sexta-feira, 10 de julho de 2009

Dow Jones fecha em baixa com indicadores e petróleo

por Agência ESTADO
10 de Julho de 2009 19:38

O índice Dow Jones e o S&P-500 fecharam em baixa nesta sexta-feira, enquanto o Nasdaq registrou leve alta, em meio às expectativas com relação à temporada de balanços - apimentadas por um alerta de lucro da Chevron -, declínio do petróleo e indicadores econômicos desapontadores. Os dados de hoje mostraram que a confiança do consumidor norte-americano caiu na primeira quinzena do mês.

"Ninguém espera que os lucros do segundo trimestre sejam bons", disse Marc Pado, estrategista de mercado da Cantor Fitzgerald. Os lucros informados até agora mostram que as companhias ainda estão usando corte de custos para impulsionar seus lucros e ainda estão para ver uma recuperação nas vendas, acrescentou.

As ações de empresas do setor de commodities (ligadas a matérias-primas) ficaram sob pressão durante a semana e ampliaram essas perdas nesta sexta-feira. As ações das companhias de petróleo acompanharam o declínio dos preços do petróleo. Além disso, a Chevron alertou na noite de quinta-feira que uma queda nas margens da atividade de refino e o impacto financeiro do dólar mais fraco vão reduzir seu lucro no segundo trimestre. As ações da Chevron caíram 2,66% e as da ExxonMobil fecharam em baixa de 1,29%.

O setor financeiro foi agitado pelas notícias com relação às dificuldades do CIT Group, que disse que a Corporação Federal de Seguro de Depósito (FDIC, na sigla em inglês) ainda não tinha aprovado seu pedido para emitir dívida com garantia do governo. As ações do CIT Group caíram 17,74%, o JPMorgan caiu 3,81% e Bank of America recuou 0,75%.

No setor de tecnologia, as ações do Yahoo fecharam em alta 2,61%, depois que a Thomas Weisel elevou sua recomendação para a ação. Entre as blue chips, as ações da IBM caíram 1,22%, Microsoft recuou 0,31% e HP fechou em baixa de 0,16%.

O índice Dow Jones caiu 36,65 pontos (-0,45%) e fechou com 8.146,52 pontos. O Nasdaq subiu 3,48 pontos (0,20%) e fechou com 1.756,03 pontos. O S&P-500 caiu 3,55 pontos (-0,40%) e fechou com 879,13 pontos. Na semana, o Dow Jones acumulou uma desvalorização de 1,62%, o S&P-500 caiu 1,93% e o Nasdaq sofreu uma perda de 2,25%. As informações são da Dow Jones.

Bolsa tem leve ganho no final, mas cai 3,36% na semana

por Claudia Violante de Agência ESTADO
10 de Julho de 2009 17:53

São Paulo - A pausa nos negócios ontem por causa do feriado no Estado de São Paulo reduziu a liquidez na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta sexta-feira, o que não impediu o principal índice à vista (Ibovespa) de trabalhar praticamente toda a sessão colado a Wall Street. Tudo indicava que hoje a Bolsa brasileira fecharia em queda pela sexta sessão consecutiva, mas esse cenário mudou nos ajustes finais e o Ibovespa garantiu um pequeno ganho, ajudado pelo avanço das ações da Petrobras. Nos EUA, os índices Dow Jones e S&P 500 recuaram em reação, principalmente, ao dado fraco do sentimento ao consumidor de Michigan e ao alerta da Chevron.

O Ibovespa encerrou a sexta-feira em alta de 0,09%, aos 49.220,78 pontos. Na semana, acumulou baixa de 3,36%, e, no mês, perde 4,36%. Em 2009, o Ibovespa acumula ganho de 31,08%. O volume financeiro somou R$ 3,578 bilhões. Os dados são preliminares.

A Bolsa brasileira já havia ensaiado alta no início do pregão, mas o dado preliminar do sentimento ao consumidor nos Estados Unidos dissipou a iniciativa ao mostrar um desempenho menor do que o do mês anterior e também inferior às expectativas. O dado corrobora uma percepção que vem desde o último relatório do mercado de trabalho, divulgado em 2 de julho, de que a economia norte-americana ainda demora a dar sinais consistentes de recuperação.

