prazo - a Bovespa encerrou os negócios do dia com um volume pequeno, de apenas R$ 3,245 bilhões - o menor desde 1º de setembro, quando o feriado do Dia do Trabalho nos EUA reduziu o giro no pregão brasileiro para apenas R$ 1,998 bilhão.
O noticiário e o comportamento desde cedo nas principais praças financeiras internacionais não ajudaram a justificar uma melhora. No fim de semana, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou acordos de ajuda financeira com a Ucrânia e a Hungria, na esteira da Islândia na sexta-feira passada. Na madrugada, a Coréia do Sul anunciou o maior corte de juro de sua história, de 0,75 ponto porcentual, para 2,5% ao ano; e o Kuwait deu início a um programa para ajudar os bancos, depois de ser obrigado a garantir os depósitos da segunda maior instituição do país.
O dia amanheceu bastante ruim, com a Ásia novamente ladeira abaixo, movimento posteriormente acompanhado pela Europa. Logo cedo, o G-7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo) alertou para os riscos da apreciação do iene, que ajudou a derrubar as ações na Bolsa de Tóquio. O Nikkei terminou na mínima em 26 anos depois, de cair mais de 6%. A Bolsa de Hong Kong fechou em queda superior a 12%. Na Europa, a jornada também foi negativa: a bolsa londrina caiu 0,79% e a parisiense cedeu 3,96%. Em Frankfurt, contudo, a bolsa encerrou a sessão com valorização de 0,91%.
Nos EUA, a semana começou com volatilidade nas bolsas americanas, que oscilaram entre os territórios positivo e negativo ao longo do dia. No noticiário, a inesperada elevação nas vendas de imóveis novos nos país em setembro. Após cair ao menor nível em 17 anos em agosto, as vendas subiram 2,7% no mês passado, para 464 mil unidades, surpreendendo os economistas que esperavam 455 mil unidades vendidas em setembro.
No encerramento, contudo, as bolsas no EUA "mergulharam". O Dow Jones registrou baixa de 2,42%; o S&P-500 caiu 3,18% e o Nasdaq 100 cedeu 2,97%.

Ações

A recuperação do petróleo, inclusive, foi o que ajudou a aliviar as perdas na Bovespa na parte da tarde, uma vez que amenizou o declínio das ações da Petrobras - um dos fatores que pressionaram o índice local em baixa, tendo em vista a participação significativa dos papéis na carteira do Ibovespa.
Mas o respiro da matéria-prima (commodity) não durou no mercado internacional, bem como o seu efeito benigno sobre o mercado brasileiro. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato futuro do petróleo tipo WTI com vencimento em dezembro encerrou a US$ 63,22, em queda de 1,45%, no menor nível desde maio de 2007. Na Bovespa, a ação preferencial (PN) da Petrobras perdeu 11,23% e a ordinárias (ON) caiu 9,28%.
Outra pressão de baixa veio das ações da Vale e de algumas siderúrgicas. Apesar da alta nos preços dos metais, notícias e relatórios desfavoráveis no que diz respeito à demanda afetaram os papéis. A ação PN classe A (PNA) da Vale caiu 8,21% e a ON da mineradora recuou 9,39%. Entre as siderúrgicas listadas no Ibovespa, Gerdau PN declinou 8,78%, Usiminas desvalorizou-se 4,81% e CSN ON perdeu 3,96%.
O setor bancário também se destacou no noticiário hoje. Após o Unibanco antecipar seu resultado para a última sexta-feira, hoje foi a vez de o Itaú fazer o mesmo. O Bradesco também publicou seu balanço - mas conforme o cronograma já previsto. Além disso, o Banco Central anunciou mais uma medida a fim de prover liquidez ao sistema: anunciou a Circular 3.416 que prevê a redução do recolhimento compulsório sobre os depósitos à vista para instituições financeiras que adiantarem contribuições mensais ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
As ações do setor sustentaram-se em território positivo na maior parte do dia, mas sucumbiram à piora nos minutos finais do pregão: Bradesco PN caiu 4,35%, Itaú PN encerrou estável, Banco do Brasil ON cedeu 8,24% (este papel já operara em baixa durante o dia) e Unibanco Unit caiu 2,10%. Porém, Nossa Caixa ON subiu 0,37%.

Dow Jones fecha no nível mais baixo desde abril de 2003

por agência ESTADO
27 de Outubro de 2008 19:29

O mercado norte-americano de ações voltou a fechar em queda. O índice Dow Jones fechou no nível mais baixo desde 1º de abril de 2003, o Nasdaq no nível mais baixo desde 21 de maio de 2003 e o S&P-500, no nível mais baixo desde 31 de março de 2003.
O índice Dow Jones fechou em queda de 203,18 pontos, ou 2,42%, em 8.175,77 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 46,13 pontos, ou 2,97%, em 1.505,90 pontos. O S&P-500 caiu 27,85 pontos, ou 3,18%, para fechar em 848,92 pontos. O NYSE Composite recuou 140,20 pontos, ou 2,58%, para 5.287,34 pontos.
Operadores disseram que o noticiário sobre o impacto da crise financeira na Ucrânia e na Hungria e o segundo rebaixamento de nota de crédito (rating) da General Motors em um mês pela Moody's pesaram no sentimento do mercado. Isso contrabalançou o impacto do indicador positivo de vendas de imóveis residenciais nos EUA em setembro e do início do programa do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) para melhorar as condições de liquidez do mercado de commercial papers (um tipo de nota promissória).
Para Gordon Fowler, da Glenmede, a situação atual "se parece mais com os problemas econômicos que tivemos no período de quebras e pânico que antecedeu a 2ª Guerra Mundial do que com a série de saltos e quebras que tivemos nos últimos 50 anos".
Das 30 componentes do Dow Jones, 27 ações fecharam em queda. O destaque positivo foi Verizon Communications, com alta de 10,09%, em reação a seu informe de resultados. As ações da GM caíram 8,40%, depois de novo rebaixamento de rating pela Moody's. As ações do setor financeiro subiram na abertura, em reação ao início do programa de financiamento à compra de commercial papers do Fed, mas cederam no final (Citigroup caiu 3,38% e JPMorgan Chase perdeu 4,04%). As ações do setor de petróleo também caíram, em reação à nova baixa dos preços do produto (ExxonMobil cedeu 4,27% e Chevron recuou 3,44%). O fraco índice de atividade industrial do Meio-Oeste, divulgado pela distrital do Fed de Chicago, fez caírem ações de indústrias como Boeing (-6,37%) e DuPont (-5,22%). As informações são da Dow Jones.

Real vs. Dollar, após 24/10..suportes e resistências...





Resistências: US$ 0,441 ou R$ 2,27; US$ 0,461 ou R$ 2,17; US$ 0,473 ou R$ 2,11.

Fechamento:US$ 0,432 ou R$ 2,31

Suportes: US$ 0,376 ou R$ 2,66; US$ 0,3946 ou R$ 2,53; US$ 0,413 ou R$ 2,42; US$ 0,427 ou R$ 2,34.