por Agência ESTADO
03 de Março de 2009 19:53
O mercado de ações norte-americano fechou em baixa pela quinta sessão consecutiva, com os dados de vendas de automóveis e imóveis residenciais ajudando a perpetuar o pior "mercado do urso" (com tendência de baixa) no pós-Segunda Guerra Mundial. O índice Dow Jones renovou a mínima em mais de 12 anos, enquanto o S&P-500 fechou abaixo dos 700 pontos pela primeira vez desde outubro de 1996.
O índice Dow Jones caiu 37,27 pontos, ou 0,55%, e fechou em 6.726,02 pontos, seu nível mais baixo desde 21 de abril de 1997. O Dow Jones fechou em baixa em 11 das últimas 13 sessões. O S&P-500 recuou 4,49 pontos, ou 0,64%, e fechou em 696,33 pontos - menor nível desde 10 de outubro de 1996 - e acumula um declínio de 56% em relação ao seu recorde registrado em outubro de 2007. O Nasdaq caiu 1,84 ponto, ou 0,14%, e fechou em 1.321,01 pontos, acumulando uma desvalorização de 14% em 12 sessões. O NYSE Composite caiu 26,28 pontos, ou 0,60%, e fechou em 4.334,70 pontos.
As ações da General Electric lideraram as perdas entre as componentes do índice Dow Jones, com uma queda de 7,76%, refletindo as crescentes preocupações dos investidores de que o conglomerado industrial pode perder sua crucial nota de crédito (rating) AAA. As ações da Home Depot caem 5,17%, pressionados pela queda do indicador de vendas pendentes de imóveis para nova mínima em janeiro.
Os dados de vendas de automóveis de fevereiro da Ford e da General Motors, divulgados nesta tarde, confirmaram os sinais do indicador de atividade industrial de ontem. Juntos, os relatórios sugerem que a paralisia econômica, que se estabeleceu a partir da falência do banco Lehman Brothers em setembro, persiste apesar dos mais de US$ 1 trilhão prometidos pelo governo dos EUA para salvar os bancos e estimular a economia.
A GM informou que as vendas totais de veículos nos EUA caíram 52,9% em fevereiro em comparação com o mesmo mês do ano passado, para 127.296 unidades, representando o pior mês de fevereiro desde 1967. Refletindo o estado de desespero do mercado, as ações da GM chegaram a subir mais de 4% depois do anúncio do relatório, mas fecharam em baixa de 1%. As ações da Ford recuaram 3,72%, depois de a companhia ter anunciado uma queda de 48% ao ano nas vendas em fevereiro.
"Considerando a magnitude desta crise, podemos ver, eventualmente, níveis de preços muito baixos antes de alcançarmos o fundo do poço", disseram analistas do Deutsche Bank em nota para clientes. O súbito declínio do mercado para níveis considerados "baratos" "não é um motivo para sugerir uma iminente recuperação sustentável". As informações são da Dow Jones.
A intenção deste Blog é o de trazer informações sobre os mercados acionários e seus principais ativos. Esse espaço será utilizado para divulgar análises que fundamentem tendências de curto e médio prazos do Ibovespa, índices de mercados e comodities. Espero que o blog possa contribuir para a interpretação das tendências dos mercados,principalmente em momentos de maior volatilidade e incertezas.
terça-feira, 3 de março de 2009
Na contramão de NY, Bovespa fecha em alta com Vale
por Agência ESTADO
03 de Março de 2009 18:34
Em uma sessão bastante volátil, a Bovespa conseguiu recuperar uma pequena parte das perdas de ontem, impulsionada pelas ações de Vale e siderúrgicas. Mas o sinal azul não foi constante o dia todo. Embora a análise no início do pregão fosse de recuperação técnica diante das perdas de ontem, a fala do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, e mais indicadores ruins nos Estados Unidos causaram estresse no início da tarde. Mas declarações do secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, e do presidente Barack Obama trouxeram alívio.
A Bovespa fechou em alta de 0,64%, aos 36.467,56 pontos. Na mínima do dia, tocou os 35.722 pontos (-1,42%) e, na máxima, os 37.085 pontos (+2,35%). No mês, acumula perdas de 4,49% e, no ano, de 2,88%. O giro totalizou R$ 3,891 bilhões.
