terça-feira, 15 de setembro de 2009

Bolsas de NY fecham nas máximas do ano

por Agência ESTADO
15 de Setembro de 2009 19:43

Os índices Dow Jones, Nasdaq e S&P-500, das Bolsas de Nova York, fecharam o dia nas novas máximas do ano, impulsionados pelo aumento acima do esperado nas vendas do varejo em agosto, nos Estados Unidos, e pelos comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central do país), Ben Bernanke, de que a recessão provavelmente acabou. Os dois fatores ajudaram a contrabalançar as preocupações de que o movimento de alta das ações estaria acima dos fundamentos da recuperação econômica.

O índice Dow Jones subiu 0,59% e fechou aos 9.683,41 pontos, o nível mais alto desde 6 de outubro. O Nasdaq avançou 0,52% e fechou com 2.102,64 pontos, o melhor nível desde 26 de setembro. Já o S&P-500 subiu 0,31% e fechou aos 1.052,63 pontos, o nível mais alto desde 6 de outubro.

As ações de empresas do setor industrial e de matérias-primas novamente lideraram os ganhos do mercado: Alcoa subiu 8,11%, Caterpillar avançou 6%,01, General Electric teve alta de 4,23% e DuPont avançou 2,70%. As altas foram ajudadas pelo comentário de Bernanke de que, de um ponto de vista técnico, "a recessão muito provavelmente acabou".

Esta terça-feira marcou um ano do colapso do Lehman Brothers, que entrou com pedido de concordata no dia 15 de setembro de 2008. Entre as blue chips financeiras, as ações da American Express subiram 2,15%, o Bank of America fechou em baixa de 1,18% e o JPMorgan recuou 1,28%. No noticiário corporativo, as ações da varejista de produtos eletrônicos Best Buy caíram 5,17%, depois do anúncio de queda de 22% no lucro líquido da empresa no segundo trimestre fiscal.

O Nyse Composite subiu 0,54% e fechou com 6.917,07 pontos. O volume negociado na Nyse alcançou 1,496 bilhão de ações, de 1,211 bilhão de ações ontem. No Nasdaq, o volume somou 2,311 bilhões de ações, de 2,089 bilhões de ações ontem. As informações são da Dow Jones.

Bovespa crava 59 mil pontos pela primeira vez no ano

por Agência ESTADO
15 de Setembro de 2009 17:42

Quanto mais a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) sobe, mais aparecem previsões de que está na hora de uma correção nos preços. Mas parece que a Bolsa não está querendo seguir essa cartilha. Hoje, a trajetória de alta predominante em setembro continuou, renovando novamente a pontuação máxima do ano. Desta vez, a Bovespa fechou pela primeira vez nos 59 mil pontos em 2009. O resultado final da sessão, no entanto, ainda não ultrapassou o de 31 de julho do ano passado, de 59.505 pontos, mas foi o maior desde então.

O índice Bovespa (Ibovespa) encerrou o pregão com ganhos de 0,67%, aos 59.263,86 pontos. Na mínima do dia, o indicador registrou 58.691 pontos (-0,30%) e, na máxima, 59.401 pontos (0,91%). O giro financeiro somou R$ 4,906 bilhões. No mês, o Ibovespa acumula ganhos de 4,91%.

Já o resultado de 2009 até hoje está positivo em 57,83%, superior a todos os fechamentos anuais dos últimos cinco anos. Ou seja, antes mesmo de 2009 terminar, a Bovespa já superou os ganhos dos anos anteriores até 2004.

Os dados de vendas no varejo divulgados hoje reforçaram as melhores condições da economia doméstica. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do comércio varejista subiram 0,5% em julho em relação a junho.

A alta da Bovespa hoje, além de encontrar respaldo nos dados do IBGE, foi influenciada por três indicadores melhores do que as previsões nos Estados Unidos e também pela declaração do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Ben Bernanke, de que a recessão no país "provavelmente acabou". Ele advertiu, no entanto, que mesmo que a recuperação esteja em curso, ela não será rápida, já que o crédito segue restrito e qualquer aumento do emprego deverá ser gradual.

O Dow Jones terminou o dia em elevação de 0,59%, aos 9.683,41 pontos, o maior nível desde 6 de outubro de 2008. O S&P 500 avançou 0,31%, aos 1.052,63 pontos, e o Nasdaq subiu 0,52%, aos 2.102,64 pontos, ambos os maiores fechamentos do ano. A alta das ações influenciou o fechamento do petróleo na Bolsa Mercantil de Nocva York (Nymex, na sigla em inglês), que subiu 3,01%, a US$ 70,93 o contrato com vencimento em outubro.

Na Bovespa, Vale foi um dos destaques da sessão, ao lado de papéis voltados ao mercado doméstico, como varejo e construção civil. A mineradora subiu 1,49% na ação ON e 1,01% na PNA. As siderúrgicas hoje não tiveram fechamento uniforme: Gerdau PN subiu 0,09%, Metalúrgica Gerdau, PN, recuou 0,03%, Usiminas PNA, teve ganho de 0,67%. A CSN ON, que teve alta de 2,34%, confirmou hoje, em comunicado ao mercado, emissão de US$ 750 milhões em bônus, a uma taxa de 6,875% ao ano e vencimento em setembro de 2019.

Rossi ON foi a maior alta do Ibovespa, com 3,94%. A empresa informou ontem que o período de reserva para sua oferta de ações será de 28 a 30 de setembro e que o preço do papel será fixado em 1º de outubro. A operação envolve a colocação em mercado de 55 milhões de ações ON, volume que pode ser elevado em 15% referente ao lote suplementar. Cyrela ON registrou ganho de 2,33% e Gafisa ON, de 1,63%. Lojas Renner ON subiu 0,49%.