terça-feira, 28 de outubro de 2008

Bovespa segue NY e termina o dia em alta de 13,42%

por agência ESTADO
28 de Outubro de 2008 18:42

A terça-feira foi de correção técnica na Bolsa brasileira, onde o Ibovespa interrompeu uma seqüência de cinco baixas e encerrou o dia no azul. E o ajuste não foi pequeno, com o índice disparando no final da sessão, alinhado ao movimento nos pregões norte-americanos, e encerrando na máxima, aos 33.386,65 pontos, com alta de 13,42%. Na mínima, ficou com 29.438 pontos (alta de 0,01%). O volume financeiro melhorou, em especial no final da jornada, encerrando a R$ 4,913 bilhões, mas ainda é fraco, o que revela alguma debilidade da melhora vista hoje.
A disparada no meio da tarde foi creditada à combinação da aceleração dos ganhos em Nova York com a atuação específica de uma instituição financeira brasileira. Alguns operadores chegaram a aventar que a operação poderia refletir algum retorno de estrangeiros, mas não é possível identificar se as aquisições decorreram de ordens de compras por esses investidores.
Na visão de um experiente profissional do mercado financeiro, a alta de hoje não é sustentável. "A maior parte das ações subiu com volume baixo", argumentou.
A recuperação do segmento acionário foi global, embora em escalas mais leves em praças como Londres e Tóquio, apesar de novas notícias desfavoráveis no que diz respeito à economia mundial, em particular, nos Estados Unidos. O índice de confiança do consumidor norte-americano caiu à mínima histórica em outubro e as expectativas futuras pioraram. O índice de atividade industrial na região coberta pela distrital do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de Richmond recuou este mês. Ainda, o índice de preços dos imóveis Case-Shiller registrou queda recorde em agosto. Nada alentador.
Apesar disso, Wall Street encerrou a jornada com ganhos expressivos, um dia após os principais índices acionários retrocederem a níveis de 2003. O Dow Jones fechou em alta de 10,88%, o S&P-500 subiu 10,79% e o Nasdaq ganhou 9,53%. As altas foram ampliadas principalmente no final da sessão, impulsionadas pela recuperação das ações do setor financeiro, com os investidores procurando barganhas após novos sinais do descongelamento do mercado de crédito, como queda da Libor, taxa de juro interbancária em Londres.
Os participantes no mercado foram quase unânimes em explicar a alta de hoje citando o excesso de quedas nos últimos dias. "Vamos às compras, está barato", disse um deles, referindo-se ao pensamento do mercado nesta sessão. Vale lembrar que nas cinco sessões até ontem, o Ibovespa acumulou uma perda superior a 25%. No mês, até ontem, a queda do índice era de 40,58%. No ano, a perda alcançava 53,93%. Com a valorização hoje, essas perdas passaram para 32,61% e 47,74%, respectivamente.
Para Raffi Dokuzian, superintendente na Banif Corretora, o comportamento dos mercados de ações hoje também pode ter refletido alguma antecipação à expectativa de corte dos juros nos EUA amanhã. O mercado aposta que o Fed reduzirá a taxa em 0,50 ponto porcentual, para 1% ao ano. E no caso da Bovespa há ainda a perspectiva de manutenção da taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária, também amanhã. "Em outros tempos, esse tipo de notícia era um importante impulso nas bolsas", lembrou.
A recuperação na Bovespa contagiou todas as ações do Ibovespa. No caso das mais importantes, Petrobras PN subiu 10,71% e Petrobras ON avançou 9,95%, apesar da queda do petróleo. Os papéis da Vale também ajudaram o índice: os PNA aumentaram 13,39% e os ON valorizaram-se 13,85%. A apreciação de alguns metais ajudou as ações da mineradora. No Ibovespa, as altas foram lideradas por ações do setor imobiliário: Cyrela ON subiu 33,55% e Gafisa ON aumentou 29,54%. Em terceiro lugar, Lojas Americanas PN avançou 28,04%. O setor bancário também mostrou recuperação. Bradesco PN subiu 13,85%, Itaú PN ganhou 8,86%, Banco do Brasil ON avançou 13,25% e Unibanco Unit subiu 13,91%.