E a temporada de balanços do segundo trimestre também não deve proporcionar tal sensação, já que não se esperam números bons. Ao contrário, o que significa dizer que qualquer coisa acima da média já é motivo de comemoração. Vide o caso da Alcoa, anteontem. Seu prejuízo foi maior do que as previsões, mas os investidores se apegaram na receita melhor para irem às compras. Mas a Chevron já tratou de dar uma chamada de volta à realidade ao alertar, ontem, para resultados mais fracos.

Na avaliação do sócio e diretor de operações da Hera Investments, Nicholas Barbarisi, os números trimestrais não devem impulsionar o mercado nos próximos dias, já que se esperam resultados fracos. "Os bancos podem mostrar alguma recuperação, enquanto os balanços do setor industrial e dos serviços devem ser ruins. O mercado, assim, deve ficar na lateralidade", comentou.

Isso não significa que a Bovespa vai sustentar uma trajetória de baixa indefinidamente. Ainda mais porque a recente sequência de quedas devolveu o Ibovespa a um nível considerado atrativo para muitos investidores retomarem as compras. Mas, assim como aconteceu nesse período de retração, não há expectativa de que o índice vá dar grandes arrancadas. "O movimento agora deve ser mais sutil", segundo Barbarisi.

Hoje, mesmo com o indicador fraco e o setor financeiro pesando, Wall Street não teve um grande tombo. O Dow Jones fechou em baixa de 0,45%, aos 8.146,52 pontos, e o S&P recuou 0,40%, aos 879,13 pontos. O Nasdaq subiu 0,20%, aos 1.756,03 pontos, com ajuda do upgrade de empresas de hardware como a Dell pelo Goldman Sachs.

As ações da Petrobras contiveram as perdas do Ibovespa ao fecharem em alta firme, na contramão do preço do petróleo no mercado externo. Nas mesas, a principal explicação para tal desempenho foi a melhora da recomendação do UBS Pactual aos papéis. Petrobras ON terminou em alta de 2,33% e Petrobras PN, de 1,92%. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o contrato do petróleo com vencimento em agosto recuou 0,86%, para US$ 59,89 o barril.

Vale e siderúrgicas acompanharam a queda dos preços dos metais. Vale ON encerrou o dia em baixa de 0,18%, Vale PNA cedeu 0,43%, Gerdau PN caiu 0,68%, Usiminas PNA recuou 3,98% e CSN ON desvalorizou 0,20%. Metalúrgica Gerdau PN, ao contrário, subiu 0,29%. O setor financeiro também foi destaque negativo: Bradesco PN perdeu 0,67%, Itaú Unibanco PN caiu 1,15% e BB ON cedeu 1,90%.

Restante da agenda do investidor para a segunda semana de julho

por Rafael de Souza Ribeiro de InfoMoney
03/07/09 19h02


SÃO PAULO - Dentro da agenda para a segunda semana de julho, os investidores estarão atentos, sobretudo, à balança comercial norte-americana durante o mês de junho.

No cenário nacional, o destaque fica para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de junho. O indicador orientará novas percepções sobre o controle da inflação doméstica.


Sexta-feira (10/7)

Brasil

9h00 - O IBGE reporta a Pesquisa Mensal do Emprego de maio, relatório que trata de mão-de-obra e rendimento do trabalho no Brasil.

EUA

9h30 - Principal destaque ao Trade Balance (balança comercial) com base no mês de junho, que mede a diferença entre os valores das importações e exportações realizadas pelo país.

9h30 - Serão apresentados o Export Prices e o Import Prices, ambos do mês de junho. Os índices excluem de suas bases a produção agrícola e as cotações do petróleo, respectivamente.

11h00 - Para finalizar, a Universidade de Michigan publica a preliminar do Michigan Sentiment de julho, que mede a confiança dos consumidores na economia norte-americana.

Segunda-feira (13/7)

Brasil

7h00 - A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica) apresenta o IPC referente à primeira quadrissemana de julho. O índice é baseado em uma pesquisa de preços feita na cidade de São Paulo, entre pessoas que ganham de 1 a 20 salários mínimos.

8h30 - O Banco Central revela o relatório semanal Focus, que compila a opinião de consultorias e instituições financeiras sobre os principais índices macroeconômicos.

11h00 - O Ministério de Comércio Exterior reporta a Balança Comercial referente à semana anterior, que mede a diferença entre exportações e importações contabilizadas durante o período.

EUA

15h00 - O Departamento de Tesouro norte-americano fornece os dados de junho do Treasury Budget (orçamento governamental).