A elevação registrada na abertura dos negócios era instável, diante do quadro débil formado pelo noticiário e indicadores ruins da véspera. E ela mostrou essa faceta com as duras declarações de Bernanke, que afirmou a um comitê do Senado que a situação bancária não foi estabilizada, que os indicadores de curto prazo mostram pouco sinal de melhora e que é preciso agir com agressividade para resolver os problemas econômicos. Além disso, o presidente do Fed se disse irritado e desconfortável com a situação da AIG, a seguradora que ontem anunciou prejuízo corporativo recorde na história norte-americana e consumiu mais US$ 30 bilhões do governo para não quebrar - razão do tombo dos mercados ontem.
O índice de vendas pendentes de imóveis residenciais nos EUA ainda amplificou os efeitos das declarações de Bernanke. O dado caiu 7,7%, para 80,4 - menor nível desde que os dados começaram a ser compilados, em 2001. Analistas projetavam queda de 3,5%.
Mas nem tudo foi ruim no discurso de Bernanke. Ele apoiou os esforços da Casa Branca para estimular a economia, ao afirmar que é preciso uma ação agressiva para evitar uma calamidade econômica, mesmo que isso adicione trilhões de dólares à dívida do governo.
E mais tarde, as declarações de Obama, Geithner e também do primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, deram alívio às bolsas norte-americanas, garantindo uma ampliação dos ganhos à Bovespa. O presidente dos EUA disse estar "absolutamente confiante" que seus planos para reavivar a economia e restaurar a estabilidade no sistema financeiro irão funcionar. Gordon Brown, que estava na Casa Branca, emendou que "haverá uma grande mudança regulatória", com a possível criação de um "new deal" (novo acordo) global nos próximos meses. E Timothy Geithner, em audiência em comitê da Câmara, defendeu a ajuda financeira do governo Obama à seguradora AIG e outras instituições financeiras. Em Wall Street, a melhora vista à tarde não durou até o final e o Dow Jones terminou a sessão em baixa de 0,55%.
No Brasil, os papéis da Vale foram a locomotiva do pregão, puxando ainda as ações do setor siderúrgico. Em relatório de ontem, o Citigroup nomeou os ADRs (recibos de ações negociados nos EUA) da Vale e as ações da rival Rio Tinto como melhores escolhas entre as 5 grandes mineradoras globais, e recomendou a compra dos papéis da brasileira. Esta tarde, o Goldman Sachs, também em relatório, reduziu o preço-alvo dos ADRs da Vale, mas manteve a recomendação de compra. Vale ON terminou em alta de 1,92% e Vale PNA, de 2,18%. Os metais fecharam em alta no exterior. As siderúrgicas acompanharam a recuperação da mineradora e subiram.
Petrobras, que nos momentos de melhora das bolsas norte-americanas foi a escolha dos investidores para compra, não sustentou a alta. A ação ON caiu 0,59% e a PN, 0,88%. O preço do petróleo negociado na Bolsa Mercantil de Nova York subiu 3,74%, para US$ 41,65 o barril
03 de Março de 2009 18:34
Em uma sessão bastante volátil, a Bovespa conseguiu recuperar uma pequena parte das perdas de ontem, impulsionada pelas ações de Vale e siderúrgicas. Mas o sinal azul não foi constante o dia todo. Embora a análise no início do pregão fosse de recuperação técnica diante das perdas de ontem, a fala do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, e mais indicadores ruins nos Estados Unidos causaram estresse no início da tarde. Mas declarações do secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, e do presidente Barack Obama trouxeram alívio.
A Bovespa fechou em alta de 0,64%, aos 36.467,56 pontos. Na mínima do dia, tocou os 35.722 pontos (-1,42%) e, na máxima, os 37.085 pontos (+2,35%). No mês, acumula perdas de 4,49% e, no ano, de 2,88%. O giro totalizou R$ 3,891 bilhões.