Bolsas de Nova York encerram com ganhos de 10%

por agência ESTADO
28 de Outubro de 2008 19:08

O mercado norte-americano de ações fechou em alta forte, recuperando parte das perdas do mês. O índice Dow Jones teve sua segunda maior alta em pontos de todos os tempos (a maior foi de 936 pontos, em 13 de outubro) e fechou no nível mais alto desde 20 de outubro; em termos porcentuais, a alta do Dow Jones foi a sexta maior da história.
O índice Dow Jones fechou em alta de 889,35 pontos, ou 10,88%, em 9.065,12 pontos. A mínima foi em 8.174,73 pontos e a máxima em 9.082,08 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 143,57 pontos, ou 9,53%, em 1.649,47 pontos (máxima do dia), com mínima em 1.504,13 pontos. O S&P-500 subiu 91,58 pontos, ou 10,79%, para fechar em 940,50 pontos, com mínima em 845,27 pontos e máxima em 940,51 pontos.
Operadores disseram que os participantes do mercado compraram ações que haviam ficado baratas com as quedas recentes, especialmente dos setores financeiros e de energia. Eles ressalvaram que a alta de hoje tem as características de um repique momentâneo num mercado em tendência de queda, com cobertura de posições. Entre os fatores para a alta também estava a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) reduza as taxas de juro amanhã. "Nesta altura, qualquer coisa vai movimentar o mercado", comentou um operador.
O mercado abriu em alta, mas passou a recuar em reação ao índice de confiança do consumidor da Conference Board, que caiu ao nível mais baixo de todos os tempos. À tarde, as ações passaram a subir em reação a novos sinais de descongelamento no mercado de commercial papers, no qual as empresas obtêm capital de giro. O enfraquecimento do iene frente ao dólar, em meio a informes de que o Banco do Japão (BoJ) poderá reduzir suas taxas de juro nesta sexta, também alimentou a alta das ações.
Todas as 30 componentes do Dow Jones fecharam em alta, com 21 delas registrando ganhos de mais de 10%. Entre as ações que mais subiram estavam algumas das que mais haviam caído recentemente, como Alcoa (+19,25%), Boeing (+15,46%) e General Motors (+14,68%). No setor financeiro, as ações do Citigroup subiram 14,32% e as do JPMorgan Chase avançaram 10,59%. As informações são da Dow Jones.

Petróleo fecha abaixo de US$ 65 o barril em NY

por agência ESTADO
28 de Outubro de 2008 18:55

Os contratos futuros de petróleo, negociados no mercado internacional, fecharam hoje abaixo dos US$ 65 o barril, com mais evidências de que a demanda pela matéria-prima (commodity) continua preocupando os investidores.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos futuros do petróleo tipo WTI com vencimento em dezembro recuaram 0,78%, a US$ 62,73 o barril, no valor mais baixo desde 16 de maio de 2007.
O mercado de petróleo foi confrontado hoje pelas mesmas preocupações sobre a demanda global que têm direcionado os preços da commodity para baixo. Os preços do produto foram de um recorde de alta, ao redor de US$ 150 o barril, para o menor nível em mais de uma ano em apenas três meses.
Os investidores concentram agora suas expectativas nas informações sobre os estoques de petróleo e derivados nos Estados Unidos, que serão divulgadas amanhã pelo Departamento de Energia americano. A expectativa é de crescimento de 1,6 milhão de barris nos estoques de petróleo bruto, de crescimento de 1,3 milhão de barris nos de gasolina e de crescimento de 700 mil barris nos de destilados.
"O fator crucial é que os números saem amanhã e eu acho que esses números serão negativos para os preços", disse Mark Waggoner, presidente da Excel Futures, em Newport Beach, Califórnia. O acréscimo nos estoques de petróleo e gasolina deve mostrar uma nova evidência da queda da demanda nos EUA, o maior consumidor mundial de petróleo. O consumo de gasolina, em particular, vem caindo durante o ano, mas o declínio foi maior em setembro.
Após cair 15,5% nas últimas seis sessões, os preços do petróleo devem fazer uma pausa para tomar fôlego em breve, dizem participantes do mercado, mesmo sem evidências imediatas da existência de uma virada na demanda. "O mercado procura por uma área para se estabilizar e eu não acho que estejamos muito longe desse ponto", disse Andy Lebow, vice-presidente de energia da corretora MF Global Ltd.
Segundo analistas, os preços do petróleo devem encontrar suporte em cerca de US$ 58 o barril e os preços dos contratos futuros podem cair para este nível já nas negociações de amanhã. As informações são da Dow Jones.

