quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Bolsa de NY fecha em alta animada com balanço da Alcoa

por Agência ESTADO
08 de Outubro de 2009 18:59

Os principais índices de ações do mercado norte-americano fecharam em alta, mas abaixo das máximas do dia, depois de terem flertado com as máximas do ano após um inesperado lucro trimestral da gigante Alcoa e aumento conjunto de 0,6% nas vendas de lojas abertas há mais de um ano pelas redes varejistas norte-americanas em setembro. O mercado também recebeu suporte do declínio no número de pedidos de auxílio-desemprego, que contrariou as expectativas de aumento.

Segundo participantes do mercado, a excitação dos investidores com os relatórios de lucro e vendas das varejistas aparentemente perdeu força no final do dia. Na noite de quarta-feira, a Alcoa surpreendeu os investidores ao anuncia um lucro no terceiro trimestre, após três trimestres seguidos de prejuízos. As ações da Alcoa - componente do índice Dow Jones - fecharam em alta de 1,06%. As ações da Home Depot lideraram os ganhos do Dow Jones, com uma alta de 2,87%.

A fraqueza do dólar e alta dos preços do petróleo e do ouro deram impulso às ações das multinacionais sensíveis à variação cambial, tais como: 3M +1,90%, General Electric +0,37% e Johnson & Johnson +0,38%. No setor de commodities, Chevron e ExxonMobil subiram 1,33% e 0,55%, respectivamente.

O balanço da Alcoa e o resultado das vendas de lojas abertas há mais de um ano foram um alívio aos investidores que, nervosos, tinham pressionado o Dow Jones em baixa na quarta-feira antes desses informes. Os participantes do mercado temem que os fundamentos econômicos e das companhias não consigam sustentar a alta de quase 60% acumulada pelo S&P-500 nos últimos sete meses, desde a mínima de 9 de março. Por outro lado, eles também temem perder o bonde se as ações continuarem a subir.

"O mercado estava claramente procurando uma desculpa para subir e os números da Alcoa foram definitivamente uma boa desculpa para uma alta", disse Jonathan Vyorst, gerente de carteira da Paradigm Capital Management. Ele acrescentou que "os números das varejistas não foram bons, apenas não foram tão ruins quanto poderiam ter sido". Vyorst está preocupado de que, em algum ponto, o vai parar de subir com base nos resultados que chegam acima das expectativas, mas que não são necessariamente bons.

Entre as varejistas, a Macy's registrou uma queda de 2,3% nas vendas das mesmas lojas, a metade do declínio estimado pelos analistas, o que deu impulso de alta de 5,06%.

O índice Dow Jones subiu 61,29 pontos (0,63%) e fechou com 9.786,87 pontos. O Nasdaq avançou 13,60 pontos (0,64%) e fechou com 2.123,93 pontos. O S&P-500 subiu 7,90 pontos (0,75%) e fechou com 1.065,48 pontos. As informações são da Dow Jones.

Bolsa sobe 1,79% e atinge maior nível em 16 meses

por Agência ESTADO
08 de Outubro de 2009 18:04

A Bolsa de Valores de São Paulo renovou hoje, mais uma vez, as previsões de que já excedeu sua cota de valorização de 2009 ao ir além. O índice Bovespa (Ibovespa) recuperou os 63 mil pontos graças a uma combinação de notícias positivas no exterior, que elevou a procura por risco e fez as commodities e as Bolsas globais fecharem em alta. Apenas esses dois argumentos já seriam suficientes para empurrar a Bovespa para cima, diante do seu perfil majoritariamente formado por empresas de matérias-primas. Mas, não bastasse isso, o fluxo estrangeiro segue firme e o segmento bancário, que ontem caiu em bloco, hoje corrigiu o exagero e trabalhou ao lado de Vale e Petrobras para garantir os ganhos do índice à vista.

O Ibovespa terminou em alta de 1,79%, aos 63.759,87 pontos, maior nível desde 30 de junho de 2008 (65.017,60 pontos). Na mínima do dia, o índice operou estável aos 62.640 pontos e, na máxima, subiu 1,88%, aos 63.816 pontos. No mês, a Bolsa já acumula elevação de 3,65% e, no ano, de 69,80%. O giro financeiro totalizou R$ 7,687 bilhões. Os dados são preliminares.

Uma das notícias que animaram o mercado saiu ontem: a gigante de alumínio Alcoa, que inaugurou a temporada de balanço nos Estados Unidos, anunciou um lucro inesperado no terceiro trimestre. A fabricante de alumínio registrou lucro líquido de US$ 77 milhões, encerrando três trimestres seguidos de perdas.

O mercado ainda recebeu com alívio a notícia de que a taxa de desemprego na Austrália caiu. Foi pouco, de 5,8% em agosto para 5,7% em setembro, mas ratificou a decisão do banco central australiano de elevar a taxa de juros, no primeiro dentre os países do G-20 a fazer o aperto monetário.

O mercado de trabalho norte-americano também revelou hoje um número melhor do que as previsões: os pedidos de auxílio-desemprego feitos no país na semana passada caíram 33 mil, ante expectativa de queda de 11 mil.

O Dow Jones terminou a quinta-feira em alta de 0,63%, aos 9.786,87 pontos, o S&P 500 teve valorização de 0,75%, aos 1.065,48 pontos, e o Nasdaq subiu 0,64%, aos 2.123,93 pontos.

No Brasil, as blue chips Vale, e Petrobras, acompanharam o comportamento das commodities. No caso da mineradora, além do balanço da Alcoa, os papéis foram sustentados pelos recordes sucessivos do ouro, que no mercado spot chegou a US$ 1.060,25 a onça-troy e, no mercado futuro, atingiu US$ 1.061,40 a onça-troy. Vale. ON terminou com ganho de 1,42% e PNA, em 1,61%.

Petrobras avançou 2,59% na ON e 2,28% na PN, depois que o contrato do petróleo para novembro subiu nada menos que 3,05% na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), para US$ 71,69 o barril.

O setor bancário doméstico, que ontem foi destaque negativo em meio à estreia das units do Santander, hoje corrigiu parte das perdas da véspera e subiu. Bradesco PN avançou 2,54%, Itaú Unibanco PN, 1,71%, BB ON, 1,85%, Santander unit, +0,13%.

Aracruz ON subiu 0,57% e PNA desabou 14,10%. A empresa anunciou hoje a conclusão do contrato de venda das instalações industriais, terras e florestas que formam a unidade Guaiba (RS) com o grupo chileno CMPC, estimado em US$ 1,43 bilhão. Segundo a Fibria, empresa resultante da união da Aracruz com a VCP, a conclusão da venda desses ativos será o ponto de largada do projeto de expansão da empresa.