A elevação registrada na abertura dos negócios era instável, diante do quadro débil formado pelo noticiário e indicadores ruins da véspera. E ela mostrou essa faceta com as duras declarações de Bernanke, que afirmou a um comitê do Senado que a situação bancária não foi estabilizada, que os indicadores de curto prazo mostram pouco sinal de melhora e que é preciso agir com agressividade para resolver os problemas econômicos. Além disso, o presidente do Fed se disse irritado e desconfortável com a situação da AIG, a seguradora que ontem anunciou prejuízo corporativo recorde na história norte-americana e consumiu mais US$ 30 bilhões do governo para não quebrar - razão do tombo dos mercados ontem.
O índice de vendas pendentes de imóveis residenciais nos EUA ainda amplificou os efeitos das declarações de Bernanke. O dado caiu 7,7%, para 80,4 - menor nível desde que os dados começaram a ser compilados, em 2001. Analistas projetavam queda de 3,5%.
Mas nem tudo foi ruim no discurso de Bernanke. Ele apoiou os esforços da Casa Branca para estimular a economia, ao afirmar que é preciso uma ação agressiva para evitar uma calamidade econômica, mesmo que isso adicione trilhões de dólares à dívida do governo.
E mais tarde, as declarações de Obama, Geithner e também do primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, deram alívio às bolsas norte-americanas, garantindo uma ampliação dos ganhos à Bovespa. O presidente dos EUA disse estar "absolutamente confiante" que seus planos para reavivar a economia e restaurar a estabilidade no sistema financeiro irão funcionar. Gordon Brown, que estava na Casa Branca, emendou que "haverá uma grande mudança regulatória", com a possível criação de um "new deal" (novo acordo) global nos próximos meses. E Timothy Geithner, em audiência em comitê da Câmara, defendeu a ajuda financeira do governo Obama à seguradora AIG e outras instituições financeiras. Em Wall Street, a melhora vista à tarde não durou até o final e o Dow Jones terminou a sessão em baixa de 0,55%.
No Brasil, os papéis da Vale foram a locomotiva do pregão, puxando ainda as ações do setor siderúrgico. Em relatório de ontem, o Citigroup nomeou os ADRs (recibos de ações negociados nos EUA) da Vale e as ações da rival Rio Tinto como melhores escolhas entre as 5 grandes mineradoras globais, e recomendou a compra dos papéis da brasileira. Esta tarde, o Goldman Sachs, também em relatório, reduziu o preço-alvo dos ADRs da Vale, mas manteve a recomendação de compra. Vale ON terminou em alta de 1,92% e Vale PNA, de 2,18%. Os metais fecharam em alta no exterior. As siderúrgicas acompanharam a recuperação da mineradora e subiram.
Petrobras, que nos momentos de melhora das bolsas norte-americanas foi a escolha dos investidores para compra, não sustentou a alta. A ação ON caiu 0,59% e a PN, 0,88%. O preço do petróleo negociado na Bolsa Mercantil de Nova York subiu 3,74%, para US$ 41,65 o barril
IBOV,,,após 02/03...suportes e resistências

Após fechar em forte queda de 5,10 %, próxima da mínima nos 36.196 pontos, o "candle" do gráfico diário é um "marubozu cheio" mostrando a predominância da pressão vendedora. Essa queda deixou alguns indicadores em região de "sobrevenda", o que pode sinalizar possível reação. Porém a maioria dos indicadores sinalizam ainda a tendência de queda.
Suportes imediatos em 36.100, 35.920, 35.700, 35.500 e 34.215pontos.
Resistências imediatas em 36.500, 36.800, 37.300 e 38.000 pontos.
DJI...após 02/03...suportes e resistências

Após a queda de 4,24%, com fechamento praticamente na mínima, o "candle" do gráfico diário se assemelha a um "marubozu cheio" mostrando a predominância da pressão vendedora. Apesar de se encontrar em região "sobrevendida", os principais indicadores ainda apontam a predominância da tendência de queda.
Suportes imediatos em 6.750, 6.650, 6.800, 6.600 e 6.450 pontos.
Resistências imediatas em 6.800, 6.900 e 6.970 pontos.
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