IBOV...após 27/10...indicadores sobrevendidos, podem reverter...


O Ibovespa abriu na máxima em 31.480 pontos e impulsionado pelos índices futuros em queda, foi buscar suporte no patamar dos 30.200 pontos, aguardando por uma definição de DJI, ainda em queda. Com a recuperação de DJI, na segunda metade do pregão, reagiu positivamente até encontrar resistência nos 31.200 pontos ( -0,89%). A partir daí, ainda em sintonia com DJI, refluiu até buscar a mínima no fechamento em 29.435 pontos (-6,50%).

Análise: O Ibovespa caso não retome os 30.200 pontos terá por objetivos de queda os 29 mil e os 28.200 pontos. A retomada dos 30.200 pontos e a ruptura da LTB recente nos 30.700 pontos, poderá levar o Ibovespa aos objetivos iniciais em 31 mil e 31.500 pontos, novamente. O "candle" produzido no gráfico diário se assemelha a um "marubozu cheio" com predominância da pressão vendedora. Os principais indicadores dos gráficos diário e os de "30 minutos" sinalizam tendência de queda, apesar de se encontrarem relativamente sobrevendidos, sinalizando alguma possibilidade de reversão. A principal tendência deverá ser confirmada pelos índices futuros do Ibovespa e dos mercados futuros americanos, antes da abertura dos pregões.

Suportes imediatos em 29.200, 28.700, 28.200, 27.400 e 26.500 pontos.

Resistências imediatas em 30.200, 30.700, 31.200 e 31.500 pontos.

DJI...após 27/10...volatilidade e possibilidade de reversão de tendência...


DJI abriu em 8.376 pontos e com os índices futuros em queda, refluiu rapidamente até encontrar suporte próximo aos 8.190 pontos ( mínima do pregão anterior). A partir daí, iniciou um processo gradual de recuperação até encontrar resistência na máxima do dia nos 8.599 pontos (+ 2,63%). Refluiu novamente, inicialmente até os 8.400 pontos, tentou esboçar reação algumas vezes encontrando resistência nos 8.440 pontos e na última meia hora de pregão refluiu com força, vindo buscar suporte na mínima em 8.144 pontos (- 2,80%), fechando em 8.176 pontos ( -2,42%).

Análise: O comportamento de DJI tem demostrado que está se movimentando orientado exclusivamente por suportes e resistências. Repetindo o que tem ocorrido nas sessões anteriores, conseguiu na máxima do dia atingir alta de 2,63% ao "tocar" a resistência dos 8.600 pontos. Isso foi suficiente para que o mercado "empurrasse" o índice novamente para baixo, zerando posição e fechando "opostamente" em -2,42%. Hoje poderá ser mais um dia de gangorra, se DJI não conseguir novamente romper os 8.600 pontos. A ruptura dos 8.440 pontos e da resistência nos 8.600 pontos poderá levar DJI a buscar objetivos em 8.740 pontos. A perda definitiva dos 8.190 pontos pode traduzir objetivos de queda em 8.090, 7.850 pontos e 7.600 pontos. O "candle" formado no gráfico diário se apresenta como um "martelo invertido" sucedendo a um "martelo normal" (ainda que "cheios" por serem oriundos de quedas) sinalizando uma possibilidade de reversão de tendências. Os índices futuros antes da abertura dos pregões, deverão apresentar com maior clareza, a tendência principal da abertura.

Resistências em 8.190, 8.440, 8.600 e 8.750 pontos.
Suportes em 8.090, 7.850, 7.700 e 7.600 pontos.